CAIM E ABEL, O PREÇO DA INVEJA...
Quando falamos em
culto, uma pergunta deve ser imediatamente respondida, pois nela fundamenta-se
toda a atividade concernente ao louvor e adoração; CULTO A QUEM? Todos que vem
ao santuário para o exercício desta atividade espiritual de “prestar culto”
deve ter bem clara em sua mente a resposta a essa pergunta: CULTO A QUEM? A
resposta é óbvia: A DEUS. Sendo assim, Ele merece o nosso melhor. A resposta
deve fundamentar tudo o que acontece durante o tempo que estamos juntos no
santuário, desde a nossa saída de casa até o nosso retorno à mesma, bem como
nos dias que correm, até o próximo encontro. Se aqui estamos para prestar culto
a Deus, então isso orienta o nosso pensar, vestir, falar e agir. A partir dessa
premissa, estamos prestando um verdadeiro culto a Deus, com todo o nosso ser,
antes mesmo de nossa chegada ao santuário, e não somente quando adentramos a
sua porta. Cultuar a Deus é o alvo maior e o principio estimulador de tudo e de
todos. Quando pensamos que vamos para a casa de Deus não para um encontro
casual, mas para adorarmos ao Senhor, juntos com o povo de Deus prestamos culto
a Deus. Isso em si deve ser a mola propulsora de todo cristão e meta constante
em sua mente e coração por toda a vida. Cultuar a Deus consiste em oferecer a
Ele a consciência de que tudo lhe pertence e que nada temos para lhe dar. Caim
e Abel eram irmãos, ambos experimentaram Deus antes de haver qualquer religião
organizada. A história deles nos ajuda a perceber três coisas essenciais na
vida com Deus.
1- É a oferta das
primícias. De tudo o que é de melhor: Seja o melhor do interior, seja o melhor
do exterior. E todos sabemos o que é o melhor: o melhor quarto, a melhor cama,
a melhor comida, o melhor serviço, etc. E todos temos consciência de quando
estamos oferecendo o melhor. Oferecer a Deus as primícias é oferecer o melhor.
O melhor em participação, o melhor em atenção, o melhor em compreensão, o
melhor em aplicação. Estou muito preocupado com os cultuantes desse tempo:
alguns chegam atrasados, outros cansados, outros constrangidos, outros querem
ver os amigos, e assim por diante. 2- É a oferta de sangue. Implica imolação,
derramamento de sangue, vida pela vida. Nossa liberdade de chegar à presença de
Deus, foi possível pelo sangue de Jesus que foi derramado na cruz do calvário;
deu sua vida por nossas vidas. “Porque, se a aspersão do sangue de bodes e de
touros, e das cinzas de uma novilha santifica os contaminados, quanto a
purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno
se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará das obras mortas a vossa
consciência, para servirdes ao Deus vivo?” Heb. 9:13, 14. No culto, nossa vida
deve ser oferecida exatamente como cantamos “venho Senhor minha vida oferecer”.
3- É a oferta reforçada pela conduta. Deus liga o culto aceitável à atitude e
ao procedimento. “Porventura, se procederes bem, não se há de levantar o teu
semblante? E se não procederes bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o teu
desejo; mas sobre ele tu deves dominar” v.7. Em outras palavras, o culto deve
ser o resultado de nossa vida e não um meio para alcançar aprovação de Deus.
1- É o culto
displicente. “Ao cabo de dias trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao
Senhor”v.3. O texto dá idéia de que, para Caim, o culto tinha valor em si
mesmo, como se o valor estivesse no ato de ofertar e não na maneira ou forma de
ofertar. 2- É o culto baseado no esforço humano. Caim acreditava em que o
esforço carregava consigo um valor legitimador do culto. Mas não é assim. “Caim
foi lavrador. Aconteceu que no fim de uns tempos trouxe Caim do fruto da terra
uma oferta ao Senhor”v.2c e3. Ele trouxe, mas não as primícias. Mas o Senhor
não se agradou. Veja que “Abel trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da
sua gordura”v.4. 3- É o culto competitivo. “Irou-se pois sobremaneira Caim, e
descaiu-lhe o semblante. E disse Caim a Abel, seu irmão: Vamos ao campo. E
estando eles no campo, sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o
matou” v.5b e 8. Caim não cultuou olhando para dentro de si, para o coração;
nem para o alto, para Deus o criador; Cultuou olhando para o lado, seu irmão.
Estava competindo com o irmão. Precisamos ter muito cuidado para não cair no
mesmo pecado. Vou fazer melhor, vou cantar melhor, vou contribuir mais, etc.
Competição é pecado e é sinal que estamos olhando para o lado, para os outros.
Deus não aceita culto competitivo.
1- A espiritualidade de
Abel recebe justificação pela fé. “Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente
sacrifício do que Caim; pelo qual teve testemunho de ser justo, tendo a
aprovação de Deus quanto as suas ofertas. Por meio dela, depois de morto ainda
fala” Heb. 11:4. Ele sabia que não havia nada nele que pudesse ser suficiente para
estar diante de Deus. Por isso ofereceu a vida. 2- A espiritualidade de Caim é
reprovada. “Ao passo que de Caim e sua oferta não se agradou” v.5a . Caim caiu
na tentação da autoconfiança, (confiança em si mesmo). Muitas pessoas pensam
que estão agradando a Deus, mas na verdade estão afirmando a si próprios. a)-
Competividade é sinal de auto afirmação: “Então lhes disse o Senhor: Por que
andas irado, e por que descaiu o teu semblante?” v.6. Precisamos ter cuidado
com este pecado, pois nos impede de cultuar a Deus. Quem ora melhor, canta
melhor, toca melhor, ensina melhor, é a melhor Igreja, tem o melhor templo,
etc. Isso é muito perigoso. Nada somos e nada merecemos essa é a verdade. b)-
Caim frustra-se em relação a Deus. “Ao passo que de Caim e de sua oferta não se
agradou. Irou-se, pois, sobremaneira, Caim, e decaiu-lhe o semblante” v.5.
Percebeu que Deus abençoou seu irmão e ficou irado. Quando Deus abençoa nossos
irmãos, devemos ficar alegres e louvar a Deus com eles e ficar frustrado. Deus
abençoou fulano e não me abençoou, e aí iram-se contra o irmão. c)- Como não
pode matar Deus matou o irmão. “Caim se levantou contra o seu irmão Abel e o
matou” v.8b. Se vingou de Deus matando aquele a quem Deus havia aprovado.
“Quando a um destes meus pequeninos o fizeste, a mim o fizeste”. Há pessoas que
se vingam de Deus prejudicando os irmãos. d)- Carregam a marca do ódio. “Agora,
maldito é tu desde a terra, que abriu a sua boca para da tua mão receber o
sangue de teu irmão. Quando lavrares a terra, não te dará mais a tua força;
fugitivo e vagabundo serás na terra” v. 11, 12. As consequências de atitudes
como a de Caim desemboca em ódio, amargura e maldição.
Só há duas maneiras de
nos apresentarmos diante de Deus. Conforme Abel ou conforme Caim. Que culto
você tem apresentado a Deus...
BISPO/JUIZ. MESTRE E
DOUTOR EM ÊNFASE E DIVINDADES DR.EDSON CAVALCANTE
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