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sábado, 27 de julho de 2013

ESTUDO SOBRE A GRANDE MERETRIZ- A IGREJA APÓSTATA DOS ÚLTIMOS DIAS...


      ESTUDO SOBRE A GRANDE MERETRIZ – A IGREJA APÓSTATA DOS ÚLTIMOS DIAS...
1. O nome “meretriz” vem do vocábulo grego “pronh” – porne “mulher que vende seu corpo para uso sexuais”, “prostituta”. No “Dicionário de Sinônimos e Contexto da Língua Portuguesa”, editado pela AOL, temos entre outras definições: “biscate, bruaca, mariposa, messalina, mulher-da-rótula, mulher-da-rua, mulher-da-vida, mulher-da-zona, mulher-dama, mulher-de-amor, mulher-de-má-nota, mulher-de-ponta-de-rua, mulher-do-mundo, mulher-errada, mulher-perdida, mulher-vadia, mundana, perdida, piranha, prostituta, puta, quenga, rameira, transviada, vigarista”
2. No AT, Deus sempre equiparou a o adultério e a prostituição, com a perversão e o desvio religioso. A busca aos ídolos, prática comum naquele tempo no meio do povo de Israel, era considerada por Deus com uma prevaricação, uma traição à aliança que Ele tinha com seu povo:
a) Jr 3.7-8, “Sim viu que, por causa de tudo isso, por ter cometido adultério a pérfida Israel, a despedi, e lhe dei o seu libelo de divórcio, que a aleivosa Judá, sua irmã, não temeu; mas se foi e também ela mesma se prostituiu 8 Sim viu que, por causa de tudo isso, por ter cometido adultério a pérfida Israel, a despedi, e lhe dei o seu libelo de divórcio, que a aleivosa Judá, sua irmã, não temeu; mas se foi e também ela mesma se prostituiu”.
Através de Jeremias, Deus culpa tanto o Reino do Norte (Israel), como também o Reino do Sul (Judá), de haverem prevaricado, cometido adultério espiritual. A razão desta culpa foi o fato deles, entre outros pecados e desvios, haverem abandonado ao Senhor em busca dos deuses cananeus. Por este fato, Deus “divorciou-se de Israel”! Note a expressão usada: “libelo de divórcio”, que em outras palavras quer dizer: “carta de divórcio”. Judá, o reino do sul, mesmo vendo o que acontecera a Israel, prostituiu-se também e em razão de sua deslealdade, não ficaria sem ser punida da mesma forma pelo Senhor.
b) Jr 13.27, “Os teus adultérios, e os teus rinchos, e a enormidade da tua prostituição, essas abominações tuas, eu as tenho visto sobre os outeiros no campo. Ai de ti, Jerusalém! até quando não te purificarás?”


Aqui a acusação se repete contra Judá, e mais especificamente conta a sua capital – Jerusalém. A pergunta do profeta, pela boca de Deus “até quando não te purificarás”, nos mostra o quanto a cidade estava envolvida na idolatria e prostituição religiosa. Aliás, o profeta fala em “enormidade da tua prostituição”, o que nos traz a idéia de que a cidade estava atolada até ao pescoço na imundície de seu pecado. O verbo “purificar” no original grego é “rhj” – “taher” que significa: “limpar-se moralmente”, “ser puro”, “apresentar a si mesmo para purificação”
3. Deixando um pouco os reinos de Israel e Judá, e pensando no antigo Reino Babilônico, podemos ver que, em virtude da multiplicidade de seus ídolos e de suas práticas idólatras, acabou sendo na Palavra de Deus, um símbolo religioso de prostituição e adultério. É por esta razão que o sistema religioso corrompido dos últimos tempos também se chamará “Grande Babilônia”, “Grande Meretriz”. A palavra “Babilônia” vem do termo hebraico “lbb” – Babel, que significa “confusão”, “mistura”. Veja abaixo uma nota da “Bíblia de Estudos das Profecias”:
“Para identificar a Babilônia, vamos para Gn 10.8 e descobrimos Ninrode, que era arqui-apóstata do mundo pós-diluviano (i.e., depois do Dilúvio). Ninrode estava quatro gerações depois do Dilúvio e é registrado como ‘poderoso caçador diante do Senhor… O princípio do seu reino foi Babel’ (vs. 9-10). A palavra Babel significa ‘portão de Deus’. Foi a geração de Ninrode que construiu a torre de Babel com o propósito de expulsar Deus e sua influência da Terra. Eles se propuseram a construir uma grande torre que alcançaria o céu, para que tivessem os benefícios de Deus sem se submeter a Deus. A reação de Deus foi; ‘Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem de outro, Destarte, o SENHOR os dispersou dali pela superfície da terra; e cessaram de edificar a cidade. Chamou-se-lhe, por isso, o nome de Babel’ (Gn 11.7-9). Babel significa confusão.
Este é o ponto crítico. Aqui em Babel foi introduzido o primeiro sistema religioso idólatra e organizado na história do mundo. É por isso que João chama a Babilônia de ‘a Mãe das Meretrizes’ (Ap 17.5). A babilônia foi o lugar de nascimento (Mãe) do adultério espiritual. Assim, o adultério espiritual do final dos tempos é chamado de Babilônia”.(1)
Com estas idéias preliminares queremos abordar agora os aspetos principais do sistema religioso adúltero, promíscuo, sistema este que haverá de surgir nos últimos tempos, ou seja a “Grande Meretriz”, a “Grande Babilônia”.
OS ASPECTOS PRINCIPAIS DA GRANDE MERETRIZ, O IMPÉRIO RELIGIOSO DOS ÚLTIMOS TEMPOS:
I – SERÁ UM SISTEMA RELIGIOSO APOIADO PELO POVO
V. 1, 15.
“1 Veio um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas; 15 Disse-me ainda: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, multidões, nações e línguas”.
1. Certamente você já ouviu dizer a seguinte frase: “A voz do povo é a voz de Deus”. Certamente esta frase, embora tenha a ver com o desejo do povo, jamais poderá expressar a verdade, em virtude do povo mundano ser corrompido pela mentira, e pelo engano de pecado, Rm 3.10, “…como está escrito: Não há justo, nem sequer um”. A palavra final em qualquer situação, deverá ser sempre a Palavra de Deus, e nunca a palavra ou voz do povo.
2. No texto lido vimos que a Grande Meretriz está assentada sobre “muitas águas”, v. 1, e estas águas, são “povos, multidões, nações e línguas”, v. 15. Não nos restam dúvidas sobre o fato de que o povo estará apoiando este sistema religioso corrupto, devasso. Não somente o povo apoiará tal sistema, mas também o promoverá através dos meios de comunicação, como TV., rádio, internet, jornais, prática que já temos observado nos dias atuais. Um exemplo que podemos citar deste tipo de comportamento, foi a grande promoção envolvendo os meios de comunicação por ocasião da morte de Chico Xavier. Outros destaques religiosos de vulto nacional também têm sido veiculados amplamente nos meios de comunicação, recebendo apoio total do povo. Diante disto como podemos confiar no povo?
3. O ser humano sem Deus, acaba sendo um desastre para a humanidade! Basta lembrarmos o que aconteceu nos dias de Hitler, Mussolini, Lenim e tantos outros ditadores que apoiados por multidões acabaram sendo responsáveis pela mortandade de inúmeras vidas. A Palavra nos descreve o homem sem Deus em muitos pormenores:
a) Sua deterioração espiritual, “18 A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça; 19 porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. 20 Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis; 21 porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. 22 Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos 23 e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis. 24 Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si; 25 pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém! 26 Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; 27 semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro. 28 E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes, 29 cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, 30 caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, 31 insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia. 32 Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem”, Rm 1.18-32.
Evidentemente que o desvio do homem mundano começa com sua rejeição ao Criador e consequentemente a troca na adoração. O Deus que merece a total reverência do homem, é substituído pelas coisas criadas. Daí, este ser humano, incapaz de reconhecer os reais valores em sua busca de Deus, desce a um nível animalesco, com práticas devassas, espúrias, que nem mesmo entre os animais são encontradas.
b) A causa da deterioração – pecado enraizado no homem, “10 como está escrito: Não há justo, nem um sequer, 11 não há quem entenda, não há quem busque a Deus; 12 todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. 13 A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, 14 a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura; 15 são os seus pés velozes para derramar sangue, 16 nos seus caminhos, há destruição e miséria; 17 desconheceram o caminho da paz. 18 Não há temor de Deus diante de seus olhos”, Rm 3.10-18.

Torna-se evidente que somente mediante a fé em Cristo e em seu sacrifício é que este homem totalmente degenerado, incapaz de viver uma vida em Deus, pode encontrar a devida solução para o seu pecado, corrigindo sua rota em demanda à eternidade. Veja Gl 1.4, “o qual se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de nosso Deus e Pai”.
4. diante dos textos citados podemos ver que, em virtude de sua natureza pecaminosa, o homem sem Deus terá sempre a tendência de apoiar coisas erradas, viver na corrupção, na violência, nas drogas, etc. Novamente eu pergunto: Como podemos confiar no povo? A voz do povo será o combustível da Grande Meretriz para propagar suas prostituições religiosas. Que Deus nos guarde, tanto da voz do povo como da influência maligna e catastrófica da malfadada Meretriz!
II – SERÁ UM SISTEMA RELIGIOSO ATRAENTE
VS. 2-5.
“2 com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que habitam sobre a terra se embriagaram com o vinho da sua prostituição. 3 Então ele me levou em espírito a um deserto; e vi uma mulher montada numa besta cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e que tinha sete cabeças e dez chifres. 4 A mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada de ouro, pedras preciosas e pérolas; e tinha na mão um cálice de ouro, cheio das abominações, e da imundícia da prostituição; 5 e na sua fronte estava escrito um nome simbólico: A grande Babilônia, a mãe das prostituições e das abominações da terra”.
1. Não pensem vocês que este sistema religioso não será atrativo! Notem alguns detalhes no texto:
a) “…se embriagaram com o vinho da sua prostituição”. A palavra “embriagar-se”, conforme podemos ver no Dicionário de Sinônimos da AOL, além do sentido de embebedar-se, tem também o sentido de “deliciar-se, absorver-se, acender-se, arrebatar-se, embeber-se, embriagar-se, encantar-se, endeusar-se, enlevar-se, entusiasmar-se, extasiar-se, inebriar-se, maravilhar-se, transportar-se”. No grego temos o vocábulo “meyuw” – methuo, “embriagar-se”, “elevar-se”.
Bebida alcoólica e prostituição sempre andaram de mãos dadas! Aqui, simbolicamente, os seguidores da Grande Meretriz estarão como que “embriagados”, “envolvidos”, “atolados” até ao pescoço em sua prática religiosa envolvente, porém corrompida, transviada.
b) “…A mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada de ouro, pedras preciosas e pérolas…”. Notem que a mulher (Grande Meretriz), está adornada com roupas vermelhas. Não é por acaso que os demônios que atuam nas áreas da prostituição e da perversão sexual tenham preferência por roupas vermelhas e pretas! Outro detalhe que também podemos observar é a sua indumentária: “ouro, pedras preciosas e pérolas”. Trata-se de adornos chamativos, muito comuns em mulheres tidas pela mídia como “sensuais”.
2. É evidente que estes ornamentos são simbólicos! Mas eles expressam o poder de atração deste sistema religioso, oposto ao Deus Criador. Isto somado às características do homem dos últimos tempos, será um “prato cheio”, nas mãos do diabo que investirá tudo quando pode para arrastar o maior número possível de vítimas para o inferno. Notem como os homens buscarão a religião naquele tempo:

a)      2 Tm 4.1-4, “1 Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: 2 prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. 3 Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; 4 e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas”.

Observe alguns pontos no texto:
“…não suportarão a sã doutrina”. A “sã doutrina”, é a doutrina dos apóstolos, At 2.42, “e perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações”. A expressão, “não suportar”, significa “não agüentar”, “não sustentar”, etc. Tais homens não suportarão a sã doutrina, porque adquiriram para si um estilo de vida contrário ao Criador, e a sã doutrina atrapalha, embaraça, inibe.
“…cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças…” Os homens daquele tempo, somente correrão atrás de líderes, pastores, mestres, que possuírem um “discurso” afinado com “suas convicções”, com sua maneira de pensar. Se forem contrariados, imediatamente sairão à procura de outros mestres, que os “ensinem” de acordo com suas próprias cobiças!
“…como que sentindo coceira nos ouvidos…”. Temos aqui a avidez por novidades! Gente que corre atrás de novas doutrinas, novos ensinos, novas profecias, por julgarem que os ensinos de sua igreja, ou de seu pastor estão ultrapassados. Qualquer “onda” de teologia nova é motivo do “corre-corre” do “busca-busca”. Fazem “arrastão” nas igreja para levarem atrás de si o máximo de crentes que puderem!
“…se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas.” Aqui é a parte pior! É o abandono às verdades de Deus e sua Palavra que são trocados por fábulas, contos imaginários, como por exemplo os contos da “Mil e Uma Noites”, “Cinderela”, “Branca de Neve e os Sete Anões”, etc.. São os “testemunhos” muitos comuns em várias igrejas, que há muito deixaram a sã doutrina. É lógico que tais contos assumirão uma roupagem “religiosa”, “bíblica”, onde a Palavra de Deus é aplicada segundo o bel-prazer, e não pela sua interpretação correta.
b) 1 Tm 4.1-5, “1 Mas o Espírito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios, 2 pela hipocrisia de homens que falam mentiras e têm a sua própria consciência cauterizada, 3 proibindo o casamento, e ordenando a abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos com ações de graças pelos que são fiéis e que conhecem bem a verdade; 4 pois todas as coisas criadas por Deus são boas, e nada deve ser rejeitado se é recebido com ações de graças; 5 porque pela palavra de Deus e pela oração são santificadas”.
Aqui Paulo fala de algo que será comum nos últimos tempos: a voz de “espíritos enganadores” e a “doutrina de demônios”, que promove alguns aspectos próprios:
apostasia da fé;
hipocrisia e mentira;
consciência cauterizada;
proibição do casamento, entre outras proibições.
3. Não nos esqueçamos de que Satanás e seus demônios terão “atrativos” de sobra para ludibriar, enganar os homens dos últimos tempos, isto sem considerar ainda outros atrativos religiosos, como por exemplo “falsos milagres”, “prodígios”, etc., que no dizer de Jesus enganarão a muitos, mas não os verdadeiros escolhidos de Deus: “…porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos”, Mt 24.24.
4. Não vamos permitir que esta “atração satânica”, exerça fascínio sobre nós! Vamos nos levantar na autoridade e no poder do Senhor Jesus para confrontarmos, combatermos o poder das trevas. Vamos derrubar os portais do inferno. Como Igreja de Jesus, devemos invadir o Inferno tirando os cativos do diabo de lá! Veja o que Jesus disse a Pedro e aos demais apóstolos: “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”, Mt 16.18.
Note que estamos envolvidos numa luta mortal contra o Inferno! Porém, temos a promessa de Jesus de que nesta guerra seremos vencedores. O bem triunfará sobre o mal! Por mais que o diabo e seus demônios resistam, no final, os filhos de Deus proclamarão com triunfo a vitória!

III – SERÁ UM SISTEMA RELIGIOSO DE PERSEGUIÇÃO AOS SANTOS
V. 6
“E vi que a mulher estava embriagada com o sangue dos santos e com o sangue dos mártires de Jesus. Quando a vi, maravilhei-me com grande admiração”.
1. É evidente que os filhos de Deus já sofreram durante alguns períodos da história os horrores da perseguição religiosa. Basta lembrarmos da Arena Romana, onde eles eram devorados vivos pelos leões; das fogueiras e instrumentos de tortura da chamada “santa inquisição”, que de “santa” nada tinha, além de tantas outras “ondas” de terror impostas sobre aqueles que professavam sua fé em Deus. Veja a nota abaixo:
“Outro exemplo histórico de perseguição religiosa empreendida pelos Católicos é a Inquisição. A Inquisição foi o programa e encargo oficial da Igreja Católica responsável por encontrar, arrancar e punir todos os heréticos e outros culpados de discordar da doutrina Católica. O Papa Gregório IX estabeleceu a Inquisição em 1233. a Igreja Católica usou as autoridades civis para penalizar, aprisionar, torturar e confiscar propriedades e executar heréticos. As pessoas que discordassem da Igreja Católica eram tratadas pela Inquisição mais severamente do que se fossem assassinos. A Inquisição torturava e executava as pessoas acusadas de cometer crimes hediondos tais como recusar-se a oferecer orações pelos mortos, recusar-se a assistir missas, ensinar que apenas os crentes deveriam ser batizados e recusar-se a acreditar no purgatório depois da morte”.(2)
De fato a perseguição religiosa foi ferrenha nesse período da Inquisição. “A responsabilidade pelo cumprimento da doutrina religiosa passa dos bispos aos inquisidores – em geral franciscanos e dominicanos –, sob o controle do papa. As punições variam desde a obrigação de fazer uma retratação pública ou uma peregrinação a um santuário até o confisco de bens e a prisão em cadeia. A pena mais severa é a prisão perpétua, convertida pelas autoridades civis em execução na fogueira ou forca em praça pública. Em geral, duas testemunhas constituem prova suficiente de culpa. Em 1252, o papa Inocêncio IV aprova o uso da tortura como método para obter confissão de suspeitos. A condenação para os culpados é lida numa cerimônia pública no fim do processo, no chamado auto-de-fé. O poder arbitrário da Inquisição volta-se também contra suspeitos de bruxaria e todo e qualquer grupo hostil aos interesses do papado”(3).
 “No seu ‘Livro das Sentenças da Inquisição’ (Liber Sententiarum Inquisitionis) o padre dominicano Bernardo Guy (Bernardus Guidonis, 1261-1331), ‘um dos mais completos teóricos da Inquisição’, descreveu vários métodos para obter confissões dos acusados, inclusive o enfraquecimento das forças físicas do prisioneiro. Usava-se, dentre outros, os seguintes processos de tortura: a manjedoura, para deslocar as juntas do corpo; arrancar unhas; ferro em brasa sob várias partes do corpo; rolar o corpo sobre lâminas afiadas; uso das ‘Botas Espanholas’ para esmagar as pernas e os pés; a Virgem de Ferro: um pequeno compartimento em forma humana, aparelhado com facas, que, ao ser fechado, dilacerava o corpo da vítima; suspensão violenta do corpo, amarrado pelos pés, provocando deslocamento das juntas; chumbo derretido no ouvido e na boca; arrancar os olhos; açoites com crueldade; forçar os hereges a pular de abismos, para cima de paus pontiagudos; engolir pedaços do próprio corpo, excrementos e urina; a ‘roda do despedaçamento’ funcionou na Inglaterra, Holanda e Alemanha, e destinava-se a triturar os corpos dos hereges; o ‘balcão de estiramento’ era usado para desmembrar o corpo das vítimas; o ‘esmaga cabeça’ era a máquina usada para esmagar lentamente a cabeça do condenado, e outras formas de tortura”.(4)
2. Não podemos nos esquecer que tais perseguições já eram comuns e ordenadas pelas autoridades religiosas nos dias apostólicos, como por exemplo:
a) A perseguição que culminou com morte de Estevão, “58 e, lançando-o fora da cidade, o apedrejavam. E as testemunhas depuseram as suas vestes aos pés de um mancebo chamado Saulo. 59 Apedrejavam, pois, a Estêvão que orando, dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. 60 E pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. Tendo dito isto, adormeceu. E Saulo consentia na sua morte”, Atos 7.58-60.
b) A perseguição que ceifou a vida de Tiago. Nesta perseguição Pedro também foi preso, e seria morto no dia seguinte, se não fosse a intervenção de um anjo do Senhor “1 Por aquele mesmo tempo o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja, para os maltratar; 2 e matou à espada Tiago, irmão de João. 3 Vendo que isso agradava aos judeus, continuou, mandando prender também a Pedro. (Eram então os dias dos pães ázimos.) 4 E, havendo-o prendido, lançou-o na prisão, entregando-o a quatro grupos de quatro soldados cada um para o guardarem, tencionando apresentá-lo ao povo depois da páscoa”.

3. Porém a perseguição descrita aqui em Ap 17, será uma perseguição sem precedentes na história. O texto nos diz que a Grande Meretriz se embriagará com o sangue dos filhos de Deus, tal a quantidade de sangue derramado! Vejamos alguns textos alusivos a esta horrível perseguição dos últimos tempos:
a) Lc 21.12, “Mas antes de todas essas coisas vos hão de prender e perseguir, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, e conduzindo-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome”.
Podemos ver nos versículos anteriores que o Senhor está falando de um tempo um pouco antes de sua Segunda Vinda ao mundo. Neste período a perseguição haverá de ser intensificada ocorrendo a prisão e a morte de muitos escolhidos.
b) Ap 7.9-14, “9 Depois destas coisas olhei, e eis uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, que estavam em pé diante do trono e em presença do Cordeiro, trajando compridas vestes brancas, e com palmas nas mãos; 10 e clamavam com grande voz: Salvação ao nosso Deus, que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro. 11 E todos os anjos estavam em pé ao redor do trono e dos anciãos e dos quatro seres viventes, e prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus, 12 dizendo: Amém. Louvor, e glória, e sabedoria, e ações de graças, e honra, e poder, e força ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém. 13 E um dos anciãos me perguntou: Estes que trajam as compridas vestes brancas, quem são eles e donde vieram? 14 Respondi-lhe: Meu Senhor, tu sabes. Disse-me ele: Estes são os que vêm da grande tribulação, e levaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro”.
Não queremos analisar este texto sobre a ótica da linha de escatologia que discute se Igreja de Cristo vai ou não passar pela Grande Tribulação. Porém não podemos deixar de observar o fato de que neste tempo haverá um número incontável de servos de Deus que serão esmagados e martirizados pelo sistema mundial corrupto e opressor. Sãos estes, na visão de João, “…aqueles que vieram da Grande Tribulação”.
4. Porém, de algo podemos ter certeza: Deus é quem nos dá forças para suportar as pressões do “príncipe deste mundo” (Jo 12.31, “Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo”), e suas entidades malignas. Temos toda garantia de que neste confronto sairemos vitoriosos: Rm 8.35-37: “35 quem nos separará do amor de Cristo? a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? 36 Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia todo; fomos considerados como ovelhas para o matadouro. 37 Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou”.
IV – SERÁ UM SISTEMA RELIGIOSO ATRELADO À POLÍTICA E AO ANTI-CRISTO
VS. 7-13.
“7 Ao que o anjo me disse: Por que te admiraste? Eu te direi o mistério da mulher, e da besta que a leva, a qual tem sete cabeças e dez chifres. 8 A besta que viste era e já não é; todavia está para subir do abismo, e vai-se para a perdição; e os que habitam sobre a terra e cujos nomes não estão escritos no livro da vida desde a fundação do mundo se admirarão, quando virem a besta que era e já não é, e que tornará a vir. 9 Aqui está a mente que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada; 10 são também sete reis: cinco já caíram; um existe; e o outro ainda não é vindo; e quando vier, deve permanecer pouco tempo. 11 A besta que era e já não é, é também o oitavo rei, e é dos sete, e vai-se para a perdição. 12 Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não receberam o reino, mas receberão autoridade, como reis, por uma hora, juntamente com a besta. 13 Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta”.
1. Todo este emaranhado de “chifres”, representam reinos e governos que haverão surgir, desenhando-se assim o palco político, onde será o campo de ação do “oitavo rei”, que sem dúvida alguma é o Anti-Cristo, o próprio diabo encarnado o qual assumirá o comando do mundo! Não queremos discutir aqui, se estes “cinco”, “sete” ou “dez” reinos representam o Mercado Comum Europeu, ou alguma “Confederação de Nações”, ou ainda quaisquer outros reinos que deverão ser levantados. Queremos, isto sim, observar a influência que a Grande Meretriz terá nesses reinos. Dois pontos são importantes para observarmos:
a) Note que a Grande Meretriz está assentada sobre “sete montes”, que representam “sete reinos”: “As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada…”. A palavra “assentar”, vem aqui, do termo grego “kayhmai” – “kathemai” e significa “ter um domicílio fixo”, “morar”. Tal realidade nos sugere que, mesmo a Grande Meretriz não estando diretamente no comando destes reinos, certamente exercerá uma forte influência política e religiosa sobre eles.
b) Ainda, seguindo o raciocínio lógico, podemos deduzir que a influência da Grande Meretriz se expandirá até mesmo no período em que estiver no comando o Anti-Cristo. Ela estará atrelada com ele: “são também sete reis: cinco já caíram; um existe; e o outro ainda não é vindo; e quando vier, deve permanecer pouco tempo”. Observe que o texto não nos diz que no governo do “oitavo rei” – o Anti-Cristo, a Grande Meretriz perdeu sua influência. Porém, nos parece que neste tempo a sua influência estará viva e ativa!
2. Todas as vezes na história em que a Igreja andou de braços dados com o Estado, houve corrupção, engano, e deterioração da fé. Basta lembrarmos dos dias de Constantino e do período que se segue até o tempo dos reformadores, quando a Igreja foi uma aliada forte do Governo. Foi nesta fase que inaugurou-se a chamada “Era das Trevas” que foi o período mais caótico da Igreja! Igreja e Estado não podem se misturar! Política e religião não precisam ser forças opostas, mas não podem andar atreladas!
3. Esta aliança do sistema religioso com o sistema político haverá de se intensificar nos dias anteriores à Segunda Vinda do Senhor. Apesar de aparentemente benéfica, esta sociedade religiosa-política somada ao Ecumenismo, que colocará numa mesma convivência religiosa católicos, evangélicos, budistas, islâmicos, etc., contribuirá em muito para o surgimento e fortalecimento da Grande Meretriz com sua enorme influência sobre o Estado! Um comentário que não podemos desprezar aqui é o de Win Malgo:
“Em nossos dias já vemos que o objetivo do Conselho Mundial de Igrejas vai em direção à unificação de todas as religiões. Seu objetivo não é mais a unificação do cristianismo (católico-romano, protestante, liberal, etc.), mas já vai muito mais longe. Foi em Utrecht, na Holanda, que o CMI aprovou uma declaração oficial, segundo a qual vê a ‘presença de Cristo’ em todas as religiões. Em outras palavras: pretende-se a unificação de todas as religiões. Quer seja hinduísmo, budismo, islamismo, judaísmo ou cristianismo — isso não é tão importante aos seus olhos; importante é a religiosidade. Aí já vemos realmente a mulher, a mãe das meretrizes, aparecendo no horizonte! O Espírito Santo praticamente não encontra palavras, que sejam suficientemente fortes, para expressar a devassidão dessa mulher. Religião, também religião cristã, sem Jesus Cristo como centro, é o que existe de mais corrompido. Essa é a grande meretriz. Trata-se de prostituição espiritual, quando aceitamos o cristianismo, sem aceitar Cristo como Salvador e Redentor. Recentemente vi novamente uma prova disso, como tais pessoas falam então, em uma revista holandesa: Nela um teólogo escrevia primeiro bem direitinho sobre a pessoa de Jesus. Mas depois revelou-se o engano, quando ele disse que se deveria acabar finalmente com a lenda da ressurreição de Cristo! A isso chama-se religião ‘cristã’, mas na verdade trata-se de uma religião demoníaca”(5)

4. Diante desse sistema enganoso, mentiroso, devemos estar apercebidos, para não sermos também ludibriados!
V – SERÁ UM SISTEMA RELIGIOSO JULGADO POR DEUS
VS. 1, 14-18.
“1 Veio um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas; 14 Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão também os que estão com ele, os chamados, e eleitos, e fiéis. 15 Disse-me ainda: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, multidões, nações e línguas. 16 E os dez chifres que viste, e a besta, estes odiarão a prostituta e a tornarão desolada e nua, e comerão as suas carnes, e a queimarão no fogo. 17 Porque Deus lhes pôs nos corações o executarem o intento dele, chegarem a um acordo, e entregarem à besta o seu reino, até que se cumpram as palavras de Deus. 18 E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra”.
1. Este julgamento do Criador sobre a Grande Meretriz obedecerá a duas fases distintas:
a) A guerra do sistema político-religioso contra o Cordeiro, v. 14, “Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão também os que estão com ele, os chamados, e eleitos, e fiéis”. Como a Escritura nos informa, o Anti-Cristo em aliança com a Grande Meretriz, fará uma guerra ao Cordeiro e “os que estão com Ele” (Jesus Cristo e seu povo legítimo), mas serão derrotados. Veja o comentário de Win Malgo:
“Realiza-se, portanto, uma união sobrenatural, sinistra, uma concentração de poder mundial como nunca antes existiu, em cuja liderança estará a besta. Mas seu tempo é limitado! ‘Durante uma hora’, diz o versículo 12. Os dez reis, os vassalos da besta, são portanto administradores do Império Romano e têm ‘um só pensamento’ (v. 13). Os contrastes políticos, ideológicos, racistas e culturais serão então deixados de lado. Os governantes do organismo formado pelas dez formas de Estado são todos unidos em seu ódio contra o Cordeiro. Pode-se compará-lo com a unidade das nações árabes: se bem que são cronicamente desunidas entre si, elas são unidas em seu ódio contra o povo de Israel; contra o povo em que o Cordeiro alcançou sua vitória, e a terra em que Jesus voltará. A sinistra unidade política, econômica e principalmente militar dos dez reis será realizada repentinamente, e novamente se ouvirá, como no tempo de Hitler, mas então mundialmente, o clamor por ‘um povo, um reino, um Führer (líder)’. Eu repito: tudo isso é dirigido contra o Cordeiro! O Cordeiro, porém, aparecerá com seus chamados, eleitos e fiéis. Os ‘chamados’ são aqueles que foram chamados para a vida eterna e para a Igreja de Jesus. Os ‘eleitos’ são israelitas que se tornaram crentes, venceram e estão na glória. Os “fiéis” são os crentes de todos os tempos. O Cordeiro voltará com esses glorificados. Ele aparecerá em grande poder e glória, como Senhor dos senhores e Rei dos reis! O Cordeiro não precisa primeiro obter a vitória, pois já venceu na cruz de Gólgota!”(6)
Este é o começo do julgamento de Deus!
b) A perseguição do sistema político à Grande Meretriz. A Palavra de Deus nos informa que num dado momento o próprio sistema político se levantará contra a Grande Meretriz, v. 16, “E os dez chifres que viste, e a besta, estes odiarão a prostituta e a tornarão desolada e nua, e comerão as suas carnes, e a queimarão no fogo”. Sob a liderança da “besta” – o Anti-Cristo, a confederação dos dez reis, infringirá uma tremenda perseguição contra a “religião oficial” (Grande Prostituta), despejando todo o seu ódio contra esse sistema religioso falso. É a segunda fase do julgamento divino. Novamente nos diz Win Malgo:
“Os exércitos de Satanás transformam-se em instrumentos na mão de Deus, para destruir a Roma, ou seja, a Babilônia ímpia; para arrasar e saquear a cidade das abominações idólatras: ‘Os dez chifres que viste e a besta, esses odiarão a meretriz, e a farão devastada e despojada, e lhe comerão as carnes, e a consumirão no fogo’(v. 16). Desse modo, até mesmo o anti-cristo tem que servir como instrumento de juízo de Deus, para julgar a mulher, a grande meretriz. Disso conclui-se que no final também o poder das trevas tem que realizar a vontade de Deus!”(7)
2. Na verdade, podemos deduzir pela Palavra de Deus que todos os homens maus, certamente serão julgados pelas suas obras malignas. O julgamento divino é descrito na Escritura com clareza de detalhes, conforme pode-se ver nos textos abaixo:
a) Rm 2.5-9, “5 Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus, 6 que retribuirá a cada um segundo as suas obras; 7 a saber: a vida eterna aos que, com perseverança em favor o bem, procuram glória, e honra e incorrupção; 8 mas ira e indignação aos que são contenciosos, e desobedientes à iniqüidade; 9 tribulação e angústia sobre a alma de todo homem que pratica o mal, primeiramente do judeu, e também do grego”.
Note a alusão à “ira de Deus”, que será despejada sobre todos aqueles que praticam más obras, os contenciosos, os desobedientes, os iníquos. Estes termos são termos fortes e descrevem o comportamento do homem sem Deus, que na verdade, está acumulando “ira” junto ao cálice da ira de Deus, Ap 14.10, “também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se acha preparado sem mistura, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro”.
b) Jd 14-15, “14 Para estes também profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que veio o Senhor com os seus milhares de santos, 15 para executar juízo sobre todos e convencer a todos os ímpios de todas as obras de impiedade, que impiamente cometeram, e de todas as duras palavras que ímpios pecadores contra ele proferiram”.
Judas, o irmão o Senhor, escritor desta carta, refere-se a uma profecia de Enoque, na qual ele descreve a volta do Senhor, juntamente com os seus anjos, para julgar todos os ímpios pelas obras de impiedade que praticaram. Esse julgamento colocará numa balança, não somente as más obras praticadas pelos homens maus, mas também as blasfêmias proferidas por eles contra o Senhor. Não é de se estranhar o fato de que uma das principais características da besta que subiu do mar (mar significa multidões) será a sua petulância para blasfemar contra Deus e seus filhos, Ap 13.5-6, “5 Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias; e deu-se-lhe autoridade para atuar por quarenta e dois meses. 6 E abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome e do seu tabernáculo e dos que habitam no céu”.
c) Ap 20.11-15, “11 E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiram a terra e o céu; e não foi achado lugar para eles. 12 E vi os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono; e abriram-se uns livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. 13 O mar entregou os mortos que nele havia; e a morte e o além entregaram os mortos que neles havia; e foram julgados, cada um segundo as suas obras. 14 E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. 15 E todo aquele que não foi achado inscrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo”.
Temos aqui o Julgamento do Grande Trono Branco, que será o último e definitivo juízo de Deus sobre os ímpios. Aquele que for condenado neste julgamento, não lhe restará outra coisa a não ser o “lago de fogo”, que é a perdição eterna para todos quantos rejeitam a Palavra de Deus. A própria Palavra de Deus será testemunha contra aqueles que recusaram servir ao Senhor Jesus em vida, Jo 12.48, “Quem me rejeita, e não recebe as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o julgará no último dia”. Sobre o Juízo Final, observe o que diz H. E. Alexander:
“Abriram-se livros que continham o registro das obras daquelas pessoas e ‘foram julgadas segundo as suas obras’. Isto nos mostra que a vida do homem, todos os seus atos, pensamentos e palavras estão registrados e, no final, cada um será colocado diante das próprias obras que o acusarão. Para confirmar que praticaram obras más, o livro da vida é aberto, mas seus nomes não estão ali. O livro da vida não contém o nome dos mortos; em compensação, os outros livros estão repletos de suas obras ímpias.
O grande trono branco prova que Deus é justo e sela para sempre a condenação do homem.
Esta multidão de mortos-vivos é lançada no lago do fogo. A morte e o Hades (morada dos mortos), vazios de seu conteúdo também são ali lançados (20.14,15)”.(8)
Veja ainda o comentário de Win Malgo sobre o Juízo Final, Ap 20:
“Então vemos os livros abertos. A abertura do livro da vida e dos livros com a anotação de todos os pecados de todos os homens, que não aceitaram o Senhor Jesus, traz a importante decisão sobre a eterna bem-aventurança ou a eterna maldição. A decisão já se realiza agora em tempo de vida de cada um, mas a justiça de Deus ainda tem que ser exercida. Também se decide sobre o grau da eterna maldição, pois está dito duas vezes nos versículos 12-13b: ‘E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros… um por um, segundo as suas obras’. Na Eternidade haverá inúmeros níveis diferentes, pois Deus é justo. Isso vale também para o julgamento diante do trono do julgamento do galardão (comp. 1 Co 3.11ss e 2 Co 5.10). Lá não se decide sobre a eterna bem-aventurança ou a eterna maldição, pois isso é, eu repito, decidido durante a vida, quando uma pessoa aceita ou rejeita Jesus Cristo, mas sobre a recompensa dos vencedores, sobre a coroa. Diante do grande trono branco, entretanto, se decide sobre o grau de perdição. Lá, isto é, antes do Milênio, se decide sobre o grau da eterna bem-aventurança. Aí se apresenta a pergunta: Se tudo já está decidido, por que ainda existe o livro da vida, porque até está dito no versículo 15: ‘E, se alguém não foi achado inscrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago do fogo”? Apresentando a pergunta de outra maneira: Se todos esses mortos, grandes e pequenos, que se encontram diante do trono de Deus, estão de qualquer maneira perdidos, por que mesmo assim se procura seu nome no livro da vida? Eu repito: Deus é justo! Ali, diante da Sua face, todos se calarão. Toda réplica, todo ‘sim, mas…’ se perde no nada, porque o nome da pessoa em questão falta no livro da vida. Ninguém poderá afirmar, portanto, que não se procurou pelo seu nome. Aliás, o livro da vida aparece seis vezes no Apocalipse, nos capítulos 3.5; 13.8; 17.8; 20.12,15; 21.27. Por isso, o mais importante para toda pessoa, é saber se seu nome consta dele! Um hino diz: “Teu nome já está escrito ali diante do trono de ouro, no livro da vida teu nome já está escrito?” (tradução livre do alemão)”.(9)
3. Sim, o Grande Juiz não permitirá que este sistema religioso corrupto, devasso, com todos os seus adeptos, fique sem punição! O grande dia do Juízo já está determinado, At 17.31, “…porquanto determinou um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que para isso ordenou; e disso tem dado certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos”. Não nos esqueçamos sobre o fato de que “Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo”, Hb 10.31.
CONCLUSÃO:
1. A Igreja de Cristo dos dias atuais precisa ficar alerta, atenta, para guardar-se, defender-se deste sistema religioso mundano. Este sistema envolverá muitas igrejas, denominações, que serão atraídas pelo Ecumenismo que, como vimos, tem como objetivo colocar numa mesma ideologia religiosa-política, todas as denominações existentes. Quem não ficar atento, poderá ser envolvido pelos tentáculos deste enorme polvo maligno! Certamente, Satanás investirá tempo, dinheiro e todos os recursos possíveis para cativar os incautos.
2. Para nos protegermos deste sistema político-religioso falso, precisamos nos apegar com intensidade aos princípios da Palavra de Deus. Devemos também fazer “oposição bíblica” contra quaisquer movimentos heréticos que embora apresentem um plumagem atrativa, convidativa, seu interior certamente estará contaminado com um veneno mortal. Tal peçonha
mortal estará pronta para ser inoculada, injetada, naqueles que forem capturados pelo ardil de Satanás! Lembremos que o segredo de vitória da Igreja Primitiva estava no fato de que ela “perseverava na doutrina dos apóstolos”, At 2.42, “…e perseveravam na doutrina dos apóstolos…”. Não sejamos como alguns que usam a Palavra de Deus com infidelidade, adulterando-a, “Porque nós não somos falsificadores da palavra de Deus, como tantos outros; mas é com sinceridade, é da parte de Deus e na presença do próprio Deus que, em Cristo, falamos”, 2 Co 2.17...
BISPO/JUIZ. MESTRE E DOUTOR EM ÊNFASE E DIVINDADE DR.EDSON CAVALCANTE


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