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quarta-feira, 31 de julho de 2013

CONHECENDO AS SETE IGREJAS DO LIVRO DE APOCALIPSE...


                    CONHECENDO AS SETE IGREJAS DO LIVRO DE APOCALIPSE...
1.  Introdução
Cada uma das sete cartas que Jesus mandou que João escrevesse às Igrejas da Ásia, são dirigidas ao “anjo da igreja”, ou seja, ao pastor e consequentemente ao povo da igreja naquela cidade.
Estas sete Igrejas, na providência de Deus, nos fornecem um modelo de todas as igrejas, de todas as épocas, e, portanto, são representativas.
As características daquelas igrejas, são pois encontradas em sete fases distintas de toda história da igreja na Terra; desde o pentecostes até a volta de Cristo à Terra. Assim como para aquelas cidades, as cartas contem elogios e repreensões para estas épocas da igreja através dos séculos.
As sete igrejas também simbolizam 07 tipos de Igrejas escatológicas encontradas nos últimos dias.
2.  SIGNIFICADO DO NOME, CARACTERÍSTICA e ÉPOCA NO TEMPO.
1. ÉFESO Igreja autêntica, apostólica 30 a 100 d.C
2. ESMIRNA Mirra (latim) Igreja perseguida, atribulada 100 a 313 d.C
3. PÉRGAMO Cidadela (grego) Igreja mundana, estatal 313 a 590 d.C
4. TIATIRA Igreja papal, corrupta 590 a 1517 d.C
5. SARDES Igreja da Reforma, morta 1517 a 1730 d.C
6. FILADELFIA Amor fraternal (grego) Igreja missionária, evangelistica, fiel 1730 d.C. até o arrebatamento
7. LAODICÉIA Que pertence a Laodice, mulher de Antíoco II Igreja morna, apóstata,  1900 d.C. até a Segunda volta de Cristo
3.  EM CADA CARTA EXISTE UMA MENSAGEM CENTRAL:
1 ÉFESO: Deixaste o primeiro amor, arrepende-te.
2 ESMIRNA: Tereis uma tribulação de dez dias, sê fiel até a morte.
3 PÉRGAMO: Tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, arrepende-te.
4 TIATIRA: Toleras Jezabel.
5 SARDES: Tens nome de que vives, e estás morto.
6 FILADELFIA: Eis que diante de ti pus uma porta aberta.
7 LAODICÉIA Nem és frio nem quente, estou a ponto de vomitar-te.
4.  Para cada igreja Jesus se revela com uma das características da visão de Cristo Glorificado, como sendo aquele que tem a resposta para a necessidade daquela igreja.
1. Para a igreja ortodoxa e sempre esforçada em Éfeso, Cristo é aquele que tem as igrejas na sua mão direita, isto é, que lhe sustenta a obra.
2. Para a igreja atribulada em Esmirna, na véspera de martírio, Jesus apresenta-se como aquele que havia experimentado a perseguição, até mesmo a morte e havia vencido.
3. À igreja mundana em Pérgamo, Cristo glorificado é quem maneja a espada dividindo a igreja do mundo.
4. Para a igreja corrupta, Tiatira, Cristo é Juiz com olhos como chamas de fogo.
5. Para a igreja morta, Sardes, Jesus tem os sete Espíritos de Deus e pode ressuscitar os crentes da morte para a vida.
6. À igreja missionária, Filadélfia, Cristo é quem quer abrir a porta para a evangelização.
7. Para a igreja morna, Laodicéia, Cristo é a Fiel e Verdadeira Testemunha, tirando da igreja a máscara da satisfação em si mesma.
5.  O conteúdo das cartas
5.1   ÉFESO
A CIDADE - A cidade de Éfeso era a principal cidade da província romana chamada Ásia, do tamanho do estado do Ceará, nela estava situado o templo da deusa Diana, considerado uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, e orgulho dos efésios, também segundo uma lenda, a cidade era a guardiã da estátua de Júpiter que caíra do céu. “O escrivão da cidade, tendo apaziguado o povo, disse: Senhores, efésios: quem, porventura, não sabe que a cidade de Éfeso é a guardiã do templo da grande Diana e da imagem que caiu de Júpiter? ” (At. 19:35) O templo de Júpiter, no entanto, ficava em frente a cidade de Listra. (At. 14:13).
Era uma cidade envolvida em ocultismo e magia negra, porém ali o apóstolo Paulo fundou a igreja autêntica. O próprio apóstolo João escolheu Éfeso como centro de seu trabalho na Ásia, e Maria, mãe de Jesus, como passara a morar com João após a crucificação, possivelmente viveu Éfeso os últimos dias de sua vida. Atualmente a cidade Éfeso é só ruínas.
A IGREJA EM ÉFESO – (Tempo na história: 30 – 100 d.C.) – A Igreja autêntica.
Qualidades:
-Era autêntica e ensinava a doutrina verdadeira
-Era uma igreja de muito trabalho e esforço
-Tinha paciência e perseverança
-Pôs a prova os maus crentes
-Sofreu mas não se cansou
-Não permitiu os maus na comunhão da igreja.
-Odeia as obras dos nicolaítas – Seita fundado por Nicolau de Antioquia, infiltrada na igreja de Éfeso e Pérgamo, que procurava entrar em compromisso com o paganismo, a fim de permitir que os cristãos participassem em algumas das atividades sociais e religiosas da sociedade. O termo “nicolaítas” pode ser uma forma helenizada de Balaão, sendo assim, as duas seitas citadas podem ser a mesma.
Defeito:
- Deixou o primeiro amor. – Cuidou da doutrina e da disciplina mas esqueceu as primeiras obras.
Conseqüências:
- Virei em breve quando não esperas
- Tirarei do teu lugar o teu castiçal
Conselhos:
- Lembra de onde caístes. – Esta era a igreja dos apóstolos, que começou no dia do Pentecostes, uma igreja que nasceu com milagres e avivamento, mas com o passar do tempo foi perdendo o seu poder e se tornou uma igreja ortodoxa e sem amor, que punia severamente aqueles que falhavam.
- Arrepende-te – Este mesmo conselho consta em outras cartas do Senhor às igrejas.
- Pratica as primeiras obras - Este aviso dado a igreja de Éfeso, tem sido um alerta para cada cristão zeloso, que procura andar com Deus. Sempre procurar retornar ao primeiro amor, retomar as primeiras obras e buscar o reavivamento antes que esfrie e se torne um crente sem vida.
Recompensa
Ao vencedor … árvore da vida … paraíso de Deus: A recompensa aguarda os vencedores que perseveram no amor e na verdade. Aqueles que desistem, abandonando para sempre o seu amor, não receberão o galardão. Jesus descreve a comunhão com Deus em termos que nos lembram do jardim do Éden. Por causa do pecado, o homem foi expulso do jardim em que Deus andava (Gênesis 3:22-24,8). Aqueles que andam com Deus têm a esperança da vida no paraíso do Senhor.
5.2   ESMIRNA
A CIDADE - Das sete, esta é a única cidade que permanece até hoje com a grandeza que tinha no tempo de João. Atualmente chama-se Izmir e é a maior cidade da Turquia Asiática. Esmirna era o centro do ministério e o lugar do martírio de Policarpo, que fora separado para o episcopado pelo apóstolo João. A carta a esta igreja é a mais resumida das sete e não contem nenhuma repreensão.
A IGREJA EM ESMIRNA – (Tempo na história – 100 a 313 d.C.) – A Igreja perseguida.
Mensagem
- Eu sei as tuas obras
- Sei das tuas tribulações
- Conheço a tua pobreza, mas tu és rico
- Não temas as coisas que hás de padecer
- O diabo lançará alguns na prisão
- Terás uma tribulação de dez dias
- Sê fiel até a morte
O período da Igreja de Esmirna foi o tempo dos mártires. Os cristãos eram perseguidos e mortos, jogados nas arenas de leões, crucificados ou queimados em fogueiras.
O DESTINO DOS APÓSTOLOS
Todos os apóstolos que andavam com Jesus morreram como mártires, com exceção de dois: Judas Iscariotes, que traiu Jesus e acabou se enforcando, e João, que após ser exilado na ilha de Patmos, obteve a liberdade e morreu de morte natural. Com os demais apóstolos ocorreu o seguinte:
Paulo - Não era apóstolo oficialmente, foi considerado apóstolo dos gentios por causa da sua grande obra missionária nos países gentílicos. Foi decapitado em Roma por ordem de Nero.
Matias - Ficou no lugar de Judas Iscariotes, foi martirizado na Etiópia.
Simão - O zelote, foi crucificado.
Tiago (O mais Jovem) - Pregou na Palestina e no Egito, sendo ali crucificado.
Tiago (O mais Velho) - Pregou em Jerusalém e na Judéia. Foi decapitado por Herodes.
Mateus - Morreu como mártir na Etiópia.
Tomé - Pregou na Pérsia e na Índia, sendo martirizado perto de Madras no monte de São Tomé.
Bartolomeu - Serviu como missionário na Armênia, sendo golpeado até a morte.
Filipe - Pregou na Frígia e morreu como mártir em Hierápolis.
André - Pregou na Grécia e Ásia Menor. Foi crucificado.
Simão Pedro - Pregou entre os judeus chegando até a Babilônia, esteve em Roma, onde foi crucificado com a cabeça para baixo.
“Se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará;” 2 Timóteo 2:12
Recompensa
2:11 – “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte.”
De nenhum modo sofrerá dano da segunda morte: o castigo eterno (20:6,14; 21:8). Os perseguidores poderiam até causar a primeira morte, mas os fiéis não sofreriam a segunda morte (veja Mateus 10:28).
5.3   PÉRGAMO
A CIDADE - Ficava situada a beira de Caico, a cidade era famosa não somente pela biblioteca de duzentos mil volumes, mas também pelo magnífico templo ao deus Esculápio, a quem se atribuía a cura de doentes e a ressurreição dos mortos.
Do nome da cidade vem o termo “pergaminho”. Esta cidade era um lugar de imoralidade, mais de que qualquer outra cidade de então. O Senhor mandou dizer a igreja desta cidade: “…eu sei onde habitas, que é onde está o trono de Satanás.”
A IGREJA EM PÉRGAMO – (Tempo na história 313 a 590 d.C.) – A igreja mundana.
Qualidades:
- Sei as tuas obras
- Retens o Meu Nome
- Não negaste a minha fé
- Antipas minha fiel testemunha foi morto entre vós
Defeitos:
- Tens lá os que seguem a doutrina de Balaão[1]
- Tens os que seguem a doutrina dos nicolaítas[2]
Conselhos:
- Arrepende-te
Conseqüências:
- Virei contra ti e batalharei com espada da minha boca.
Recompensa
2:17- “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei do maná escondido, bem como lhe darei uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele que o recebe.”
O maná escondido: Aqueles que recusassem qualquer participação na mesa dos demônios seriam sustentados pelo maná de Deus. Jesus é o maná dado pelo Pai (veja João 6:31-65). Ele sustenta os fiéis e lhes dá vida. A mensagem de Jesus continua oculta para os sábios deste mundo (veja 1 Coríntios 2:6-10).
Uma pedrinha branca com um nome novo escrito: Um nome novo, freqüentemente, sugeria uma nova direção na vida, especialmente de uma pessoa abençoada por Deus (exemplos: Abrão > Abraão; Sarai > Sara; Jacó > Israel). Em Isaías 62:2-4, Desamparada e Desolada recebem nomes novos: Minha-Delícia e Desposada, mostrando a bênção de estar com Deus. Veja, também, 3:12.
A pedrinha branca pode incluir vários significados, conforme os costumes da época. Pedras brancas foram usadas para indicar a inocência de pessoas acusadas de crimes; Jesus inocenta os seus seguidores fiéis.
Pedras brancas foram dadas a escravos libertados para mostrar sua cidadania; os fiéis não são mais escravos do pecado, pois se tornaram cidadãos da pátria celestial (Filipenses 3:20).
Elas foram usadas pelos romanos como um tipo de ingresso para alguns eventos; Jesus permite os fiéis a entrarem na presença dele para o seu banquete (veja 19:6-9). Também foram dadas aos vencedores de corridas e aos vitoriosos em batalha. Os fiéis são vencedores que receberão o prêmio (2 Timóteo 4:7-8).
5.4   TIATIRA
A CIDADE - A rica cidade de Tiatira era conhecida como um centro comercial, no fértil vale do rio Lico. Era também, a cidade de Lídia, a qual, talvez tratando do seu ofício de vender púrpura (At.16), ouviu a pregação do apóstolo Paulo e foi salva. Não sabemos se foi ela quem levou o evangelho a Tiatira; o certo é que o Evangelho chegou até lá, e que havia uma próspera igreja na cidade.
A IGREJA DE TIATIRA – (Tempo na história 590 a 1517 d.C.) – A igreja corrupta, papal.
Qualidades:
- Conheço a tua caridade (amor)
- Serviço, fé e paciência
- Tuas últimas obras são mais que as primeiras.
Defeitos:
- Toleras Jezabel, mulher que se diz profetiza, ensinar e enganar os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria.
- Dei-lhe tempo para que se arrependesse e não se arrependeu.
Conseqüências;
- Eis que a porei numa cama, e sobre os que adulteram com ela virá grande tribulação. Ferirei de morte os seus filhos.
O período desta igreja é maior de todos. Foi a época em que as trevas cobriram a verdadeira igreja. A idolatria, o culto às relíquias e aos santos, o sacrifício da missa, o batismo de crianças, o celibato clerical e muitos outros dogmas de homens foram introduzidos no seio da igreja e a verdadeira doutrina foi sucumbida.
Recompensas
Autoridade sobre as nações: Os cristãos perseguidos foram vítimas da maldade dos homens poderosos deste mundo, até do poder do governo. Mas os vencedores dominariam sobre as nações com o poder do Ungido de Deus (compare a linguagem deste texto com Salmo 2:8-9). Jesus daria aos fiéis o privilégio de participar deste vitorioso reino messiânico (veja 5:9-10; Romanos 5:17; Efésios 2:6).
A estrela da manhã: Jesus é a estrela da manhã (22:16; veja 2 Pedro 1:19). Qual maior recompensa para o vencedor do que chegar ao eterno dia iluminado para sempre pela luz de Jesus?
5.5   SARDES
A CIDADE - Sardes era a antiga capital de Lídia, o império do célebre e rico Creso. A cidade, situada no sopé da montanha Tmolo, à beira do Pctolo, era famosa pelas suas riquezas e luxo. Conforme a tradição, Sardes foi a primeira cidade dessa região a receber o Evangelho sob a pregação do apóstolo João. Também foi a primeira a desviar-se da fé e uma das primeiras a virar ruínas.
A IGREJA EM SARDES – (Tempo na história – 1517 a 1730 d.C.) – A igreja morna.
Qualidades:
- Tens pessoas que não contaminaram seus vestidos; comigo andarão de branco.
Defeitos:
- Tens nome de que vives, mas estás morto.
- Não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus. – Pode-se também entender como: “Não achei as obras completas”. Há grande inclinação para se começar várias obras, sem completar a que já começamos.
Conseqüências:
- Se não vigiares, virei contra ti como um ladrão.
Conselhos:
Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus. – (Ap. 3:2). – Aqui existe uma ordenança para consolidar os fracos na fé. – “que estão para morrer”. Quem sabe as obras incompletas fossem o descaso com os mais fracos, que estavam morrendo na fé.
Arrepende-te.
Promessas ao vencedor:
1. Ao que vencer será vestido de vestes brancas. – As vestes brancas simbolizam a justiça.
2. De maneira nenhuma riscarei o seu nome do Livro da Vida. – O nome dos mortos não podem fazer parte do Livro da Vida, por isso este alerta para a “igreja morta”. – Isso também demonstra que é possível o nome de um crente ser riscado do Livro.
3. Confessarei o seu nome diante do Meu Pai. – Referencia ao texto de Mateus 10:32 – (Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus;)
Dentro da igreja morta, o Senhor levanta um grupo de vencedores. Estas promessas são para eles. – “Ao que vencer”.
5.6   FILADÉLFIA
A CIDADE - Filadélfia era uma cidade da Lídia, 40 quilômetros distante de Sardes, edificada por Atalo Filadelfo, rei de Pérgamo.
A IGREJA EM FILADELFIA – (Tempo na história – 1730 d.C. até o Arrebatamento)
É possível uma igreja ser irrepreensível? A igreja de Esmirna e de Filadélfia eram. Das sete, são as únicas que o Senhor não tinha nenhuma repreensão.
Qualidades:
- Guardaste a minha Palavra.
- Não negaste o Meu Nome.
Promessas:
- Pus diante de ti uma porta aberta.
- Os da sinagoga de satanás virão e adorarão prostrados aos teus pés.
- Eu te guardarei da hora da tentação.
RECOMPENSAS AO VENCEDOR
12-13 – Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do meu Deus, e o meu novo nome.
Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus: As colunas de Filadélfia racharam e caíram em um terremoto algumas décadas antes, mas as colunas no verdadeiro templo de Deus jamais seriam destruídas. As colunas não são de pedra; são colunas vivas e firmes. Jesus não fala somente de líderes nas igrejas (veja Gálatas 2:9), mas de todos os fiéis que vencem com ele. Os discípulos do Senhor são, ao mesmo tempo, pedras vivas e sacerdotes (1 Pedro 2:5-9).
Daí jamais sairá: Os vencedores permanecerão no templo para sempre. Gozarão comunhão eterna com Deus.
Gravarei…sobre ele: Várias descrições mostram a posição privilegiada do vencedor. Nomes gravados sugerem posse. O vencedor pertence a Deus. Ele faz parte do “povo de propriedade exclusiva de Deus” (1 Pedro 2:9). Ele também pertence à cidade de Deus, a nova Jerusalém. A nova Jerusalém é a noiva de Cristo (21:2). O vencedor faz parte da noiva, da igreja que pertence somente a Jesus. Ele recebe, também, o nome de Cristo. Jesus confessará abertamente os nomes dos seus servos (Mateus 10:32).
A Igreja de Filadélfia é a Igreja Fiel. Nasceu no avivamento após a Reforma Protestante. Ela segue paralela com a igreja Laodicéia, a igreja morna. Nos últimos dias da história da igreja o joio e o trigo estarão juntos, sendo separados no dia da colheita. Note que a Igreja de Filadélfia encerra no dia do Arrebatamento, pois ela não vai passar pelos sete anos da Grande Tribulação. Já a Igreja de Laodicéia continua até a Segunda Vinda de Cristo, logo após os sete anos do reinado do Anticristo.
5.7   LAODICÉIA
A CIDADE – Laodicéia era uma cidade sobre o rio Lico, famosa pelos amplos muros, e como Roma, edificada sobre sete montes. Parece que o apóstolo Paulo se esforçou para introduzir o Evangelho em Laodicéia, de onde escreveu uma epístola, acerca da qual se refere em Col. 4:16. A cidade foi destruída por um terremoto em 62 d.C. e reconstruída por seu próprio povo, o qual se orgulhava de o fazer sem pedir auxílio ao governo. Era uma das mais ricas cidades da Ásia, pois dos rebanhos de ovelhas daquela região produziam a excelente lã negra de altíssimo preço. Por isso os moradores de Laodicéia se achavam ricos e bem vestidos. Ali também era produzido um colírio valioso e único, procurado por todas as outras cidades da região e até outros países. Em sua carta, o Senhor Jesus ignora estes valores materiais e diz como vê aquele povo: “pobre, cego e nu”.
A IGREJA EM LAODICÉIA – (Tempo na História = 1900 até a 2 ª volta de Cristo)
Ao contrário da Igreja em Filadélfia que não houve nenhuma repreensão, a igreja em Laodicéia não recebeu nenhum elogio do Senhor. Esta igreja é chamada de apóstata, pois tem negado o seu Senhor através de suas atitudes mundanas.
E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos. – (Mt. 24:12)
Defeitos:
- Nem és frio nem quente.
Conseqüências:
- Vomitar-te-ei da minha boca (a água morna é usada para provocar vômito)
- Eu repreendo e castigo todos quantos amo.
Conselhos:
- Compres de mim ouro provado no fogo para que te enriqueças, vestidos brancos para que te vistas, e que unjas os teus olhos com colírio para que vejas.
- Eis que estou a porta e bato, se alguém ouvir e abrir, entrarei.
RECOMPENSAS
3:21-22 – Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono. 22 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono: Os vencedores terão o privilégio de reinar com Cristo (veja 2:26-27; 20:4). Tal honra não seria para os orgulhosos e auto-suficientes, mas para os humildes e obedientes. Jesus foi obediente ao Pai aqui na terra para ser exaltado ao lado dele no céu (Filipenses 2:8-9). Somente os obedientes serão exaltados com Cristo.
Apesar de vivermos nos dias da igreja morna, existe também a igreja fiel e irrepreensiva. É esta Igreja que o Senhor Jesus vem buscar. O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida. – (Ap. 22:17)
Para todas as igrejas de todas as épocas e cidades, a mensagem final do Senhor Jesus é: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas.”
Continuaremos na aula 03. Que Deus te abençoe!
 [1] A descrição da doutrina de Balaão refere-se à história do Velho Testamento (Números 22-25; 31:16). No final dos 40 anos de peregrinação, os israelitas chegaram perto da terra prometida. Acamparam-se nas campinas de Moabe, e os moabitas e medianitas ficaram amedrontados. Balaque chamou Balaão para amaldiçoar o povo, mas Deus frustrou todas as suas tentativas de falar contra os israelitas. Balaão desistiu de suas maldições, mas procurou outra maneira de vencer o povo de Israel. Deu o conselho de convidá-los a participarem de uma festa idólatra. Nesta festa, muitos israelitas se envolveram na idolatria e na imoralidade, e Deus mandou uma praga que matou 24.000 israelitas.
[2] nicolaítas – Seita fundada por Nicolau de Antioquia, infiltrada na igreja de Éfeso e Pérgamo, que procurava entrar em compromisso com o paganismo, a fim de permitir que os cristãos participassem em algumas das atividades sociais e religiosas da sociedade. O termo “nicolaítas” pode ser uma forma helenizada de Balaão, sendo assim, as duas seitas citadas podem ser a mesma...

BISPO/JUIZ MESTRE E DOUTOR EM ÊNFASE E DIVINDADES DR.EDSON CAVALCANTE

terça-feira, 30 de julho de 2013

GANÂNCIA A SEMENTE DO MAL...


                                                  GANÂNCIA A SEMENTE DO MAL...
“...recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres, o que também me esforcei por fazer.” (Apóstolo Paulo - Gálatas 2:10 RA)
Apesar de não apreciar a maioria dos programas evangélicos da TV, sou obrigado a assisti-los de vez em quando. Muitas ovelhas que pastoreio assistem a estes programas, razão pela qual preciso estar alerta contra heresias que possam contaminar o rebanho de Deus.
E tenho percebido uma grave heresia sendo ensinada nestes programas. Como se sabe, a maioria deles tem o mesmo formato: Abertura, música, pregação, venda de produtos, pedido de ofertas e oração. Mas, ao contrário do que se poderia esperar, o erro maior não está na pregação, ainda que algumas sejam lamentáveis, mas na forma como pedem ofertas para manter seus programas no ar.
É quase unanimidade os tele pastores pedirem ofertas trocando a palavra “dinheiro” por “semente”. Alguns dizem: “semeie no meu ministério”, com a promessa de uma grande colheita financeira para quem semear mais. E dizem isto usando a Bíblia como respaldo!
Preciso confessar que eu mesmo, no passado, fui vítima desta heresia. Por não conferir o contexto, cheguei a ensinar a tal “lei da semente”, erro que, pela misericórdia de Deus, não demorei a corrigir.
O texto bíblico mais usado (e abusado) para se pedir ofertas como sementes, encontra-se na segunda carta de Paulo aos Coríntios, onde encontramos o seguinte versículo: “E isto afirmo: aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará.” (2 Coríntios 9:6 RA)
Sim, de fato, o contexto mostra que o apóstolo Paulo está falando de ofertas. E comparando estas ofertas a sementes. Mas, a questão é: por que Paulo usou desta comparação? A resposta é surpreendente:
Porque aquelas ofertas eram destinadas aos pobres.
Ao contrário dos tele evangelistas, Paulo não estava pedindo ofertas para o seu ministério. A razão do seu pedido de ofertas era a “a favor dos santos” em necessidade (Confira 2 Co 9:1,12). Provavelmente, um apelo para socorrer financeiramente os cristãos pobres da Judéia (Atos 11:29). Sim, porque, ao contrário do que ensina a teologia da prosperidade, os santos também podem ser pobres, materialmente falando (Ap 2:9).
E, a fim de que ninguém duvidasse de suas corretas intenções, o apóstolo cita uma promessa das Escrituras:
“como está escrito: Distribuiu, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre.” (2 Coríntios 9:9 – citando o Salmo 112:9)
Como se percebe, a promessa é para quem oferta “aos pobres” e Paulo não deixa dúvidas quanto a isto. Basta que leiamos o contexto. Paulo poderia também ter acrescentado outros versículos, tais como:
“Bem-aventurado o que acode ao necessitado; o SENHOR o livra no dia do mal. O SENHOR o protege, preserva-lhe a vida e o faz feliz na terra; não o entrega à discrição dos seus inimigos. O SENHOR o assiste no leito da enfermidade; na doença, tu lhe afofas a cama.” (Salmos 41:1-3 RA)
“Quem se compadece do pobre ao SENHOR empresta, e este lhe paga o seu benefício.” (Provérbios 19:17 RA)
“O que semeia a injustiça segará males; e a vara da sua indignação falhará. O generoso será abençoado, porque dá do seu pão ao pobre.” (Provérbios 22:8-9 RA)
Foi com base em promessas assim, de Deus abençoar quem ajuda “ao pobre”, que Paulo comparou tais ofertas a sementes.
Isto é muito diferente de levantar-se ofertas para se manter programas na televisão, cujo minuto é caríssimo e o benefício duvidoso. E o pior é que a maioria destes programas nem sequer está pregando o verdadeiro evangelho de Cristo! A maioria das pregações da TV é voltada para satisfazer os interesses do homem.
O verdadeiro evangelho causa furor na maioria das pessoas, porque poucos querem se arrepender de seus pecados e depositar sua fé inteiramente em Cristo para salvação. A maioria prefere acreditar que será salva porque foi uma pessoa boa, ignorando a enfática realidade exposta por Jesus de que “ninguém é bom, a não ser um, que é Deus”.
E isto é um dilema. Como manter programas na TV dizendo a verdade para as pessoas? Sendo assim, os tele evangelistas fazem um tremendo esforço para agradar seus telespectadores, a fim de aumentar a audiência e o número de fiéis “semeadores”.
Mas, esta é a verdade: Quem ajuda a pagar caros programas evangélicos não pode esperar colheita de nada, a não ser de absurdos escândalos, como se tem visto ultimamente. Quero deixar como exemplo o escândalo mais recente:
Enquanto outros canais de televisão mostravam o número de uma conta bancária para ajudar os desabrigados das chuvas, que vitimaram milhares de pessoas no estado do Rio de Janeiro, um famoso pastor mostrava o número de três contas bancárias para que “semeassem” no seu ministério. E, detalhe, sementes de mil reais!
Quem não tivesse mil reais poderia parcelar sua “semente” em várias prestações, a fim de não perder a fabulosa colheita de bênçãos e ainda ganhar um lindo certificado do seleto “CLUBE DE 1 MILHÃO DE ALMAS”.
Ao invés deste pastor aderir à campanha pelas vítimas das chuvas, entre as quais algumas que perderam tudo, ele preferiu pedir dinheiro para bancar suas mega cruzadas. E, ainda que o dinheiro seja gasto nisso, tais cruzadas evangelísticas não atingem nem de longe o alvo a que se propõem.
Respaldo minha afirmativa no depoimento de Billy Graham, maior evangelista do século XX. Após analisar suas inúmeras cruzadas, ele chegou a uma conclusão alarmante. Pelos seus cálculos, dentre todos que assinaram “cartões de decisão” em suas cruzadas, somente três por cento procuraram uma igreja e chegaram a passar pelas águas do batismo. Apenas três por cento!
Amado irmão, se você almeja receber algum benefício do Senhor, uma verdadeira colheita de bênçãos, semeie da forma correta: não se esquecendo do necessitado, se compadecendo do pobre, repartindo com ele o seu pão. (Sl 41:1; Pv 19:17; 22:8)
Esta é a forma de evangelismo mais eficaz que existe, porque esta é a verdadeira semente de Deus: O AMOR.
“Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.” (1 João 3:18 RC)...
BISPO/JUIZ MESTRE E DOUTOR EM ÊNFASE E DIVINDADES DR.EDSON CAVALCANTE


segunda-feira, 29 de julho de 2013

ESTAR FALTANDO PÃO EM BETEL (CASA DE DEUS)...


                            ESTAR FALTANDO PÃO EM BETEL  (CASA DE DEUS)...
Rute 1.1-22
INTRODUÇÃO
A fome é uma das experiências mais dramáticas na vida de uma pessoa. Ela produz inquietação, desespero e até mesmo a morte. Na época do profeta Eliseu, Samaria foi cercada pelos Sírios. Não entrava nem saída nada nem ninguém da cidade. O inimigo estava acampado do lado de fora. O povo de Samaria estava cercado e preso dentro dos seus muros. O pão acabou. O povo começou a passar fome. Eles tinham dinheiro, mas não tinham o que comprar. O desespero foi tão grande que as pessoas começaram a comer carne humana.
Belém de Judá também está enfrentando um tempo de fome. A terra que manava leite e mel estava agora assolada pela fome. Aquele era o tempo dos juízes. Uma época em que o povo com frequência se desviava do Senhor (Jz 21:25). Esse tempo pode ser resumido assim: prosperidade e bênção > apostasia > castigo > arrependimento > bênção > apostasia > castigo. A seca, a invasão do inimigo, a fome era um sinal de castigo de Deus sobre o povo rebelde.
I. QUANDO FALTA PÃO NA CASA DO PÃO O POVO SE DESESPERA
1. Houve fome em Betel, a Casa do Pão – v. 1
Betel significa “a Casa do Pão”. Mas houve um dia que faltou pão na Casa do Pão. Houve um dia em que os fornos das padarias de Belém ficaram frios e as prateleiras ficaram vazias. Então, houve fome em Belém, mas não havia pão. As pessoas buscavam pão, mas não encontravam pão. Este é um retrato das igrejas hoje.
A igreja também é a Casa do Pão. As pessoas estão famintas. “Eis que vêm dias , diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra, não de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor” (Amós 8:11). Muitas pessoas buscam Deus na igreja, mas não encontram. Encontram muito do homem e pouco de Deus. Encontram muito ritual, mas pouco pão espiritual. Encontram muito da terra e pouco do céu.
Hoje muitas pessoas estão famintas de outras coisas e não famintas de Deus. Buscam conhecer a respeito de Deus, mas não conhecer a Deus. Posso ter muita informação sobre Deus e não ter intimidade com ele. Conheço bastante sobre FHC, mas não tenho intimidade com ele. Temos hoje igrejas cheias de pessoas vazias de Deus e igrejas vazias de pessoas cheias de Deus. Precisamos ter fome de Deus.
O salmista disse: “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo” (Sl 42:2). Os filhos de Coré diziam “O meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo” (Sl 84:2). As pessoas hoje estão buscando as bênçãos de Deus e não o Deus das bênçãos. Querem os dons e não o doador. Querem as bênçãos e não o abençoador. Pessoas que buscam seus interesses e não a glória de Deus. Têm fome das coisas da terra e não das coisas do céu.
Ter fome de Deus é fazer como Paulo: considerar como lixo os favores da terra por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo. É não se contentar com farelo, com palha seca, com pão embolorado. Você tem fome de Deus? Você tem ansiado por Deus mais do que os guardas pelo romper da alva? Você tem clamado como Moisés: “Oh, Senhor eu quero ver a tua glória!”. Você tem clamado como Eliseu: “Senhor, eu quero porção dobrada do teu Espírito!” Ou será que estamos satisfeitos conosco mesmos como a igreja de Laodicéia?
Oh! A maior necessidade da igreja hoje é da presença de Deus, é da glória de Deus, é da manifestação de Deus em seu meio, é de pão na Casa do Pão!
II. QUANDO FALTA PÃO NA CASA DO PÃO AS PESSOAS DEIXAM A CASA DO PÃO – V.
1. Pessoas famintas deixam a Casa do Pão, quando não há pão na Casa do Pão – v. 1
A fome traz grande inquietação. Houve desespero em Belém. Era um tempo de apostasia, de descompromisso com Deus. O período dos juízes foi o tempo mais turbulento da história de Israel. A Palavra de Deus era rara. O povo vivia oprimido nas mãos de seus inimigos. O povo não perseverava em buscar o Senhor. Só se voltavam para Deus na hora da aflição, mas se esquecia de Deus na hora de fartura.
Elimeleque, Noemi, Malom e Quiliom abandonaram Belém. Fugiram de Belém. Eles saíram guiados pela visão humana e não pela fé. Como Ló buscaram segurança e não a vontade de Deus. Buscaram novos horizontes onde saciar a sua fome. A razão porque eles deixaram a Casa do Pão é que não havia pão na Casa do Pão.
É uma constatação muito simples: Por que as pessoas deixam as igrejas ou não vêm para a igreja? Porque não há pão. O pão era parte das práticas do templo também, era prova da presença do Senhor: o pão da proposição, o pão da Presença. O pão indicava a presença de Deus. As pessoas estão procurando desesperadamente algum lugar onde encontrar pão, onde saciar sua fome, onde satisfazer suas profundas necessidades. As pessoas estão se dirigindo aos bares porque estão famintas. Elas vão aos clubes porque estão com uma grande fome interior. Elas buscam os centros espíritas porque há um buraco na alma delas com fome de Deus. Elas usam cristais em seus pescoços buscando entrar em contato com o mundo espiritual. Elas se atropelam em filas para grandes seminários sobre iluminação espiritual e paz interior, engolindo passivamente, todo o lixo que lhes está sendo passado como se fosse a última revelação do outro mundo.
Oh! Isso deveria envergonhar a igreja. Milhões de pessoas estão procurando Pão onde só há veneno, porque há escassez de Pão na Casa do Pão.
Oh! O que é triste é que às vezes, essas pessoas procuram a igreja, mas não encontram nada na despensa, nada além de prateleiras vazias, gavetas cheias de receitas para pão, fornos frios e empoeirados.
Temos anunciado que há pão em nossa Belém. Mas quando vem a fome, tudo o que fazemos é sair em busca das migalhas dos avivamentos passados. Falamos sobre o que Deus fez e onde ele esteve, mas podemos dizer muito pouco sobre o que ele está fazendo entre nós hoje. E a culpa não é de Deus, é nossa. Temos apenas um resíduo da glória que se extingue. Mas somos como Moisés ao descer do monte: mantemos o véu sobre o rosto para que as pessoas pensem que ainda há glória no nosso rosto, quando a glória já se foi. Camuflamos o nosso vazio assim como o clero nos dias de Jesus, mantendo o véu no lugar tradicional, mesmo não estando mais a arca da aliança por detrás dele. No passado a glória deixou a tenda, o templo, a cidade. Mantemos as estruturas, os rituais, mas falta-nos a glória de Deus!
As pessoas vêm às nossas igrejas, mas elas não veem Deus na sua glória entre nós. Dizemos para elas: Deus está aqui, mas elas não o veem. Uma coisa é a onipresença de Deus, outra é a presença manifesta de Deus. É impossível Deus se manifestar e as pessoas não o notarem. Jacó disse: Esse lugar é tremendo! É a porta do Céu, é a Casa de Deus.
As pessoas têm vindo à Casa do Pão, frequentemente, apenas para descobrir que aqui existe muito de homens e pouco de Deus. Deus quer restaurar entre nós o senso da sua glória. Cada vez mais falamos da glória de Deus cobrindo a Terra, mas como ela vai fluir pelas ruas das nossas cidades, se não pode nem mesmo fluir pelos corredores das nossas igrejas? Se não há pão na Casa do Pão, os famintos buscarão outros lugares para saciarem a sua fome!
III. QUANDO NÃO HÁ PÃO NA CASA DO PÃO AS PESSOAS BUSCAM ALTERNATIVAS PERIGOSAS – V. 1-5
1. Em vez de buscar a Deus, eles fogem
No passado Abrão e Isaque também fugiram da fome e sofreram por isso. Na hora da crise, não podemos abandonar a Casa de Deus, mas nos humilharmos, nos voltarmos para Deus, nos arrependermos e pedirmos restauração. A igreja está precisando de restauração. A solução não é deixar a igreja, buscar novos rumos, novas teologias, novas experiências. Nós precisamos é de Deus. Precisamos é da glória de Deus. Precisamos é que a shekináh de Deus volte a brilhar sobre nós. Precisamos é do Pão Vivo do Céu. Precisamos é de Jesus!
2. As alternativas do mundo podem ser mortais
Elimeleque = O Senhor é meu rei e Noemi = ditosa e feliz em vez de enfrentar a crise, fogem da crise. Seus nomes revelam confiança, mas eles fraquejam e buscam um atalho para a solução da crise, o atalho da fuga.
Quando Belém, a Casa do Pão, ficou vazia, as pessoas se viram obrigadas a procurar o pão da vida em outro lugar. O dilema que elas enfrentaram é que as alternativas do mundo podem ser mortais. Elimeleque perdeu sua vida buscando a sobrevivência. Ele perdeu os seus filhos, buscando a segurança deles. Eles encontraram a sepultura onde procuraram um lar. Eles puderam evitar a fome de Belém, mas não a morte em Moabe. Onde eles pensaram que preservariam a vida, eles a perderam.
Moabe é um lugar cruel. Moabe significou para Noemi doença, pobreza, morte do marido e viuvez. Moabe significou para Noemi e perda dos seus filhos. Moabe furtará seus filhos e os sepultará antes do tempo. Moabe separará você do seu cônjuge. Moabe roubará toda a vitalidade que há em você. Moabe deixará sua alma cheia de amargura.
O preço cobrado em Moabe é muito caro: lá as pessoas pagam com seus casamentos, seus filhos, suas vidas.
Noemi partiu feliz e voltou pobre, amargurada, machucada (v. 20,21).
Elimeleque fugiu da fome, mas não conseguiu fugir da morte. Ele escapou da fome, mas não escapou da morte. Ló buscou riquezas em Sodoma e perdeu lá todos os seus bens e arrebentou com a sua família.
IV. QUANDO VOLTA A TER PÃO NA CASA DO PÃO AS PESSOAS CORREM PARA A CASA DO PÃO – V. 6,22
1. Há um rumor que chega até Moabe – v. 6
Há um murmúrio que percorre as nossas cidades, ruas e becos: é o murmúrio dos famintos. Se somente um deles ouvisse um boato de que o Pão está de volta à Casa do Pão, a notícia logo se espalharia como uma onda de eletricidade, na velocidade da luz. As novidades sobre o Pão correriam de casa em casa, de um lugar para outro instantaneamente. E nós não teríamos que nos preocuparmos em anunciar na TV ou usar outros meios de comunicação. Os famintos simplesmente ouviriam a notícia: “Não é uma farsa. É verdade! E não são migalhas no chão. Realmente existe Pão na Casa do Pão! Deus está na igreja! A glória de Deus está sobre a igreja!
Quando isto acontecer serão tantos que virão que não consequiremos comportá-los em nossos templos, não importa quantos cultos tivermos a cada dia. Por que? Como? Tudo o que se tem a fazer é trazer o Pão de volta! Quer saber quando as pessoas começarão a entrar pelas portas da nossa igreja? Tão logo saibam que a PRESENÇA DE DEUS está aqui. E quando a glória de Deus estiver brilhando aqui, não teremos que colocar anúncios no jornal, rádio ou televisão. Tudo que precisamos é da presença de Deus e as pessoas virão de longe e de perto, de todos os lugares, a todo instante!
Exemplo: Avivamento no País de Gales em 1904.
2. Não precisamos nos contentar com migalhas, Deus tem muito mais para nós – v. 6

O Filho Pródigo, longe de casa, passando fome, caiu em si, arrependido e disse: “Quantos trabalhadores de Pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome. Levantar-me-ei e irei ter com meu Pai” (Lc 15:17-18).
Deus tem muito mais para nós. Não precisamos nos contentar com migalhas. Deus tem vida abundante para nós. Isaías 44:3 fala de torrentes do Espírito. João 7:37-38 fala de rios de água viva fluindo do nosso interior. Efésios 3:19 fala de sermos possuídos de toda a plenitude de Deus. Atos 1:8 fala de sermos revestidos com o poder do Espírito Santo.
Se o Senhor prepara para nós um banquete no deserto e uma mesa na presença dos nossos adversários, quanto mais ele não nos dá um banquete na Sua Casa. Não precisamos comer as migalhas que caem da mesa. Ele nos oferece as abundantes fornadas de pão quente preparados nos fornos do céu. Ele prepara para nós um grande banquete e nos convida: Venha e coma!
3. Quando há Pão na Casa do Pão, as pessoas nos acompanharão à igreja – v. 16-19,22
Esta geração, assim como Rute (que retrata os perdidos), está prestes a acompanhar Noemi (um retrato dos pródigos), dizendo: “Se você ouviu que há pão lá, então irei com você. Onde quer que você vá, eu irei. Seu povo será o meu povo, e o seu Deus será o meu Deus” (Rute 1:16).
Sabe quando é que as pessoas virão apressadas para a igreja? No momento em que provarem o Pão da presença de Deus. Quando Rute ouviu que o pão estava de volta em Belém, ela se levantou de sua tristeza para ir à Casa do Pão. Rute tornou-se avó de Davi. Davi é símbolo do Rei Messiânico. Davi nasceu em Belém a Casa do Pão. Mas Rute também foi membro da genealogia de Jesus. Jesus é o Pão da Vida. Jesus também nasceu em Belém, a Casa do Pão. Agora temos o Pão do Céu na Casa do Pão. A todos que têm fome ele diz: “Eu sou o pão da vida, quem comer desse pão nunca mais terá fome”.
Duas coisas acontecem quando o Pão da presença de Deus é restaurado na Igreja.
3.1. Os pródigos voltarão de Moabe
Noemi voltou a Belém. Ela voltou à Casa do Pão. A igreja ficará cheia quando as pessoas souberam que encontrarão pão com fartura na Casa de Deus. Não haverá bancos vazios. As pessoas terão pressa para vir. Elas virão famintas, sedentas. Elas sentirão fome da Palavra. Elas ansiarão por mais, muito mais de Deus.
Você já viu uma pessoa faminta? Já leu sobre milhares de pessoas famintas na Etiópia? Já viu gente desesperada de fome? Precisamos ficar desesperadamente famintos de Deus.
Exemplos: 1) A mulher cananéia – ela clama ao Senhor. Ela insiste. Ela não desiste. Ela enfrenta o silêncio de Jesus, a rejeição dos discípulos, as palavras de Cristo, mas ela está faminta. Ela se recusa a ir embora de mãos vazias.
Nossos cultos terão mais vida. Nossas músicas serão mais ungidas. Nossos sermões serão verdadeiro maná do céu. Nossas aulas de Escola Dominical serão pães quentes vindos direto dos fornos do céu. Nossas reuniões de oração serão frequentadas. Nossos crentes serão cheios do Espírito.
Eu espero que Deus incomode homens e mulheres em nossa igreja e nos torne obcecados com o Pão do Céu, com o Pão da Sua Presença, de forma que não descansemos até sermos saciados. A Bíblia diz que “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça” (Mt 5:3).
Precisamos ansiar pela glória de Deus, pela presença de Deus como Moisés que armou a tenda fora da congregação e para lá ia buscar o Senhor até que o povo viu a glória do Senhor sobre a tenda. Qual foi a última vez que a sua presença, em algum lugar, tenha levado as pessoas a dizerem: “Tenho que me reconciliar com Deus!” Onde estão os futuros Finneys, Moodys, Evan Robersts, que incendiaram sua geração através do poder do Espírito Santo?

Ilustração: Um pastor na Etiópia estava pregando quando homens do Governo Comunista o interromperam, dizendo: Estamos aqui para acabar com esta igreja. Elas já tinham tentado de tudo sem sucesso. Então, naquele dia, agarraram a filha de três anos do pastor e a arremessaram pela janela do templo à vista de todos que ali estavam presentes. Os comunistas pensaram que esta violência acabaria com a igreja, mas a esposa do pastor desceu, colocou sua filhinha morta nos braços e retornou ao seu lugar na primeira fila, e a adoração continuou. Como consequência da fidelidade deste humilde pastor, quatrocentos mil crentes fiéis destemidamente compareceram em suas conferências bíblicas na Etiópia. Um pastor americano, encontrando-se com este pastor, disse-lhe: “Irmão, nós temos orado por vocês, por causa da sua pobreza.” Este humilde homem voltou-se para o pastor americano e disse: “Não, você não compreende. Nós é que temos orado por vocês, por causa de sua prosperidade.” Não sou contra a prosperidade. Seja tão próspero quanto você deseja, mas busque Deus ao invés de buscar a prosperidade.
3.2. Os pródigos não voltarão sozinhos à Casa do Pão – v. 16-19,22
Rute voltou com Noemi. Noemi voltou e trouxe consigo a Rute. Quando a igreja é restaurada não somente os que saíram dela voltam, mas trazem consigo outras pessoas. Quando o Espírito de Deus é derramado os descendes de Jacó brotam como a erva e como salgueiros junto às correntes das águas (Is 44:4).
Tem muita gente nesta cidade faminta. Nós precisamos dizer a elas que existe pão na casa do pão. Ilustração: Os quatro leprosos em Samaria: “Não fazemos bem; este dia é dia de boas novas, e nós nos calamos” (2 Reis 7:9). Precisamos sair pelas ruas desta cidade e dizer que tem Pão na Casa do Pão. Tem pão com fartura para os famintos.
Se Deus realmente se manifestar com poder em nossa igreja, podem ter certeza, o rumor dos famintos se espalhará nesta cidade e região. Antes de podermos abrir as portas, os famintos já estarão na fila esperando por pão fresco. Por que não temos visto esta procura agora? É porque os famintos têm sido frustrados. Falamos da presença de Deus, mas o pecado escreveu em nossos umbrais: ICABODE: foi-se a glória de Israel. Falamos que está fluindo sobre nós um rio de vida, mas o que elas veem é um rio de palavras. Algumas vezes até mesmo construímos maravilhosas pontes sobre leitos secos.
CONCLUSÃO
Em comparação com o que Deus já fez e quer fazer, estamos catando farelos, enquanto ele tem para nós, um crocante pão quentinho, que acabou de sair dos fornos do céu. Ele não é Deus de migalhas e de escassez. Ele está esperando que nós o busquemos de todo o nosso coração. (2 Crônicas 7:14).
Não importa o que você precise ou o que falte em sua vida – o que você realmente precisa é de Deus. E para tê-lo, precisa estar faminto! Faça como Elias, dobre os joelhos e peça a Deus que rasgue os céus e envie chuva para que haja Pão na Casa do Pão...

BISPO/JUIZ .MESTRE E DOUTOR EM ÊNFASE E DIVINDADE DR.EDSON CAVALCANTE

domingo, 28 de julho de 2013

QUER TER VITÓRIA? ENTÃO QUEBRE O CÂNTARO, TOQUE A TROMBETA E ERGUA A TOCHA...


QUER TER VITÓRIA? ENTÃO QUEBRE O CÂNTARO, TOQUE A TROMBETA E ERGUA A TOCHA...
Juízes 7.16-20
-Introdução: Talvez já tenha se perguntado por que tem lutado, mas ainda não conseguiu vencer. Está cansado de lutar, então lute não com suas forças e sim com as armas de Deus.
Com Gideão aprendemos que é preciso haver coragem, disposição e organização. Antes de ir para a Luta contra os midianitas (o pior e mais cruel exército da época) com apenas 300 homens escolhidos por Deus. Duas vezes Gideão perguntou quem queria voltar pra trás por medo e vários retornaram, depois fez o teste à beira do rio para ver quem estava despreparado baixando a guarda ao beber água.
Além disso, nesta luta ficou clara a ação Divina, pois trezentos homens não poderiam vencer 22 mil, mas o Senhor confundiu os inimigos e eles mesmos se destruíram (v.22).
Como me preparar para as lutas?
As armas dessa batalha foram: um cântaro, uma trombeta e uma tocha de fogo (v.16). Vamos aprender como lutar com estas armas:
1- Quebre o Cântaro: v.19
Ao quebrar o cântaro, um grande estrondo houve no chão e assustou os midianitas. O cântaro escondia uma tocha dentro e ao ser quebrado a tocha foi exposta para iluminar. Muitas vezes o cântaro esconde a nossa luz, por isso precisa ser quebrado.
Quebrar o cântaro significa negar a si mesmo como Jesus ordenou (Marcos 8.34). Para vencer é preciso renúncia, resignação, abstinência principalmente do pecado e dos prazeres e egoísmo da carne, como a vaidade, por exemplo.
2- Toque a trombeta: v.18
A trombeta era de um chifre de carneiro. Ao tocar a trombeta, em três grupos, cem de cada vez, eles se revezaram para não se cansar e mantiveram o sonido por muito tempo ecoando no vale onde estavam os inimigos.
Tocar a trombeta significa testemunhar de Jesus e não ter vergonha de anunciar o evangelho como Jesus disse para não nos envergonharmos (Marcos 8.38). A Igreja precisa se unir para manter o som da trombeta ecoando no mundo.
Ao tocar a trombeta anunciamos a Cristo, como Gideão mandou que gritassem: “pelo Senhor e por Gideão!” (v.18 e 20), precisamos lutar pela Igreja de Cristo.
3- Erga a Tocha: v.20
A tocha serviu para iluminar o caminho do exército e confundir a visão dos inimigos pensando que havia muito mais homens ao alto da colina.
Nossa tocha é a Palavra de Deus que nos ilumina e nos faz ser fortes diante do inimigo (Salmos 119.105 e Mateus 4.1-11).
Jesus disse que não devemos esconder a nossa luz e sim mostrá-la ao mundo (Mateus 5.14-16). A chama do Espírito Santo não pode se apagar na vida do cristão.
Deus te dará a Vitória!
-CONCLUSÃO: II Coríntios 10.4,5
Para Vencer é preciso saber como lutar, não lutar da nossa maneira, mas com a força e a forma de Deus para nos dar a vitória é a melhor forma.
Também aprendemos sobre unidade, porque Gideão mandou todos os 300 fazerem tudo juntos para haver união e força.
Gideão ensinou sobre liderança porque mandou o povo olhar para ele e fazer igual (v.17)...

BISPO/JUIZ.MESTRE E DOUTOR EM ÊNFASE E DINVINDADE DR. EDSON CAVALCANTE

sábado, 27 de julho de 2013

ESTUDO SOBRE A GRANDE MERETRIZ- A IGREJA APÓSTATA DOS ÚLTIMOS DIAS...


      ESTUDO SOBRE A GRANDE MERETRIZ – A IGREJA APÓSTATA DOS ÚLTIMOS DIAS...
1. O nome “meretriz” vem do vocábulo grego “pronh” – porne “mulher que vende seu corpo para uso sexuais”, “prostituta”. No “Dicionário de Sinônimos e Contexto da Língua Portuguesa”, editado pela AOL, temos entre outras definições: “biscate, bruaca, mariposa, messalina, mulher-da-rótula, mulher-da-rua, mulher-da-vida, mulher-da-zona, mulher-dama, mulher-de-amor, mulher-de-má-nota, mulher-de-ponta-de-rua, mulher-do-mundo, mulher-errada, mulher-perdida, mulher-vadia, mundana, perdida, piranha, prostituta, puta, quenga, rameira, transviada, vigarista”
2. No AT, Deus sempre equiparou a o adultério e a prostituição, com a perversão e o desvio religioso. A busca aos ídolos, prática comum naquele tempo no meio do povo de Israel, era considerada por Deus com uma prevaricação, uma traição à aliança que Ele tinha com seu povo:
a) Jr 3.7-8, “Sim viu que, por causa de tudo isso, por ter cometido adultério a pérfida Israel, a despedi, e lhe dei o seu libelo de divórcio, que a aleivosa Judá, sua irmã, não temeu; mas se foi e também ela mesma se prostituiu 8 Sim viu que, por causa de tudo isso, por ter cometido adultério a pérfida Israel, a despedi, e lhe dei o seu libelo de divórcio, que a aleivosa Judá, sua irmã, não temeu; mas se foi e também ela mesma se prostituiu”.
Através de Jeremias, Deus culpa tanto o Reino do Norte (Israel), como também o Reino do Sul (Judá), de haverem prevaricado, cometido adultério espiritual. A razão desta culpa foi o fato deles, entre outros pecados e desvios, haverem abandonado ao Senhor em busca dos deuses cananeus. Por este fato, Deus “divorciou-se de Israel”! Note a expressão usada: “libelo de divórcio”, que em outras palavras quer dizer: “carta de divórcio”. Judá, o reino do sul, mesmo vendo o que acontecera a Israel, prostituiu-se também e em razão de sua deslealdade, não ficaria sem ser punida da mesma forma pelo Senhor.
b) Jr 13.27, “Os teus adultérios, e os teus rinchos, e a enormidade da tua prostituição, essas abominações tuas, eu as tenho visto sobre os outeiros no campo. Ai de ti, Jerusalém! até quando não te purificarás?”


Aqui a acusação se repete contra Judá, e mais especificamente conta a sua capital – Jerusalém. A pergunta do profeta, pela boca de Deus “até quando não te purificarás”, nos mostra o quanto a cidade estava envolvida na idolatria e prostituição religiosa. Aliás, o profeta fala em “enormidade da tua prostituição”, o que nos traz a idéia de que a cidade estava atolada até ao pescoço na imundície de seu pecado. O verbo “purificar” no original grego é “rhj” – “taher” que significa: “limpar-se moralmente”, “ser puro”, “apresentar a si mesmo para purificação”
3. Deixando um pouco os reinos de Israel e Judá, e pensando no antigo Reino Babilônico, podemos ver que, em virtude da multiplicidade de seus ídolos e de suas práticas idólatras, acabou sendo na Palavra de Deus, um símbolo religioso de prostituição e adultério. É por esta razão que o sistema religioso corrompido dos últimos tempos também se chamará “Grande Babilônia”, “Grande Meretriz”. A palavra “Babilônia” vem do termo hebraico “lbb” – Babel, que significa “confusão”, “mistura”. Veja abaixo uma nota da “Bíblia de Estudos das Profecias”:
“Para identificar a Babilônia, vamos para Gn 10.8 e descobrimos Ninrode, que era arqui-apóstata do mundo pós-diluviano (i.e., depois do Dilúvio). Ninrode estava quatro gerações depois do Dilúvio e é registrado como ‘poderoso caçador diante do Senhor… O princípio do seu reino foi Babel’ (vs. 9-10). A palavra Babel significa ‘portão de Deus’. Foi a geração de Ninrode que construiu a torre de Babel com o propósito de expulsar Deus e sua influência da Terra. Eles se propuseram a construir uma grande torre que alcançaria o céu, para que tivessem os benefícios de Deus sem se submeter a Deus. A reação de Deus foi; ‘Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem de outro, Destarte, o SENHOR os dispersou dali pela superfície da terra; e cessaram de edificar a cidade. Chamou-se-lhe, por isso, o nome de Babel’ (Gn 11.7-9). Babel significa confusão.
Este é o ponto crítico. Aqui em Babel foi introduzido o primeiro sistema religioso idólatra e organizado na história do mundo. É por isso que João chama a Babilônia de ‘a Mãe das Meretrizes’ (Ap 17.5). A babilônia foi o lugar de nascimento (Mãe) do adultério espiritual. Assim, o adultério espiritual do final dos tempos é chamado de Babilônia”.(1)
Com estas idéias preliminares queremos abordar agora os aspetos principais do sistema religioso adúltero, promíscuo, sistema este que haverá de surgir nos últimos tempos, ou seja a “Grande Meretriz”, a “Grande Babilônia”.
OS ASPECTOS PRINCIPAIS DA GRANDE MERETRIZ, O IMPÉRIO RELIGIOSO DOS ÚLTIMOS TEMPOS:
I – SERÁ UM SISTEMA RELIGIOSO APOIADO PELO POVO
V. 1, 15.
“1 Veio um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas; 15 Disse-me ainda: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, multidões, nações e línguas”.
1. Certamente você já ouviu dizer a seguinte frase: “A voz do povo é a voz de Deus”. Certamente esta frase, embora tenha a ver com o desejo do povo, jamais poderá expressar a verdade, em virtude do povo mundano ser corrompido pela mentira, e pelo engano de pecado, Rm 3.10, “…como está escrito: Não há justo, nem sequer um”. A palavra final em qualquer situação, deverá ser sempre a Palavra de Deus, e nunca a palavra ou voz do povo.
2. No texto lido vimos que a Grande Meretriz está assentada sobre “muitas águas”, v. 1, e estas águas, são “povos, multidões, nações e línguas”, v. 15. Não nos restam dúvidas sobre o fato de que o povo estará apoiando este sistema religioso corrupto, devasso. Não somente o povo apoiará tal sistema, mas também o promoverá através dos meios de comunicação, como TV., rádio, internet, jornais, prática que já temos observado nos dias atuais. Um exemplo que podemos citar deste tipo de comportamento, foi a grande promoção envolvendo os meios de comunicação por ocasião da morte de Chico Xavier. Outros destaques religiosos de vulto nacional também têm sido veiculados amplamente nos meios de comunicação, recebendo apoio total do povo. Diante disto como podemos confiar no povo?
3. O ser humano sem Deus, acaba sendo um desastre para a humanidade! Basta lembrarmos o que aconteceu nos dias de Hitler, Mussolini, Lenim e tantos outros ditadores que apoiados por multidões acabaram sendo responsáveis pela mortandade de inúmeras vidas. A Palavra nos descreve o homem sem Deus em muitos pormenores:
a) Sua deterioração espiritual, “18 A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça; 19 porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. 20 Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis; 21 porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. 22 Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos 23 e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis. 24 Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si; 25 pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém! 26 Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; 27 semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro. 28 E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes, 29 cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, 30 caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, 31 insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia. 32 Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem”, Rm 1.18-32.
Evidentemente que o desvio do homem mundano começa com sua rejeição ao Criador e consequentemente a troca na adoração. O Deus que merece a total reverência do homem, é substituído pelas coisas criadas. Daí, este ser humano, incapaz de reconhecer os reais valores em sua busca de Deus, desce a um nível animalesco, com práticas devassas, espúrias, que nem mesmo entre os animais são encontradas.
b) A causa da deterioração – pecado enraizado no homem, “10 como está escrito: Não há justo, nem um sequer, 11 não há quem entenda, não há quem busque a Deus; 12 todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. 13 A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, 14 a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura; 15 são os seus pés velozes para derramar sangue, 16 nos seus caminhos, há destruição e miséria; 17 desconheceram o caminho da paz. 18 Não há temor de Deus diante de seus olhos”, Rm 3.10-18.

Torna-se evidente que somente mediante a fé em Cristo e em seu sacrifício é que este homem totalmente degenerado, incapaz de viver uma vida em Deus, pode encontrar a devida solução para o seu pecado, corrigindo sua rota em demanda à eternidade. Veja Gl 1.4, “o qual se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de nosso Deus e Pai”.
4. diante dos textos citados podemos ver que, em virtude de sua natureza pecaminosa, o homem sem Deus terá sempre a tendência de apoiar coisas erradas, viver na corrupção, na violência, nas drogas, etc. Novamente eu pergunto: Como podemos confiar no povo? A voz do povo será o combustível da Grande Meretriz para propagar suas prostituições religiosas. Que Deus nos guarde, tanto da voz do povo como da influência maligna e catastrófica da malfadada Meretriz!
II – SERÁ UM SISTEMA RELIGIOSO ATRAENTE
VS. 2-5.
“2 com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que habitam sobre a terra se embriagaram com o vinho da sua prostituição. 3 Então ele me levou em espírito a um deserto; e vi uma mulher montada numa besta cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e que tinha sete cabeças e dez chifres. 4 A mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada de ouro, pedras preciosas e pérolas; e tinha na mão um cálice de ouro, cheio das abominações, e da imundícia da prostituição; 5 e na sua fronte estava escrito um nome simbólico: A grande Babilônia, a mãe das prostituições e das abominações da terra”.
1. Não pensem vocês que este sistema religioso não será atrativo! Notem alguns detalhes no texto:
a) “…se embriagaram com o vinho da sua prostituição”. A palavra “embriagar-se”, conforme podemos ver no Dicionário de Sinônimos da AOL, além do sentido de embebedar-se, tem também o sentido de “deliciar-se, absorver-se, acender-se, arrebatar-se, embeber-se, embriagar-se, encantar-se, endeusar-se, enlevar-se, entusiasmar-se, extasiar-se, inebriar-se, maravilhar-se, transportar-se”. No grego temos o vocábulo “meyuw” – methuo, “embriagar-se”, “elevar-se”.
Bebida alcoólica e prostituição sempre andaram de mãos dadas! Aqui, simbolicamente, os seguidores da Grande Meretriz estarão como que “embriagados”, “envolvidos”, “atolados” até ao pescoço em sua prática religiosa envolvente, porém corrompida, transviada.
b) “…A mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada de ouro, pedras preciosas e pérolas…”. Notem que a mulher (Grande Meretriz), está adornada com roupas vermelhas. Não é por acaso que os demônios que atuam nas áreas da prostituição e da perversão sexual tenham preferência por roupas vermelhas e pretas! Outro detalhe que também podemos observar é a sua indumentária: “ouro, pedras preciosas e pérolas”. Trata-se de adornos chamativos, muito comuns em mulheres tidas pela mídia como “sensuais”.
2. É evidente que estes ornamentos são simbólicos! Mas eles expressam o poder de atração deste sistema religioso, oposto ao Deus Criador. Isto somado às características do homem dos últimos tempos, será um “prato cheio”, nas mãos do diabo que investirá tudo quando pode para arrastar o maior número possível de vítimas para o inferno. Notem como os homens buscarão a religião naquele tempo:

a)      2 Tm 4.1-4, “1 Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: 2 prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. 3 Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; 4 e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas”.

Observe alguns pontos no texto:
“…não suportarão a sã doutrina”. A “sã doutrina”, é a doutrina dos apóstolos, At 2.42, “e perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações”. A expressão, “não suportar”, significa “não agüentar”, “não sustentar”, etc. Tais homens não suportarão a sã doutrina, porque adquiriram para si um estilo de vida contrário ao Criador, e a sã doutrina atrapalha, embaraça, inibe.
“…cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças…” Os homens daquele tempo, somente correrão atrás de líderes, pastores, mestres, que possuírem um “discurso” afinado com “suas convicções”, com sua maneira de pensar. Se forem contrariados, imediatamente sairão à procura de outros mestres, que os “ensinem” de acordo com suas próprias cobiças!
“…como que sentindo coceira nos ouvidos…”. Temos aqui a avidez por novidades! Gente que corre atrás de novas doutrinas, novos ensinos, novas profecias, por julgarem que os ensinos de sua igreja, ou de seu pastor estão ultrapassados. Qualquer “onda” de teologia nova é motivo do “corre-corre” do “busca-busca”. Fazem “arrastão” nas igreja para levarem atrás de si o máximo de crentes que puderem!
“…se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas.” Aqui é a parte pior! É o abandono às verdades de Deus e sua Palavra que são trocados por fábulas, contos imaginários, como por exemplo os contos da “Mil e Uma Noites”, “Cinderela”, “Branca de Neve e os Sete Anões”, etc.. São os “testemunhos” muitos comuns em várias igrejas, que há muito deixaram a sã doutrina. É lógico que tais contos assumirão uma roupagem “religiosa”, “bíblica”, onde a Palavra de Deus é aplicada segundo o bel-prazer, e não pela sua interpretação correta.
b) 1 Tm 4.1-5, “1 Mas o Espírito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios, 2 pela hipocrisia de homens que falam mentiras e têm a sua própria consciência cauterizada, 3 proibindo o casamento, e ordenando a abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos com ações de graças pelos que são fiéis e que conhecem bem a verdade; 4 pois todas as coisas criadas por Deus são boas, e nada deve ser rejeitado se é recebido com ações de graças; 5 porque pela palavra de Deus e pela oração são santificadas”.
Aqui Paulo fala de algo que será comum nos últimos tempos: a voz de “espíritos enganadores” e a “doutrina de demônios”, que promove alguns aspectos próprios:
apostasia da fé;
hipocrisia e mentira;
consciência cauterizada;
proibição do casamento, entre outras proibições.
3. Não nos esqueçamos de que Satanás e seus demônios terão “atrativos” de sobra para ludibriar, enganar os homens dos últimos tempos, isto sem considerar ainda outros atrativos religiosos, como por exemplo “falsos milagres”, “prodígios”, etc., que no dizer de Jesus enganarão a muitos, mas não os verdadeiros escolhidos de Deus: “…porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos”, Mt 24.24.
4. Não vamos permitir que esta “atração satânica”, exerça fascínio sobre nós! Vamos nos levantar na autoridade e no poder do Senhor Jesus para confrontarmos, combatermos o poder das trevas. Vamos derrubar os portais do inferno. Como Igreja de Jesus, devemos invadir o Inferno tirando os cativos do diabo de lá! Veja o que Jesus disse a Pedro e aos demais apóstolos: “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”, Mt 16.18.
Note que estamos envolvidos numa luta mortal contra o Inferno! Porém, temos a promessa de Jesus de que nesta guerra seremos vencedores. O bem triunfará sobre o mal! Por mais que o diabo e seus demônios resistam, no final, os filhos de Deus proclamarão com triunfo a vitória!

III – SERÁ UM SISTEMA RELIGIOSO DE PERSEGUIÇÃO AOS SANTOS
V. 6
“E vi que a mulher estava embriagada com o sangue dos santos e com o sangue dos mártires de Jesus. Quando a vi, maravilhei-me com grande admiração”.
1. É evidente que os filhos de Deus já sofreram durante alguns períodos da história os horrores da perseguição religiosa. Basta lembrarmos da Arena Romana, onde eles eram devorados vivos pelos leões; das fogueiras e instrumentos de tortura da chamada “santa inquisição”, que de “santa” nada tinha, além de tantas outras “ondas” de terror impostas sobre aqueles que professavam sua fé em Deus. Veja a nota abaixo:
“Outro exemplo histórico de perseguição religiosa empreendida pelos Católicos é a Inquisição. A Inquisição foi o programa e encargo oficial da Igreja Católica responsável por encontrar, arrancar e punir todos os heréticos e outros culpados de discordar da doutrina Católica. O Papa Gregório IX estabeleceu a Inquisição em 1233. a Igreja Católica usou as autoridades civis para penalizar, aprisionar, torturar e confiscar propriedades e executar heréticos. As pessoas que discordassem da Igreja Católica eram tratadas pela Inquisição mais severamente do que se fossem assassinos. A Inquisição torturava e executava as pessoas acusadas de cometer crimes hediondos tais como recusar-se a oferecer orações pelos mortos, recusar-se a assistir missas, ensinar que apenas os crentes deveriam ser batizados e recusar-se a acreditar no purgatório depois da morte”.(2)
De fato a perseguição religiosa foi ferrenha nesse período da Inquisição. “A responsabilidade pelo cumprimento da doutrina religiosa passa dos bispos aos inquisidores – em geral franciscanos e dominicanos –, sob o controle do papa. As punições variam desde a obrigação de fazer uma retratação pública ou uma peregrinação a um santuário até o confisco de bens e a prisão em cadeia. A pena mais severa é a prisão perpétua, convertida pelas autoridades civis em execução na fogueira ou forca em praça pública. Em geral, duas testemunhas constituem prova suficiente de culpa. Em 1252, o papa Inocêncio IV aprova o uso da tortura como método para obter confissão de suspeitos. A condenação para os culpados é lida numa cerimônia pública no fim do processo, no chamado auto-de-fé. O poder arbitrário da Inquisição volta-se também contra suspeitos de bruxaria e todo e qualquer grupo hostil aos interesses do papado”(3).
 “No seu ‘Livro das Sentenças da Inquisição’ (Liber Sententiarum Inquisitionis) o padre dominicano Bernardo Guy (Bernardus Guidonis, 1261-1331), ‘um dos mais completos teóricos da Inquisição’, descreveu vários métodos para obter confissões dos acusados, inclusive o enfraquecimento das forças físicas do prisioneiro. Usava-se, dentre outros, os seguintes processos de tortura: a manjedoura, para deslocar as juntas do corpo; arrancar unhas; ferro em brasa sob várias partes do corpo; rolar o corpo sobre lâminas afiadas; uso das ‘Botas Espanholas’ para esmagar as pernas e os pés; a Virgem de Ferro: um pequeno compartimento em forma humana, aparelhado com facas, que, ao ser fechado, dilacerava o corpo da vítima; suspensão violenta do corpo, amarrado pelos pés, provocando deslocamento das juntas; chumbo derretido no ouvido e na boca; arrancar os olhos; açoites com crueldade; forçar os hereges a pular de abismos, para cima de paus pontiagudos; engolir pedaços do próprio corpo, excrementos e urina; a ‘roda do despedaçamento’ funcionou na Inglaterra, Holanda e Alemanha, e destinava-se a triturar os corpos dos hereges; o ‘balcão de estiramento’ era usado para desmembrar o corpo das vítimas; o ‘esmaga cabeça’ era a máquina usada para esmagar lentamente a cabeça do condenado, e outras formas de tortura”.(4)
2. Não podemos nos esquecer que tais perseguições já eram comuns e ordenadas pelas autoridades religiosas nos dias apostólicos, como por exemplo:
a) A perseguição que culminou com morte de Estevão, “58 e, lançando-o fora da cidade, o apedrejavam. E as testemunhas depuseram as suas vestes aos pés de um mancebo chamado Saulo. 59 Apedrejavam, pois, a Estêvão que orando, dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. 60 E pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. Tendo dito isto, adormeceu. E Saulo consentia na sua morte”, Atos 7.58-60.
b) A perseguição que ceifou a vida de Tiago. Nesta perseguição Pedro também foi preso, e seria morto no dia seguinte, se não fosse a intervenção de um anjo do Senhor “1 Por aquele mesmo tempo o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja, para os maltratar; 2 e matou à espada Tiago, irmão de João. 3 Vendo que isso agradava aos judeus, continuou, mandando prender também a Pedro. (Eram então os dias dos pães ázimos.) 4 E, havendo-o prendido, lançou-o na prisão, entregando-o a quatro grupos de quatro soldados cada um para o guardarem, tencionando apresentá-lo ao povo depois da páscoa”.

3. Porém a perseguição descrita aqui em Ap 17, será uma perseguição sem precedentes na história. O texto nos diz que a Grande Meretriz se embriagará com o sangue dos filhos de Deus, tal a quantidade de sangue derramado! Vejamos alguns textos alusivos a esta horrível perseguição dos últimos tempos:
a) Lc 21.12, “Mas antes de todas essas coisas vos hão de prender e perseguir, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, e conduzindo-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome”.
Podemos ver nos versículos anteriores que o Senhor está falando de um tempo um pouco antes de sua Segunda Vinda ao mundo. Neste período a perseguição haverá de ser intensificada ocorrendo a prisão e a morte de muitos escolhidos.
b) Ap 7.9-14, “9 Depois destas coisas olhei, e eis uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, que estavam em pé diante do trono e em presença do Cordeiro, trajando compridas vestes brancas, e com palmas nas mãos; 10 e clamavam com grande voz: Salvação ao nosso Deus, que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro. 11 E todos os anjos estavam em pé ao redor do trono e dos anciãos e dos quatro seres viventes, e prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus, 12 dizendo: Amém. Louvor, e glória, e sabedoria, e ações de graças, e honra, e poder, e força ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém. 13 E um dos anciãos me perguntou: Estes que trajam as compridas vestes brancas, quem são eles e donde vieram? 14 Respondi-lhe: Meu Senhor, tu sabes. Disse-me ele: Estes são os que vêm da grande tribulação, e levaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro”.
Não queremos analisar este texto sobre a ótica da linha de escatologia que discute se Igreja de Cristo vai ou não passar pela Grande Tribulação. Porém não podemos deixar de observar o fato de que neste tempo haverá um número incontável de servos de Deus que serão esmagados e martirizados pelo sistema mundial corrupto e opressor. Sãos estes, na visão de João, “…aqueles que vieram da Grande Tribulação”.
4. Porém, de algo podemos ter certeza: Deus é quem nos dá forças para suportar as pressões do “príncipe deste mundo” (Jo 12.31, “Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo”), e suas entidades malignas. Temos toda garantia de que neste confronto sairemos vitoriosos: Rm 8.35-37: “35 quem nos separará do amor de Cristo? a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? 36 Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia todo; fomos considerados como ovelhas para o matadouro. 37 Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou”.
IV – SERÁ UM SISTEMA RELIGIOSO ATRELADO À POLÍTICA E AO ANTI-CRISTO
VS. 7-13.
“7 Ao que o anjo me disse: Por que te admiraste? Eu te direi o mistério da mulher, e da besta que a leva, a qual tem sete cabeças e dez chifres. 8 A besta que viste era e já não é; todavia está para subir do abismo, e vai-se para a perdição; e os que habitam sobre a terra e cujos nomes não estão escritos no livro da vida desde a fundação do mundo se admirarão, quando virem a besta que era e já não é, e que tornará a vir. 9 Aqui está a mente que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada; 10 são também sete reis: cinco já caíram; um existe; e o outro ainda não é vindo; e quando vier, deve permanecer pouco tempo. 11 A besta que era e já não é, é também o oitavo rei, e é dos sete, e vai-se para a perdição. 12 Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não receberam o reino, mas receberão autoridade, como reis, por uma hora, juntamente com a besta. 13 Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta”.
1. Todo este emaranhado de “chifres”, representam reinos e governos que haverão surgir, desenhando-se assim o palco político, onde será o campo de ação do “oitavo rei”, que sem dúvida alguma é o Anti-Cristo, o próprio diabo encarnado o qual assumirá o comando do mundo! Não queremos discutir aqui, se estes “cinco”, “sete” ou “dez” reinos representam o Mercado Comum Europeu, ou alguma “Confederação de Nações”, ou ainda quaisquer outros reinos que deverão ser levantados. Queremos, isto sim, observar a influência que a Grande Meretriz terá nesses reinos. Dois pontos são importantes para observarmos:
a) Note que a Grande Meretriz está assentada sobre “sete montes”, que representam “sete reinos”: “As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada…”. A palavra “assentar”, vem aqui, do termo grego “kayhmai” – “kathemai” e significa “ter um domicílio fixo”, “morar”. Tal realidade nos sugere que, mesmo a Grande Meretriz não estando diretamente no comando destes reinos, certamente exercerá uma forte influência política e religiosa sobre eles.
b) Ainda, seguindo o raciocínio lógico, podemos deduzir que a influência da Grande Meretriz se expandirá até mesmo no período em que estiver no comando o Anti-Cristo. Ela estará atrelada com ele: “são também sete reis: cinco já caíram; um existe; e o outro ainda não é vindo; e quando vier, deve permanecer pouco tempo”. Observe que o texto não nos diz que no governo do “oitavo rei” – o Anti-Cristo, a Grande Meretriz perdeu sua influência. Porém, nos parece que neste tempo a sua influência estará viva e ativa!
2. Todas as vezes na história em que a Igreja andou de braços dados com o Estado, houve corrupção, engano, e deterioração da fé. Basta lembrarmos dos dias de Constantino e do período que se segue até o tempo dos reformadores, quando a Igreja foi uma aliada forte do Governo. Foi nesta fase que inaugurou-se a chamada “Era das Trevas” que foi o período mais caótico da Igreja! Igreja e Estado não podem se misturar! Política e religião não precisam ser forças opostas, mas não podem andar atreladas!
3. Esta aliança do sistema religioso com o sistema político haverá de se intensificar nos dias anteriores à Segunda Vinda do Senhor. Apesar de aparentemente benéfica, esta sociedade religiosa-política somada ao Ecumenismo, que colocará numa mesma convivência religiosa católicos, evangélicos, budistas, islâmicos, etc., contribuirá em muito para o surgimento e fortalecimento da Grande Meretriz com sua enorme influência sobre o Estado! Um comentário que não podemos desprezar aqui é o de Win Malgo:
“Em nossos dias já vemos que o objetivo do Conselho Mundial de Igrejas vai em direção à unificação de todas as religiões. Seu objetivo não é mais a unificação do cristianismo (católico-romano, protestante, liberal, etc.), mas já vai muito mais longe. Foi em Utrecht, na Holanda, que o CMI aprovou uma declaração oficial, segundo a qual vê a ‘presença de Cristo’ em todas as religiões. Em outras palavras: pretende-se a unificação de todas as religiões. Quer seja hinduísmo, budismo, islamismo, judaísmo ou cristianismo — isso não é tão importante aos seus olhos; importante é a religiosidade. Aí já vemos realmente a mulher, a mãe das meretrizes, aparecendo no horizonte! O Espírito Santo praticamente não encontra palavras, que sejam suficientemente fortes, para expressar a devassidão dessa mulher. Religião, também religião cristã, sem Jesus Cristo como centro, é o que existe de mais corrompido. Essa é a grande meretriz. Trata-se de prostituição espiritual, quando aceitamos o cristianismo, sem aceitar Cristo como Salvador e Redentor. Recentemente vi novamente uma prova disso, como tais pessoas falam então, em uma revista holandesa: Nela um teólogo escrevia primeiro bem direitinho sobre a pessoa de Jesus. Mas depois revelou-se o engano, quando ele disse que se deveria acabar finalmente com a lenda da ressurreição de Cristo! A isso chama-se religião ‘cristã’, mas na verdade trata-se de uma religião demoníaca”(5)

4. Diante desse sistema enganoso, mentiroso, devemos estar apercebidos, para não sermos também ludibriados!
V – SERÁ UM SISTEMA RELIGIOSO JULGADO POR DEUS
VS. 1, 14-18.
“1 Veio um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas; 14 Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão também os que estão com ele, os chamados, e eleitos, e fiéis. 15 Disse-me ainda: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, multidões, nações e línguas. 16 E os dez chifres que viste, e a besta, estes odiarão a prostituta e a tornarão desolada e nua, e comerão as suas carnes, e a queimarão no fogo. 17 Porque Deus lhes pôs nos corações o executarem o intento dele, chegarem a um acordo, e entregarem à besta o seu reino, até que se cumpram as palavras de Deus. 18 E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra”.
1. Este julgamento do Criador sobre a Grande Meretriz obedecerá a duas fases distintas:
a) A guerra do sistema político-religioso contra o Cordeiro, v. 14, “Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão também os que estão com ele, os chamados, e eleitos, e fiéis”. Como a Escritura nos informa, o Anti-Cristo em aliança com a Grande Meretriz, fará uma guerra ao Cordeiro e “os que estão com Ele” (Jesus Cristo e seu povo legítimo), mas serão derrotados. Veja o comentário de Win Malgo:
“Realiza-se, portanto, uma união sobrenatural, sinistra, uma concentração de poder mundial como nunca antes existiu, em cuja liderança estará a besta. Mas seu tempo é limitado! ‘Durante uma hora’, diz o versículo 12. Os dez reis, os vassalos da besta, são portanto administradores do Império Romano e têm ‘um só pensamento’ (v. 13). Os contrastes políticos, ideológicos, racistas e culturais serão então deixados de lado. Os governantes do organismo formado pelas dez formas de Estado são todos unidos em seu ódio contra o Cordeiro. Pode-se compará-lo com a unidade das nações árabes: se bem que são cronicamente desunidas entre si, elas são unidas em seu ódio contra o povo de Israel; contra o povo em que o Cordeiro alcançou sua vitória, e a terra em que Jesus voltará. A sinistra unidade política, econômica e principalmente militar dos dez reis será realizada repentinamente, e novamente se ouvirá, como no tempo de Hitler, mas então mundialmente, o clamor por ‘um povo, um reino, um Führer (líder)’. Eu repito: tudo isso é dirigido contra o Cordeiro! O Cordeiro, porém, aparecerá com seus chamados, eleitos e fiéis. Os ‘chamados’ são aqueles que foram chamados para a vida eterna e para a Igreja de Jesus. Os ‘eleitos’ são israelitas que se tornaram crentes, venceram e estão na glória. Os “fiéis” são os crentes de todos os tempos. O Cordeiro voltará com esses glorificados. Ele aparecerá em grande poder e glória, como Senhor dos senhores e Rei dos reis! O Cordeiro não precisa primeiro obter a vitória, pois já venceu na cruz de Gólgota!”(6)
Este é o começo do julgamento de Deus!
b) A perseguição do sistema político à Grande Meretriz. A Palavra de Deus nos informa que num dado momento o próprio sistema político se levantará contra a Grande Meretriz, v. 16, “E os dez chifres que viste, e a besta, estes odiarão a prostituta e a tornarão desolada e nua, e comerão as suas carnes, e a queimarão no fogo”. Sob a liderança da “besta” – o Anti-Cristo, a confederação dos dez reis, infringirá uma tremenda perseguição contra a “religião oficial” (Grande Prostituta), despejando todo o seu ódio contra esse sistema religioso falso. É a segunda fase do julgamento divino. Novamente nos diz Win Malgo:
“Os exércitos de Satanás transformam-se em instrumentos na mão de Deus, para destruir a Roma, ou seja, a Babilônia ímpia; para arrasar e saquear a cidade das abominações idólatras: ‘Os dez chifres que viste e a besta, esses odiarão a meretriz, e a farão devastada e despojada, e lhe comerão as carnes, e a consumirão no fogo’(v. 16). Desse modo, até mesmo o anti-cristo tem que servir como instrumento de juízo de Deus, para julgar a mulher, a grande meretriz. Disso conclui-se que no final também o poder das trevas tem que realizar a vontade de Deus!”(7)
2. Na verdade, podemos deduzir pela Palavra de Deus que todos os homens maus, certamente serão julgados pelas suas obras malignas. O julgamento divino é descrito na Escritura com clareza de detalhes, conforme pode-se ver nos textos abaixo:
a) Rm 2.5-9, “5 Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus, 6 que retribuirá a cada um segundo as suas obras; 7 a saber: a vida eterna aos que, com perseverança em favor o bem, procuram glória, e honra e incorrupção; 8 mas ira e indignação aos que são contenciosos, e desobedientes à iniqüidade; 9 tribulação e angústia sobre a alma de todo homem que pratica o mal, primeiramente do judeu, e também do grego”.
Note a alusão à “ira de Deus”, que será despejada sobre todos aqueles que praticam más obras, os contenciosos, os desobedientes, os iníquos. Estes termos são termos fortes e descrevem o comportamento do homem sem Deus, que na verdade, está acumulando “ira” junto ao cálice da ira de Deus, Ap 14.10, “também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se acha preparado sem mistura, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro”.
b) Jd 14-15, “14 Para estes também profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que veio o Senhor com os seus milhares de santos, 15 para executar juízo sobre todos e convencer a todos os ímpios de todas as obras de impiedade, que impiamente cometeram, e de todas as duras palavras que ímpios pecadores contra ele proferiram”.
Judas, o irmão o Senhor, escritor desta carta, refere-se a uma profecia de Enoque, na qual ele descreve a volta do Senhor, juntamente com os seus anjos, para julgar todos os ímpios pelas obras de impiedade que praticaram. Esse julgamento colocará numa balança, não somente as más obras praticadas pelos homens maus, mas também as blasfêmias proferidas por eles contra o Senhor. Não é de se estranhar o fato de que uma das principais características da besta que subiu do mar (mar significa multidões) será a sua petulância para blasfemar contra Deus e seus filhos, Ap 13.5-6, “5 Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias; e deu-se-lhe autoridade para atuar por quarenta e dois meses. 6 E abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome e do seu tabernáculo e dos que habitam no céu”.
c) Ap 20.11-15, “11 E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiram a terra e o céu; e não foi achado lugar para eles. 12 E vi os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono; e abriram-se uns livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. 13 O mar entregou os mortos que nele havia; e a morte e o além entregaram os mortos que neles havia; e foram julgados, cada um segundo as suas obras. 14 E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. 15 E todo aquele que não foi achado inscrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo”.
Temos aqui o Julgamento do Grande Trono Branco, que será o último e definitivo juízo de Deus sobre os ímpios. Aquele que for condenado neste julgamento, não lhe restará outra coisa a não ser o “lago de fogo”, que é a perdição eterna para todos quantos rejeitam a Palavra de Deus. A própria Palavra de Deus será testemunha contra aqueles que recusaram servir ao Senhor Jesus em vida, Jo 12.48, “Quem me rejeita, e não recebe as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o julgará no último dia”. Sobre o Juízo Final, observe o que diz H. E. Alexander:
“Abriram-se livros que continham o registro das obras daquelas pessoas e ‘foram julgadas segundo as suas obras’. Isto nos mostra que a vida do homem, todos os seus atos, pensamentos e palavras estão registrados e, no final, cada um será colocado diante das próprias obras que o acusarão. Para confirmar que praticaram obras más, o livro da vida é aberto, mas seus nomes não estão ali. O livro da vida não contém o nome dos mortos; em compensação, os outros livros estão repletos de suas obras ímpias.
O grande trono branco prova que Deus é justo e sela para sempre a condenação do homem.
Esta multidão de mortos-vivos é lançada no lago do fogo. A morte e o Hades (morada dos mortos), vazios de seu conteúdo também são ali lançados (20.14,15)”.(8)
Veja ainda o comentário de Win Malgo sobre o Juízo Final, Ap 20:
“Então vemos os livros abertos. A abertura do livro da vida e dos livros com a anotação de todos os pecados de todos os homens, que não aceitaram o Senhor Jesus, traz a importante decisão sobre a eterna bem-aventurança ou a eterna maldição. A decisão já se realiza agora em tempo de vida de cada um, mas a justiça de Deus ainda tem que ser exercida. Também se decide sobre o grau da eterna maldição, pois está dito duas vezes nos versículos 12-13b: ‘E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros… um por um, segundo as suas obras’. Na Eternidade haverá inúmeros níveis diferentes, pois Deus é justo. Isso vale também para o julgamento diante do trono do julgamento do galardão (comp. 1 Co 3.11ss e 2 Co 5.10). Lá não se decide sobre a eterna bem-aventurança ou a eterna maldição, pois isso é, eu repito, decidido durante a vida, quando uma pessoa aceita ou rejeita Jesus Cristo, mas sobre a recompensa dos vencedores, sobre a coroa. Diante do grande trono branco, entretanto, se decide sobre o grau de perdição. Lá, isto é, antes do Milênio, se decide sobre o grau da eterna bem-aventurança. Aí se apresenta a pergunta: Se tudo já está decidido, por que ainda existe o livro da vida, porque até está dito no versículo 15: ‘E, se alguém não foi achado inscrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago do fogo”? Apresentando a pergunta de outra maneira: Se todos esses mortos, grandes e pequenos, que se encontram diante do trono de Deus, estão de qualquer maneira perdidos, por que mesmo assim se procura seu nome no livro da vida? Eu repito: Deus é justo! Ali, diante da Sua face, todos se calarão. Toda réplica, todo ‘sim, mas…’ se perde no nada, porque o nome da pessoa em questão falta no livro da vida. Ninguém poderá afirmar, portanto, que não se procurou pelo seu nome. Aliás, o livro da vida aparece seis vezes no Apocalipse, nos capítulos 3.5; 13.8; 17.8; 20.12,15; 21.27. Por isso, o mais importante para toda pessoa, é saber se seu nome consta dele! Um hino diz: “Teu nome já está escrito ali diante do trono de ouro, no livro da vida teu nome já está escrito?” (tradução livre do alemão)”.(9)
3. Sim, o Grande Juiz não permitirá que este sistema religioso corrupto, devasso, com todos os seus adeptos, fique sem punição! O grande dia do Juízo já está determinado, At 17.31, “…porquanto determinou um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que para isso ordenou; e disso tem dado certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos”. Não nos esqueçamos sobre o fato de que “Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo”, Hb 10.31.
CONCLUSÃO:
1. A Igreja de Cristo dos dias atuais precisa ficar alerta, atenta, para guardar-se, defender-se deste sistema religioso mundano. Este sistema envolverá muitas igrejas, denominações, que serão atraídas pelo Ecumenismo que, como vimos, tem como objetivo colocar numa mesma ideologia religiosa-política, todas as denominações existentes. Quem não ficar atento, poderá ser envolvido pelos tentáculos deste enorme polvo maligno! Certamente, Satanás investirá tempo, dinheiro e todos os recursos possíveis para cativar os incautos.
2. Para nos protegermos deste sistema político-religioso falso, precisamos nos apegar com intensidade aos princípios da Palavra de Deus. Devemos também fazer “oposição bíblica” contra quaisquer movimentos heréticos que embora apresentem um plumagem atrativa, convidativa, seu interior certamente estará contaminado com um veneno mortal. Tal peçonha
mortal estará pronta para ser inoculada, injetada, naqueles que forem capturados pelo ardil de Satanás! Lembremos que o segredo de vitória da Igreja Primitiva estava no fato de que ela “perseverava na doutrina dos apóstolos”, At 2.42, “…e perseveravam na doutrina dos apóstolos…”. Não sejamos como alguns que usam a Palavra de Deus com infidelidade, adulterando-a, “Porque nós não somos falsificadores da palavra de Deus, como tantos outros; mas é com sinceridade, é da parte de Deus e na presença do próprio Deus que, em Cristo, falamos”, 2 Co 2.17...
BISPO/JUIZ. MESTRE E DOUTOR EM ÊNFASE E DIVINDADE DR.EDSON CAVALCANTE