O espinho na carne
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por Jefferson Ramalho
Talvez essa seja uma das pregações que mais gostei de proferir em toda a minha vida.
Além disso, foi a pregação que marcou a vida de algumas pessoas que a ouviram, pois sempre me falam: _Poxa, nunca mais me esqueci de quando você pregou sobre o espinho.
Foi em 21 de fevereiro de 2004 que a escrevi para pregar em uma igreja batista, na cidade de Diadema, na região do ABC paulista.
O texto, como você já deve ter imaginado foi II Co 12.1-10.
Paulo, apesar de todos os dons que pudesse ter, não tinha interesse algum em fazer uma exposição de seus dons espirituais. O que ele faz é o contrário!
Destaca como sinais de autenticidade de seu relacionamento com Deus, os sinais de humilhação, de rejeição e de perseguição que vinha sofrendo desde que se convertera.
Portanto, ele não valoriza as experiências espirituais no sentido de divulgá-las às pessoas, às igrejas e comunidades por onde passava, muito menos aos coríntios.
Mas depois dos caras encherem tanto o "saco" de Paulo, ele resolve relatar sua experiência mística. E aí ele resolve falar do tal "espinho na carne".
Até hoje os evangélicos querem saber que espinho era aquele.
Só que não nos interessa qual era.
Na realidade, isso é o que menos importa!
1. Poderia ser uma doença,
2. Poderia ser a perseguição religiosa que ele sofria,
3. Poderia ser uma tentação sexual.
Há centenas de hipóteses, e todas são absurdas, além de algumas poucas que até fazem algum sentido. Mas o intuito dessa passagem é simples e direto.
Indepentemente de qual seja o espinho de cada um, Deus não tem obrigação de arrancá-lo, assim como foi com Paulo. Ele simplesmente disse ao apóstolo: a minha Graça te basta!
As igrejas de hoje não aceitam espinhos, não aceitam momentos difíceis, não aceitam problemas, não aceitam enfermidades, não aceitam desemprego, não aceitam nada que seja absolutamente normal na vida do ser humano pelo simples fato de ser humano.
Gente fica doente! Gente fica desempregada! Gente fica triste! Gente enfrenta problemas! Gente chora! Gente sofre! Gente se angustia! Gente sente dor!
Só que as igrejas de hoje, especialmente - é claro, tinha que ser - as neopentecostais, não aceitam tal realidade. Tudo por culpa da maldita e diabólica TEOLOGIA DA PROSPERIDADE, que de teologia não tem nada, porque teologia é o saber de/sobre Deus, e Deus, tenho certeza com base no Evangelho, não tem nada a ver com essa panacéia pagã disfarçada de cristã. Quero sofrer as conseqüências do juízo final por causa do que estou escrevendo! Mas com Deus não se barganha, p...!
Sören Kierkegaard disse: "Com a ajuda do espinho no meu pé, pulo mais alto que qualquer pessoa com os pés saudáveis".
Guarde em seu coração e em sua alma: Deus não tem obrigação alguma de arrancar o espinho ou os espinhos que incomodam você. A Graça dEle é o suficiente para te sustentar e te manter certo de que é em suas fraquezas que o poder de Deus é aperfeiçoado em sua experiência de vida...
por Jefferson Ramalho
Talvez essa seja uma das pregações que mais gostei de proferir em toda a minha vida.
Além disso, foi a pregação que marcou a vida de algumas pessoas que a ouviram, pois sempre me falam: _Poxa, nunca mais me esqueci de quando você pregou sobre o espinho.
Foi em 21 de fevereiro de 2004 que a escrevi para pregar em uma igreja batista, na cidade de Diadema, na região do ABC paulista.
O texto, como você já deve ter imaginado foi II Co 12.1-10.
Paulo, apesar de todos os dons que pudesse ter, não tinha interesse algum em fazer uma exposição de seus dons espirituais. O que ele faz é o contrário!
Destaca como sinais de autenticidade de seu relacionamento com Deus, os sinais de humilhação, de rejeição e de perseguição que vinha sofrendo desde que se convertera.
Portanto, ele não valoriza as experiências espirituais no sentido de divulgá-las às pessoas, às igrejas e comunidades por onde passava, muito menos aos coríntios.
Mas depois dos caras encherem tanto o "saco" de Paulo, ele resolve relatar sua experiência mística. E aí ele resolve falar do tal "espinho na carne".
Até hoje os evangélicos querem saber que espinho era aquele.
Só que não nos interessa qual era.
Na realidade, isso é o que menos importa!
1. Poderia ser uma doença,
2. Poderia ser a perseguição religiosa que ele sofria,
3. Poderia ser uma tentação sexual.
Há centenas de hipóteses, e todas são absurdas, além de algumas poucas que até fazem algum sentido. Mas o intuito dessa passagem é simples e direto.
Indepentemente de qual seja o espinho de cada um, Deus não tem obrigação de arrancá-lo, assim como foi com Paulo. Ele simplesmente disse ao apóstolo: a minha Graça te basta!
As igrejas de hoje não aceitam espinhos, não aceitam momentos difíceis, não aceitam problemas, não aceitam enfermidades, não aceitam desemprego, não aceitam nada que seja absolutamente normal na vida do ser humano pelo simples fato de ser humano.
Gente fica doente! Gente fica desempregada! Gente fica triste! Gente enfrenta problemas! Gente chora! Gente sofre! Gente se angustia! Gente sente dor!
Só que as igrejas de hoje, especialmente - é claro, tinha que ser - as neopentecostais, não aceitam tal realidade. Tudo por culpa da maldita e diabólica TEOLOGIA DA PROSPERIDADE, que de teologia não tem nada, porque teologia é o saber de/sobre Deus, e Deus, tenho certeza com base no Evangelho, não tem nada a ver com essa panacéia pagã disfarçada de cristã. Quero sofrer as conseqüências do juízo final por causa do que estou escrevendo! Mas com Deus não se barganha, p...!
Sören Kierkegaard disse: "Com a ajuda do espinho no meu pé, pulo mais alto que qualquer pessoa com os pés saudáveis".
Guarde em seu coração e em sua alma: Deus não tem obrigação alguma de arrancar o espinho ou os espinhos que incomodam você. A Graça dEle é o suficiente para te sustentar e te manter certo de que é em suas fraquezas que o poder de Deus é aperfeiçoado em sua experiência de vida...
BISPO/JUIZ.DR.EDSON CAVALCANTE
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