O AMOR...
Um dos pactos
(compromissos, aliança) que temos como igreja é o pacto da honestidade: “Vou
conversar com você (s) no tempo certo, de maneira franca, direta, amorosa, sincera
e controlada, a respeito de situações pessoais e da maneira de viver a vida
cristã, para que a cada dia cresçamos na comunhão, na fé e no amor, e nos
revistamos continuamente de Cristo”. Infelizmente, nem sempre falamos o que
pensamos para as pessoas, mas somos rápidos em falar das pessoas para outros.
Ao observarmos a natureza emocional de Cristo, constatamos que ele é cheio de
compaixão, pronto a sofrer para que pecadores sejam encontrados como filhos e
filhas do Pai Celeste, sereno em seu agir e reagir, mas assertivo com as
pessoas com as quais se relacionava.
Definimos assertividade
aqui como “a afirmação dos próprios direitos e expressão dos pensamentos de
maneira direta, honesta e apropriada, que não viole o direito de outras pessoas.”
Este é um grande desafio para nós cristãos porque todo nosso direito está em
Jesus Cristo, sendo ele o modelo a ser seguido.
Jesus falou a verdade
em amor estabelecendo limites. Jesus atendeu a inúmeros pedidos, mas se recusou
a atender pedidos abusivos. Em Mateus 16.1-4, os fariseus e saduceus vieram até
ele e, para pô-lo à prova, pediram que lhes mostrassem um sinal vindo do céu.
Jesus era poderoso para fazer e mostrar qualquer sinal, mas ele conhecia a
intenção dos corações. Jesus não apenas recusou o pedido, mas apontou o motivo
pelo qual não o atenderia.
Jesus falou a verdade
em amor denunciando o erro. Em Lucas 11.37-52 Jesus denuncia o orgulho e falso
modo de agir dos fariseus (vv 37-44), e o legalismo exagerado dos mestres da
lei que causavam impedimento para eles e para muitos outros de conhecerem a
Deus (vv 45-52). Jesus ainda “derribou as mesas dos cambistas” (Mateus
21.12-13)que profanavam o templo. O alvo de Jesus era o reino, sua missão
implantá-lo, ele sabia que tinha e cumpriu sua missão profética.
Jesus falou a verdade
em amor ensinando como proceder. Jesus se preocupou em nos deixar uma
orientação clara de como devemos proceder diante de irmãos que, porventura,
venham a cometer algum erro. Em Mateus 18.15-18 recebemos essas instruções.
Devemos antes de tudo procurar o irmão a fim de ganhá-lo, caso nos ouça. Caso
isso não aconteça, o segundo passo é voltar a ele com uma ou duas pessoas, para
que a verdade se estabeleça. Somente se não houver arrependimento o caso deverá
ser levado às autoridades da igreja.
O objetivo maior é a
recuperação dos irmãos para que Cristo seja formado em cada pessoa. O risco dos
extremos está em nos tornarmos omissos diante de posições que devemos tomar, ou
ainda nos tornarmos tão “transparentes” a ponto de sairmos falando tudo o que
pensamos. Aos termos Mais de Cristo em nossas vidas e em nossas emoções
aprenderão, como corpo de Cristo, a falar a verdade em amor...
Bispo. Capelão/Juiz.
Mestre e Doutor em Ênfase e Divindades Dr. Edson Cavalcante
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