MEU CORAÇÃO DÓI, POIS A
SOLIDÃO MATA LENTAMENTE...
Para entender o que a
Bíblia fala (Ef 2. 14-19)
a) Segundo Paulo, a
“parede da inimizade” que Jesus derrubou consiste em um distanciamento que o
pecado provoca entre a pessoa e Deus (Is 59.2) e, por consequência, entre as
pessoas. Vamos nos tornando estranhos entre nós, porque já não nos conhecemos
bem. Já não nos damos a conhecer, para que os outros não saibam exatamente quem
somos.
b) É como se fôssemos
construindo paredes de isolamento entre nós. A princípio, elas nos parecem
confortáveis, pois já não precisamos mais suportar as outras pessoas, com seus
defeitos. Ao final, para preservar nossa intimidade, nossa imagem de “gente
boa”, estamos tão isolados que começamos a sofrer, sem perceber.
c) Vale notar que a
parede da separação, hoje em dia, já não é a parede do ódio; as paredes
pós-modernas são feitas de indiferença. Esta é mais mortal que o ódio, porque é
invisível.
Hora de Avançar
“Penso que um momento
devocional nos levaria a constatar que estamos sós porque temos evitado (ou
afastado) os outros e fugido das dores da comunhão, acomodados em nossa
privacidade pós-moderna. Porém também nos levaria a lembrar que “na casa de meu
pai” se vive em comunidade. E que transformações positivas adviriam de um
“levantar-me-ei e irei ter com meu pai”.
Para pensar
A sociedade em que
vivemos nos fornece todas as condições para uma vida isolada. Socialmente, as
amarras estão enfraquecidas: as pessoas podem ser e fazer o que desejarem,
contanto que não prejudiquem os outros. Comportamentos, costumes, valores,
comida, o que desejarem. Praticamente, podem morar sozinhas num apartamento e
não sair de lá, pedindo comida e outros bens e serviços, entregues na sua
porta. Não precisa nem se encontrar com o vizinho. Nunca. Se deixarmos, vamos
nos acomodando a esse “conforto”. E nossa cabeça, nossa personalidade irá se
ajustar. No momento em que precisarmos de ajuda, dos outros, já nem saberemos
como pedir, como chegar a eles.
O que disseram
“Apenas levo para meus momentos de oração, como gritos proféticos; como
palavra de Deus para mim, a dizer: ‘a solidão existe; ela é real, é mortal e
está perto. Não deixe o convívio dos amigos; não abandone a família; não se
afaste da igreja’. E diz a todos nós: ‘construam algo juntos, lutem juntos,
sofram juntos, chorem juntos, orem juntos. E a solidão não terá poder sobre
vocês’.
Para responder
a) É possível vencer a
solidão? Como?
b) Comente o seguinte
versículo: João 17.21 — a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em
mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me
enviaste. O que Jesus está pedindo, realmente? Por que ele volta seu pensamento
para o mundo, quando fala de comunhão?
c) Qual é a nossa
parte, a nossa tarefa, nessa busca por pertencimento, por unidade, por
comunhão, por fazer-nos “família de Deus”? Como nossa oração pode nos
fortalecer em nossos propósitos (“levantar-me-ei e irei ter com meu pai”) de
nos harmonizar com a oração de Jesus? Essa oração seria o mesmo que dizer:
“venha o teu reino; seja feita a tua vontade, assim em mim como no céu”?
Eu e Deus
Quero crer na igreja.
Sei que esse corpo vivo de Cristo é matéria de fé; é coisa para crer. É matéria
para aquela fé que crê e age (de Tiago). Quero ser igreja, por decisão e por
fé. Quero lutar essa luta da comunhão; aprendendo a fazer-me família de Deus.
Quero aprender a orar por isso; pedindo ao Pai que supra minhas muitas
deficiências, e que me ajude a vencer o conformismo, a acomodação e o enganoso
conforto da solidão...
Bispo.Capelão/Juiz.
Mestre e Doutor em Ênfase e Divindades Dr. Edson Cavalcante
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