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domingo, 31 de maio de 2020

ENFRENTANDO A TRISTEZA


                                                         ENFRENTANDO A TRISTEZA
Mateus 26.36-46
36 Então Jesus foi com seus discípulos para um lugar chamado Getsêmani e lhes disse: “Sentem-se aqui enquanto vou ali orar”. 37 Levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. 38 Disse-lhes então: “A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem comigo”. 39 Indo um pouco mais adiante, prostrou-se com o rosto em terra e orou: “Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas sim como tu queres”. 40 Depois, voltou aos seus discípulos e os encontrou dormindo. “Vocês não puderam vigiar comigo nem por uma hora?”, perguntou ele a Pedro. 41 “Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca.” 42 E retirou-se outra vez para orar: “Meu Pai, se não for possível afastar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade”. 43 Quando voltou, de novo os encontrou dormindo, porque seus olhos estavam pesados. 44 Então os deixou novamente e orou pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras. 45 Depois voltou aos discípulos e lhes disse: “Vocês ainda dormem e descansam? Chegou a hora! Eis que o Filho do homem está sendo entregue nas mãos de pecadores. 46 Levantem-se e vamos! Aí vem aquele que me trai!”
Caráter escultural
Uma das qualidades que nós mais apreciamos nas outras pessoas é a alegria. Não é para menos, pois conviver com gente feliz é prazeroso. Pessoas felizes nos enlevam, colocam-nos para cima, fazem-nos bem, recomendam-nos a vida.
Quer ver uma coisa? Experimente lidar com alguém triste, sem interesse pela vida, com constantes mudanças de humor. Você descobrirá o quanto essa relação é frustrante e esgotante. Ela pode até lhe fazer adoecer.
Por conhecer os efeitos da tristeza na vida das pessoas, tanto daquelas que vivem tristes como daqueles que convivem com a pessoa melancólica, foi que Martyn Lloyd-Jones, pregando uma serie de mensagens sobre Depressão Espiritual, comentou algo que, desde que li pela primeira vez, nunca deixei de considerar. Justificando o que o levou a pregar os 21 sermões na Capela de Westminster em Londres, Lloyd-Jones, no ano de 1954, escreveu assim:
Crendo como eu creio, que a maior necessidade desta hora seja de uma igreja reavivada e alegre, o assunto tratado nestes sermões é para mim da máxima importância possível. Cristãos infelizes são, para dizer o mínimo, uma pobre recomendação da fé cristã; não pode haver dúvida de que a alegria exuberante dos cristãos primitivos foi um dos fatores mais poderosos na expansão do cristianismo.
Lloyd-Jones tinha razão, pois, conforme atestou Paulo, “o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo” (Rm 14.17). Portanto, uma das marcas de um caráter escultural – de uma pessoa cheia do Espírito Santo, em quem Cristo está sendo formado – é a alegria no Espírito Santo. O fruto do Espírito, dentre outras coisas, é alegria (Gl 5.22).
Agora, não é que o cristão não se entristeça, mas que, mesmo quando se deprime, ele desfruta de alegria (2Co 6.10). A alegria do Senhor é o que o fortalece (Ne 8.10), fazendo-o prosseguir.
Nosso estudo sobre a vida de Pedro nos traz hoje ao momento em que ele, juntamente com Tiago e João, aprendeu sobre como abater a tristeza. A lição foi ensinada no jardim do Getsêmani, quando Jesus encarou o cálice do sofrimento que o aguardava na paixão e na crucificação que em seguida viriam.
Antes, porém, de puxarmos as cadeiras para nos assentarmos ali no Getsêmani com Jesus, Pedro, Tiago e João, faremos bem em abordarmos o tema da tristeza ou da melancolia de forma mais ampliada.
Problema de saúde pública
Um programa da OMS (Organização Mundial da Saúde) para a saúde mental revelou que a depressão é problema de saúde pública. Estima-se que em poucas décadas, talvez duas, a depressão será a doença mais comum no mundo todo, afetando mais pessoas que o câncer e as doenças cardíacas.
Apesar de atingir pessoas de todas as idades e sexos, o número de mulheres com depressão é 50% mais elevado que o de homens. A maior prevalência nas mulheres se deve, principalmente, à depressão pós-parto, que afeta até uma mãe em cada cinco.
A depressão, segundo a OMS, é diferente das mudanças de humor mais comuns.
Ela se manifesta por um sentimento de tristeza que dura, ao menos, duas semanas, e que impede a pessoa de levar uma vida normal. É fruto da interação de fatores sociais, psicológicos e biológicos. Em muitas ocasiões, está relacionada com a saúde física. Uma doença cardiovascular pode, por exemplo, desencadear a depressão no enfermo. Além disso, em circunstâncias particulares – como as dificuldades econômicas, o desemprego, as catástrofes naturais e os conflitos – pode aumentar o risco de a pessoa sofrer com a depressão. Nos casos mais graves, a depressão pode levar ao suicídio. Cerca de um milhão de pessoas se suicida a cada ano e uma grande porcentagem delas padece de depressão profunda. Mais de 50% das pessoas que se suicidam sofriam de depressão.
Diagnóstico de depressão
O Dr. Drauzio Varella diz que
Depressão é a tristeza quando não acaba mais. Ela é uma doença psiquiátrica, crônica e recorrente, que produz uma alteração do humor caracterizada por uma tristeza profunda, sem fim, associada a sentimentos de dor, amargura, desencanto, desesperança, baixa autoestima e culpa, assim como a distúrbios do sono e do apetite.
O Dr. Varella também argumenta que nem toda tristeza é depressão.
É importante distinguir a tristeza patológica daquela transitória provocada por acontecimentos difíceis e desagradáveis, mas que são inerentes à vida de todas as pessoas, como a morte de um ente querido, a perda de emprego, os desencontros amorosos, os desentendimentos familiares, as dificuldades econômicas, etc. Diante das adversidades, as pessoas sem a doença sofrem, ficam tristes, mas encontram uma forma de superá-las. Nos quadros de depressão, a tristeza não dá tréguas, mesmo que não haja uma causa aparente. O humor permanece deprimido praticamente o tempo todo, por dias e dias seguidos, e desaparece o interesse pelas atividades, que antes davam satisfação e prazer.
Para ajudar as pessoas a identificarem os sintomas da depressão, Drauzio Varella oferece um algoritmo, retirado da quarta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV):

Durante o último mês, você esteve frequentemente chateado por se sentir deprimido e desesperançado?
Durante o último mês, você esteve frequentemente chateado por sentir falta de interesse nas atividades?
Se a resposta foi não a ambas as perguntas, é pouco provável que você tenha depressão. Mas, se uma das respostas foi sim, esteja atento a outros sintomas da doença.
O diagnóstico de depressão requer a presença de cinco ou mais dos sintomas a seguir. É preciso que haja, obrigatoriamente, espírito deprimido ou anedônia (perda da capacidade de sentir prazer), durante pelo menos duas semanas, provocando distúrbios e prejuízos na área social, familiar, ocupacional e outros campos da atividade diária.

Estado deprimido: sentir-se deprimido a maior parte do tempo, quase todos os dias;
Anedônia: interesse ou prazer diminuído para realizar a maioria das atividades;
Alteração de peso: perda ou ganho de peso não intencional;
Distúrbio de sono: insônia ou hipersônia praticamente diárias;
Problemas psicomotores: agitação ou apatia psicomotora, quase todos os dias;
Falta de energia: fadiga ou perda de energia, diariamente;
Culpa excessiva: sentimento permanente de culpa e inutilidade;
Dificuldade de concentração: habilidade frequentemente diminuída para pensar ou concentrar-se;
Ideias suicidas: pensamentos recorrentes de suicídio ou morte.
De acordo com o número de itens respondidos afirmativamente, o estado depressivo pode ser classificado em três grupos:

Depressão menor: 2 a 4 sintomas por duas ou mais semanas, incluindo estado deprimido ou anedônia (perda da capacidade de sentir prazer);
Distimia: 3 ou 4 sintomas, incluindo estado deprimido, durante dois anos, no mínimo;
Depressão maior: 5 ou mais sintomas por duas semanas ou mais, incluindo estado deprimido ou anedônia.
Tratamento da depressão
Frequentemente, os recursos aplicados no combate à depressão são farmacológicos e psicoterápicos, associados à atividade física. Isso revela a complexidade do assunto; ou seja, ninguém jamais poderá generalizar e dizer que a depressão é um problema meramente fisiológico ou psicológico/emocional.
Depressão não é um problema meramente fisiológico. Dizer que sim, seria bioreducionismo, ou seja, reduzir o ser humano à sua atividade cerebral, aos seus neurotransmissores, às substâncias químicas produzidas pelos neurônios, sem levar em contar qualquer atividade da pessoa como unidade.
A verdade é que não se pode diagnosticar com confiança um desequilíbrio químico (baixos níveis de serotonina em certas áreas do cérebro). Simplesmente porque não há como saber realmente que ele existe e em que grau ele existe. Mesmo que houvesse um teste preciso para isso (o que ainda não existe), o teste não diria se o desequilíbrio químico causou a depressão ou se a depressão causou o desequilíbrio químico.
Ademais, quando se conclui que a depressão é um problema meramente fisiológico, todas as outras perspectivas de tratamento (psicoterápicas, por exemplo) parecerão superficiais e irrelevantes, o que sabemos não ser verdade.
Depressão também não pode ser taxada como um problema espiritual, do tipo, pecado e pronto. Nem toda depressão é pecado. De todos os exemplos bíblicos que comprovam essa afirmação, há, em especial, o de Jesus, quando ele parece ter experimentado um momento de depressão aguda. Note o que ele disse:
Mt 26.38 | Disse-lhes então [Jesus]: “A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem comigo”.
Charles H. Spurgeon foi um de meus heróis da fé. O príncipe dos pregadores, como ficou conhecido, sofria com fortes crises de depressão. Em 1858, aos 24 anos de idade, aconteceu pela primeira vez. Ele relatou:
Meu desânimo ficou tão agudo que eu chorava a qualquer hora, como criança, mas não sabia o motivo do choro.
À medida que os anos foram passando, os momentos de melancolia voltavam. Às vezes ele parecia disposto a entregar tudo. Observe:
Não se pode argumentar com depressão sem causa, nem a harpa de Davi pode afastá-la […] Seria melhor lutar contra a neblina que contra essa falta de esperança sem forma, indefinível, mas que a tudo anuvia […] A barra de ferro, que tão misteriosamente tranca a porta da esperança e mantém o ânimo em uma prisão sombria, precisa da mão celestial para arrancá-la.
A depressão, como já dissemos, não é simplesmente um problema médico, mental, psicológico ou espiritual. A depressão é um problema de se ser humano. A vida com seus problemas faz com que mente e alma afetem o corpo e vice-versa, e muitas vezes não há como distinguir por onde tudo começou.
No entanto, a Bíblia parece indicar de onde pode brotar as complicações e a cura para a depressão – do coração.
Pv 12.25 | O coração ansioso deprime o homem, mas uma palavra bondosa o anima.
O tratamento da depressão, portanto, passa pela compreensão correta de como o coração humano responde ou deve responder aos problemas da vida, sejam eles físicos, emocionais, financeiros ou sociais.
A raiz da depressão
Asafe parece ter compreendido que a raiz da depressão não é tão óbvia.
Sl 73.26 | O meu corpo e o meu coração poderão fraquejar, mas Deus é a força do meu coração e a minha herança para sempre.
Asafe admite o componente físico que pode estar envolvido numa depressão, pois ele diz: “O meu corpo poderá fraquejar”. Como vimos, realmente há o componente físico, tais quais: alteração de peso, distúrbio de sono, problemas psicomotores, falta de energia, fadiga, dificuldade de concentração, e outros.
Além do componente físico, Asafe reconhece o componente emocional ou espiritual da depressão, ao dizer: “O meu coração poderá fraquejar”. De fato há esse componente invisível: esgotamento, tristeza, culpa, desencorajamento, angústia, estresse, ideias suicidas, etc.
Tanto o componente físico como o emocional (ou espiritual) são agravados e tendem a evoluir até o limite. O verbo usado por Asafe para “fraquejar” vem da palavra hebraica “kalla”, que significa, literalmente, “chegar ao fim”, “esgotar”, “acabar”.
Portanto, quando Asafe diz: “o meu corpo e o meu coração poderão fraquejar” ele está dizendo que física e espiritualmente (emocional ou mentalmente) ele pode chegar ao fim de suas forças para lutar e muitas vezes ele chegou, mas a saída desse buraco negro está na fé e na esperança em Deus.
Sl 73.26 | O meu corpo e o meu coração poderão fraquejar, mas Deus é a força do meu coração e a minha herança para sempre.
Asafe parece estar ensinando que a raiz da depressão pode estar em não se contra-atacar aos estímulos do corpo, da cabeça ou das circunstâncias com fé e esperança na graça de Deus. A raiz da depressão pode estar em não se buscar abater a tristeza.
Spurgeon compreendeu tudo isso e nunca parou de lutar, buscando abater a tristeza que, virava e mexia, procurava derrotá-lo.
Essa melancolia é a minha pior característica. É um vício. O desânimo não é virtude; creio que é um defeito. Estou sinceramente envergonhado de mim mesmo por cair nele, mas tenho certeza de que não há outro remédio para ele além da santa fé em Deus.
Quando o corpo adoece e o coração entra em coma, a fé e a esperança na graça de Deus, promovidas pela Palavra na força do Espírito Santo, deverão entrar em cena, pois são a única cura definitiva.
Pv 12.25 | O coração ansioso deprime o homem, mas uma palavra bondosa o anima.
Que “palavra bondosa” é essa que anima o homem? É a Palavra de Deus! Davi diz assim, no Salmo 19.7: “A lei do Senhor é perfeita, e revigora a alma”.
Portanto, a raiz de toda depressão, longe de ser o corpo ou a circunstância, pode estar em não se contra-atacar aos estímulos do corpo, da cabeça ou das circunstâncias com fé e esperança na graça de Deus.
A depressão é um problema de se ser humano, independentemente de seus causadores serem o corpo, a cabeça ou as circunstâncias, e a única forma eficaz de combatê-la é arrancando a sua raiz, ou seja: jamais deixar de contra-atacar com fé e esperança na graça de Deus. Jesus disse assim:
Jo 16.33 | Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo.
Abatendo a tristeza
Oito estratégias práticas para se combater a depressão foram apresentadas pelo Dr. Sam R. William em um artigo escrito para a LifeWay, em dezembro de 2002. Lá ele diz:

Descreva a sua experiência, enxergando forma e intensidade.
Identifique as causas, ouvindo o que a depressão está dizendo.
Leia e absorva as Escrituras em busca de fé e esperança.
Aja segundo a verdade, dando pequenos passos de fé.
Reavalie o seu estilo de vida: sono, trabalho, atividade física, alimentação.
Resolva os seus conflitos.
Não permaneça inerte. Sai de si mesmo e se envolva na vida de outros.
Consulte um médico.
Além dessas estratégias práticas, observe como Pedro aprendeu com Jesus a forma de se abater a tristeza que tenta nos destruir. Como já vimos, o estado de Jesus era de tristeza aguda. Observe, mais uma vez:
Mt 26.38 | Disse-lhes então [Jesus]: “A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem comigo”.
Por que Jesus estaria neste estado?
Se ele pudesse falar sobre esse seu sofrimento, se pudéssemos “ouvir a depressão” de Jesus, buscando identificar a causa, o que perceberíamos? Graças a Deus que João nos deixou algo registrado e que pode nos ajudar a entender.
Jo 12.27 | Agora meu coração está perturbado, e o que direi? Pai, salva-me desta hora? Não; eu vim exatamente para isto, para esta hora.
John Piper, no capítulo 24 do excelente livro Graça Futura (ed. Shedd Publicações) argumenta que Jesus, apesar de nunca ter pecado (Hb 4.15; 2Co 5.20), estaria sofrendo rajadas constantes de ataques do diabo, colocando em dúvida a obra que ele, Jesus, realizaria na cruz. É como se o Senhor estivesse argumentando diante de Deus o seguinte:
Valerá mesmo a pena? Devo realmente ir até o fim? Não será tudo em vão? Não! Nada disso. Foi para isso que vim.
Essa batalha constante na mente de Jesus o teria levado a uma “tristeza mortal”. Além, é claro, do peso da responsabilidade daquela missão e dos pecados da humanidade sobre os seus ombros.
Jesus abatido! Como pode?
O mesmo Jesus que disse “A minha alma está profundamente triste” (Mt 26.38), também disse, noutra ocasião, o seguinte aos seus discípulos:
Jo 14.1 | Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim.
Jo 14.27 | Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo.
Como é que ele diz para os discípulos não se perturbarem, não se entristecerem, enquanto ele mesmo estava “profundamente triste”, perturbado? Seria contradição? Não, de forma alguma!
Aos discípulos, Jesus estava ensinando que tão logo a bomba do desencorajamento e da tristeza, que podem levar à depressão, tocar o solo do coração, eles deveriam imediatamente contra-atacar com fé e esperança na graça de Deus. Mas, como?
Isso ele mostra na forma como ele mesmo contra-atacou suas dúvida, seus medos e seus temores no Getsêmani.
Como Jesus abateu a tristeza
Ao nos debruçarmos sobre o método que Jesus usou para abater sua tristeza profunda, peço que você fixe sua mente e seu coração naquilo que mais rouba sua paz, levando você ao pântano da tristeza.
Há seis atitudes de Jesus que precisam ser consideradas.
1. Jesus chamou para perto alguns amigos
Mt 26.36-37 | 36 Então Jesus foi com seus discípulos para um lugar chamado Getsêmani e lhes disse: “Sentem-se aqui enquanto vou ali orar”. 37 Levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se.
Jesus não se isolou, mas também não se expôs para todo mundo. Ele chamou para si os amigos mais íntimos, aqueles em quem confiava.
2. Jesus abriu seu coração aos amigos
Mt 26.37-38 | 37 Levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. 38 Disse-lhes então: “A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem comigo”.
Jesus não se constrangeu ao desnudar seu coração deprimido, mesmo que isso lhe expusesse e chocasse os discípulos.
3. Jesus pediu a ajuda dos amigos
Mt 26.38 | (…) “A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem comigo”.
Jesus admitiu precisar de companhia para se sustentar e lutar, ele pediu oração.
4. Jesus derramou seu coração diante de Deus
Mt 26.39 | Indo um pouco mais adiante, prostrou-se com o rosto em terra e orou: “Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas sim como tu queres”.
Jesus orou a Deus, expressando seus desejos e afirmando sua disposição em confiar e fazer cumprir na sua vida a vontade do Pai.
5. Jesus amou os amigos em suas fraquezas
Mt 26.40-45 | 40 Depois, voltou aos seus discípulos e os encontrou dormindo. “Vocês não puderam vigiar comigo nem por uma hora?”, perguntou ele a Pedro. 41 “Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca.” 42 E retirou-se outra vez para orar: “Meu Pai, se não for possível afastar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade”. 43 Quando voltou, de novo os encontrou dormindo, porque seus olhos estavam pesados. 44 Então os deixou novamente e orou pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras. 45a Depois voltou aos discípulos e lhes disse: “Vocês ainda dormem e descansam?
Jesus amou seus discípulos na fraqueza deles. Ele não desistiu de lutar apesar do fracasso dos amigos íntimos. Não se deixou decepcionar pelas pessoas.
6. Jesus agiu com fé, esperança e amor
Mt 26.45-46 | 45b (…) Chegou a hora! Eis que o Filho do homem está sendo entregue nas mãos de pecadores. 46 Levantem-se e vamos! Aí vem aquele que me trai!”
Jesus secou suas lágrimas e seguiu a vida com fé e esperança, apesar das dificuldades. Apesar de Judas. Aliás, ele amou Judas. Nada nas circunstâncias haviam mudado. O que mudou foi que agora Jesus estava com fé, esperança e amor renovados. Isso fez a diferença na hora da profunda tristeza.
Abatendo a tristeza
Pois bem, quando o corpo e as circunstâncias lhe pressionarem, quando a bomba da tristeza, da dor, da angústia e da desesperança cair no solo do seu coração, contra-ataque com fé, esperança e amor.
Há um plano, usado pelo próprio Senhor, que se soubermos usar, seremos fortalecidos nesse combate contra a depressão.

Encontre os amigos confiáveis
Abra seu coração a eles
Peça a ajuda deles
Gente que saiba ouvir sua dor, enxergando forma e intensidade.
Gente que te ajude a identificar causas, ouvindo o que a depressão está dizendo.
Gente que te leve a ler e a absorver a Bíblia em busca de fé e esperança.
Gente que reavalie com você o seu estilo de vida.
Gente que ajude você a resolver os conflitos que possam haver.
Gente que, se for o caso, te ajude encontra um médico e acompanhe você.

Derrame-se diante de Deus.
Não se desiluda nem deixe de amar as pessoas.
Aja com fé, esperança e amor. Saia de si mesmo.
Pedro aprendeu como abater a tristeza.
1Pe 5.6-11 | 6 Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo devido. 7 Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês. 8 Estejam alertas e vigiem. O Diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar. 9 Resistam-lhe, permanecendo firmes na fé, sabendo que os irmãos que vocês têm em todo o mundo estão passando pelos mesmos sofrimentos. 10 O Deus de toda a graça, que os chamou para a sua glória eterna em Cristo Jesus, depois de terem sofrido durante pouco de tempo, os restaurará, os confirmará, lhes dará forças e os porá sobre firmes alicerces. 11 A ele seja o poder para todo o sempre. Amém.
Há um tipo de tristeza que produz arrependimento e leva à salvação.
2Co 7.9-10 | 9 Agora, porém, me alegro, não porque vocês foram entristecidos, mas porque a tristeza os levou ao arrependimento. Pois vocês se entristeceram como Deus desejava, e de forma alguma foram prejudicados por nossa causa. 10 A tristeza segundo Deus não produz remorso, mas sim um arrependimento que leva à salvação, e a tristeza segundo o mundo produz morte.
Não seria o seu estado de tristeza fruto de uma convicção de erro e do pecado? Volte-se para Deus em arrependimento. Receba a cristo. Abata essa tristeza com fé na graça de Deus em Cristo.
Deixe que o evangelho produza salvação a partir de sua tristeza.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

sábado, 30 de maio de 2020

O SENHOR DOS EXÉRCITOS


                                                     O SENHOR DOS EXÉRCITOS
Jesus venceu políticas, culturas e exércitos poderosos com a melhor de todas as estratégias de guerra. A linguagem do amor, a mensagem de um modelo de Paz. A comunicação assertiva e otimista.
Bom dia amados! Depois de uma missão na Amazônia, volto á comunicação dominical com vocês. Mas, e, por falar em missões…
… E, se no Brasil, a sua capital, Brasília fosse atacada pelo céu?
A Base Aérea de Anápolis – BAAN é uma base da Força Aérea Brasileira localizada na cidade de Anápolis, estado de Goiás, a 160 km de Brasília. Sua função primordial é a defesa aérea de Brasília, capital do Brasil.

Ela foi a primeira base aérea brasileira planejada e construída especialmente para receber um tipo específico de avião, os caças de fabricação francesa, Mirage IIIE/D designados na Força Aérea Brasileira como F-103. A operação desses aviões exigia a construção de uma base inteiramente nova e plenamente capacitada a operar aviões supersônicos.
Por questões estratégicas, foi decidido que a nova base seria construída nas proximidades de Brasília, e os F-103 destinados primordialmente à defesa da capital do país. Assim, após vários estudos (incluindo questões de tráfego aéreo e interferências de rádio) a escolha acabou recaindo sobre a cidade de Anápolis.

A partir do ano 2000, a Base Aérea de Anápolis passou a abrigar também o 2º/6º GAv – Esquadrão Guardião, que opera com os avançados R-99A de alerta aéreo antecipado e R-99B de sensoriamento remoto.
Em caso de qualquer ameaça estrangeira no ar de Brasília. Em poucos minutos Anápolis será a 1ª. Unidade de Defesa a responder com artilharia de fogo pesado sobre possíveis inimigos em nossos céus! (Fonte: Wikipedia).

Guerra Invisível
Assim como o nosso governo não pode dormir em sua estratégia de defesa, o povo de Deus, o povo de Israel, necessita está em posição de guarda diante de nossos adversários.
Acontece que os adversários do povo de Deus são seres invisíveis. São seres espirituais. Suas ações são elaboradas diariamente e, incansavelmente voltadas para a destruição do povo de Deus, atingindo as suas emoções, famílias, territórios e até a saúde física.
Essas forças espirituais influenciam choques de poderes nas regiões celestiais que refletem na vida real. São agentes da maldade que manipulam e seduzem as pessoas para um descontrole de suas emoções e ações num mundo físico cheio de violência.
“Mas, a nossa luta não é contra CARNE ou SANGUE, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares dos céus! Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir firmes no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes!… (Efésios 6:12 em diante)…”
Principados, potestades, príncipes, hostes (do mal) podem se apresentar nos modelos mais diversos possíveis. São fortes poderes mencionados na bíblia. Vamos detalhar as suas características para um melhor entendimento:
1) Principados (no grego arché, que significa espíritos governantes, magistrados, poderes, começo, sendo que começo neste caso se refere ao tempo ou ordem). Principados são espíritos demoníacos poderosos da mais alta hierarquia (primeiro escalão), recebendo ordens diretamente de Satanás, dominando e operando nos lugares celestiais. São chamados de príncipes (Dan. 10:13,20).
2) Potestades (no grego exousia, significando autoridades que permitem ou impedem, poder delegado). As potestades têm poderes executivos, recebendo autoridade e poder delegado pelos principados. Nos textos de I Cor. 15:24 e Colos. 2:15 refere-se à todas as autoridades e poderes malignos, que se opõem a Jesus Cristo e a Igreja.
3) Príncipes do mundo destas trevas (no grego kosmokrator, que significa governadores mundiais, os senhores do mundo; vem de “kosmos”, isto é, “mundo” e “krator”, isto é, governados). Estes são responsáveis pela luta contra a verdadeira luz e levam o povo às trevas, cegando-lhes os olhos e enviando trevas às almas dos homens. Quando oramos por pessoas que estão dominadas pela cegueira de Satanás e por pessoas que estão em religiões pagãs estamos guerreando contra este tipo de inimigo. Estes governadores mundiais governam sobre nações através do seu poder de cegar a mente dos homens. Exercem também autoridade sobre diferentes sistemas de governos do mundo.
4) Hostes espirituais da iniqüidade nas regiões celestes (no grego pneumatikos, que vem da raiz da palavra “pneuma”, que significa “espírito” e “poneria”, que significa “iniqüidade”, “depravação”, “maligno”, “atividade de natureza má”). Estas forças oprimem a humanidade, tentando levá-la ao desespero e caos total. O medo, a angústia e os suicídios são resultantes destas forças espirituais malignas. (fonte guerrear. wordpress.com)
Estes são os nossos adversários e não outros. São espirituais. Uma guerra espiritual só é vencida numa luta espiritual.
É engano achar que podemos lutar com o uso da força física para ganhar uma batalha como esta. Leia e entenda a Bíblia.
JESUS influenciou cidades, reinos e nações apenas com a sua palava. Napoleão Bonaparte , um dos generais mais temidos de todos os tempos, declarou que houve alguém mais poderoso que todos os exércitos da terra, e que destruiu todas as forças e poderes bélicos existentes na terra, sem o uso de nenhuma arma física ou força humana, esse alguém foi JESUS. ELE VENCEU POR AMOR E SEU AMOR É A SUA MELHOR ESTRATÉGIA DE VITÓRIA ATÉ HOJE!!!
Jesus venceu culturas poderosas com a melhor de todas as estratégias de guerra. A comunicação do amor. A comunicação de um modelo de Paz.
Exércitos vencem pela força, suas estratégias são altamente sigilosas. Mas, Jesus venceu pelo amor e sua estratégia não tem segredo. Jesus nos chama de amigos pois, os servos não conhecem os negócios de seu Senhor. Jesus ensinou que reino dividido é sinônimo de derrota e destruição de uma nação. A estratégia de Jesus é de AMIZADE.
“Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer.” (João 15:15).
Na prática, se o seu problema é de amizade, comunique-se assertivamente como Jesus o fez. Se o problema é espiritual, junte-se a um exército de orações as armas mais poderosas que os crentes em Cristo têm em suas mãos.
Há forças que só usam a força e a violência, mas um filho de Deus cheio de sabedoria não estaria associado a isso. Não somos das trevas. Somos de Jesus. E, se isso é verdade somos UM com Cristo e nada com as trevas. Vejamos o que diz a bíblia sobre isso:
“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? (…) Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; E não toqueis nada imundo, E eu vos receberei; E eu serei para vós Pai, E vós sereis para mim filhos e filhas, Diz o Senhor Todo-Poderoso.” (2 Cor. 6:14-18).
É possível vencer uma batalha
de acordo com o modelo estratégico de Jesus!..
Voltando a falar sobre o Brasil, estratégica e politicamente, falando de guerra, em nosso País, Brasília e Anápolis são um. Todo o Brasil seria um! Afinal, nenhuma nação dividida em guerras civis, subsistirá ao inimigo estrangeiro!!
Reflexão:
Agora, espiritualmente falando, de que lado você precisa estar? Competindo entre irmãos em Cristo ou resistindo ao inimigo de nossas almas?

“…Não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos.” (Zacarias 4:6).
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

sexta-feira, 29 de maio de 2020

O MISTÉRIO DA ESTATUA DO REI NABUCODONOSOR



                                  O MISTÉRIO DA ESTATUA DO REI NABUCODONOSOR
1. Ora no segundo ano do reinado de Nabucodonosor, teve este uns sonhos; e o seu espírito se perturbou, e passou-se lhe o sono.

2. Então o rei mandou chamar os magos, os encantadores, os adivinhadores, e os caldeus, para que declarassem ao rei os seus sonhos; eles vieram, pois, e se apresentaram diante do rei.
3. E o rei lhes disse: Tive um sonho, e para saber o sonho está perturbado o meu espírito. Daniel 2.1-3

31. Tu, ó rei, na visão olhaste e eis uma grande estátua. Esta estátua, imensa e de excelente esplendor, estava em pé diante de ti; e a sua aparência era terrível.

32. A cabeça dessa estátua era de ouro fino; o peito e os braços de prata; o ventre e as coxas de bronze;
33. As pernas de ferro; e os pés em parte de ferro e em parte de barro.
34. Estavas vendo isto, quando uma pedra foi cortada, sem auxílio de mãos, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou.
35. Então foi juntamente esmiuçados o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como a pragana das eiras no estio, e o vento os levou, e não se podia achar nenhum vestígio deles; a pedra, porém, que feriu a estátua se tornou uma grande montanha, e encheu toda a terra.
36. Este é o sonho; agora diremos ao rei a sua interpretação. Daniel 2.31-36

INTRODUÇÃO

A Bíblia Sagrada possui grandes tesouros, mas muitos não os buscam, deixando todos esses tesouros a deriva. Todas as questões estão respondidas na bíblia, não há nada que fique sem resposta.
Uma questão que por muito tempo o homem vem tentando buscar resposta é a cerca do futuro da raça humana na face da terra. Questão que nós os crentes já sabemos, pois somos adoradores da boa Palavra de Deus.
Nesta mensagem quero trazer do fundo dos segredos da bíblia algumas respostas para algumas perguntas que incomodam muitas pessoas, tais como: O que deverá realmente acontecer? Será que Deus se preocupa com seu povo? Teria Deus nos deixados sozinhos à vontade da sorte? A maldita doutrina idólatra romana subsistirá?
Receba nesta mensagem o néctar que Deus preparou para nós.
Em II Pedro 1:19, é nos revelado que as profecias bíblicas são tão importantes como a chegada da luz em um local escuro. É por isso que a luz da palavra de Deus irá brilhar em sua vida através da revelação na mensagem que iremos compartilhar, O MISTÉRIO DA ESTÁTUA DE NABUCODONOSOR, esta que sem dúvida é a mais linda profecia bíblica a respeito do futuro.

QUEM ERA NABUCODONOSOR?

Nabucodonosor, filho de Nabupolassar. Seu reinado tem início em 604 a.C. Torna-se o principal soberano dessa segunda fase e transforma Babilônia na "rainha da Ásia". Líder militar de grande energia e crueldade, ele aniquila os fenícios e obtém a hegemonia no Oriente Médio, com exceção do Egito. Na segunda metade do século VI a.C., conquista Jerusalém e realiza a primeira deportação de judeus para a Mesopotâmia, no episódio conhecido como o cativeiro da Babilônia. Com sua morte, após 42 anos de poder, o reino entra em declínio e, em 539 a.C., a Babilônia é conquistada por Ciro, rei dos Persas (559 a.C. - 529 a.C.).

O SONHO DO REI NABUCODONOSOR

Certa noite estava o rei Nabucodonosor em seus aposentos, talvez e uma noite quente do oriente, que talvez também preocupado com fatos a respeito do futuro, então pensativo ele pega no sono, e durante a madrugada ele tem um sonho que segundo a bíblia o deixou perturbado, pois além de ter sido um sonho totalmente diferente, ele também se esqueceu do sonho que teve.
Então Nabucodonosor manda chamar todos os sábios, encantadores, os magos, os adivinhos e os feiticeiros de seu reino (e com certeza lá tinha bastante) para tentarem lhe falar qual era o sonho que ele tinha sonhado e também lhe dar a interpretação do sonho, mas nenhum deles pode realizar tal proeza. Enfurecido Nabucodonosor manda matar todos eles, porém quando o capitão do Rei chega até a pessoa de Daniel para o matar, juntamente com seus amigos, conhecidos por Sadraque, Mesaque e Abdnego, Daniel lhe diz que ele voltasse ao rei e lhe pedisse tempo, pois ele iria pedir a Jeová que lhe concedesse a revelação e a interpretação do sonho.
O sonho que Nabucodonosor havia tido era o descrito nos versículos 31 a 36 e então após contar para o rei qual era o sonho que ele havia tido, Daniel cheio do poder de Deus também lhe revela qual seria o significado de seu sonho.

O SIGNIFICADO DO SONHO DE NABUCODONOSOR

32. A cabeça dessa estátua era de ouro fino;... (ver vs. 37 e 38).
Esta declaração torna evidente que a cabeça de ouro simbolizava o grande e poderoso império babilônico, mas ainda com toda a sua grandeza Babilônia deveria passar e viria outro grande império depois dele, porém não tão grande como o império babilônico, simbolizado pelo peito e braços de prata.

32. o peito e os braços de prata;... (ver vr. 39).

Este seria o segundo império que viria depois do babilônico. Este reino seria o Medo-Pérsia, representada pelo peito e braços de prata. Pois em 539 aC. O grande imperador Ciro, general Persa, derrotou o império babilônico e estabeleceu a Segunda potência Universal.

32. o ventre e as coxas de bronze;... (ver vr. 39).

Duzentos anos mais tarde, em aproximadamente em 331 aC. o império Medo-Pérsia se desmoronava diante das forças da Grécia, comandadas pelo então imperador Alexandre, o Grande. Dentre todos os impérios anteriores, este foi o mais longo domínio que existiu até então. Este império representado pelo ventre e quadris de bronze, visto no sonho de Nabucodonosor, assim como os outros também daria lugar a um outro império.

33. As pernas de ferro;... (ver vr. 40).

As pernas de ferro simbolizavam o quarto império na interpretação de Deus através de Daniel.Em 168 aC. ocorreram três campanhas militares, onde Roma dominou o reino da Grécia e se tornou a quarta potência mundial. Este domínio foi o que mais durou, sendo o mais extenso e mais poderoso dentre todos. Era então imperador deste domínio o soberano César Augusto. Foi durante este período, o período das pernas de ferro também se deu o nascimento de Jesus, e seu ministério juntamente com os apóstolos também se desenvolveu nesta época.

33. ...;e os pés em parte de ferro e em parte de barro.
34. Estavas vendo isto, quando uma pedra foi cortada, sem auxílio de mãos, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou. (ver vr. 41).

Este não era um novo império, mas as divisões do quarto império, pois Roma tornou-se um reino dividido em dez reinos. Isto realmente aconteceu em 476 dC., quando o antigo império romano foi atacado pelos povos germânicos, dividindo-se então em dez poderes distintos, conforme a numeração dos dedos dos pés da estátua.
Destas divisões se formaram os francos que vieram depois a ser a França; os alamanos que vieram a ser a Alemanha; os anglo-saxões que vieram as ser a Inglaterra; os visigodos sendo depois a Espanha; os suevos sendo mais tarde Portugal; os burgundos que vieram a ser a Suíça; os lombardos sendo o norte da Itália e os hérulos, vândalos e ostrogodos que foram mais tardes todos destruídos.
Depois do quarto império, o Romano, não iria se levantar outro império, este império seria dividido e assim permaneceria. Essa era a definição da interpretação vinda de Jeová.

"Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão com semente humana, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro". Daniel 2.43
Houve uma tentativa de unir esses reinos para então se formar um quinto reino universal, mas foi fracassada.

Quando se deu a 1ª Guerra Mundial, quase todos os reis ou monarcas da Europa eram parentes, pois veja só. A rainha da Inglaterra, Rainha vitória, também era chamada a "avó da Europa", pois quase todos os outros reis pertenciam à sua dinastia, por exemplo, o rei da Inglaterra, o czar da Rússia, o rei da Espanha, o imperador da Alemanha, eram todos, brigando entre si nesta guerra, e o resultado de tudo isso foi que quase todos os reinos caíram e foram substituídos por Repúblicas.
Também temos exemplos de outros governantes que tentaram unir a Europa e também fracassaram, como Adolf Hitler da Alemanha, Napoleão Bonaparte da França, Carlos V da Espanha e outros como Luiz XIV, Carlos Magno, mas a profecia se mantinha inabalável, NÃO SE LIGARIAM UM AO OUTRO, era o que estava escrito.
Mas ainda deveria vir outro reino, mas não da terra, e sim do céu.

O QUINTO REINO UNIVERSAL MUNDIAL

No versículo 44 e 45, vemos o desfecho do sonho do rei Nabucodonosor, com a interpretação nas palavras de Daniel, que agora compartilharemos aprendendo junto sobre algo a cerca do futuro, revelado por Jeová.

"44. Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre,

45. Da maneira que viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro; o grande Deus fez saber ao rei o que há de ser depois disto. Certo é o sonho, e fiel a sua interpretação". Daniel 2.44-45

Em seu sonho o rei Nabucodonosor viu uma pedra que esmiuçou os pés da estátua e toda a estátua, vindo a encher toda a terra, pois esta pedra representa o Reino de Deus que será estabelecido para todo o sempre, que se dará na segunda vinda de Jesus Cristo, nos mostrando que todos os governos terrestres serão aniquilados.

Analisando esta passagem bíblica chegamos a conclusão de que estamos vivendo no tempo representado pelos dedos dos pés da estátua, assim concluindo que o a chegada do Reino de Deus está muito próximo.

CONCLUSÃO

Dou graças a Deus por isso, pois esta tem sido a fonte da esperança de cada cristão, a chegada do REINO DE DEUS sobre a terra, haja vista que por muito tempo todos temos pronunciado em nossas orações a frase "venha a nós o Vosso Reino".
Quando o fim dessa profecia se cumprir, então chegará o tempo de paz e harmonia, e todos aqueles que pediram e esperaram perseverando em orações darão graças a Deus, e seus lábios cantarão cânticos de louvores e adoração ao Senhor.
Por isso não cesse de pedir a Deus "Venha a nós o Vosso Reino", pois assim com certeza será feita a vontade dEle.
Creia nesta palavra e viva esta profecia todos os dias de sua vida.

"Portanto, orai vós deste modo: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10. Venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;" Mateus 6.9-10
"Porque os malfeitores serão exterminados, mas aqueles que ESPERAM NO Senhor herdarão a terra." Salmo 37.9

Apóstolo. Capelão/Jiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religiãio Dr. Edson Cavalcante.

quinta-feira, 28 de maio de 2020

MERODAQUE BALADÃ


                                                              MERODAQUE BALADÃ

Capítulo 39: após a cura miraculosa de Ezequias, Merodaque-Baladã (Marduk-apla-iddina II) da Babilônia vem visitá-lo e ele lhe mostra seus tesouros. Foi repreendido por isso, e Isaías profetizou o cativeiro de seus descendentes na Babilônia.
Isaías capítulo 39
Isaías 40-66
Capítulo 39
A embaixada da Babilônia – v. 1-2
• Is 39: 1-2 (cf. 2 Rs 20: 12-19): “Nesse tempo, Merodaque-Baladã, filho de Baladã, rei da Babilônia, enviou cartas e um presente a Ezequias, porque soube que estivera doente e já tinha convalescido. Ezequias se agradou disso e mostrou aos mensageiros a casa do seu tesouro, a prata, o ouro, as especiarias, os óleos finos, todo o seu arsenal e tudo quanto se achava nos seus tesouros; nenhuma coisa houve, nem em sua casa, nem em todo o seu domínio, que Ezequias não lhes mostrasse”.

Merodaque-Baladã, em babilônico significa: ‘Marduque deu um filho’. Marduque, Marduk ou Merodaque, como é apresentado na Bíblia, é um deus protetor da cidade da Babilônia, pertencente a uma geração tardia de deuses da antiga Mesopotâmia. Marduque é chamado de Merodaque pelos hebreus (2 Rs 25: 27; Is 39: 1; Jr 50: 2). Em inscrições cuneiformes assírias e babilônicas, o nome Merodaque-Baladã é escrito como Marduk-apla-iddina II, originalmente governador de Bit-Yakin (731-710 AC), um pequeno distrito caldeu ao norte do golfo Pérsico e ao Sul de Babilônia. Quando Tiglate-Pileser III (745-727 AC) entrou na Babilônia em 731 AC, Merodaque-Baladã lhe levou presentes e apoiou os assírios contra um xeque rebelde, Ukin-zer. Quando Sargom II (Sharrukin II – 722-705 AC) subiu ao poder em 722 AC, Merodaque-Baladã entrou na Babilônia e reivindicou o trono. Os assírios reagiram e atacaram os aliados elamitas da Babilônia no ano seguinte. Não se sabe muito bem o resultado da batalha; apenas que Merodaque-Baladã permaneceu no trono da Babilônia até 710 AC, quando Sargom II, depois de neutralizar os elamitas, entrou na Babilônia sem qualquer oposição. Quando os assírios se locomoveram para o sul, até Bit-Yakin, Merodaque-Baladã foi mantido como chefe local e não mais se opôs aos assírios. Mas com a morte de Sargom II em 705, Merodaque-Baladã voltou a trabalhar pela sua independência do domínio assírio. Foi provavelmente nesta época (703–701 AC) que enviou a embaixada a Ezequias (Is 39: 1; 2 Reis 20: 12) para parabenizá-lo por sua recuperação, e talvez garantir sua ajuda contra os esforços assírios para dominar todo o antigo Oriente Médio. Merodaque-Baladã desejava formar uma coligação entre a Babilônia, a Judéia e o Egito contra a Assíria. A oposição de Isaías frustrou seus planos de ter o rei de Judá como seu aliado. Em 689 AC os assírios saquearam a Babilônia, voltando o governo do império da Assíria para as mãos de Senaqueribe. Merodaque-Baladã foi obrigado a fugir, primeiro para Bit-Yakin e depois para o sudoeste de Elão, onde faleceu. Senaqueribe permaneceu como rei da Assíria até 681 AC.
Isaías prediz o cativeiro babilônico – v. 3-7.
• Is 39: 3-7 (cf. 2 Rs 20: 18): “Então, Isaías, o profeta, veio ao rei Ezequias e lhe disse: Que foi que aqueles homens disseram e donde vieram a ti? Respondeu Ezequias: De uma terra longínqua vieram a mim, da Babilônia. Perguntou ele: Que viram em tua casa? Respondeu Ezequias: Viram tudo quanto há em minha casa; coisa nenhuma há nos meus tesouros que eu não lhes mostrasse. Então, disse Isaías a Ezequias: Ouve a palavra do Senhor dos Exércitos: Eis que virão dias em que tudo quanto houver em tua casa, com o que entesouraram teus pais até ao dia de hoje, será levado para a Babilônia; não ficará coisa alguma, disse o Senhor. Dos teus próprios filhos, que tu gerares, tomarão, para que sejam eunucos no palácio do rei da Babilônia [NVI; ‘E alguns de seus próprios descendentes serão levados, e se tornarão eunucos no palácio do rei da Babilônia’]”.

Como dissemos no capítulo anterior de Isaías, em 2 Cr 32: 31 está escrito: “Contudo, quando os embaixadores dos príncipes da Babilônia lhe foram enviados para se informarem do prodígio que se dera naquela terra, Deus o desamparou, para prová-lo e fazê-lo conhecer tudo o que lhe estava no coração”.
Provavelmente isso se refere a um novo episódio de exaltação do coração de Ezequias, em relação ao livramento que recebeu quanto a Senaqueribe, e que, certamente foi do conhecimento de várias nações, e também por causa de sua cura maravilhosa. Por isso, ele agiu presunçosamente em relação aos enviados da Babilônia, e aí sim, o Senhor o desamparou, para prová-lo e fazê-lo conhecer tudo o que lhe estava no coração.
O profeta não apenas o repreendeu por causa da sua atitude impensada diante dos emissários estrangeiros, mas lhe deu uma profecia pessoal para o futuro de sua própria família, pois tudo o que ele tinha seria levado para a Babilônia junto com seus descendentes, como Joaquim, que foi levado por Nabucodonosor, assim como Zedequias. Isaías diz que tornariam eunucos no palácio do rei da Babilônia. A bíblia não conta exatamente o que aconteceu com esses dois reis de Judá; apenas que Joaquim foi liberto do cativeiro por Evil-Merodaque (também chamado Amel-Marduque), filho de Nabucodonosor (2 Rs 25: 27-30; Jr 52: 31-34) e permaneceu o resto dos seus dias lá; Salatiel (ou Sealtiel), seu filho e pai de Zorobabel (Ed 3: 2; Ne 6: 7; Ag 1: 1; em 1 Cr 3: 19 está escrito que Zorobabel era filho de Pedaías, irmão de Salatiel) nasceu em cativeiro (Mt 1: 12). Também diz que Zedequias foi levado cativo, viu seus filhos serem mortos à espada, teve seus olhos vazados e morreu no cativeiro na Babilônia (2 Rs 24: 7; Jr 52: 9-11).
O filho de Ezequias que o sucedeu no trono foi Manassés, e também foi um mau rei, sofrendo punição de Deus. Manassés, filho de Ezequias e Hefzibá (2 Rs 21: 1), reinou como co-regente com o pai por volta de 697-687 AC, e como único regente: 687-642 AC.
Em 2 Cr 33: 3-7a; 9 (cf. 2 Rs 21: 1-9) está escrito: “Pois tornou a edificar os altos que Ezequias, seu pai, havia derribado, levantou altares aos baalins, e fez postes-ídolos, e se prostrou diante de todo o exército dos céus, e o serviu. Edificou altares na Casa do Senhor, da qual o Senhor tinha dito: Em Jerusalém, porei o meu nome para sempre. Também edificou altares a todo o exército dos céus nos dois átrios da Casa do Senhor, queimou seus filhos como oferta no vale do filho de Hinom, adivinhava pelas nuvens, era agoureiro, praticava feitiçarias, tratava com necromantes e feiticeiros e prosseguiu em fazer o que era mau perante o Senhor, para o provocar à ira. Também pôs a imagem de escultura do ídolo que tinha feito na Casa de Deus... Manassés fez errar a Judá e os moradores de Jerusalém, de maneira que fizeram pior do que as nações que o Senhor tinha destruído de diante dos filhos de Israel”.

E em 2 Cr 33: 10-13 está escrito: “Falou o Senhor a Manassés e ao seu povo, porém não lhe deram ouvidos. Pelo que o Senhor trouxe sobre eles os príncipes do exército do rei da Assíria, os quais prenderam Manassés com ganchos, amarraram-no com cadeias e o levaram à Babilônia. Ele, angustiado, suplicou deveras ao Senhor, seu Deus, e muito se humilhou perante o Deus de seus pais; fez-lhe oração, e Deus se tornou favorável para com ele, atendeu-lhe a súplica e o fez voltar para Jerusalém, ao seu reino; então, reconheceu Manassés que o Senhor era Deus”.
A bíblia não deixa claro que rei assírio era esse, se Assaradão (Esar-Hadom, 681-669 AC, filho mais novo de Senaqueribe) ou Assurbanipal (669-627 AC). O que se sabe é que no governo de Manassés houve um grande retrocesso religioso, com o culto a deuses assírios e cananeus (2 Rs 21: 1-9; 2 Cr 33: 1-9; 19). Sua oração foi ouvida por Deus, que o fez voltar para Jerusalém, ao seu reino. Porém, sua reforma religiosa foi superficial (2 Cr 33: 15-17), se olharmos o reinado de seu filho Amom (642-640 AC – 2 Cr 33: 21-25), que foi um péssimo rei, seguindo o mau exemplo do pai.

A resignação de Ezequias à sentença de Deus – v. 8.
• Is 39: 8: “Então, disse Ezequias a Isaías: Boa é a palavra do Senhor que disseste. Pois pensava: Haverá paz e segurança em meus dias”.

A bíblia diz que Ezequias aceitou a sentença de Deus, mas não menciona novamente um choro de arrependimento nem uma intercessão pelos seus descendentes, que sofreriam por causa das suas atitudes. Ele se preocupou apenas com ele mesmo naquele momento, e provavelmente se alegrou e agradeceu a Deus por passar em paz o resto dos seus anos de vida.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante.

quarta-feira, 27 de maio de 2020

POR FALAR EM PROSPERIDADE


                                                      POR FALAR EM PROSPERIDADE

A Teologia da Prosperidade é uma heresia que ensina que quem tem fé em Deus terá muitas riquezas e sucessos materiais. Pobreza, doença e sofrimento são vistos como castigo de Deus por causa da falta de fé. A Bíblia diz que há coisas muito mais importantes que os bens materiais.
A Teologia da Prosperidade é muito popular porque ensina que Deus vai fazer você ficar rico. Ser crente é uma troca comercial: você “investe” em Deus e Deus lhe devolve mais. Ensina que o crente tem direito a prosperidade material. O crente pode exigir bênçãos de Deus.

A Bíblia ensina que qualquer bênção que o crente recebe vem da graça de Deus (Efésios 2:8-9). Graça é um favor não merecido. Ninguém merece receber bênçãos de Deus, porque todos pecaram. Deus é o dono de tudo, por isso também não podemos “comprar” bênçãos. Tudo que fazemos para Deus é somente um ato de gratidão.
Veja aqui: o que é graça?
A Teologia da Prosperidade está correta em ensinar que Deus não quer que o crente viva na miséria. Deus quer nos abençoar mas devemos sempre procurar Sua vontade, acima da nossa (Mateus 6:10). “Exigir” bênçãos de Deus é como feitiçaria, que tenta manipular forças espirituais em nosso favor.
A Bíblia não promete riquezas e sucesso?
Sim, a Bíblia promete riquezas e sucesso, mas de um tipo diferente. Os bens materiais são secundários e não trazem verdadeira paz nem felicidade. Deus nos promete sucesso e riquezas espirituais, quando nos submetemos a Sua vontade (Efésios 1:3).

Os bens materiais são inconstantes, desaparecem com facilidade. Não podemos levar nada material para o Céu. Por isso, a Bíblia diz que devemos dar mais importância aos tesouros espirituais (Mateus 6:19-21). Em Deus podemos encontrar amor, alegria, paz, sabedoria, liberdade... Essas são as coisas verdadeiramente importantes.
Deus promete nos dar aquilo que precisamos para:
Viver – Deus ajuda a suprir nossas necessidades, mesmo quando nossa situação financeira é difícil, mas não promete dar tudo que queremos mas não é necessário – Salmos 37:25-26
Ajudar outros – o crente não pode pensar só em si mesmo; Deus nos dá capacidade para ajudar outras pessoas, com bens materiais ou com bênçãos espirituais – Atos dos Apóstolos 3:5-7
Veja também: as 4 heresias mais perigosas da atualidade

Jesus não era rico. Ele vivia de forma simples e nunca exigiu muitos bens materiais. Os primeiros cristãos preferiam viver todos de maneira mais simples, sem guardar muito dinheiro para si, para ajudar os mais pobres. Os apóstolos passaram por muitos sofrimentos mas entenderam que esse é o preço de pregar o evangelho corajosamente (2 Coríntios 1:3-5). Nenhum deles pregou a Teologia da Prosperidade.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante,

terça-feira, 26 de maio de 2020

OS ENSINAMENTOS DE JESUS CRISTO


                                                OS ENSINAMENTOS DE JESUS CRISTO
As pessoas se assombravam com Seu ensino.
Ele não tinha nada de especial.
Não era bonito, ou até mesmo simpático;
Não tinha uma formação secular especial,
Nem boa situação financeira.
Mas quando falava, tornava-se o mais belo
Homem que já pisou a face da terra.
“Quando Jesus terminou de falar, as multidões ficaram admiradas com a sua maneira de ensinar. Ele não era como os “Mestres da Lei”; pelo contrário, ensinava com uma grande e própria autoridade.”
(Mateus 7: 28, 29)
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“Os líderes judeus e os principais sacerdotes mandaram guardas para prender Jesus. Mas eles retornaram sem Ele. E então eles perguntaram aos guardas:
“Por que vocês não trouxeram aquele homem?”
Eles responderam:
“Nunca ninguém falou como Ele!”
(João 7: 45 e 46)
A vida de Jesus, da sua infância até a sua maioridade, pouco foi registrado.
Sabemos apenas os pequenos relatos, porém importantíssimos, que estão registrados no livro de Lucas, capítulo 2 e versículos 41 – 52.
Este relato, apesar de simples e pequenino, já nos mostra a Sabedoria espiritual de Jesus desde a sua infância.
Desde jovenzinho, com doze anos de idade, ele já tinha conhecimento e determinação sobre o objetivo de sua vida.
Já tinha grande conhecimento da Palavra de Deus, e capacidade para argumentar, debater e arrazoar coerentemente sobre Ela.
Todavia, teve de aprender que deveria ser obediente aos seus pais terrenos, sendo, porém ele mesmo o “Pai” deles, até atingir sua maioridade.
E cresceu em obediência a Deus de uma forma completamente diferente da que tinha antes de vir como homem, obedecendo aos seus pais humanos, e esperando com paciência o tempo determinado de Deus para o início do ministério para o qual fora enviado.
Ele teve que passar por todos os outros sofrimentos comuns aos homens, e ir além, entregar a Sua vida pela humanidade. Sim, passou por todas as tentações e provações comuns aos seres humanos.
(Hebreus 4: 14 – 16 e Hebreus 5: 7 – 10)
Por mostrar completa obediência como homem, numa situação totalmente adversa à Sua anterior glória celestial, Ele foi completamente aprovado pelo Pai, após completar a sua jornada na terra, chegando à presença Dele e sendo recebido pelo Pai como o Grande Sacerdote da humanidade.
Venceu o pecado, passou por todas as mais severas provações e perseguições, e em tudo obedeceu Àquele que o enviou. (Mateus 3: 13 – 17; Mateus 17: 1 – 5)
Nosso Senhor Jesus Cristo foi o mais maravilhoso homem que pisou a face da terra.
Ele não tinha nenhuma beleza física ou simpatia especial.
Não tinha nenhuma formação secular fora dos padrões comuns da sua época, ou qualquer título, ou faculdade ou universidade, ou educação religiosa de nível superior.
Tinha o estudo básico, elementar, dado a todos os israelitas.
Não tinha uma condição econômica privilegiada.
Não tinha nenhum cargo de destaque ou de qualquer importância pelos padrões do mundo.
Ele era um carpinteiro, com uma condição financeira limitada.
Não tinha nada que atraísse a atenção especial das pessoas ou que as agradasse com base nos valores terrenos.
Porém, quando começava a ensinar as Palavras do Pai, Ele se transformava, e sem nenhuma dúvida, Ele se tornava o maior e o mais lindo homem que já pisou a face da terra.
Incomparavelmente o mais belo. (Isaías 53; João 7: 32 – 52)
Seus ensinamentos são tão extraordinários, que já se passaram séculos, e continuam sendo a mais linda novidade nossa de cada dia. Eternamente serão maravilhosos. Eternamente serão a Palavra de hoje. Sim, Seus ensinamentos, em amor, transcendem o conhecimento.
Ele, o Profeta Maior, Aquele que Moisés predisse que falaria as Palavras do Próprio Deus, desceu à terra e ensinou definitivamente aos homens de que forma devemos amar a Deus e de que forma devemos amar ao próximo. Qual é a fórmula eterna de uma vida de amor com o Pai.
E o que é mais importante, de que forma somos amados por Deus.
De maneira simples e humana, fazemos uso das palavras gravadas na parede de uma cela em um sanatório na Califórnia no ano de 1917:
“Se pudéssemos encher os mares com tinta,
E os céus fossem feitos de pergaminho,
E cada graveto neste mundo se tornasse uma pena de escritor,
E todo o homem, um escriba por profissão,
E escrevêssemos sobre o amor de Deus,
(Que está em Cristo Jesus)
Secaríamos os oceanos;
E os rolos não poderiam conter todas as palavras,
Ainda que fossem estendidos de um extremo ao outro do céu.”
Seu apóstolo João já havia escrito:
“Há muito mais coisas que Jesus fez. Se todas elas fossem escritas, uma por uma, acho que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos.” (João 21: 25)
Sim, em cada letra, de cada Palavra proferida por Nosso Senhor Jesus Cristo, podemos multiplicar em bilhões de vezes as conotações sobre o infinito amor de Deus.
Todos os nossos dias, sem falhar nenhum, nós devemos recordar as Suas Palavras, sempre pedindo a orientação do Espírito Santo de Deus, para podermos entender o grande e maravilhoso amor de Deus.
Jesus Cristo sempre, eternamente, abrirá novos horizontes diante de nós sobre o imenso amor de Deus.
Porém, o maravilhoso ministério de Nosso Senhor não poderia se perpetuar, uma vez que Ele teria de terminar a obra que o Pai lhe dera para fazer.
Sim, Ele teria de dar a Sua vida humana, derramar o Seu precioso Sangue para a remissão, o perdão dos nossos pecados. De todos eles. Do crasso, do leve, do hediondo, do escondido, do que nem percebemos que cometemos… Qualquer que seja o pecado cometido, quando a pessoa se arrepende e entrega a sua vida nas mãos de Nosso Senhor Jesus Cristo, e crê no Seu sacrifício, ele pode ser perdoado.
O término de Sua obra culminaria com a entrega de Sua vida perfeita em troca da vida perfeita que se perdeu com os nossos primeiros pais, Adão e Eva. No exato momento em que Ele morreu por nós, colocou ao nosso alcance a vida eterna que havia sido perdida. (João 10: 17,18 – Mateus 26: 26 – 28)
E naquela hora, em que enfrentou a morte, verdadeiramente Ele passou pelo maior conflito que um ser humano consciente pode passar. Ele teria de completar a obra a que fora designado, enfrentando o maior inimigo do homem, a morte.
A Sua morte deveria ser um espetáculo público. Não poderia ser mostrada a verdade a respeito Dele, de quem Ele realmente era: um homem totalmente íntegro e espiritual; bom e piedoso; um mestre perfeito, um homem sem defeito e sem mácula. Ele seria apresentado como um pecador hediondo, repulsivo, merecedor da condenação capital.
A Sua morte não seria como qualquer outra. O inimigo, Satanás, o Diabo, não deixaria barato. Se houvesse a possibilidade de esconder dos homens que Ele era o Descendente, o Messias Prometido, ele o faria.
E o próprio Satanás dominou toda a situação, se apossou dos sacerdotes judeus e conduziu os atos deles, sim, Satanás tinha o domínio da mente de todos os mais importantes sacerdotes da época, aqueles que se diziam “representantes de Deus na terra”.
Mas não bastaria para eles apenas matar a Jesus;
eles primeiro O maldiriam e O desonrariam ao máximo antes de matá-Lo.
E da forma mais brutal, qualificando-O como blasfemo, herege, apóstata, excomungado, ou, entendamos com mais clareza, Ele foi condenado à pior das acusações, à maldição ou morte espiritual, que significa, para as instituições religiosas, destruição eterna.
Mas cabe aqui ressaltar, a morte espiritual e consequentemente morte eterna, é prerrogativa somente do Altíssimo.
E essa prerrogativa Ele, o Pai, deu ao próprio Jesus quando ele recebeu a Sua coroa. Ninguém mais pode fazê-lo. Só o Pai e o Filho.
A excomunhão, a desassociação, a expulsão, ou qualquer outra palavra que tenha este mesmo sentido dentro das sociedades religiosas, é a pior forma de se ultrajar o homem.
Sim, a pior forma para se desqualificar o ser humano diante de seus irmãos e de toda a sociedade humana. Condenando-o como herege e expulsando-o do meio da sua fraternidade espiritual.
Está escrito:
‘“Muitos líderes judeus creram em Jesus, mas não falavam publicamente a favor dele para que os fariseus não os expulsassem das sinagogas. Pois eles amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus.”
(João 12: 42 -43 e João 9: 1 – 34)
Sempre que se expulsa alguém de qualquer sistema religioso humano, planta-se a dúvida sobre a integridade desta pessoa, mesmo que a vida dela seja limpa e honrada e prove o contrário da condenação.
As pessoas acreditam nos líderes de suas sociedades religiosas porque creem que são designadas por Deus. Mas, como o exemplo maior de que podem agir movidos por Satanás, temos o de Nosso Senhor.
Jesus alertou os seus apóstolo de que eles seriam expulsos das sinagogas, e até mesmo aquele que os matasse acreditaria estar fazendo a vontade de Deus. E, logicamente, quem os induziria a estas ações seriam os líderes religiosos dominados por Satanás. (João 16: 1 e 2)
A difamação precede a expulsão, a condenação, a excomunhão injusta.
Por isso, nós afirmamos que mesmo as pessoas que sabem a verdade sobre os motivos das condenações imerecidas e injustas preferem se omitir, por medo de serem elas mesmas envergonhadas e até mesmo expulas também.
Por isso, quanto mais ainda se difamaria o Filho de Deus!
Por serem os sacerdotes fariseus líderes que se diziam “ungidos” por Deus, eles, no poder religioso humano instituído, estavam na verdade, sendo usados, e não apenas usados, mas possuídos e sendo dominados por Satanás e seus demônios.
O único objetivo de Satanás era lançar sobre o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo a dúvida e a desonra.
E uma grande parte do povo israelita, que seguia antes aos homens do que a Deus, ao serem incitados, acompanharam estes líderes judeus.
Não quiseram saber a verdade, não buscaram conhecer o que estava escrito, não conseguiram discernir a época da salvação de Deus.
Estavam espiritualmente cegos, na verdade, mortos. (Lucas 19: 41 – 44)
Os líderes religiosos dos tempos de Jesus sabiam, que, por condená-Lo como amaldiçoado, blasfemador e herege, o povo escolhido por Deus, a herança sanguínea de Abraão, O rejeitaria.
As pessoas acreditavam neles, líderes eclesiásticos, pois eles se fizeram deuses.
Grande parte desse povo já rejeitava a Jesus pela incitação constante desses líderes religiosos que “morriam” de inveja Dele.
Mas Satanás queria destruir, se possível, a todos os judeus, pois, mesmo debaixo de todas as perseguições, quedas, provações e tentativas de destruição até mesmo de massa deste povo, no tempo determinado por Deus, Ele encontrou homens e mulheres fiéis dentre eles, e que levou, graças a Deus, à concepção do tão esperado Descendente e Salvador da humanidade. (Mateus 27: 18; Provérbios 27:4; João 12: 19)
O julgamento de Nosso Senhor Jesus Cristo foi o mais injusto e cruel de todos os julgamentos da história da humanidade.
O tribunal religioso e o secular, ambos em comum acordo condenaram O único justo na face de terra. O único sem pecados. O Filho de Deus.
Não bastava condená-Lo e como sentença aplicar-Lhe qualquer pena alternativa de correção. A condenação tinha que ser a maior, a pena capital. Ele teria que morrer. Ele tinha que ser calado.
Nesta hora de intensa luta interior, com a morte diante de seus olhos, Nosso Amado Mestre derramava o Seu suor em gotas de sangue. E podia sentir na própria carne o que significa enfrentar a morte.
Sim, este era o preço a pagar, para transmitir gratuitamente a vida eterna para todos os que Nele cressem.
Vida eterna que Ele detinha em Si, e que depunha em nosso favor, para que nós também viéssemos a tê-la.
Último e Único sacrifício, eterno, totalmente pleno e aceito por Deus. (Marcos 14: 32 – 42 e Lucas 22: 44)
Os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo devem ser estudados à parte, e com muito critério. E sempre devemos estudá-los com os corações abertos e repletos de gratidão, e pedindo que Ele derrame sobre nós o Espírito Santo de Deus, o Ajudador, para que nós possamos aprender e entesourar e guardar eternamente as Suas Palavras.
LOUVADO SEJA NOSSO DEUS E PAI, CRIADOR DOS CÉUS E DA TERRA DOS MARES E DAS FONTES DAS ÁGUAS E DE TODOS OS SERES VIVENTES!
LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, QUE POR MEIO DO SEU PRECIOSO SANGUE NOS CONDUZ NOVAMENTE AO AMOR DO PAI!
AMÉM!
*A vida e o ministério de Nosso Senhor Jesus Cristo estão registrados nos livros bíblicos de Mateus, Marcos, Lucas e João.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante