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segunda-feira, 22 de julho de 2019

CRISTÃOS E CIDADES IMPENITENTES


                                              CRISTÃOS E CIDADES IMPENITENTES

Mt.11.20-24

Vs.20 
Então começou ele a lançar em rosto às cidades onde se operou a maior parte dos seus prodígios o não se haverem arrependido dizendo:
Vs21 
Ai de ti, Corazim! ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidom fossem feitos os prodígios que em vós se fizeram, há muito que elas se teriam arrependido, com saco e com cinza.
Vs22 
Por isso eu vos digo que haverá menos rigor para Tiro e Sidom, no dia do juízo, do que para vós.
Vs23 
E tu, Cafarnaum, que te ergues até aos céus, serás abatida até aos infernos; porque, se em Sodoma tivessem sido feitos os prodígios que em ti se operaram, teria ela permanecido até hoje.
Vs24 
Eu vos digo, porém, que haverá menos rigor para os de Sodoma, no dia do juízo, do que para ti.

Em Cafarnaum também conhecida como aldeia ou vila de Naum, Jesus passou mais de dezoito meses do Seu ministério terreno.

Lemos que ele passou a denunciar as cidades onde se operou maior parte de seus milagres: Corazim, Betsaida e Cafarnaum, por não terem se arrependido.

Jesus foi grandemente perseguido em Jerusalém; também o foi em Nazaré, onde passou a sua infância.

Mandado embora de Gadara (Lc. 8.37) o povo de Cafarnaum o recebeu com alegria. (Lc. 8.40).

Em Cafarnaum ele achou uma cidade aberta para o Evangelho.

Mateus era um publicano (Mc. 2.14) que morava em Cafarnaum e foi chamado por Jesus para sua obra evangelizadora.

Em Cafarnaum respirava-se liberdade, alguns autores atribuem a Cafarnaum o significado de “aldeia de consolação”.

Foram justamente em Cafarnaum que Jesus realizou grandes trabalhos e operou maravilhosos milagres.

Mas o maravilhoso trabalho e os retumbantes milagres ali operados não foram suficientes para mudar a índole do povo da cidade.

Isto nos serve de alerta e também de lição para não ficarmos frustrados quando o trabalho e os possíveis milagres que realizamos na cidade em nome de Jesus, não mudar a índole do povo.

Cafarnaum era um centro cosmopolita, lá se respirava liberdade.

Cafarnaum era praticamente a porta de entrada para Decápolis a região helênica de Israel.

Jesus era tão conhecido em Cafarnaum que a cidade passou a ser conhecida como a “Cidade de Jesus”.
Mt. 9.1
Entrando Jesus num barco, atravessou o mar e foi para a sua própria cidade.

Que privilegio, que grandeza, pertencer a Jesus, ser propriedade de Jesus.
Mas nada disto mudaram o comportamento, o curso e a história de vida de Corazim, Betsaida e Cafarnaum.

Isto também nos serve de alerta e lição. Não basta pertencer a Jesus, testemunhar seus milagres e depois de tudo perder a salvação.

Em Cafarnaum (Mt. 8.5-13) Jesus curou o servo do centurião; curou o paralítico (Mc. 2.1-12) trazido pelos quatro amigos.

Foi em Cafarnaum (Mc. 1.40-45) que ele curou um leproso; um homem da mão mirrada, (Mc. 3.1-5). 

Lá também ele curou (Mt. 8.14,15) a sogra de Pedro e a mulher do fluxo de sangue (Mc. 5.25-34) e de quebra ressuscitou a filha de Jairo.

Para encerrar esta retumbante caminhada de vitórias em Cafarnaum, Jesus curou a muitos e libertou um grande número de endemoninhados. 

Operou no ar na terra e no mar, quando acalmou a tempestade no mar da Galiléia. (Mt. 8.24-27).

A Cafarnaum Jesus apresentou-se como o Pão da Vida (Jo. 6.24-60), mas parece que ninguém tinha fome para alimentar-se dele.

Diante de tanta rejeição fantasiada de grande aceitação, Jesus identificou neles um profundo espírito de incredulidade e por isto os condenou abertamente.

Então Jesus começou a denunciar as cidades em que havia sido realizada a maioria dos seus milagres, (Mt. 11.20) porque não se arrependeram. 

Se Cafarnaum julgava ter alcançado o céu porque era conhecida como “a cidade de Jesus” ou porque nela Jesus habitava e fazia grandes obras e maravilhas, estava redondamente enganada.

Mt. 11.23
Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás até o céu? Não. Descerás até ao inferno; porque se em Sodoma se tivessem operado os milagres que em ti se fizeram, teria ela permanecido até ao dia de hoje.

No ano 665 d.C. Cafarnaum foi destruída e com o passar do tempo foi completamente soterrada.

Entre as ruínas de Cafarnaum, foram encontradas pelos Franciscanos (1921) as ruínas de uma escola para crianças onde se ler numa coluna: Haulfo, filho de Zobidah, filho de Yohanan, fez esta coluna. Seja abençoado.

Destruída em 665 da nossa era, nunca mais Cafarnaum foi reedificada. Cumpriu-se em Cafarnaum a palavra profética de Jesus.

Cafarnaum hoje aguarda o juízo vindouro como afirmou o Senhor Jesus.

Haverá menos rigor para Sodoma (Mt. 11.24) que não conheceu Jesus, do que para Cafarnaum que o recebeu com alegria.

Ainda hoje quantos recebem a Jesus com alegria, mas não como seu único e suficiente Salvador e sim como um fã de Jesus e não como servos de Jesus.

Ser fã de Jesus, ser amigo de Jesus, ser apaixonado por Jesus como alguns se declaram ser? Não é garantia de Salvação.

No dia do juízo final, muitos, fãs e amigos de Jesus que o conheceu, mas não se decidiu aceitá-lo como único e suficiente Salvador, sofrearão maior rigor no julgamento final do que aqueles que nunca ouviram falar dele.

Algumas “igrejas” e até “denominações” hoje, são verdadeiros “Clube de Jesus”. 

Até o receberam com alegria, mas nunca firmaram com Jesus um compromisso sério de servi-lo fielmente.

Tais “igrejas” e “denominações” que agem assim, sem saber já têm assinado a sua própria certidão de óbito.

Foi ele, o próprio Jesus quem declarou: Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! (Mt. 7.21) Entrará no Reino dos céus.

Não seja um servo Cafarnaum. Recebeu a Cristo gostoso mas nunca se converteu a ele.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

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