RESSURREIÇÃO UMA PROMESSA DE JESUS
CRISTO...
O que acontece dez
minutos após a morte? O que há do outro lado dessa porta misteriosa? Dizem que
algumas pessoas voltaram contando o que existe além da vida. Será que elas têm
convicção do que dizem? Será que não estamos brincando com a morte?
Existe hoje uma
verdadeira epidemia de filmes e peças sobre a morte. O interesse atual na morte
está próximo da obsessão. O interesse pela morte está na moda. Há manuais sobre
como morrer e a morte é considerada por muitos uma conquista!
Desde que foi banido
do Céu, Satanás sabe que deverá sofrer a morte irreversível. Por isso ele está
determinado, se possível, a levar toda a raça humana consigo para a destruição.
Satanás e seus ajudantes pintam a morte como algo lindo, como algo que não deve
ser temido de modo algum. Afinal, de que outro modo poderia atrair suas
vítimas? Essa foi a sua estratégia no Jardim do Éden.
Deus alertou nossos
primeiros pais de que a desobediência poderia resultar em morte. Mas Satanás
falou a Eva através da serpente: “Certamente não morrereis” (Gênesis 3:4).
Essa afirmação de
Satanás significa: “Você não pode morrer. Na verdade, estará vivo em outro
lugar, em outro estado de existência. Portanto, viva como quiser.” No âmago de
todas as suas jogadas permanece a sua mentira original: você não morrerá. Por
que essa jogada dá tão bom resultado? A resposta é muito simples. Se ele puder
convencer você de que os mortos não estão de fato mortos, ficará fácil
convencê-lo de que os mortos podem se comunicar. E, se você acreditar nisso,
uma encenação bem feita dará a ele uma linha direta a sua mente. Satanás e seus
ajudantes, os anjos caídos, são mestres do disfarce.
Eles têm levado
milhões de pessoas solitárias às sessões espíritas, onde são facilmente
convencidas de que estão em contato com os queridos que já se foram; e milhões,
por não possuírem o conhecimento da Palavra de Deus, acreditam nessa
manifestação sobrenatural. Jesus nos alertou sobre os enganos do final dos
tempos: “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes
sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mateus
24:24).
Satanás e seus
ajudantes raramente usam a abordagem direta para tornar sua identidade
conhecida. Eles preferem usar um disfarce: “Porque tais falsos apóstolos são
obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. E não é
maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz” (2 Coríntios
11:13 e 14). Quando o filme “O exorcista” estava fazendo grande sucesso, as
pessoas que acabavam de assistir diziam: “Satanás é mesmo uma criatura
horrível.” Ele adora que as pessoas digam isso, pois se elas acham que ele é um
monstro horrível com cascos e chifres, então estarão totalmente despreparadas quando
ele aparecer para elas disfarçado em anjo de luz. Ou, pior ainda, como uma
pessoa amada que tenha falecido. Esse é o problema: milhões simplesmente não
têm estudado a Palavra de Deus e ainda questionam a sua autoridade.
Essa única passagem
teria impedido que ele continuasse sendo enganado. Isso é válido para nós
também. A Bíblia Viva traduz Eclesiastes 9:5 assim: “Pois os vivos pelo menos
sabem que morrerão! Mas os mortos nada sabem.” A Palavra de Deus afirma que os
mortos, bons ou maus, simplesmente estão dormindo em suas sepulturas, onde
permanecerão até a ressurreição.
Quando Lázaro morreu,
Jesus disse que ele dormia. “Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou para
despertá-lo” (João 11:11). No versículo 14, Jesus disse-lhes claramente:
“Lázaro está morto.” E note que Lázaro, quando foi chamado do seu túmulo depois
de quatro dias, não tinha nenhuma história para contar sobre onde ele tinha
estado durante todo aquele tempo. Evidentemente, ele não tinha ido a parte
alguma. O apóstolo Pedro, no dia do Pentecostes, disse que Davi não tinha ido
para o Céu, mesmo depois de séculos da sua morte (Atos 2:29 e 34).
Vamos deixar que a
Palavra de Deus esclareça mais ainda esse assunto. “E o pó volte à terra, como
o era, e o espírito volte à Deus, que o deu” (Eclesiastes 12:7). Foi isso que
você aprendeu, ou pensava que alguns dos espíritos subiam e outros desciam? Que
espírito é esse que retorna para Deus? “Porque, assim como o corpo sem o
espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta” (Tiago 2:26).
O espírito é que
mantém o corpo vivo. Então, o que é esse espírito que mantém o corpo com vida?
A palavra “espírito”, no original hebraico do Velho Testamento é “ruach”; o
mesmo que “pneuma”, no original grego do Novo Testamento e significa “sopro”.
Dessa palavra, tiramos nossos populares pneus e câmaras cheias de ar. Espírito
ou “pneuma” simplesmente quer dizer ar ou sopro. Quando falta o espírito, a
tradução correta é “morte”, pois um corpo sem “ar” está morto. As duas
palavras, “sopro” e “espírito”, são sinônimos nas Escrituras.
“E formou o Senhor
Deus o homem do pó da terra, e soprou em seus narizes o fôlego de vida; e o
homem foi feito alma vivente” (Gênesis 2:7). Observe o Criador em ação: “e
formou o Senhor Deus o homem do pó da terra”. Deitado no chão, completo em cada
detalhe, o homem acaba de sair das mãos do Criador, pronto para viver, amar e
agir, mas ainda não está vivo. “E soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o
homem foi feito alma vivente.”
Não lhe foi dada uma
alma, mas tornou-se uma alma vivente, um ser, uma pessoa vivente. O fôlego de
Deus que foi colocado nas narinas do homem, o fôlego ou espírito, separa-se do
corpo na morte e volta para Deus. O corpo retorna ao pó. Agora, esse espírito,
o fôlego, não consegue pensar, não consegue adorar, nem cantar; esse espírito
volta para Deus, quer a pessoa seja santa ou pecadora. O homem simplesmente
deixa de ser uma alma vivente, um ser vivente, até o doador da vida reunir os
dois (corpo e espírito) na ressurreição. As ilustrações têm seus pontos fracos,
mas, a despeito disso, iremos usá-las. Imagine algumas tábuas e pregos, que
usamos para montar uma pequena caixa. Assim, já não temos mais só tábuas e
pregos – temos uma caixa. De onde veio essa caixa? Não veio de lugar algum. É
apenas o resultado da união das tábuas e pregos. Vamos supor que não queremos
mais a caixa. Assim, arrancamos os pregos e os colocamos de um lado e as tábuas
de outro. Para onde foi a caixa? Para lugar nenhum, ela simplesmente deixou de
existir como caixa. Os pregos ainda existem, as tábuas existem, mas não pode
haver caixa enquanto os dois não forem unidos de novo.
Da mesma maneira, Deus
formou o homem de dois elementos: o pó da terra e o sopro da vida. Como
resultado da união desses dois elementos, o homem se tornou alma vivente. Quando
ele morre, os dois se separam, mas não vão a parte alguma; simplesmente perdem
seu estado de consciência até a ressurreição, quando o corpo e o fôlego serão
de novo unidos. Duas perguntas nos ajudarão a tirar as dúvidas da mente. Eis a
primeira delas: Você crê na ressurreição? As Escrituras ensinam que ela
ocorrerá no último dia, quando Jesus retornar. Mas por que a necessidade dessa
ressurreição no último dia, se já recebemos a nossa recompensa ou castigo
quando morremos? Certamente não iríamos descer do Céu, ou subir do inferno e
entrar em nosso corpo outra vez.
Agora a segunda
pergunta: Você crê no julgamento? “é claro”, dirá você, porque a Palavra de
Deus diz: “Porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com
justiça, por meio de um varão que destinou” (Atos 17:31).
Mateus descreve a
distribuição das recompensas para os bons e os maus, quando Jesus retornar.
Portanto, eis a pergunta: Por que um julgamento no final dos tempos, se nós já
temos a recompensa ou castigo quando morremos? Se uma pessoa estava sendo
queimada no inferno por 212 anos, você acha que Deus mandaria alguém buscá-la
para o julgamento?
“Não se turbe o vosso
coração; credes em Deus, crede também em Mim. Na casa de Meu Pai há muitas
moradas; se não fosse assim, Eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se
Eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para Mim mesmo,
para que onde Eu estiver estejais vós também” (João 14:1 a 3). Se já
estivéssemos no Céu, qual seria o propósito de Jesus retornar? Nenhum, a Bíblia
não ensina esse tipo de confusão!
Você pode pensar: E o
ladrão na cruz? Jesus não disse ao ladrão que estaria com ele no paraíso
naquele mesmo dia? Vamos ler Lucas 23:43: “Jesus lhe respondeu: Em verdade te
digo que hoje estarás Comigo no paraíso.” E alguém diz: “Sim, é desse jeito que
eu sempre entendi… isto é, até hoje! Parece haver um problema aqui, não parece?
Esse único versículo contradiz todo o resto da Bíblia?
A morte por
crucificação era um processo longo e lento. As vítimas geralmente resistiam
diversos dias. Por isso, Pilatos ficou surpreso por Jesus ter morrido tão
rápido. Ele não morreu da crucificação. Ele morreu de coração partido.
Examine agora João
20:17: “Disse-lhe Jesus: Não Me detenhas, porque ainda não subi para Meu Pai,
mas vai para Meus irmãos e dize-lhes que Eu subo para Meu Pai e vosso Pai, Meu
Deus e vosso Deus.” No domingo de manhã, Maria foi ao túmulo. Ela procurou, mas
não conseguiu encontrar o seu Senhor. No entanto, havia alguém em pé nas
sombras daquele jardim. Ela pensou que fosse o jardineiro. “Onde foi que você O
colocou?”, perguntou ela. E Jesus disse simplesmente: “Maria”. Na mesma hora,
ela se lançou aos Seus pés e tentou abraçá-Lo, mas Jesus a conteve com a mão e
disse: “Não toque em Mim pois Eu ainda não subi para o Meu Pai.” O próprio
Jesus, no domingo pela manhã, ainda não tinha ido para o paraíso, como poderia
ter estado lá na noite de sexta?
Não há provas de que
Jesus tenha estado em algum reino naquela sexta-feira escura. Mas o ladrão viu
muito além, nos corredores do tempo, até o dia em que Jesus iria receber o
reino que por direito Lhe pertencia. E ele disse: “Lembra-te de mim quando
entrares em Teu reino.” Aquela foi a única expressão de fé que chegou aos Seus
ouvidos enquanto Ele estava pendurado na cruz.
E Jesus respondeu: “Eu
te digo hoje, estarás Comigo no paraíso.” Hoje, quando até os Meus discípulos
Me esqueceram de e fugiram; hoje, quando parece que jamais terei um reino;
hoje, quando dá a impressão que jamais poderei salvar alguém; dou a certeza, a
garantia. Eu digo a você hoje: “Você estará Comigo no paraíso.” Note que a
mudança na pontuação altera todo o sentido do texto. Considerando que não
existe pontuação no texto grego (esta foi uma adição por volta do IX século),
em respeito ao contexto geral das Escrituras, o sentido do texto deve ser dado
como o fez a versão trinitariana: “ Na verdade te digo hoje, que serás comigo
no Paraíso” (Lucas 23:43).
Concluímos que a morte
não significa ir para o Céu, para o fogo do inferno ou para o purgatório, nem
para o mundo dos espíritos. A morte significa apenas a cessação da vida até a
ressurreição. O apóstolo Paulo descreve assim a ressurreição: “Porque o mesmo
Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de
Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que
ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar
o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1 Tessalonicenses
4:16 e 17).
Que dia! Que
esperança! Para aqueles que faleceram, não haverá sensação do passar do tempo
na sepultura. O próximo passo para eles será ver Jesus voltando. Ele vem
triunfalmente para o planeta que uma vez O rejeitou, O açoitou e O crucificou,
mas um planeta que Ele não consegue esquecer, e quando se aproxima desta Terra,
Ele grita com voz de trovão: “Acordem, vocês que dormem no pó da terra, venham
para a vida eterna”. Nosso Senhor nos oferece a realidade, não brincadeiras.
Ele nos diz agora o que Ele disse a alguém há muito tempo: “Eu sou a
ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (João 11:25).
Não existe nada de
bonito na morte. Ela é cruel; é uma porta fechada e não uma linda passagem. No
âmago de todas as jogadas de Satanás, permanece a sua mentira original: você
não morrerá. Esse é o problema: milhões simplesmente não têm estudado a Palavra
de Deus e ainda questionam a sua autoridade. A Palavra de Deus afirma que os
mortos estão dormindo em suas sepulturas, onde permanecerão até a ressurreição.
A morte significa apenas a cessação da vida até a ressurreição.
Apóstolo.
Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante
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