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sexta-feira, 15 de setembro de 2017

REI ACABE SUA HISTÓRIA...


                                               REI ACABE SUA HISTÓRIA...
O rei Acabe foi o sétimo monarca de Israel e sua história está registrada no livro de Reis no Antigo Testamento. Para falarmos sobre quem foi Acabe na Bíblia, também é importante mencionar o falso profeta Acabe, um homem que foi denunciado por Jeremias e deportado para a Babilônia.
Esse Acabe usou o nome de Jeová de forma indevida, profetizando falsamente. Ele acabou morto numa fogueira sob as ordens de Nabucodonosor. Esse fato foi profetizado pelo profeta Jeremias (Jr 29:21). É importante não confundir este Acabe com o rei de mesmo nome.
A história do rei Acabe
Acabe era filho de Onri, rei de Israel, e sucedeu seu pai no trono do reino do Norte se tornando o sétimo entre os reis de Israel. Na narrativa sobre sua vida, Acabe é descrito como um rei forte e influente politicamente, porém fraco e reprovado espiritualmente.
O rei Acabe reinou por 21 ou 22 anos, entre 874 e 853 a.C. No âmbito político, Acabe era respeitado tanto por seus aliados quando por seus adversários. Todavia, no aspecto religioso Acabe foi extremamente infeliz, deixando que o sincretismo e o próprio paganismo ganhasse força entre os israelitas.
O rei Acabe trabalhou para fortificar as cidades israelitas (1Rs 16:34; 22:39) e investiu na melhoria de Samaria, capital do reino do Norte. O palácio do rei Acabe traduzia a imponência de seu reinado, sendo descrito como adornado de marfim (1Rs 21:1; 22:39; cf. Am 3:15).
Durante o reinado de Acabe houve frequentes conflitos internacionais. O rei Acabe lutou contra a Síria (1Rs 20), também lutou ao lado deles contra os assírios na batalha de Qarcar, e, depois, aliado com o reino do Sul, Acabe mais uma vez fez guerra contra a Síria (1Rs 22).
Foi nessa última guerra que o rei Acabe acabou morto. Na ocasião, o rei Acabe havia sido alertado por Micaías sobre o resultado desastroso dessa batalha. Acabe resolveu entrar na guerra disfarçado, porém uma flecha lançada por acaso o feriu mortalmente.
Na morte do rei Acabe se cumpriu exatamente a profecia dita pelo profeta Elias, de que os cães lamberiam seu sangue (1Rs 22:38). Acabe foi sepultado em Samaria, e seu filho Acazias reinou em seu lugar sobre Israel.
O rei Acabe e Jezabel
Num casamento com finalidade política, o rei Acabe se casou com Jezabel. Na ocasião, foi feita uma aliança com Etbaal, pai de Jezabel e rei dos sidônicos (1Rs 16:31). Tal aliança trouxe vantagens comerciais para Israel.
O grande problema foi que, junto com as vantagens comerciais, também vieram as práticas pagãs da princesa dos sidônicos. Jezabel trouxe para dentro de Israel a idolatria que fazia oposição à adoração ao Senhor.
Jezabel acabou conseguindo envolver o marido, e o culto a Baal-Melcarte e Aserá se tronou comum em Israel, contando até com um templo dedicado a Baal em Samaria, que agregava numerosos sacerdotes.
Posteriormente, Jezabel promoveu uma grande perseguição aos profetas do Senhor, matando-os sem piedade, e os altares à Jeová foram derrubados. Nesse período o profeta Elias precisou fugir, e Obadias, um ministro de Acabe, acabou conseguindo esconder cem profetas (1Rs 18:3,4).
A influência pagã era tão grande em Israel, que tal prática acabou ameaçando até mesmo Judá, o reino do Sul, quando a filha do rei Acabe, Atalia, casou-se com Jeorão, filho do rei Josafá.
Acabe e Elias
O rei Acabe encontrou no ministério do profeta Elias seu grande opositor. Elias denunciava ativamente suas práticas reprováveis. O caso da vinha de Nabote exemplifica perfeitamente o fracasso do rei Acabe em defender a Lei e a justiça.
Na ocasião em que a vinha de Nabote foi tomada de forma inescrupulosa, o profeta Elias profetizou sobre o declínio e o completo extermínio da casa de Acabe (1Rs 21:20-24; cf. 2Rs 9:7-26).
A idolatria instalada durante o reinado do rei Acabe influenciou de alguma forma as gerações posteriores, de modo que até mesmo o profeta Oséias (Os 1:4) e o profeta Miquéias (Mq 6:16) denunciaram tal prática.

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante

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