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sábado, 16 de setembro de 2017

MEU TEMPERAMENTO COMO ADMINISTRAR...


                                  MEU TEMPERAMENTO COMO ADMINISTRAR...
A dimensão final do fruto do Espírito é a temperança ou autocontrole, isto é, a autodisciplina. É a capacidade de ser moderado, de dominar o ego e controlar a si próprio.
A temperança implica dominar as paixões sensuais e moderar os hábitos diários, ao invés de satisfazer os próprios desejos (2 Timóteo 1.7).
A temperança como fruto do Espírito realiza no cristão o inverso das maquinações e obras iníquas da carne. Temperança é domínio próprio em ação!
O domínio próprio é a capacidade de governar nossos próprios desejos (Gênesis 4.7). Diferente da pessoa que anda na carne, o servo do Senhor deve mostrar o domínio próprio (Provérbios 16.32; 25.28/ Atos 24.25/ 1 Timóteo 3.2/ Tito 2.2/ 2 Pedro 1.6).
Baseia-se no autocontrole e na moderação encontrados naqueles que vivem para a Glória de Deus (2 Coríntos 5.15/ Colossenses 3.1-3).
O domínio próprio é o controle que o cristão exerce sobre sua vida (Tiago 3.2). É a autodisciplina sobre suas palavras e atos.
É a virtude que nos dá as condições para controlar nossa vida, nos capacitando a negar nossos desejos carnais. A pessoa que aprende a se dominar é capaz de vencer os vícios e maus hábitos que governam as vidas muitas pessoas que continuam a andar na carne.
O domínio próprio nos induz a refrear a sensualidade e a usar todas as coisas com moderação (1 Coríntios 6.12).
Quem tem domínio próprio se autodomina (1 Coríntios 9.25). Quem não tem é dominado por algo ou por alguém.
Quem tem, não permite que sentimentos e desejos o controlem; antes, controla-os, não se permitindo dominar por atitudes, costumes e paixões.
Domínio próprio, portanto, é a capacidade de efetiva que o cristão deve ter de controlar seu corpo e sua mente.
O temperante segundo Tito 1.8 é aquele que exerce autocontrole sobre as paixões ou desejos desregrados da alma.
Na criação, Deus dotou o homem de certas faculdades necessárias à sobrevivência: alimentar-se, preservar-se, reproduzir-se, dominar sobre a criação e adquirir bens.
No entanto, com a entrada do pecado, essas aptidões inatas foram contaminadas pelo pecado. A partir de então, surgiram a glutonaria, o suicídio, a prostituição, a servidão, a ganância, a cobiça, etc. Esses últimos manifestam-se muitas vezes de modo incontido, aprisionando a pessoa aos vícios e ao desejo irrefreável de cometer tais pecados. A Bíblia os chama de “concupiscência da carne”.
Deus anela que o crente tenha domínio próprio, pois este fruto capacita o crente a renunciar a impiedade e as concupiscências mundanas (Tito 2.11,12/ 1 Pedro 4.2/ 1 João 2.16,17).
O fruto da temperança abrange a renúncia aos desejos ou prazeres pecaminosos. A ideia principal de temperança é força, poder ou domínio sobre o ego, inclusive petulância, brutalidade e vanglória.
É o controle de si mesmo sob a orientação do Espírito Santo.
A palavra temperança também é usada em referência ao domínio do cristão sobre os desejos sexuais (1 Coríntios 7.9).
Prostituição, impurezas e lascívia são as obras da carne que se referem mais especificamente aos desejos sexuais desenfreados.
Uma pessoa impura, adúltera e lasciva tem dificuldades de conviver com um Deus Santo. Deus concede ao homem e a mulher a possibilidade de se satisfazerem no matrimônio, mas a partir do momento em que não há mais autocontrole nesse assunto, os desejos sexuais tornam-se desenfreados e contaminam o corpo.
Deus criou o sexo para a recreação e a procriação, e Se encarrega de abençoá-lo. Para isso, o crente deve seguir o padrão bíblico em relação ao sexo para preservar seu corpo em santidade e agradar ao Senhor.
A falta de temperança leva a pessoa a cometer excessos ao dar vazão aos desejos pecaminosos da carne. O melhor antídoto contra isso é estar cheio do Espírito Santo, porque desta maneira estaremos sob o Seu controle. Ele nos ajuda a dominar nossas fraquezas, e submetermo-nos à Sua vontade (João 3.6/ Romanos 8.5-9).
Sem o auxílio do Espírito de Deus, nossas inclinações naturais cedem facilmente aos desejos pecaminosos. Todavia, ao nascermos do Espírito Santo, a nova natureza divina em nós esforça-se por cumprir toda a Sua vontade e agradá-lo.
O propósito divino é que os cristãos tenham uma vida equilibrada. Isto implica equilíbrio espiritual, físico e emocional. Vida equilibrada é viver com moderação.
Isto significa que devemos evitar os extremos de comportamento ou expressão, conservando os apropriados e justos limites.
Obviamente há coisas das quais o cristão tem de se privar totalmente (Marcos 7.22,23/ Romanos 1.29-31; 3.12-18/ Gálatas 5.19-21), entretanto, Deus criou muitas coisas boas para delas desfrutarmos com prudência, sob a orientação do Espírito Santo e da Palavra de Deus.
Examinemos os ensinos bíblicos quanto à temperança em áreas específicas de nossa vida:
a) Controle da língua. A temperança começa com o controle da língua (Tiago 3.1-12). Se você não controla sua língua, sua fala, sua conversa, não controla nada mais em sua vida. O cristão não deve se envolver em conversação torpe nem em palavras vãs (Efésios 4.29; 5.4).
b) Moderação nos hábitos cotidianos. A glutonaria e a bebedice são hábitos pecaminosos contra os quais somos advertidos na Bíblia (Provérbios 23.20,21/ Gálatas 5.21). O cristão deve alimentar-se adequadamente.
c) Moderação no uso do tempo. O cristão não deve ocupar-se com atividades inúteis, mas deve ocupar-se com atividades edificantes (1 Coríntios 10.23). Jesus destacou a importância de usar nosso tempo (Lucas 12.15-21,35-48). O crente equilibrado o dividirá entre a família, o trabalho, o estudo da Bíblia, a igreja, a oração, o descanso e o lazer. O indivíduo que desperdiça tempo em atividades inúteis, não tem domínio próprio (1 Tessalonicenses 5.6-8).
d) Autodomínio da mente. O crente não deve pensar coisas vãs e infrutíferas, mas pensar tudo que é puro, justo e verdadeiro (Filipenses 4.8). No mundo de hoje, há muitas atrações e passatempos aparentemente inofensivos com o objetivo de afastar-nos de nossas responsabilidades para com Deus. O que lemos, vimos, ou ouvimos causa impacto em nossa mente, por isso precisamos da ajuda do Espírito Santo a fim de conservá-la pura.

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

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