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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

PONHO-ME DE JOELHOS DIANTE DE TI SENHOR...


                               PONHO-ME DE JOELHOS DIANTE DE TI SENHOR...
O apóstolo Paulo revela sua atitude de ajoelhar-se diante de Deus-Pai a fim de orar em favor das duas maiores necessidades dos cristãos de Éfeso. O verbo “ajoelhar” na língua grega é proskyneo, uma palavra que também pode ser traduzida pelo verbo “adorar”.  Assim, ajoelhar-se diante de Deus é uma forma de expressar adoração, humilhando-se diante dEle.  O Salmo 95:6 confirma esta verdade: Venham! Adoremos prostrados e ajoelhemos diante do Senhor, o nosso Criador.
Exatamente por isso é que a primeira parte dos dez mandamentos, que trata da proibição da idolatria, inclui o ato de ajoelhar-se diante de ídolos:  Não terás outros deuses além de Mim. Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra ou nas águas debaixo da terra. Não te ajoelharás diante deles nem lhes prestarás culto... (Ex 20:2-5).
Na oração do apóstolo vamos identificar quais são as nossas maiores necessidades:
Necessitamos do fortalecimento que vem do poder do Espírito Santo (v. 16).
“A carne é fraca!” – esta é uma verdade que vem sendo usada como desculpa para muitos cristãos soterrados em pecados. Acontece que o espírito do cristão, se fortalecido, o levará a vencer as fraquezas da carne. Por isso o apóstolo intercede para que os cristãos de Éfeso fossem fortalecidos no espírito (ou no íntimo, no homem interior) – quando deixamos, o Espírito Santo de Deus transmite ao nosso espírito um tipo de força que nos ajuda a conter a carne.
Quando alguém fica entregue à sua própria carne, acaba por produzir o que o próprio apóstolo chama de “obras da carne”, conforme Gl 5:19-21. Eis a lista de pecados que encontramos neste texto: imoralidade sexual, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções, inveja, embriaguez, orgias e coisas semelhantes a estas.
Precisamos deste fortalecimento para nos parecermos com Cristo. Observe novamente Ef 3:17 e atente para o ensino de Paulo, de que mediante este fortalecimento no poder do Espírito Santo, “Cristo habitará em nosso coração”, ou seja, teremos a mente de Cristo – isto é, seremos cristãos de fato. Fortalecidos pelo poder do Espírito Santo, ao invés de produzirmos “obras da carne”, apresentaremos o “fruto do Espírito”, cujas nove características estão alistadas em Gl 5:22-23: Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Estas nove características explicam bem o que é ter a mente de Cristo.
Necessitamos reconhecer e nos envolver no amor de Cristo.
Nossa segunda grande necessidade tem a ver com o amor de Jesus.  Paulo ora fervorosamente para que os cristãos de Éfeso sejam “arraigados e alicerçados em amor” (v. 17 – arraigado é o mesmo que “plantado”, “estabelecido”).  Você acredita que alguém possa buscar a Deus por medo? Medo da morte, medo do juízo, medo do próprio Deus?  Pois o apóstolo espera que a base do nosso relacionamento com o Senhor seja o amor.  Há um texto na Bíblia que afirma que “o amor lança fora todo o medo” (I João 4:18).
O apóstolo nos leva a tentar imaginar medidas para o amor de Cristo – e conclui que este amor “excede todo o entendimento”, ou seja, por mais que nos esforcemos, não conseguiremos quantificar o tanto de amor que moveu o coração de Jesus para suportar o sacrifício por nós. Romanos 5:8 nos lembra de que o Senhor nos amou sendo nós ainda pecadores e se prontificou a morrer no nosso lugar. João 13:1 nos lembra que o Senhor amou seus discípulos o tempo todo e até o fim – o amor de Jesus não foi só da boca para  fora, fingido ou leviano.
Conhecer a grandeza do amor de Cristo e ser envolvido por ele é nossa necessidade mais prioritária – tão premente quanto o fortalecimento no poder do Espírito Santo.  Na prática, em que resulta compreender e viver este amor?  Em duas coisas.  Primeiro, na gratidão para com Deus, expressa em  consagração, serviço e adoração. Segundo, no amor para com as outras pessoas, tanto para como nossos irmãos em Cristo como para com os que ainda não são.
Aproveite agora este momento para declarar com seus discípulos suas duas maiores necessidades e ao mesmo tempo, peça ao Senhor que venha supri-los. Coloquem-se de joelhos, a exemplo do apóstolo, em atitude de adoração.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante


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