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quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

CARTA A IGREJA DE COLOSSENSES, A SUPREMACIA DE JESUS CRISTO...



           CARTA A IGREJA DE COLOSSENSES, A SUPREMACIA DE JESUS CRISTO...

Propósito da Carta: Os colossenses estavam ficando desanimados com o ministério deles (Cl 4.12,17) em Cristo porque estavam achando que tudo estava sendo em vão. A presença de falsos mestres estava induzindo-os a acrescentar uma série de práticas anti-bíblicas (Cl 2.8,16-29) que estava tornando a caminhada com Jesus algo enfadonho, pesado e difícil. Muitos estavam até negligenciando nos modos de lidar com as pessoas próximas a si (Cl 3.18 a 4.1), deixando de cumprir com seus deveres e abusando da sua autoridade.
Paulo escreve a carta para mostrar que Jesus é tudo que precisamos (por exemplo, em Cl 1.16,17,20; 2.9-11). Nele somos completos, perfeitos, capazes de viver eficazmente o amor dono ministério que Deus nos deu. Basta perseverarmos e veremos as vidas sendo transformadas (Cl 2.13-15).
COLOSSENSES 1
Subtema: O evangelho verdadeiro é Jesus presente em nós operando todo o Seu querer e produzindo Seus frutos
Versículos 1 e 2 – Em Cristo todos já são santos e fiéis
Sendo Jesus nosso salvador pessoal, cabeça da Igreja e Senhor do universo e de toda a criação, logo Sua presença e poder na nossa vida é suficiente para nos conservar redimidos. Em Cristo, todos já são prontos para serem usados por Deus (santos) sem qualquer possibilidade de vacilar (fiéis).
Versículos 3 a 8 – O evangelho  verdadeiro já estava presente. Não era preciso outro e a prova disto eram os frutos
Foi Deus quem gerou Jesus, ou seja, Ele não nasceu da vontade de homem algum (Jo 1.12). Isto significa que, para alguém nascer de novo, é preciso de alguém que, como Maria, deixe Jesus usar seu interior para gerar filhos na fé (vs.3; Gl 4.19);
Paulo agradecia a Deus orando pelos Colossenses (vs 3).
Paulo orava sempre, e não de vez em quando (vs 3).
A base da oração é a fé deles em Jesus e o amor pelos irmãos (vs 4) na presença do Espírito Santo, isto é, ligados ao Espírito Santo para ministrar-lhes dons espirituais. E tudo isto motivados pela esperança reservada nos céus (vs 5).
É preciso ministrar a verdade que há no evangelho (vs 5). Muitos, embora estejam sempre aprendendo, nunca conseguem chegar ao conhecimento da verdade (2Tm 3.6,7), pois se recusam a crer no poder da piedade (2Tm 3.5).
A verdade do evangelho havia chegado em todo o mundo e dado frutos (vs 6). Mas para isto é preciso, não apenas ouvir, mas também conhecer a vida de Jesus (Sua presença e estilo de vida) dentro de nós, e isto em verdade (vs 6), ou seja, com o Espírito Santo fazendo de nós um testemunho vivo da Sua Palavra.
Epafras foi um dos fundadores desta igreja ministrando na vida desta de modo fiel, ou seja, sem abandoná-la. Ele contribuía para com o ministério de Paulo.
Versículos 9 a 12 – O evangelho verdadeiro consiste em andar dignamente diante do Senhor, conduzido pela Sua presença a trabalhar Seus dons através do Seu poder em nós (Ef 3.20)
Paulo pede incessantemente a Deus que os Colossenses conhecessem dentro deles e a vontade do Pai em cada cantinho dos seus corações (vs 9). Todavia, não com sabedoria e inteligência humanos, mas espirituais (vs 9), de modo que fosse possível andar com dignidade diante do Senhor (vs 10), e não como Ninrode que andava diante Dele para caçar almas para si (Gn 10.8-11; 11.3).
A ideia é crescer em intimidade com Deus. Para isto tudo que há em nossa vida deve ser agradável a Ele e, em toda boa obra, é imprescindível: o fruto do Espírito Santo já que é isto que glorifica o Pai (vs 10; Jo 15.8): o poder de Deus confirmando Sua Palavra (vs 11; 1Co 2.4,5; 4.19,20; Hb 2.4) através da força do Seu caráter (Ef 3.20,21); a felicidade de Jesus confirmando nossa paciência (capacidade de descansar)e longanimidade (capacidade de esperar) (vs 11) a ponto de sermos capazes de dar graças de dar graças ao Pai, mesmo diante de tantas lutas (vs 12), por entender que elas são necessárias para fazer de nós pessoas idôneas (aptas) para participar da herança dos santos (a Igreja – Ef 1.11), permanecendo na luz da Sua Palavra vivificada pela presença Dele em nós (vs 12; Sl 119.105).
Versículos 13 a 20 – Jesus em tudo tem a primazia e preeminência
1º - Jesus nos tirou do império das trevas (vs 13). Se permanecermos no Reino de Jesus, o qual representa toda a expressão do amor de Deus, jamais seremos influenciados pela escravidão, ou seja, pelas técnicas do diabo destinadas a nos levar a seguir a paz, mas sozinho (ver Hb 12.14).
2º - Ele é Aquele que foi gerado pelo Amor, em função do Seu amor pela humanidade (Jo 3.16) a fim de mostrar a todos o que é viver o amor, viver em amor. Amar é viver como Jesus viveu (vs 13; 1Jo 4.9). Este é o reino para o qual fomos transportados. Ser tirado do império das trevas significa receber a capacidade de amar o irmão, enxergar o valor, o imenso potencial de trabalho para Deus. Ele gosta de obras grandiosas, tanto que o nome Dele é Maravilhoso (Jz 13.12; Is 9.5; 2Tm 7.22; Sl 95.3; 96.4; 111.2; 147.5; 48.1; 77.13; 86.10; 92.5; Jz 7.2).
Inclusive, é por isto que Deus faz questão de escolher as coisas que o mundo não dá valor para se revelar (1Co 1.26-29), as pessoas que são mais frágeis na fé par conceder a Sua mairo honra (1Co 12.22-25), coisa que os Coríntios (bem como as igrejas de hoje têm tanto dificuldade de entender (1Co 1.12,13).
3º - É na vida que Ele deu para nós na cruz que somos salvos do pecado (vs 14);
4º - Ele veios a este mundo, principalmente para revelar quem Deus é (vs 15; Jo 1.18; Hb 2.12; Jo 17.26; 2Co 4.3,4);
5º - Jesus é o primogênito da criação porque Nele foram criadas todas as coisas (vs 15 e 16). Por isto Jesus é a escada (Gn 28.12; Jo 1.51), o mediador (1Tm 2.5), Aquele em quem todas as coisas foram feitas (Cl 1.16) e reconciliadas (Cl 1.20; 2Co 5.18-20).
Ou seja, todas as coisas foram criadas para serem como que órgãos Dele, a saber, sempre em contato com Ele e com os órgãos próximos, sempre se relacionando com base na Palavra de Deus. Note como Deus nos fez para dependermos e estarmos sempre em contato com as pessoas. Contudo, o pecado faz a pessoa se sentir como que em um mundo hostil (daí Adão coser as folhas de figueira (Gn 3.7)). Tudo é, aos olhos dele, seu inimigo. Daí as pessoas se envolverem em muitas astúcias (Ec 7.29): para descobrir técnicas de controlar tudo e todos (daí a psicologia).
Sem Jesus, a pessoa precisa cuidar de si e, é claro, inventar novas regras para tentar conviver com este novo tipo de comportamento. Trata-se de uma nova ordem, completamente estranha a toda a criação. Daí ela gemer, esperando que os filhos de Deus se revelem (Rm 8.19-22). Um exemplo claro disto é o de Caim que quis viver sempre fugindo e errando (quem não deseja amar não possui um objetivo e, portanto, não tem como acertar).
Por exemplo: que sentido ficar jogando bolas em um gol, sem regras para restringir os movimento ou pessoas ou circunstância a serem vencidas. Mais ainda: sem ninguém para testemunhar? Sem o Amor nos tornamos protagonistas da nossa mediocridade, ao invés de expectadores das grandezas de Deus. Muito esforço é necessário par crescer e manter este crescimento até chegar na velhice cansado de tanto lutar e o pior: sem sequer conseguir refrescar a ponta da língua com as pequenas gostas d’água que fomos capaz de dar. Tudo foi criado pelo Amor, no Amor e par o Amor incluindo:
Potestades -> Tudo aquilo que exerce força ou influência sobre outrem (atua no âmbito da alma):
·         Soberanias (dominações) – Aquele que, por ter adquirido um elevado grau de sabedoria, é capaz de infundir grande respeito, estando acima de qualquer questionamento (Ez 28.2,3) (espiritual) – Afinal, o temor do senhor é o princípio da sabedoria;
·         Principados -> Conjunto de indivíduos organizados social, jurídica e politicamente sob o comando de um príncipe (mente - leis);
·          Trono – Local onde o soberano assenta nas cerimônias, onde Ele atua como representante de toda nação (corpo – ações cuidar das ovelhas)
Todas estas 4 manifestações de autoridade foram por amor a nós a fim de permanecermos em Seu amor e nos aprofundarmos neste amor. Mas como é possível que uma autoridade  seja expressão de amor por nós? A autoridade representa como que um molde que Deus usa para nos dar forma e volume definidos e, deste mudo, o Espírito Santo, tinha condições de nos usar (Gn 1.2).
6º - Ele é, e isto antes de todas as coisas (vs 17). Logo, nós não somos nada. Tudo que existe não traz antes de todas as coisas, logo Ele é a razia de tudo. Como, porém, conciliar isto com o fato de que toda a autoridade é constituída por Deus (Rm 13.12)?
Na verdade, o que este versículo está dizendo é que, por traz de todo limite que a nós é imposto (seja de modo voluntário ou não), ali está Deus a nos apontar uma direção a ser seguida, bem como aquilo que Ele deseja operar. Quem resiste à autoridade está se rebelando contra a ordem que Deus estabeleceu, como se fosse possível que algo de bom pudesse surgir na nossa vida, mas que nada tivesse haver conosco. A primeira coisa que precisa mudar é o nosso coração. Ele mudando, tudo mais à nossa volta muda, pois passaremos a buscar desafios de amor, ou seja, circunstâncias cada vez mais difíceis, que tornem nossa fé cada vez mais preciosa (1Pe 1.6,7), bem como nos possibilite obter pessoas mais gratas, fiéis, etc. (Lc 7.47).
É preciso que sejamos vazios de nós mesmos a fim de que possamos nos encaixar na vida de qualquer pessoa  que Deus trouxer até nós, de modo que, ao invés de termos os nossos problemas, passemos a estar aflitos e interessados pelos problemas dos outros.
7º - Todas as coisas subsistem por Ele (vs 17). Nada tem força para manter a si mesmo. Por melhor que seja a bênção, ela irá se deteriorar rápido se não houver em nós algo vivo que a mantenha. Muitas vezes estamos tentando fugir da triste realidade deste mundo corrompido pelo pecado, fazendo do dinheiro tal como faz os óculos 3D que fazem tudo parecer divertido, emocionante. Quando assim procedemos, estamos criando o nosso mundo virtual, como se tivéssemos morrido e parte alguma tivéssemos aqui (Ec 9.5).
Quando a bíblia diz que o mundo está crucificado para nós (e vice-versa – Gl 6.14), está dizendo que não estamos aqui para trazer melhorias para o mundo, nem para satisfazer os desejos das pessoas ou tornar o mundo delas mais fácil, mas para que Deus nos use a fim de que elas encarem as aflições de Jesus pelo Seu corpo como algo a ser abraçado (Cl 1.24 – estou crucificado para ao mundo – aflição segundo Deus – 2Co 7.10,11) e elas passem a enxergar a quantidade de aflições que este mundo causa (O mundo está crucificado para mim – aflição segundo o mundo).
8º - Ele é a cabeça da Igreja (vs 18), bem como de todo principado e potestade. É ele quem determina o que a Igreja fará. Ou seja, ninguém fará nada por nós sem que Jesus assim determine.
9º - Jesus é o princípio e o primogênito de entre os mortos (vs 18). Ele foi o primeiro a morrer e a morte foi fundamentada Nele. A morte é caracterizada pelo fim do crescimento e da regeneração e renovação. Tudo foi projetado para que as pessoas pudessem perceber o que significa estar separado, em termos físicos, da fonte da vida (os anjos nunca experimentar tal separação). Como a morte foi fundamentada no amor de Deus pela humanidade (Jo 3.16), então não há porque termos medo dela.  Trata-se do fim da separação entre nós e Deus (pelo menos para quem está em Jesus). De igual modo, para que acabe a separação entre nós e as pessoas (INCLUINDO Deus), primeiro é preciso morrer (1Co 15.36).
A primeira coisa que foi projetada foi a cruz do Calvário (Ap 13.8; 1Pe 1.19,20), o que nos ensina que não há amor sem sacrifício, renúncia.
10º - Por meio de Jesus, através do Seu sangue na cruz, todas as coisas foram reconciliadas (vs 20). Sem Jesus, toda a criação está em guerra. Todo lugar é hostil aos olhos de todos. A morte ressalta o valor da entrega, o imenso valor do tempo e do amor que deixa doces marcas nas nossas pisadas em nossa peregrinação por este mundo.
Enquanto os anjos não tiveram o que renunciar, o homem tinha que reconhecer que nada havia de bom em si mesmo. Por isso o homem foi colocado acima dos anjos (ver Hb 1.14; Ap 19.10; 22.9): não por ele mesmo, mas pelo Espírito Santo se tornando um com seu espírito e governando-o (1Co 6.17). O pecado serviu para uma coisa; para que toda criação pudesse ver o que há, de verdade, dentro de nós mesmos.
11º - Toda a plenitude habita Nele, ou seja, apenas Nele é que tudo que existe fica completo. Entretanto, se Ele é tudo, então nós temos obrigação de ser nada. E a forme de conseguirmos isto é ouvindo a voz de Deus (Lc 17.9) e recebendo o que Ele tem para nós (1Pe 4.9-11). Só assim veremos o quão inúteis somos.
 Daí a importância de Jesus ter a preeminência em tudo (vs 18).
Versículos 21 a 23 – A reconciliação do evangelho verdadeiro visa nos manter perante Ele 24 horas justamente para que Sua presença nos conserve perfeitos
As más obras fazem com que, em nosso entendimento, sejamos estranhos e inimigos de Deus (vs 21). Detalhe: a obra má é aquela que fazemos isolados das pessoas ou para nos isolarmos delas (note a relação entre “obra má” e “reconciliou” no vs 21). Observe, por exemplo, os obreiros da iniquidade (Mt 7.21-23): embora muitos milagres, profecias, etc. acontecessem, os obreiros da iniquidade (Mt 7.21-23): embora muitos milagres, profecias, etc. acontecessem, o amor não era presente unindo corações. As 5 virgens buscavam encherem a si mesmas, como se isto fosse suficiente. Vem a questão: qual era a procedência do conhecimento e capacitação que mantinham suas lâmpadas acesas e que fogo era este? (M 25.1-3).
Uma vez que apenas Deus é bom (Lc 18.19), logo qualquer obra separada Dele e do Seu amor é má. Deus nos reconciliou na Igreja pela morte (vs 22). Logo, reconciliação não se faz com obras, nem existem sem morte dos egos (nosso e da outra pessoa). Todavia, a reconciliação visa nos apresentar perante Ele, sendo constantemente usados por Ele e, por isso, sem culpa e sem precisar ser repreendido (vs 22).
Contudo, para isto, 2 coisas são necessárias:
1 – fazer da fé (ouvindo e confiando no que Deus nos diz – Rm 10.17) nosso lugar de repouso e habitação contínua, de modo a nos aprofundarmos em Seu amor e Palavra, mas sem jamais cedermos.
 Versículos 24 a 29 – O verdadeiro evangelho é o anúncio do mistério de Deus, que é Jesus em nós
Aqueles que se deixam usar continuamente por Deus (santos), Ele faz questão de dar a conhecer quais são as riquezas da presença viva de Deus na Igreja entre os ímpios (vs 26 e 27). A esperança de toda a criação (Rm 8.19-22) em ver Deus presente na Igreja libertando todos do cativeiro da corrupção e das consequências do pecado é o mistério de Deus. A Igreja é o cumprimento da Palavra de Deus (vs 25). Logo, somos feitos ministros de acordo com o que Deus coloca na nossa dispensa (1Ped 4.10; 1Co 12.4-8) a fim de que a Igreja se cumpra (v 25) e todos os homens possam ser apresentados perfeitos em Jesus (vs 28), sempre avisados e ensinados em toda a sabedoria. Entretanto, para que isto se cumpra, precisamos ter prazer em ser o cumprimento das aflições de Jesus (vs 24) se esforçando arduamente par que o Seu poder possa operar em nós com total eficácia (vs 29), extraindo tudo que nos separa das necessidades das pessoas e desenvolvendo tudo que já foi colocado na nossa dispensa (coração).
COLOSSENSES 2
Subtema: QUE NINGUÉM TE INDUZA A APERFEIÇOAR NA CARNE (Gl 3.3)
1 – 3 -> O COMBATE DE PAULO PARA QUE TODOS PUDESSEM, NÃO APENAS SABER, MAS TAMBÉM CONHECER, DENTRO DE SI, O MISTÉRIO DE DEUS
Paulo combatia em oração até por aqueles que nunca conheceu (vs 1) a fim de que, aquilo que realmente é importante no Reino de Deus, se cumprisse na vida deles, a saber:
1.       O consolo de Deus, que lhes permitiria servir de consolo na vida das outras pessoas (2Co 1.3-5);
2.       A união no amor de Jesus (vs 2), que permite sermos unidos aos irmãos sem hipocrisia (Rm 12.9), ou seja, com zelo (Ap 3.15,16,19), sempre no primeiro amor, onde não há críticas, defeitos ou cobranças, mas uma disposição de servir. Tudo é visto como uma oportunidade para servir e testemunhar o poder de Deus.
3.       Ser enriquecido com a plenitude da inteligência de Jesus, cuja sabedoria é loucura aos olhos deste mundo (1Co 2.14-16). A ideia é entender tudo que aqui se passa do ponto de vista espiritual, a saber, levando em conta a simplicidade que Deus requer de nós, a qual mantém nossos olhos bons, o corpo luminoso e a fé das pessoas viva (Lc 11.33-36; Mt 10.16; 1Pe 5.8,9). Devemos ser simples para toda obra que nos mantenha afastado do amor, mesmo das obras boas, visto que, quando feitas fora de Jesus, são contra Ele e, na verdade, implicam em espalhar (causar divisão – Rm 16.17,19; Mt  12.30).
O objetivo é permanecer em Jesus, em quem estão, não apenas a sabedoria e ciência, mas também todos os tesouros que se acham nelas (vs 3).
4 – 5 – Não podemos ficar indiferentes àquilo que Deus quer fazer através da Sua Igreja
Paulo destaca que a excelência do conhecimento só era possível ser encontrada em Cristo e que, portanto, não importava o quão persuasivas fossem as palavras. Jamais eles deveriam buscar resolver os problemas, tampouco fazer a obra de Deus com base em filosofias humanas. Apenas os preceitos bíblicos de vem ser observados, e isto jamais sem atuação direta do Espírito Santo (vs 4).
Paulo se regozijava vendo a ordem deles (vs 5; 1Co 14.40), o que mostra que a obra de Deus não pode ser feita de qualquer maneira. Ele também buscava sempre estar presente em espírito a fim de averiguar o quão firme e organizada era a fé deles (vs 5) em Cristo, o que no ensina que não é qualquer tipo de fé que salva. A fé verdadeira nos coloca no interior de Jesus e é um dom que vem Dele (Ef 2.8,9; Gl 2.20) e, portanto, espiritual (2Co 5.16).
Além disto, devemos buscar estarmos presentes em toda obra que Deus estiver realizando (vs 5). Espiritualmente, isto é possível (e tem que ser), já que somos um único corpo. Tal como Deus fez com Paulo, Ele pode fazer com que nosso espírito esteja presente onde Ele deseja operar.
6 – 7 - Crescendo sempre em gratidão para com Deus, onde gratidão implica em ter cada vez mais apreço por Ele.
Não basta apenas receber Jesus. É preciso também:
·         Andar Nele, ou seja, buscando sempre esquadrinhar o seu interior (conhecer, sentir a Sua vontade). Note a diferença: uma coisa é Deus expressar Sua tristeza (ser conduzido ao real motivo que entristece o coração Dele); outra é nos entristecermos do nosso jeito, ou seja, com base na nossa forma de encarar o sofrimento.
·         Arraigados e edificados na fé, e isto Nele. Arraigados lembra uma árvore cuja raiz produz o Seu próprio alimento (Pv 12.12) e cresce o crescimento que procede de Deus (Ef 4.15,16; 1Co 3.7-9). Edificados lembra uma construção que só cresce se houverem pessoas trabalhando nela. Uma árvore, por ser viva, necessita de cuidado que lhe garanta o mantimento que permitirá a Deus operar nela Seu próprio crescimento. No edifício são as pessoas que obtém e colocam o mantimento no devido lugar.
·         Confirmados na fé, e isto Nele. A fé é confirmada com novas experiências em Cristo à medida que vivenciamos Sua Palavra operar em nós e através de nós. Ou seja, não é manter o velho, mas sempre conhecer algo novo. Note como, desde o princípio, foi isto que eles aprenderam: que é a presença de Jesus que garante toda caminhada, fundação firme, crescimento constante, fé cada vez mais confirmada espiritualmente, verdadeiras ações que dão graças a Deus.
 8 – 15 -> Cuidado para que o teu ego não induza você a fazer qualquer coisa que venha marcar o coração da outra pessoa negativamente. Cuidado para que ninguém convença você a ser presa dele
Jamais devemos seguir filosofias e sutilizas (detalhes minuciosos) inúteis, pois estes se baseiam em tradições dos homens e nos princípios elementares que regem este mundo (vs 8). Ora, até quando vamos nos afastar de nós mesmos, das pessoas e de Deus para atender aos princípios rígidos e escassos deste mundo governado pelo talvez (Ef 2.1,2). E o pior é que são muitos os que se deixam prender às pessoas porque continuam mortas no pecado (vs 8,13), com medo do mal que sabe que há de vir (   ), completamente insatisfeitas consigo e, por isto, cheia de desejos (preguiçosa para o bem (Pv 21.25,26)), se limitando a uns raros gestos de caridade, na esperança de qualquer alguém (incluindo Deus) se interesse por eles. Mas Deus se interessa apenas por Jesus (Jo 6.37). Afinal:
1.       É Nele que habita corporalmente tudo que Deus é (vs 9);
2.       É Nele que todos somos perfeitos (vs 10);
3.       Ele é a cabeça de toda influência sentimental e mental, de toda a autoridade (vs 10).
4.       Nele estamos circuncidados no coração, ou seja, “roubados” de tudo que dá vida ao pecado (vs 11). A verdade é que o pecado é tão sedutor e grave que deve ser removido de nós à força (Mc 9.43.48). O termo despojado também retrata o pecado como algo nosso e que Deus está retirando à força (sem o nosso consentimento). Ninguém de si mesmo aceita ficar livre de si mesmo, apesar de tudo que faze a nós mesmos. Por isto Jesus vem como um ladrão no auge da apostasia (1Ts 5.3; Ap 16.15  ): Ele vem para tomar à força (através dos Seus laços de amor (Os 11.4) tudo que temos e somos. É claro que nossa tendência é considerá-lO um juiz injusto (Lc 18.1-8), como se realmente Ele tivesse tomado algo nosso (Sl 50.9,10). Contudo, se retivermos a Palavra da Verdade (Fp 2.16), jamais perderemos as tralhas deste mundo,. Antes, cada uma delas será transformada em uma “cola” para fazer alguém se tornar uma conosco. No final, ficaremos sem vida própria e sem herança nesta terra, mas repletos de vidas cheias do Espírito Santo em nosso interior (a herança de Deus para nós (como se deu com os levitas – Dt 10.9; 18.2)). Por isto o Reino dos Céus era apoderado pela força, de João Batista até à cruz. Hoje, é Jesus que faz esta força em nós.
5.       É Nele que fomos sepultados através do batismo (vs 12);
6.       É Nele que ressuscitamos, e isto quando cremos que Seu poder é capaz de trazer de volta à vida aqueles que estão mortos em seus delitos e pecados (presos aos princípios elementares da sua alma e condenado ao eterno lamento da sua mediocridade) caso eles aceitem a vida sem pecado de Jesus. Afinal, só pode adquirir vida nova quem já morreu para si mesmo (1Co 15.36). O detalhe é que o sacrifício vivo (Rm 12.1) só pode acontecer em nós quando damos nossa vida pelos irmãos (Jo 15.13). Não tem sentido falar em morrer para si mesmo sem estar disposto a amar os irmãos. Enfim, no lugar do nosso coração onde a vida estava ausente (por não haver pessoas em Cristo dentro de nós) o que restou foi apenas desejos a servirem de esconderijo de demônios (Ap 18.3).
7.       É Nele que fomos vivificados (vs 13) quando ainda estávamos mortos nos pecados pelo afastamento de Deus e da comunidade de Israel e, portanto, ignorantes quanto às promessas e aos requisitos para que as mesmas se cumpram (Ef 2.11,12). Nesta época Deus já nos havia feito assentar nos lugares celestiais (Ef 2.4-6).
Note que fomos vivificados com Jesus através do perdão, o qual acontece quando aceitamos o local que Ele deseja que ocupemos no coração de todos que Ele nos deu.
8.       É Jesus que rasgou a lei de Deus cravando-a na cruz (vs 14). Ou seja, é Ele que nos livrou de termos que lutar para que nós e todos obedeçam a lei de Deus a fim de sermos abençoados. Note como toda luta do ser humano gira em torno disto: cumprir leis e zelar para que os outros também a cumpram para consigo. Todavia, com a cruz, Ele nos tornou membros de um corpo onde nossa simples permanência Nele assegura uma postura de entrega pelos pecados dos outros e, consequentemente, de livramento do pecado. O perdão de Jesus não consiste em nos esquecermos do pecado das pessoas, mas em nos ligarmos a elas em espírito, de modo que elas se esqueçam da obtenção de recursos mortos e passem a buscar, na vida, a solução.
9.       No que Jesus “roubou” principados e potestades, os expôs. Jesus, ao triunfar sobre eles em Si mesmo, ficou manifesto que eles são fracos, deficientes, incapazes de prover uma solução duradoura. Mais ainda: ficou provado que Jesus, com Seu amor e verdade, são capazes de superar qualquer influência mental ou sentimental que ameace a nós. Repare, contudo, que o triunfo se dá Nele, ou seja, pela permanência contínua em contato com os Seus órgãos, a serviço deles. Detalhe: quando estamos dentro do corpo, não precisamos, nem devemos nos preocupar com nossas necessidades (Mt 6.31-33), pois o alimento irá para o sangue, que irá nutrir cada célula. Se o rim, por exemplo, buscasse alimento diferente, este poderia ser nocivo para o restante do corpo. O sangue é o único elemento que tem contato com cada célula do corpo. Cada célula sanguínea passa em cada célula do corpo nutrindo-o e retirando as toxinas. Cada célula viva dentro do corpo recebe, pelo sangue, o alimento necessário, através dos nervos, as informações; e direto do próprio Deus, a capacitação para transformar tudo isto em algo útil.
16 – 19 - QUE NINGUÉM NOS JULGUE OU DOMINE, MUITO MENOS POR MEIO DE COISAS CARNAIS. QUEM BUSCAR CRESCER ESPIRITUALMENTE FORA DO CORPO DE JESUS, ACABA DOMINADO POR PESSOAS QUE SÓ COGITAM DAQUILO QUE É DOS HOMENS (Mt 16.23) E JULGADO POR COISAS QUE NENHUM PROVEITO TRAZEM
 Ninguém nos julgue:
1.       Através de leis dietéticas (vs 16; 1Tm 4.1-6);
2.       Por não fazer distinção entre dias, meses, tempos e anos (Gl 4.10), como se um dia fosse mais propício para adorar a Deus do que outro (vs 18).
Ninguém deveria ficar seguindo sombras das coisas que estão no futuro, ou seja, rituais judaicos que só serviam para estimular as pessoas a buscarem a Deus pela carne (vs 17). A lei não deveria ser o estimula para buscar a Deus, como se o importante fosse fazer coisas. A lei foi dada para que as pessoas percebessem que ninguém é capaz de ser fiel por si próprio, nem tampouco fazer deste um mundo melhor, só por meio de leis.
                Em contrapartida, o corpo é de Cristo. Ou seja, no antigo Testamento, Deus encerrou todos dentro de leis (Gl 3.12), enquanto que no Novo Testamento, Deus encerrou todos dentro do Seu corpo. Embora um corpo seja regido por regras, a diferença é que a ligação direta com cada órgão desperta uma necessidade que de outro modo, não pode ser visto.
                Não devemos dar espaço para que alguém faça a si mesmo árbitro contra nós, nos dominando a Seu bel prazer (vs 18). Ou seja, não devemos dar ocasião para que as pessoas se sintam no direito de nos condenar ou de nos dizer o que fazer. Apenas Deus é capaz de nos tornar justos (Rm 2.33). Não podemos nos conformar em sermos guiados por pessoas, visto que, apenas aqueles que são guiados pelo Espírito Santo e que são filhos de Deus (Rm 8.14), cada qual deve permanecer no conselho do Senhor, vendo e ouvindo-O (Jr 23.18,22). Os ímpios é que são levados aos ídolos mudos conforme são guiados (1Co 12.2) por pessoas inescrupulosas (1Tm 6.3-5; 2Pe 2.1-3) que, por pretexto de que todos temos obrigação de sermos humildes e submissos aos pastores (que supostamente são anjos que Deus levantou para lhes mostrar coisas extraordinárias – ver Hb 2.2), começam a ditar ordens alegando que é para fazer a obra de Deus. Contudo, todas as suas atitudes são baseadas no conhecimento carnal que a pessoa adquiriu ao longo dos anos e que tanto inchou a sua alma (Cl 2.18).
                Ela se acha sábia o suficiente para tomar decisões (tal como se deu com o diabo – Ez 28.2,3,7,16,17; Is 14.12-14). Insistem em crucificar Jesus (Jd 4) de novo (Hb 6.6) a fim de poderem manter o controle sobre os membros da Igreja, como se estivessem no Antigo Testamento (vs 19).
                A bíblia é clara: uma vez que o corpo de Jesus está ligado a Ele (Sua cabeça – Ef 5.25-27) e cada um de seus membros, bem ajustado, provido e ligado pelo auxílio de todas as juntas e ligamentos (e isto, conforme a operação justa de cada parte – Ef 4.15,16) – cada um fazendo aquilo que Deus quer que seja feito), o próprio corpo vai trabalhando o seu crescimento conforme Deus lhe concede (vs 19; 1Co 3.6,7).
                Não é preciso nada externo. Entretanto, é preciso enfatizar que a edificação de Deus não é mera aquisição de conhecimento, mas um fortalecimento de ligações na verdade, em espírito (Ef 4.15,16; Jo 4.23,24).

20 – 23 – Por que seguir regras carnais, se não é mais para vivermos de ou para este mundo (Gl 6.14), mas semeando e buscando o que é do Espírito (Cl 3.1,2; Gl 6.8,8; Jo 3.6)?
Uma vez que estamos mortos com Cristo quanto aos princípios elementares que regem o mundo (vs 20 – os 10 mandamentos), não tem sentido continuar preso a ordens que só foram dadas para aqueles que se recusam  a permanecer nas ligações vivas que Deus providenciou para retermos Sua Palavra e recebermos Sua provisão (Jo 15.9). É no sossego e na confiança (Is 30.15), zelando pela Igreja do Senhor (Ap 3.19), que vem o nosso verdadeiro alimento (Mt 4.4) e boa dádiva (Tg 1.16,17).
                Todos os preceitos e doutrinas de homens perecem à medida que são colocadas em prática, já que percebe-se que não funcionam e, de uma forma ou de outra, trazem dores: os que obedecem sofrem pela revolta que sentem quando alguém desobedece a lei e quando, por motivo de força maior, ela se vê penalizada pelas limitações que tal lei impõe; os que desobedecem sofrem pela punição (vs 22).
                Embora muitas das leis do mundo tenham aparência de sabedoria, não passam de devoção voluntária (culto de si mesmo – a pessoa servindo a Deus do jeito que ela quer – vs 22).
                É a pessoa tentando ser humilde do seu jeito: se esvazia de coisas que lhe eram ruins e tenta adaptar as que parecem ser boas. Disciplinam o corpo porque isto lhe é conveniente para manter uma boa aparência e consciência tranquila (pela sensação de estar fazendo algo para compensar suas falhas e ser melhor que os outros). Contudo, os mandamentos carnais não têm poder algum contra a sensualidade. Pelo contrário, acabam satisfazendo-a (vs 23), já que visam defender direitos.
COLOSSENSES 3
Subtema: TUDO AQUILO QUE IMPEDE JESUS DE BUSCAR O QUE É DO CÉU PARA O CORAÇÃO DAS PESSOAS, NA NOSSA VIDA, DEVE SER RETIRADO COM URGÊNCIA DE NÓS
1 – 4 – Nossa Vida Aqui Não Deve Aparecer, Mas Apenas Aquilo Que é do Céu
Quem nasceu da água e do Espírito Santo (JO 3.5) é como ressuscitado: não está preso às suas necessidades carnais (vs 1), pois Deus as supre (Mt 6.33; Fp 4.19). Cada necessidade física é sempre seguida por uma necessidade espiritual: mais profunda, que deve ser maior.
Temos que ir em busca das coisas celestiais, já que é nesta dimensão em que a autoridade de Cristo se manifesta (vs 1). O poder de Deus atua quando buscamos o que é pertencente às regiões celestiais. A realidade física é sempre um reflexo da nossa realidade espiritual. Ou seja: quer saber como você está com Deus? Olhe para a tua vida. Pensemos nas coisas que são de cima porque já estamos mortos (vs 2,3). Por isto nossa vida parece não ser próspera neste mundo: porque nossa vida está escondida com Jesus (vs 3) em Deus (vs 3). Só nos manifestaremos quando Jesus se manifestar (vs 4). Quem é de Jesus nunca se manifesta. Apenas a Palavra de Deus e Sua glória é vista na vida dele.
 5 – 8 – ARRANQUEMOS COM VIOLÊNCIA DE NÓS TUDO AQUILO QUE IMPEDE JESUS DE SE MANIFESTAR EM NÓS
O mundo está crucificado para ele, pois ele só enxergar aquilo que é do alto (vs 2); e ele para o mundo, pois aquilo que movimento o mundo não faz mais parte dele, a saber, o que é escrito no versículo 5. Toda obra do mundo é sempre no sentido que cada um se satisfaça consigo mesmo, independente das pessoas. A ira de Deus vem por meio destas coisas que comprovam que não confiamos em Deus, tampouco é Ele o nosso prazer. Temos que tirar de nós, à força, tudo aquilo que outrora caracterizou o nosso passado (vs 7 e 8). Detalhe: fazendo uso da força, a saber, o cordão de 3 dobras que mantém Jesus e Suas bênçãos apegadas a nós (Ec 4.12).
9 – 11 – O IMPORTANTE NÃO É QUEM SOMOS, MAS QUEM ELE É EM NÓS
Em qualquer pessoa bem vestida, não se enxerga o seu corpo, mas a roupa que está a cobri-la. A única coisa que se enxerga da pessoa é sua é a sua cabeça! A mulher, como joia preciosa (Pv 31.10), deve estar sempre coberta com a vontade do homem. Jesus veio para cobrir o corpo do pecado com a Sua vontade.
                Ou seja, o que deve ser visto no corpo de Cristo não é o seu caráter (velho homem) com os seus feitos (sua vontade, que veio de sua própria cabeça – vs 9), mas a autoridade do novo homem (Jesus) que sempre se renova para que possamos conhecê-lo. A renovação só é dada para que possamos ser Dele (daí ser conforme a imagem de Deus que O criou – vs 10).
                Em Cristo Jesus não há distinção entre:
1.       Povo escolhido e povo alheio às alianças da promessa;
2.       Povo que assumiu um compromisso externo com Jesus ou que não possui nenhum sinal na carne;
3.       Povo ignorante ou sábio nas coisas de Deus;
4.       Povo livre para adorar a Deus ou obrigado a servi-lO através da vontade de outra pessoa.
 Ou seja, o importante não é o quanto de talento ou experiência a pessoa possui, mas sim Jesus ser tudo na nossa vida e na daquele que Ele nos deu (vs 11; veja Dt 30.1-3; Dn 9.20; At 16.31).
 12 – 15 – FAZENDO DO PERDÃO A NOSSA VESTIMENTA
Temos que nos revestir como pessoas que foram eleitas por Deus, com se os itens do versículo 12 fosse nossa “roupa de gala” para tomada de posse (detalhe: Jacó, quando foi tomar possa da bênção do irmão, usou um dos vestidos de gala dele – Gn 27.15).
Ou seja, a mudança de comportamento não é para ser em virtude dos sofrimentos da vida, mas motivados pelo amor e gratidão pelo Pai e pela honra de ter sido escolhido pelo Rei dos reis para algo tão nobre (vs 12).
Temos que nos revestir como pessoas que Deus separou para se manifestar a todos, e não porque queremos que Ele se manifeste nos outros para o nosso interesse.
Temos que nos revestir como pessoa amadas por Deus, e não como prostitutas, tentando seduzi-lO com seus interesses, buscando convencê-lO a se voltar para nós (vs 12). Tampouco assim devemos proceder tentando seduzir homens, como se nosso Noivo tivesse nos abandonado e tivéssemos desesperados por uma migalha de carinho e atenção (ver Sl 37.25).
Entretanto, a forma correta de conseguir isto é servindo de suporte na vida uns dos outros, sempre com vista à reconciliação (a saber, visando a remoção de tudo que nos separa uns dos outros, tanto na nossa vida, com na da outra pessoa (vs 13)).
Note como o suporte e perdão estão ligados à queixa de alguém contra outrem (vs 13). Devemos proceder tal como Jesus que suportou os tempos da nossa ignorância (Rm 3.25) e deu Seu corpo para que pudéssemos ser unidos ao Pai em Sua Palavra a partir do momento que decidíssemos viver Sua vida sendo guiados por Ele.
De igual modo, temos que dar nosso corpo a fim de que elas se tornem nossos membros (Rm 12.5) e o Espírito Santo possa dirigi-las através de nós (Rm 8.14).
Daí revestir o caráter de Jesus e Suas obras com Ele em pessoa (vs 14; 1Jo 4.8,16), pois Seu amor é o vínculo que nos faz perfeitos. Fomos chamados para sermos parte do corpo de Jesus, mas em prol da paz uns com os outros (vs 15) (e não a paz segundo o mundo). Esta paz, que se trata de estarmos em paz uns com os outros na verdade da Palavra de Deus, deve ser o árbitro a exercer domínio em nosso caráter e atitudes (vs 15).
E devemos fazer isto com gratidão, ou seja, considerando o nosso ministério de suporte e perdão como um privilégio a ser vivido a oportunidade que Deus está nos dando de testemunharmos nosso amor por Jesus (Jo 21.15-17), onde, outrora, O negamos (Mt 26.69-75).

16 – 17 – Expressemos com alegria a Palavra de Deus com o Nosso Coração ao Coração da Pessoa, Pela Vida de Cristo em Nós
A Palavra de Cristo (amor a Deus e ao próximo – Mt 22.37-39) deve estar permanente em nós em toda a sabedoria. Entendendo que o temor do Senhor é o fundamento da sabedoria (Pv 9.10), logo o amor de Deus deve estar presente em cada atitude nossa motivados pelo desejo de nunca ver o coração de Deus triste (vs 16). É para isto que nos ensinamos e avisamos uns aos outros: não é para que a pessoa adquira conhecimento teórico, mas tenha como colocar em prática tudo aquilo que Jesus e na Sua vida.
Ao ministrar a Palavra de Deus, devemos fazer uso de métodos que possibilitem nosso coração falar ao coração da pessoa. Note, contudo, que nosso coração deve estar cantando, e com graça, ou seja, expressando o prazer que tem por viver a vida de Cristo, vivendo intensamente cada momento de modo único, especial (vs 16).
Qualquer coisa que fazemos por obras ou palavras (veja que as palavra também fazem coisa – daí Tg 3.5,6) devemos fazer como se fosse o próprio Jesus (vs 17), ou seja, fazendo uso do corpo de Cristo para viver uma vida de gratidão ao Pai (vs 17). Ao fazer uso daquilo que o corpo de Cristo produz, o estimulamos a fabricar isto mais (tome como exemplo a produção do leite materno e o motivo de muitos frequentarem academias de musculação).
COLOSSENSES 3.18 a 4.18
 Subtema: COMO O TESTEMUNHO DE CADA PESSOA QUE DEUS COLOCOU PERTO DE NÓS, CONFIRMA A SUPREMACIA DE CRISTO ATRAVÉS DO NOSSO MINISTÉRIO.
 3.18 - 4.1 -> Como Deve Ser Nossa Conduta Dentro do Papel Que Deus Designou Para Nós na Vida da Pessoa
A esposa deve abraçar de coração a vida que Deus deu para o homem (vs 18). Isto deve ser feito de modo inconveniente, e isto sem sair de dentro da Palavra de Deus. Ou seja, a mulher deve edificar a casa do Senhor, sempre tendo em vista a alegria do Senhor (Ne 8.10; Pv 14.1).
Já o homem deve buscar a perfeita unidade com a esposa, conquistando-a consigo mesmo, ou seja, buscando que ela tenha cada vez mais interesse em tudo que ele é e deseja (ver Jo 17.19,21,23; vs 19). Ao invés de se irritar contra ela, ele deve estar mais de si mesmo a ela cada vez mais e procurando corrigir-se, já que, de outro modo, a mulher estará recebendo um punhado de lixo. A mulher só procederá mal se não dermos de nós mesmos a ela, ou se estivermos repletos de malícia e maus desejos.
Porque Deus repreendeu primeiro Adão? Por que o maior culpado é o homem, seja por:
·         semear no terreno errado;
·         semear a semente errada;
·         não dar todos os cuidados necessários à semente.
Os filhos devem se colocar sempre debaixo da força ou influência dos pais (vs 20) em tudo. Entendendo que pai é aquele que dá de si mesmo por completo aos filhos (Dt 25.5,6), cabe ao filho buscar em Cristo quem verdadeiramente são seus pais a fim de poder ser a continuação da obra de Deus na vida deles. Deus não quer ficar trilhando o trigo (Is 28.24,25), continuamente, mas dar continuidade à obra que Ele começou (Fp 1.6; vs 20).
Ao invés de ficar irritando os filhos, que os pais invistam em suas vidas em mostrar que a Palavra de Deus funciona a fim de que eles nunca percam o ânimo com as coisas de Deus. O importante não é obriga-los a fazer a vontade de Deus, mas mostrar-lhes a beleza contida nesta (daí Jo 16.8), de modo que eles tenham prazer na lei do Senhor (Sl 1.1,2).
O mandamento dado aos servos de obediência implica em um compromisso por parte dos senhores d e ordenar aos servos aquilo que é bom para eles. Neste caso, os servos obedecerão por amor à autoridade e pelo privilégio de ver a sabedoria de Deus em sua eficácia (Jó 11.6). Não é para servir apenas na aparência, mas naquela que é bom para edificar (Rm 12.18) sem esperar recompensa material (vs 22), tendo como nosso prazer estar na presença de Cristo. O objetivo do trabalho não é agradar o patrão, mas a Deus (vs 22). Inclusive, é por isto que temos que faz tudo com todo o nosso coração, ou seja, como se o que estamos fazendo fosse a única coisa que tivéssemos para fazer. Só assim Jesus poderá operar em Sal plenitude, já eu Ele é tudo (vs 23). E o “tudo” de Deus só pode entrar se o nosso “tudo” sair.
Temos que servir com todo o coração, certo de que não vamos ficar na miséria, mas no que estamos dando, estamos sendo preparados para algo muito melhor (o galardão de Deus, a saber, pessoas a quem poderemos ter o privilégio de servir com as bênçãos que Deus quer para nós - Lc 19.16-19).
É simples: nossa recompensa vem daquele a quem servimos. Quem trabalha para o pecado recebe separação (isolamento – Rm 6.23); quem recebe a vida eterna de presente recebe o privilégio de ver Deus trabalhar. Ou seja, enquanto o objetivo do trabalho é o salário (primeiro trabalha, depois recebe), o objetivo do dom é o trabalho (primeiro recebe e depois trabalha. O trabalho, aqui é um privilégio).
Quem fizer maldade contra aquele que está a lhe dominar, receberá isto de volta, pois uma vez que é a Jesus que estamos servindo, não é do patrão que temos que esperar receber, mas de Deus. O que importa não é o que o patrão nos fez, mas o que Deus deseja fazer por nós.
Os patrões devem fazer apenas o que é de justiça e equilíbrio aos servos, ou seja, no sentido de trabalhar a harmonia celestial entre os seus servos, de modo que cada um a possa dar e receber o que é justo (vs 4.1) e, assim, haver igualdade (2Co 8.1-5), pois o grande problema está dentro de cada um. Uma vez que atemos um Senhor nos céus, os patrões devem pensar: em qual é a vontade de Deus para ambos. Detalhe: a justiça de Deus consiste em conceder ao pecador o necessário para que a vontade de Deus na vida dele prospere, seja levado a bom termo. Ou seja, a finalidade de ser patrão é a de poder se entregar a seus servos, como o centurião de Mt 8.8 ou Naamã (2Rs 5.3,13).
Enfim: os relacionamentos citados (homem e mulher; pai e filho; senhor e servo) sempre implicam em uma pessoa se entregando e a outra aceitando a entrega. Um se dispondo a zelar e a outra confiando neste amor cheio de zelo. A única diferença é o nível de entrega e intimidade, bem como de frutos.
4.2 - 4.4 -> O papel da oração na vida daquele que deseja usar sua vida para manifestar o mistério de Cristo
 Devemos perseverar nos relacionamentos sem nos esquecermos do papel que Deus confiou a nós. Ou seja, relacionamento não é para o prazer ou para fazer coisas, mas para o crescimento espiritual. Daí a necessidade da oração (vs 2) e da ação de graças. É preciso perseverança, porque é a luta que dá brilho ao relacionamento, onde sempre irá ocorrer um dos três casos citados, mesmo que se tratem duas pessoas iguais.
Afinal, sempre precisa haver troca de experiências. A oração nos permitirá conhecer a finalidade do relacionamento e ver Deus operar neste e, deste modo, permanecermos com paciência, considerando como privilégio a presença da pessoa na nossa vida.
Nossa oração deve ser no sentido de fortalecer nosso coração para que possamos permanecer na vida de cada pessoa que Deus nos deu, de modo que, através de cada relacionamento, as pessoas possam visualizar o mistério de Jesus em nós e, assim, as portas dos corações se abram para Jesus e Sua Igreja (Ap 3.20). Note que não bastava apenas falar do mistério de Cristo, mas manifestá-lo a todos (vs 4).
Como a supremacia de Jesus estava sendo questionada, apenas a visão deste mistério de Jesus poderia fazê-los ter certeza de que, com Jesus, era possível relacionamentos perfeitos, puros e santos (vs 3).
Muitos, por terem prazer nas suas obras más, abominavam esta ideia, visto que o fracasso nos relacionamentos é a força motriz do comércio. Tanto que, quando o diabo começou a comercializar os dons de Deus, seu interior se encheu de violência (rompimento de relações) e, com isto, o resultado foi a corrupção dos santuários e sabedoria a ele confiados (Ez 28.15-18).
Agora você entende porque Paulo estava preso quando escreveu esta carta (vs 3). A manifestação do mistério de Jesus comprovava que Jesus tinha ressuscitado e que, não só as autoridades religiosas estavam erradas, mas a mídia ao afirmar que apenas as posses deste mundo poderiam garantir conforto, segurança e prazer.
5 - 6 -> O modo de proceder para com os que estão de fora. Nossa vida deve ser uma resposta ao medo que as pessoas têm de confiar no amor
 Devemos andar no temor do Senhor para com aqueles que estão fora de Cristo. Sempre que tivermos que nos envolver com alguém do mundo (por questões trabalhistas) temos que dedicar todo nosso coração a fim de aproveitar bem a oportunidade para que a pessoa possa ver o quanto temos medo de entristecer o coração de Deus.
Nossa palavra deve ser sempre agradável para a pessoa, ou seja, despertar nela o desejo de saciar sua sede com a Água da Vida. Em outras palavras, nossa pregação deve fazer com que ela tenha prazer naquilo que vem de Deus (vs 6).
A única forma, porém, de se conseguir isto é deixando que a graça de Deus seja com a nossa boca. Só assim aprenderemos a forma correta de manifestarmos o mistério de Cristo às pessoas.
Para que possamos ter certeza do quanto é conveniente responder a cada pessoa, é preciso que vejamos o efeito que a Palavra de Deus causa na vida das pessoas quando elas a recebem pura.
7 - 9 -> Procurando conhecer o que se passa uns com os outros
Tíquico era:
·         irmão – alguém que tinha o mesmo Pai, ou seja, buscava ser a continuação da vida de Jesus (Gl 2.20);
·         amado – que sabe receber amor (não vive sem ajudar e receber ajuda);
·         fiel – com quem se podia contar quando necessário, por estar por conta de Igreja;
·         ministro – que fora designado por Deus para cumprir os planos Dele para a vida uns dos outros;
·         conservo – que se dispunha a servir aqueles que nada são neste mundo. A condição de servo ressalta a pequenezes daqueles que são de Jesus aos olhos do mundo, pois as posses dele são apenas celestiais.
 Ele era tudo isto, não de si mesmo, mas no Senhor. Note o cuidado que Paulo tinha em escolher aqueles que iriam dar informações a respeito dele (vs 7), bem como obter informações do estados das ovelhas de Deus que estão em Colossos (vs 8; Pv 27.23). Ou seja, nosso zelo pela Igreja deve ser tal (Ap 3.19) que devemos, acuradamente, acompanhar o desempenho dos irmãos na fé (2Co 11.28,29).
Por meio de Onésimo, vemos outra característica do mensageiro: pertencer ao grupo daqueles a quem estamos a enviar a mensagem. Ele age como um mediador: por se identificar com o destinatário e o remetente, seu papel é promover a identificação entre ambos.
 10 - 11 -> A  cooperação dos judeus convertidos com Paulo, confirmava a aceitação dos gentios no corpo de Cristo
 Devemos receber aqueles que Deus envia até nós. E não é para receber de qualquer jeito (vs 10). É preciso saber o que fazer com cada pessoa que Deus traz até nós. Note como os 3 cooperadores de Paulo, que eram judeus, serviam de consolação na vida de Paulo (vs 11), visto que serviam para confirmar a supremacia de Cristo. Afinal, enquanto muitos judeus “cristãos” insistiam em afirmar que era necessário a observância dos rituais judaicos para ser salvo, eles confirmavam a aceitação dos gentios no corpo de Jesus.
 12 – 14 – A confirmação da eficácia de Jesus através do zelo de alguns deles
 Epafras lutava pelos seus compatriotas em oração (vs 12). Objetivo é que eles permanecessem em toda a vontade de Deus (e não apenas em parte dela. E isto de modo:
·         Firme – tendo um prazer enorme nesta. Quem não tem prazer na vontade de Deus é porque não tem o Espírito Santo (ver Fp 2.12,13) e está tentando fazer algo pela carne, a qual só pensa no seu bem-estar. Apenas quem é nascido do Espírito Santo tem condição de viver cumprindo o desígnio do próximo por já estar de completo em Cristo (Cl 2.10).
·         Perfeito – que conhece toda a vontade de Deus sem distorções, sem enganar a si mesmo (Sl 15.2);
·         Consumado – com toda a vontade de Deus se cumprindo na nossa vida.
 O zelo de Epafras, que era um gentio, por pessoas também gentis, é uma prova de que os gentios podiam amar o próximo de modo perfeito sem precisar dos rituais do Antigo Testamento, desde que permaneçam em Jesus (vs 13).
Outro exemplo é o de Lucas que, embora pudesse ser rico exercendo a medicina, preferia sofrer junto com Paulo na pregação do evangelho.
 15 – 17 – A preocupação de Paulo em saudar, pois a  falta de fé na supremacia de Jesus estava deixando-os negligentes quanto ao ministério que Deus lhes deu
 A preocupação de Paulo em saudar pessoa individualmente mostra:
1º - o valor que uma vida tem para Deus, mesmo sendo gentio. Afinal, com tanta coisa para fazer, Paulo se preocupava com uma única pessoa (vs 15 e 17). Ou seja, não era a quantidade que tornava os gentios importantes. Sem contar que Paulo:
a)      faz menção das pessoas que se reuniam na casa de Ninfa para buscar a Deus como a Igreja de Jesus (vs 15);
b)      deixou claro que Arquipo era ministro de Deus (vs 17);
c)       faz questão que seus ensinamentos fosse compartilhados com a Igreja que estava em Laodicéia e vice-versa (vs 16).
Tudo isto deveria servir para que Arquipo e os demais colossenses vissem  que não era a religião que salvava, mas sim Jesus, independente daquilo que somos. Com certeza Arquipo estava desvalorizando seu ministério, bem como os demais da Igreja, por causa das heresias que estavam penetrando ali, que dava a entender que só quem era adepto do judaísmo poderia ser ministro de Deus (vs 17).
Muitos nem estavam mais se importando em conhecer toda a vontade de Deus (Cl 4.12), a ponto de serem zelosos em ir à Igreja de Laodicéia para aprender com eles, tampouco em compartilhar seus ensinamentos (vs 16) com eles, como se fosse tudo em vão por não haver nesta igreja  coisas que os falsos mestres consideravam importantes (Cl 2.8).
 18 – A importância de acompanhar de perto tudo que os irmãos em Cristo sofrem por permanecerem firmes na fé
 Como muitas pessoas estavam escrevendo cartas em nome dos apóstolos (2Ts 2.2), Paulo fazia questão de escrever a saudação com sua mão a fim de que não houvesse possibilidade de eles serem enganados. Ao pedir para que eles se lembrassem das suas prisões, Paulo estava trazendo-lhes à memória o quanto estava certo de serem eles concidadãos dos santos e da família de Deus pelo simples fato de eles estarem em Cristo (Ef 2.12). Ninguém é capaz de sofrer tanto por algo que acredita ser mentira. Logo, pedir para os colossenses se lembrarem dos seus sofrimentos tinha por finalidade estimulá-los a ver de perto tudo que os cristãos verdadeiros sofrem por conservarem o mistério da fé em suas vidas.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante

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