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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O AMOR DE UM PROFETA A SUA MULHER ADULTERA, TIPIFICA O AMOR DE CRISTO PELA IGREJA...


O AMOR DE UM PROFETA A SUA MULHER ADULTERA, TIPIFICA O AMOR DE CRISTO PELA IGREJA...
 “Disse-me o Senhor: vai outra vez, ama uma mulher, amada de seu marido e adúltera, como o Senhor ama os filhos de Israel, embora eles olhem para outros deuses e amem bolos de passas” (Oséias 3:1).
O estudo dessa semana requer grande cuidado. Não pode ser tirado de seu contexto nem do objetivo dos fatos que aconteceram, nem dos objetivos que DEUS tinha em mente quando deu certas ordens contraditórias aos Seus próprios princípios. Algo muito grave estava em andamento, e DEUS procurava dramaticamente chamar seu povo de volta.
O povo de Israel, amado por DEUS, voltou-se à prostituição com os ídolos. Mas DEUS ainda amava esse povo. Resultou na situação bem contraditória de DEUS amar uma prostituta, que era esse povo. O que DEUS mandou Oséias fazer não era outra coisa senão uma amostra do que já acontecia com Ele: um homem puro amando uma prostituta.
Por que tudo isso? Era essa demonstração real e dramática, um quase patético apelo da parte de DEUS que fazia seus últimos esforços para tentar recuperar seus filhos para Si. Era um ato radical em busca do que já se perdia por completo. Era, no limite do tolerável, a expressão de um amor, o de DEUS, que apesar da nojeira da prostituição, ainda assim, queria essa prostituta para si. Ele queria reformar a sua vida, tornar a transformá-la em sua esposa.
Conosco, hoje, não é muito diferente. DEUS não nos abandona assim tão facilmente. Aliás, ele nunca nos abandona. Se houver separação nossa com DEUS, ela ocorre porque nós definitivamente não O desejamos mais. Aqui escrevemos referindo-nos aos seres humanos em geral, que não desejam mais saber de DEUS. Mas também se aplica ao povo de DEUS, que O conhece, mas muitos desse povo nem sempre O desejam como Ele quer ser desejado.
Israel, o reino do norte estava agonizando espiritualmente. O Criador, aquele que também havia formado esse povo em Abraão, tentava agora as últimas e desesperadas tentativas para ter de volta esse povo, ou essa parte de Seu povo. Eles nunca tiveram um rei que os fizesse adorar o verdadeiro DEUS. A sua condição espiritual chegava ao limite, passando dele, não retornariam mais como povo.
Assim como para o reino de Judá veio o próprio Senhor JESUS, dramaticamente morrer por eles, e por todos, na cruz, assim foi enviado Oséias, provavelmente um padeiro e um homem sincero a DEUS, para tentar chamar a atenção deles em direção ao DEUS que os formara, e os tentava guiar.
Durante uns 40 anos Oséias lutou por meio de encenações reais, ele mesmo casando-se de modo intrigante. Certamente ele era conhecido pela sua pureza. Esperava-se que suas atitudes estranhas tivessem algum impacto sobre a mente daquele povo.
Veio a ordem de DEUS. Na Bíblia de Jerusalém esta ordem aparece assim: “Disse Iahweh a Oséias: ‘Vai, toma para ti uma mulher que se entregue à prostituição e filhos da prostituição, porque o país se prostituiu, afastando-se de Iahweh.’”.
Que ordem mais estranha é essa! Não está claro que a mulher fosse mesmo uma prostituta. Mas o que está bem claro, nessa versão da Bíblia, que é uma mulher fácil de ser conversada, sensual, uma que “se entregue à prostituição”. Enfim, se já era uma prostituta ou não, isso não faz tanta diferença aqui.
O simbolismo aqui é o seguinte: Oséias era um homem puro, pois DEUS o chamou. E ele deveria casar-se com uma mulher dada a práticas de prostituição. E deveria ter filhos com ela, filhos da prostituição. Isso significa o quê?
Que Israel já se havia desviado do DEUS puro e ido para se entregar a deuses pagãos. Isso é prostituição espiritual. E já o fazia há tanto tempo que seus filhos, netos e bisnetos, enfim, várias gerações já se haviam formado nessa condição. Os filhos dos israelitas já nasciam em meio às práticas de prostituição de adoração. Quase nada podiam entender do que seria a verdadeira adoração. A Terra ali se havia desviado de DEUS e se prostituído com o paganismo. A nação estava por cair por completo nas mãos dos pagãos.
Muito cuidado com a nossa condição de adoradores do verdadeiro DEUS. Somos visados como foram os israelitas. Muito cuidado com o tal do mundanismo. Ele é a porta de entrada para a prostituição espiritual nos dias de hoje. Todos os que estão lendo sabem do que se trata. Há muitos de nós encantados por coisas com as quais JESUS jamais se envolveria. Vão de novelas, programas de TV e filmes, adeptos e torcedores de futebol e outros esportes, alimentação inadequada para quem deseja ser salvo, desrespeito ao sábado, etc. Não seria de se esperar que nesses dias finais satanás não atacasse. Ele o faz, e de modo muito mais sutil que nos tempos de Oséias. Hoje ele não ataca o povo de DEUS com idolatria. Não faz efeito.
O povo de Israel naqueles tempos não atendeu o profeta Oséias. Logo mais caíram como povo, e nunca mais se recuperaram como foi com Judá. Mas os apelos dramáticos do profeta não devem ter sido vãos. É de se crer que ao menos algumas pessoas o atenderam e foram salvas. Um dia as conheceremos.
Oséias casou-se com uma mulher que tendia à prostituição. Na melhor das hipóteses ela ainda não era uma prostituta, mas uma mulher com grandes possibilidades. E a ilustração, uma parábola real, encenada com todas as dores e tristezas da vida real quando ela é cruel, conferia bem com o comportamento de Israel, o povo de DEUS.
Casado com Gômer, Oséias tem um filho com ela. Seu nome foi Jezreel, que significa DEUS espalha. Então Gômer se prostituiu de vez. Ela concebeu mais duas vezes, tendo uma filha e outro filho, mas ao que tudo indica, não com Oséias. A filha DEUS deu um nome que significa “não amada” e o filho DEUS, deu o nome “não meu povo”.
Analisemos a situação. Pelo que lemos em Oséias 2:2 a 8, Gômer representa a atitude de Israel. Oséias casou-se com Gômer, que já possuía tendência à prostituição, como Israel há séculos. Israel era a esposa de CRISTO. Oséias teve um filho com Gômer, mas ela se prostituiu dizendo que os amantes lhe davam o sustento em abundância (Os. 2:4 a 6). Com esses amantes teve uma filha e um filho, filhos da prostituição. O que significa tudo isso?
Aquilo que aconteceu entre Gômer e Oséias foi também o que aconteceu entre Israel e DEUS. Houve um casamento, mas a tendência de Israel, desde que se separou de Judá, foi a prostituição. Os reis de Israel sempre tenderam para a idolatria, e o povo, na maioria os seguia. O primeiro filho de Israel, legítimo, leva por nome “DEUS espalha”. Um nome de advertência ao que aconteceria a Israel caso não se mantivesse fiel a DEUS. O casamento de DEUS com Israel, tal como o de Oséias com uma quase prostituta significa que, quando Israel se formou por separação com Judá, a tendência desse país era mesmo a idolatria.
Depois Gômer só teve filhos com amantes, assim como Israel só colheu os frutos da idolatria. A primeira filha de Gômer se chamou “não amada”, ou seja, Israel produzia um resultado que DEUS não apreciava, assim como Oséias não amou uma filha de sua esposa com outro amante. O segundo filho de Gômer levou o nome “não meu povo”, ou seja, agora DEUS já não considerava mais os descendentes de Israel como Seu povo, não assim como eles adoravam. Logo seriam espalhados, conforme o primeiro nome dado a um que ainda era filho legítimo, isto é, no tempo que Israel ainda podia ser considerada a esposa de CRISTO, do Senhor. “DEUS espalha” era um nome de advertência quanto ao futuro se de fato se prostituíssem. Foi o que aconteceu.
Israel tendo surgido de um cisma político, inicia ainda como povo de DEUS, ainda como a esposa do Senhor. Mas a nação vai após ídolos, e se prostitui com eles adorando-os. Eles acham, em sua ignorância provocada pelo pecado que á Baal que fertiliza a terra, dá as chuvas e todas as riquezas. É isso que querem dizer o verso de Oséias 2:6. A trajetória da nação se iniciou com advertências de serem espalhados e terminou não sendo mais o povo de DEUS. Que alerta para nós nesses dias finais!
O ponto vital para a vida e a felicidade é a intimidade. Os Dez Mandamentos contém os princípios da intimidade com DEUS e com os semelhantes. O sábado é o dia especial da intimidade com DEUS e com os semelhantes. A tal ponto o sábado foi separado para os fins da intimidade que foi declarado santo por parte de DEUS. E DEUS abençoou o sábado, isto quer dizer que esse dia, se obedecido conforme a orientação de DEUS, teremos aqui na Terra uma vida melhor e mais feliz.
O casamento, ao lado do sábado, é a instituição da intimidade entre os seres humanos. DEUS quer estar presente no casamento e no lar que dele resulta. O lar foi estabelecido para que pessoas se unam com o propósito de um fazer o outro feliz. O amor, que é DEUS, aproxima as pessoas e as une, seja no casamento, seja em forma de amizade na sociedade humana.
Mas satanás criou outro esquema de vida. É a prostituição. Por ele o casamento se desfaz e a intimidade desaparece. E pela prostituição espiritual os Dez Mandamentos e o sábado são anulados. Pela prostituição as pessoas são afastadas de DEUS e umas das outras. Em lugar da intimidade aparece a aventura e o desafio de um explorar outro, de um rejeitar o outro, e assim por diante. A aparente alegria que pode trazer um dia resulta em tristeza, às vezes até bem cedo. A tal ponto a intimidade entre um casal é importante que chega a ser algo sagrado. Por exemplo, CRISTO disse que as pessoas que casam não deveriam se divorciar. O que Ele deseja é que se amem a ponto de ser impossível a separação senão pela morte. Ou seja, Ele quer fazer parte do casamento e solidificá-lo com o tempo. O Senhor quer participar da construção da felicidade dos lares que Ele idealizou. Para isto os mandamentos são vitais, e o sábado imprescindível.
DEUS quer mais. Ele quer que não somente nos lares haja unidade, mas também na igreja e na nação. Ele quer que todos sejam um, como Ele e o Pai são um.
O casamento entre Oséias e Gômer era um símbolo do que não deveria acontecer. Gômer possuía propensões ao adultério, assim como o povo de Israel. Talvez até já tivesse tido algumas aventuras com homens levianos. Se o adultério se fortalece nas famílias, ele as destrói e passa para nação. Principalmente se os líderes também demonstram ser adúlteros. E, mais intensamente isso acontece e se trata de adultério espiritual. Aliás, as famílias são na verdade produto da pureza ou da prostituição espiritual. Famílias espiritualmente sólidas têm a presença de DEUS, e nelas satanás não consegue inserir seus estratagemas de separação.
Nesse mundo existem muitos atrativos que promovem separação entre os irmãos. São formas de pensar como as ideologias secularizadas, o querer aparecer por meio do poder econômico, o desejo de prestígio e honras, o torcer (fanaticamente ou não) por um ou por outro time de algum tipo de esporte, o tomar partido em intrigas, e assim por diante. Há hoje em lugar dos ídolos ridículos de séculos passados, satanás providenciou para nós formas bem sofisticadas de nos separar uns dos outros, e nos separar e de DEUS. Inclusive o trabalho em excesso serve para nos separar dentro de nossos lares. Satanás é esperto e sabe enganar, e muitos estão caindo em seus sistemas criados para nos separar uns dos outros.
A coisa mais estúpida que um ser humano pode fazer é adorar ídolos, feitos por ele mesmo! Vamos fazer uma escala de estupidez de adoração. Já é algo inútil adorar outro ser humano, não acha? Bem, mas pelo menos um ser humano poderia fazer alguma coisa pelos que o adoram. Isso também é verdade. O que um ser humano pode fazer pelos que o adoram é menos que ele mesmo recebe dos que o adoram, é óbvio, pois um ser humano, mesmo adorado, precisa ser suprido. Ele não tem como viver por si, sem a ajuda de outros, como DEUS que não precisa de ninguém para existir. Porém, ao menos pode dar algo em troca, apensar de ser menos do que recebe. Ainda assim, adorar um ser humano é algo bem estúpido, não acha? Esse ser humano pode solucionar todos os problemas que você levar a ele? E ele é capaz de morrer numa cruz e depois ressuscitar?
Se as pessoas resolvem adorar anjos, isto realmente não funciona. Anjos definitivamente não aceitam adoração e não dão nada em troca. Se as pessoas resolvem adorar animais, isto é bem estúpido, mas, ainda assim, o animal pelo menos é um ser vivo. Ganha o adorador alguma coisa? Não, ele ganha nada.
E se o ser humano faz um ídolo e o adora? Bem, essa talvez seja a forma mais esquisita de adoração. Mas é onde está a maioria, inclusive dos modernos cristãos. Hoje grande parte dos cristãos, ou adoram ídolos, ou adoram outros seres humanos mortos. Ora, pense um pouco, adorar o que é apenas um objeto ao qual se deu forma? Um objeto sem vida, que não pode fazer nada, nem de bem, nem de mal. E o que é pior, um objeto que precisa ser levado para todos os lados. Isso é DEUS?
E adorar mortos, faz algum sentido? A Bíblia é muito clara que as pessoas morrem. Aliás, foi para livrá-las da morte que JESUS morreu, e Ele devolverá a vida quando retornar à Terra pela segunda vez! Está na Bíblia!!!
Adorar mortos é tão inútil quanto adorar ídolos. Não sei dizer qual dessas duas formas é mais absurda.
Mas, de qualquer forma, há ainda outra maneira de adorar, pior que essas. É adorar o próprio satanás, ou seus anjos. Estes, pior que algum ser humano, nunca fazem bem sem cobrar o mal. Eles retribuem, um dia, com a pior das conseqüências. São vingativos até com aqueles que se associam a eles ou se entregam a eles. É certo que levam à morte.
A trajetória de um adorador seja qual for o deus que ele adora, se não for o DEUS Criador e Redentor, é sempre parecida. Consta de três momentos. No primeiro momento, é novidade e aparece uma segura expectativa que vai levar grande vantagem. É a fase da ilusão. Isso não é fé, é um tipo de sensação de segurança sem fundamento. Muitas vezes é presunção, isto é, imagina que crê e imagina que é abençoado e fortalecido, e acaba sentindo como se fosse realidade. Esse sim é um caminho perigoso!
No segundo momento vem a sensação de que a tal adoração caiu no vazio. Nem todos chegam a sentir essa situação. O terceiro momento, pelo qual passam todos, mas em diferentes intensidades, é o sofrimento e a morte, única conseqüência certa de qualquer um desses tipos de adoração. O único que salva é DEUS, o verdadeiro, e isso se for adorado. Muitas vezes pode ocorrer uma morte horrível aos adoradores segundo alguma modalidade idealizada por satanás. DEUS só tem uma forma de ser adorado, a que está na Bíblia.
Foi algo parecido que aconteceu com Gômer. Ela abandonou Oséias. Gômer representava o povo de Israel, Oséias representa CRISTO, como já sabemos. Gômer experimentou a sensação da adoração falsa, um fascínio de experiências sensuais, temporariamente bem atraentes. Mas depois ela passou para a segunda fase. Ela deve ter envelhecido, e os amantes foram atrás de outras mulheres da vida, mais jovens. Os homens levianos do mundo são assim mesmo. Os barões do petróleo da Venezuela apreciam meninas de oito a 12 anos. Depois dessa idade, as abandonam à sua própria sorte. Uma prostituta tem uma vida útil bem curta. Nas grandes cidades do Brasil, uma mulher dessas já não vale grande coisa aos 25 anos. Ela, nessa idade já encontra dificuldades para ganhar seu sustento se prostituindo. As mais jovens atraem seus “clientes”.
Um parêntesis bem interessante. Sou adventista há mais de cinco décadas, desde o nascimento. E é perceptível a diferença entre as meninas que conheci no meu tempo de jovem, as da igreja e as do mundo. As da igreja, e que permaneceram, hoje estão na faixa dos cinqüenta anos. E são mulheres de aparência muito bonita. Principalmente se comparadas com as de mesma idade, porém do mundo. Estas, por causa do estilo de vida, já se mostram bem envelhecidas. E àquelas que saíram da igreja aconteceu o mesmo. Até nisso, nós homens e mulheres adventistas temos vantagem, não é mesmo? Somos mais saudáveis!
Envelhecida, foi então que faltou o sustento a Gômer, foi aí que ela percebeu que o outro, a prata, as roupas, as jóias, o sustento não vinham desses amantes. Eles apenas pagavam para se divertir, eles apenas pagavam o momento. Eles não garantiam o futuro. Quando eles foram embora, ela ficou jogada à sua própria sorte, como fazem os barões do petróleo, ou os ricaços turistas do nordeste, como se sabe. Usam as meninas por uns trocados, e vão embora.
Gômer estava indo em direção ao terceiro momento, que é o sofrimento antes da morte. Ela havia-se enganado, aquelas coisas que os amantes lhe deram eram passageiras. E uma prostituta, por fora da vida, gasta tudo o que ganha. O ouro e a prata que ela possuía vinha de seu verdadeiro marido, que ainda a sustentava, embora ela se tivesse ido. Então ela caiu em si. O seu marido foi falar com ela, falar ao seu coração. Agora ela poderia voltar, pois o marido ainda a esperava. Ele ainda a queria como esposa, apesar da imundícia em que se envolvera em seus melhores anos.
Assim foi com o povo de Israel. Ele adorou ídolos, algo bem estúpido. Os ídolos nunca mandaram chuva, nem fertilizavam o solo, nem davam saúde, embora eles assim acreditassem. O Senhor queria Israel de volta. Os amantes de Israel, de onde vinham aqueles ídolos, agora estavam cercando o país e pretendendo conquistá-lo e tomar tudo. O Senhor ainda queria Israel para si. Mas Israel seguiu o caminho do sofrimento e da morte. Acabou como nação, para sempre.
Hoje chegamos ao clímax do estudo dessa semana. Ao ser humano Oséias DEUS deu uma ordem contraditória. Como assim buscar de volta uma esposa, ou ex-esposa, pagando por ela (que já teria sido pago no primeiro casamento) e mais, amando-a sinceramente? Será que DEUS não estaria pedindo demais a Oséias?
Imagine o impacto que isso deu entre os israelitas quando Oséias procedeu como DEUS lhe ordenara? Veja o que ele teve que fazer, e certamente agiu assim:
ð    Oséias, por ordem de DEUS, foi atrás de Gômer falar-lhe ao coração, para que ela voltasse;
ð    Perdoou tudo o que ela lhe tinha feito de maldade, abandono dele e do filho, etc;
ð    Pagou a quem ainda se achava com o direito de tê-la, para readquirir esse direito, que na verdade Oséias já possuía – quem estava com ela se havia apossado do que não era seu;
ð    Oséias tornou a amá-la como DEUS ama Seu povo, ou seja, sem nenhum ressentimento nem cobrança de erros passados. Era a eficácia do perdão! Essa é a eficácia de DEUS, a de satanás é enganar para levar à morte.
O que acha disso? Oséias agiu assim mesmo. O que o povo deve ter pensado. Imagino as conversas entre o povo. Foram anos de uma vida cheia de problemas, de prostituição por parte dela e de uma vida correta por parte dele. Tiveram um filho, depois ela teve outro filho e outra filha na prostituição. Andou pelo mundo dos prazeres sem nenhuma responsabilidade sobre o que fazia.
Oséias tentava impedir que ela se fosse. Ele a cercou em casa, ele criou formas para que ela ficasse em casa. Fez uma sebe virtual, ou seja, criou um conjunto de procedimentos para que ela não saísse de casa. Mas ela saiu mesmo assim.
Depois disso, Oséias tentou trazê-la de volta. Ele cortou os benefícios dela. Talvez sentindo necessidade ela voltasse. Ele deixou de lhe dar o trigo, isto é, o pão, e o sustento em geral. Mas ela não voltou. Ela preferiu os amantes e os prazeres do mundo e vivia disso.
Então DEUS orientou Oséias para que adotasse outra tática. Agora ela já estava enfrentando problemas de subsistência. Estava envelhecendo, assim como Israel já não era mais interessante a satanás. Note bem o que vou escrever na próxima frase. Satanás ludibria favorecendo aqueles que deseja conquistar, mas depois de conquistados, os abandona. Ele não tem capacidade de sustentar seus escravos ao mesmo tempo, ele é limitado. E nem tem interesse, afinal ele não ama, ele odeia. Uma vez dele, para não darem muito trabalho, trata de sacrificá-los matando-os de uma forma bem cruel, e ainda por cima, com isso se diverte muito. É isso que transparece nos filmes de ação e de terror.
Oséias deveria ir atrás dela e falar ao seu coração. Deveria dizer a ela o quanto a amava. E deveria pagar a quem a estivesse usando para que permitisse levá-la de volta a sua casa. Feito isso, ele deveria amá-la de verdade. Isso funcionou. Todos viram que deu certo, a mulher que se tornara prostituta voltou a Oséias.
Agora a expectativa de DEUS era a seguinte. Assim como aquela prostituta voltou, DEUS esperava que Seu povo de Israel também voltasse. Se até uma prostituta retorna, por que esse povo não retornaria? Mas nesse caso não foi assim. Israel preferiu ficar na prostituição, até o fim, o seu fim.
DEUS tentou cercar Israel para que não fosse à prostituição da idolatria. Ele mandou profeta atrás de profeta. Mas não adiantou nada. DEUS então tentou trazer Israel de volta cortando bênçãos. Vieram inimigos e apertaram a nação. Vieram secas como a do tempo de Elias.  Nada disso funcionou. Continuaram na idolatria. Então DEUS falou ao coração desse povo pela ilustração da história dramática de Oséias. A prostituta ex-esposa dele voltou, mas Israel não. Por último, DEUS mandou Seu filho para falar ao coração, agora não mais de Israel, mas de Judá, a outra parte de Seu povo. Eles não atenderam, exceto alguns indivíduos.
E nós, o que faremos? DEUS nos recomprou por preço pesado demais. Oséias pagou 15 ciclos de prata e uma medida de cevada. Pagou mais ou menos a metade do preço de um escravo, veja que a prostituta já não valia mais muita coisa. DEUS pagou nosso resgate com a vida de JESUS, e esse valor é incalculável. Esse valor não foi calculado pelo que nós valemos, mas pelo valor de Quem se doou por nós. O povo de Israel preferiu o poder romano à salvação de JESUS. Eles preferiram César. Só alguns, por exemplo, os discípulos, preferiram JESUS. E deles JESUS fez um povo Seu, buscando outras pessoas dentre os gentios. Nós fazemos parte desse povo de Israel. E que seja assim para sempre, por toda a eternidade.
A ilustração real e dramática vivida por Oséias, por ordem de DEUS, é extrema. Mais que isso DEUS não pediria a um profeta. É muito duro ser profeta. No final dos tempos todos os servos de DEUS serão profetas. Está escrito em Joel capitulo 2. E será um tempo muito duro a esses que anunciarão a verdade nos últimos dias.
Oséias representou a DEUS, quando sofreu ano após ano o drama de uma mulher que ele queria para si, com a qual teve um filho, mas ela queria viver com muitos amantes. Assim como Oséias sofreu, como ele foi ridicularizado, o nosso Senhor JESUS também sofreu e foi ridicularizado. Muitos devem ter feito chacota de Oséias por causa de sua mulher, assim JESUS foi humilhado na cruz. A JESUS havia os que diziam: “Se és o Filho de DEUS, então desce da cruz".  “Te salva a Ti mesmo”. Mas Oséias foi atrás da esposa prostituta e falou-lhe ao coração. Ele perdoou o que ela fez, pagou o preço do resgate da prostituição, e a trouxe de volta. Ele ainda assim, a amou, tanto quanto antes. JESUS pagou o nosso resgate com a sua vida, e foi vendido pelo preço de um escravo por um que Ele tentava salvar.
Qual o impacto que esse drama de um homem causou na nação israelita? Na prática, como nação, nenhum. Por certo, como indivíduos, alguns se voltaram a DEUS. Se foi assim, já valeu o preço da humilhação e da vergonha de ter uma esposa assim, da tristeza dela ir embora e deixar Oséias e seu filho, da dor que isso tudo causa. Oséias terá alguns amigos a mais que estarão com ele, por toda a eternidade. Esse tesouro vale mais que qualquer perda aqui na Terra.
JESUS não conseguiu trazer Seu povo de volta. Só três anos e meio depois d’Ele ter sido morto, o seu povo apedrejou Estevão, e perseguia os apóstolos. Mas dos gentios CRISTO tirou outro povo, aquele que deu continuidade ao que antes foi Seu povo. E nós somos hoje o Seu povo. Nós que guardamos os Seus mandamentos e alimentamos a esperança da segunda vinda de CRISTO. Sim, nós que ensinamos os escritos da Bíblia, somos o Seu povo. Seja a igreja qual for, isso não importa, o nome da igreja nada vale, desde que obedeça a tudo o que DEUS inspirou seus profetas a escreverem em Seu lugar. A Sua Palavra, a Bíblia, é vida para a salvação de todo aquele que crer no Salvador do mundo...

Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante

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