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terça-feira, 29 de novembro de 2011

A ÚLTIMA BABILÔNIA...

Da mesma maneira que a profecia de Apocalipse 13 revela detalhes que não se vê a simples vista em Daniel 7 e 8, existe outra profecia no capítulo dezessete do Apocalipse, a qual ampliará e confirmará o que vimos até o momento de maneira contundente.

No capítulo 1 deste nosso estudo lemos rapidamente a passagem de Apocalipse 14:6-16 onde, através de diversos símbolos, apresentava-se a mensagem do Evangelho eterno sendo pregado a todas as nações. Dentro do mesmo vimos que estavam incluídos três mensagens especiais: O anúncio da chegada do juízo de Deus, a queda de Babilonia e a advertência na contramão da besta e sua imagem (vers. 7-9). Até o momento vimos com clareza todo o referente à terceira mensagem e a estas alturas já devemos estar na capacidade de identificar as entidades e eventos aqui representados. No presente capítulo enfocaremos nossa atenção na segunda mensagem, o qual nos fala de Babilonia e sua posterior queda:

"Veio um dos sete anjos que tinham as sete taças e falou comigo, dizendo: «Vem cá e te mostrarei a sentença contra a grande prostituta, a que está sentada sobre muitas águas. Com ela fornicaram os reis da terra, e os habitantes da terra se têm embriagado com o vinho de sua fornicação». Levou-me no Espírito ao deserto, e vi a uma mulher sentada sobre uma besta escarlata cheia de nomes de blasfemia, que tinha sete cabeças e dez chifres. A mulher estava vestida de púrpura e escarlata, enfeitada de ouro, pedras preciosas e pérolas, e tinha na mão um cálice de ouro cheio de abominações e da imundicie de sua fornicação. Em sua fronte tinha um nome escrito, mistério: «Babilonia a grande, a mãe das prostitutaes e das abominações da terra . Vi à mulher embriagada com o sangue dos santos e do sangue dos mártires de Jesús. Quando a vi fiquei assombrado com grande assombro" (Apocalipse 17:1-6).
A profecia fala de uma mulher chamada Babilonia, e diz que ela está sentada sobre a besta de sete cabeças e dez chifres. Que tem que A ver com o império católico nascido no ano 380 d.C., e com Babilonia, império destruído no 539 a.C. pelos Medo-Persas?
Alguns intérpretes, procurando conciliar esta aparente incoerência, afirmam que aqui se está falando do império antigo de Babilonia e que a besta mencionada nesta passagem não é a mesma besta de Apocalipse 13 senão que faz referência ao dragão de Apocalipse 12. Baseiam-se no seguinte
A besta desta passagem tem sete cabeças e dez cornos, o dragão de Apocalipse 12 também (compare Apocalipse 17:3 e Apocalipse 12:3).
A besta desta passagem é de cor escarlata (vermelho vivo), o dragão de Apocalipse 12 também (compare Apocalipse 17:3 e Apocalipse 12:3).
Desta maneira (dizem eles) desaparece o problema, pois Babilonia, e igual que os demais impérios da antigüidade, foram manejados pelo dragão, símbolo de Satanás. Babilonia, então seria, neste caso, uma das sete cabeças daquele grande dragão.
No entanto, é necessário ressaltar que a este último não se lhe chama "besta" em nenhuma parte da Escritura e que a cor não é um argumento definitivo, pois as palavras gregas usadas nestas passagens não são as mesmas; pois uma significa literalmente "escarlata" ou "vermelho" e a outra significa simplesmente "vermelho" ou "cor de fogo".
É um fato comprovado que a besta que aparece na passagem que estamos estudando é a mesma primeira besta que aparece em Apocalipse 13 . Uma análise comparativa o demonstra:

Apocalipse 13.
Apocalipse 17.
"Aqui há sabedoria. O que tem entendimento..." (v. 18).
"Isto, para a mente que tenha sabedoria..." (v. 9).
"Vi subir do mar uma besta..." (v. 1).
"Vi... uma besta escarlata..." (v. 3).
"Vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres" (v. 1).
"Vi... uma besta escarlata... que tinha sete cabeças e dez chifres" (v. 3).
"...sobre suas cabeças, nomes de blasfemia" (v.  1).
"...sobre uma besta escarlata cheia de nomes de blasfemia" (v. 3).
"...toda a terra se maravilhou após a besta" (v. 3).
"Os habitantes da terra... se assombrarão vendo a besta..." (v. 8).
"...todos os habitantes da terra cujos nomes não estavam escritos desde o princípio do mundo no livro da vida do Cordeiro" (v. 8).
"Os habitantes da terra, aqueles cujos nomes não estão  escritos no livro da vida desde a fundação do mundo..." (v. 8).
"...a besta que foi ferida de espada e reviveu" (v. 14).
"A besta que viste era e não é, e está para subir do abismo e ir a perdição" (v. 8).

Observe que ambos capítulos compartilham a mesma descrição: Afirmam que para poder encontrar a identidade da besta se requer sabedoria especial. Atribuem o nome "besta" a este poder. Dizem que esta besta tem sete cabeças e dez chifres. Revelam que a besta tem nomes de blasfemia. Fazem ênfase no maravilhoso poder e influência desta no mundo inteiro. Fazem alusão ao fato de que os que adoram à besta não estão escritos no livro da vida do Cordeiro e relatam a queda da mesma e sua posterior ressurreição. As similitudes existentes entre os dois capítulos demonstram, sem lugar a dúvidas, que a besta de Apocalipse 13 é a mesma besta de Apocalipse 17.
Nos fica a pergunta: Se a besta desta passagem representa ao papado, por que razão aparece Babilonia sentada sobre ela, como se se tratasse de um ginete montando seu cavalo? O primeiro que devemos ter em conta é que o Apocalipse é um livro simbólico e que aqui Babilonia é só uma representação, já que aparece relacionada diretamente com os eventos finais da história deste mundo (o Evangelho eterno a todas as nações).
Para saber que representa Babilonia, é necessário ter em conta que ela compartilha todos os atributos da besta de Apocalipse 13, como se se tratasse de uma mesma entidade. Vejamos alguns detalhes adicionais tomados do mesmo capítulo 17:
"Veio um dos sete anjos que tinham as sete taças e falou comigo, dizendo: «Vem cá e te mostrarei a sentença contra a grande prostituta, a que está sentada sobre muitas águas... Também me disse: «As águas que viste, onde se senta a prostituta, são povos, multidões, nações e línguas... E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra»... Vi à mulher embriagada com o sangue dos santos e do sangue dos mártires de Jesús. Quando a vi fiquei assombrado com grande assombro"  (Apocalipse 17:1,15,18,6).
Observe que a mulher aparece "sentada" sobre "povos, multidões, nações e línguas". Apocalipse 13:7 diz o mesmo da besta: "se lhe deu autoridade sobre toda tribo, povo, língua e nação".
Note, também, que a mulher é igualmente uma "cidade" a qual "reina sobre os reis da terra". No sexto capítulo deste livro vimos que foi a besta a que reinou sobre os reis da terra em tempos da Idade Média e que sua sede se estabeleceu na cidade de Roma.
A mulher, diz o versículo 6, está "embriagada com o sangue dos santos e do sangue dos mártires de Jesús". Apocalipse 13:7 diz que é a besta que fez guerra contra os santos e os venceu.
Todo o anterior nos convence de que a mulher não é uma entidade diferente à besta senão pelo contrário, é um dos componentes deste poder , que por alguma razão nos foi ocultado em Apocalipse 13 . E quais são os dois componentes que deram origem ao papado? Recordemos:
"No ano 380 mediante o  Edital de Tesalonica, decretou-se a proibição do arrianismo no Oriente, e a doutrina ortodoxa de Atanasio foi convertida em religião do Estado. Nascia assim o Catolicismo".
A besta de Apocalipse 13 surgiu graças à união do poder civil e o poder religioso (Igreja + Estado), por tanto, Babilonia deve representar a algum destes dois. Leia você mesmo as seguintes passagens e tente deduzir quem é quem:
"Isto, para a mente que tem sabedoria: As sete cabeças são sete montes sobre os quais se assenta a mulher, e são sete reis... Também me disse: «As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, multidões, nações e línguas" (Apocalipses 17:9,10,15).
Fácil não é verdade? As passagens são claras ao indicar que a mulher está sentada sobre reis e nações, os quais constituem o poder civil (Estado). Por tanto a mulher deve representar, sem dúvida alguma, ao poder religioso (Igreja). Este é um fato amplamente confirmado em outras passagens. Vejamos dois exemplos:
"Gozemo-nos, alegremo-nos e dêmos-lhe glória, porque chegaram as bodas do Cordeiro e sua esposa se preparou. E a ela se lhe concedeu que se vista de linho fino, limpo e resplandecente, pois o linho fino significa as ações justas dos santos " (Apocalipses 19:7-8).
"Por isto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, se unirá a sua mulher e os dois serão uma só carne. Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja ". (Efesios 5:31-32).
Não obstante, devemos ter em conta que esta mulher não aparece unida a Cristo senão aos "reis da terra". Babilonia representa, sem lugar a dúvidas, à Igreja cristã que, com o fim de receber legados e honras do Império Romano, apostatou da verdade. A profecia afirma: "A mulher estava vestida de púrpura e escarlata, enfeitada de ouro, pedras preciosas e pérolas". É impressionante ver como esta descrição coincide perfeitamente com a realidade daqueles escuros anos.

A Bíblia repetidas vezes compara ao povo de Deus que abandonou a verdade e ido em pos de outras crenças, com uma mulher infiel ou prostituta. As seguintes afirmações, feitas por Deus mesmo, são exemplo disso:

 "Não te alegres, Israel, não saltes de gozo como outros povos, pois fornicaste ao apartar-te de teu Deus. Amaste o salário de prostitutas em todas as eras de trigo" (Oseas 9:1)
 "Mas como a esposa infiel abandona a seu esposo, assim vos levantastes contra mim, casa de Israel, diz Jehová" (Jeremías 3: 20).
O vinho que embriaga às nações
No capítulo 5 vimos que quando a Igreja quis valer-se do Estado para legislar em assuntos religiosos, o resultado foi a incorporação de falsas doutrinas no seio da cristiandade. Esta verdade é também confirmada por Apocalipse 17. Analisemos a seguinte passagem:
"Com ela prostituiram os reis da terra, e os habitantes da terra se têm embriagado com o vinho de sua prostituição" (Apocalipse 17:2).

Este texto deixa claro que o vinho, o qual surgiu como conseqüência da união ilícita da igreja com os reis da terra, embriagou ao mundo inteiro. Que representa este vinho? O versículo 4 nos dá uma pista:

"A mulher estava vestida de púrpura e escarlata, enfeitada de ouro, pedras preciosas e pérolas, e tinha na mão um cálice de ouro cheio de abominações e da imundicie de sua prostituição" (Apocalipse 17:4).
A mulher leva o vinho no cálice que tem em sua mão, e segundo esta passagem, o vinho consiste em abominações A que coisas chama a Bíblia abominações?  Leiamos:
"10 Não se achará no meio de ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz estas coisas é abominável ao Senhor, e é por causa destas abominações que o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti. Perfeito serás para com o Senhor teu Deus." (Deuteronomio 18:10-13).
"Maldito o homem que faça uma escultura ou uma imagem de fundição, coisa abominável para Jehová, obra de mãos de artífice, e a ponha em lugar oculto. E todo o povo responderá: Amém" (Deuteronomio 27:15).
"E levou-me para o átrio interior da casa do Senhor; e eis que estavam à entrada do templo do Senhor, entre o pórtico e o altar, cerca de vinte e cinco homens, de costas para o templo do Senhor, e com os rostos para o oriente; e assim, virados para o oriente, adoravam o sol. Então me disse: Viste, filho do homem? Acaso é isto coisa leviana para a casa de Judá, o fazerem eles as abominações que fazem aqui?" (Ezequiel 8:16-17).
"Por tanto, Assim disse Jehová, o Senhor: porquanto te esqueceste de mim e me jogaste a tuas costas, por isso, leva tu também tua luxúria e tuas fornicações. E me disse Jehová: filho de homem, Não julgarás tu a Ahola e a Aholiba, e lhes denunciarás suas abominações? Porque adulteraram e há sangue em suas mãos. Fornicaram com seus ídolos, e ainda a seus filhos que tinham dado a luz para mim, fizeram passar pelo fogo, queimando-os. Ainda me fizeram mais: contaminaram meu santuário naquele dia e profanaram  os meus sábados" (Ezequiel 23:35-38).
"O que desvia seu ouvido de não ouvir a lei, até sua oração é abominável" (Provérbios 28:9).
O fato de que a igreja romana lhe tenha dado as costas à Lei de Deus e tenha incorporado ao cristianismo doutrinas dos povos pagões, fez que com justiça nosso Senhor Jesu Cristo lhe chame "Babilonia a grande".
Você se perguntará: E por que esse nome? A resposta é simples: Porque Babilonia foi o berço da religião falsa. Foi ali onde Nimrod, bisnieto de Noé, revelou-se na contramão de Deus iniciando, junto com sua esposa Semiramis, o culto ao sol, a lua e as estrelas. Foi ali onde se instituiu o primeiro dia da semana (domingo) e o solstício de inverno (25 de dezembro), como dias consagrados ao deus sol. Foi ali onde se inventou a hóstia e nasceu a crença da transubstanciación. Foi ali onde nasceu o culto aos mortos, a doutrina do limbo e do purgatório. Foi ali onde se fez a primeira imagem de escultura e se levou em procissão.
Apocalipse 17:5 nos declara que Babilonia é "a mãe das prostitutas", o que indica que não está só e que tem filhas que seguem seus mesmos passos. É triste ter que reconhecer que a grande maioria de igrejas que se dizem protestantes, uniram-se com Babilonia ao sacrificar parte da verdade, acomodando-se a doutrinas e tradições que não têm nenhum apoio na Palavra de Deus.[h] 
Fica confirmado, pois, que o vinho que a mulher leva em sua mão é uma representação das falsas doutrinas com as que tem enganados à grande maioria dos habitantes da terra.
A identidade das sete cabeças da besta
Ainda que já vimos que as cabeças fazem alusão ao poder civil, é significativo ter em conta a segunda aplicação que a profecia faz das mesmas:
"Me levou no Espírito ao deserto, e vi a uma mulher sentada sobre uma besta escarlata cheia de nomes de blasfemia, que tinha sete cabeças e dez chifres... Isto, para a mente que tem sabedoria: As sete cabeças são sete montes sobre os quais se assenta a mulher" (Apocalipse 17:3,9).

O texto diz com clareza evidente que as sete cabeças da besta representam a sete montes sobre as quais está sentada a mulher (Tenha-se em conta que aqui os montes não são o símbolo, são o real significado dado pelo anjo). Isto quer dizer, que a Igreja deve ter sua sede num lugar onde fisicamente existem sete montes. Cumpre a Igreja Romana(Vaticano) com esta característica geográfica? Leiamos:

"Roma,... Residência do Papa... centro do papado e do mundo cristão... a capital dos papas".
"Lutero... vislumbrou... a cidade das sete colinas. Com profunda emoção, caiu de joelhos e, levantando as mãos para o céu, exclamou: ¡Salve Roma santa!".
"Foi quando acostumava orar assim e quando estava nesse ânimo de confiança total em María que JOÃO PAULO II teve... sua única visão sobrenatural das coisas futuras... Foi como se ele tivesse estado presente a Fátima... O que estes espectadores viram e registraram no lugar é o que JOÃO PAULO II viu nos céus luminosos do Lacio sobre as sete colinas de Roma, em agosto de 1981".
Os sete montes sobre os quais está situada Roma são: Palatina, Capitolina, Quirinal, Viminal, Esquilina, Celia e Aventina.
Quando estudamos a respeito do chifre pequeno dissemos que este representava um poder romano devido a que surgiu da cabeça da quarta besta. O fato de que em Apocalipse 17, a besta e suas cabeças sejam claramente identificadas com Roma, é uma confirmação mais de do que verdadeiramente o papado é o poder assinalado pela profecia.
Conclusões
A besta de Apocalipse 17 é a mesma primeira besta de Apocalipse 13
. A Bíblia compara ao povo de Deus que tem apostatado e ido após falsas crenças, com uma mulher infiel ou prostituta.
O vinho com o que a mulher embriaga aos habitantes da terra são suas falsas e acomodadas doutrinas.
A igreja romana recebe o nome de "Babilonia" devido a que a religião daquela antiga civilização foi assimilada por ela.
As sete cabeças da besta também representam sete montes sobre as quais está assentada a mulher. Roma é mundialmente conhecida como "a cidade das sete colinas".
Ainda que em profecia os montes representam impérios mundiais (Daniel 2:35,44), esta regra não pode aplicar-se neste caso, pois aqui os montes não são o símbolo senão o significado (Apocalipse 17:9).
"A diferença principal entre a besta de Apocalipse 13 e a de Apocalipse 17 é que na primeira, que se identifica com o papado, não se faz distinção entre os aspectos religioso e político do poder papal, enquanto na segunda os dois são diferentes: a besta e a mulher representam ao poder político e religioso respectivamente"...
     BISPO/JUIZ.DR.EDSON CAVALCANTE

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