O apóstolo Paulo ao escrever a sua carta a igreja dos gálatas, demonstra aos cristãos presentes a sua preocupação em que eles entendessem a grande necessidade de todos os membros dessa congregação andar no Espírito. No entanto, alguns dos que permaneciam naquela comunidade cristã estavam vivendo uma vida libertina praticando aquilo que agradava a sua natureza carnal.
Não tinham entendido que a mensagem da graça divina transmitida por Paulo não os mantinham isentos da prática da Lei do Espírito. Nessa mesma carta o apóstolo escreve uma lista imensa relatando quinze práticas pecaminosas que devem ser completamente extinguidas do corpo de Cristo.
Na Igreja atual não é diferente, as pessoas põem uma máscara de santidade na hora de ir ao culto dominical, chegando lá, levantam mãos cheias de lama diante de Deus e na sequência recitam um hino que o adorador está entoando a Cristo e ainda têm a pretensão de dizer que esse gesto fútil é adoração, mal sabem eles que estão enganado a si mesmo e caminhando a passos largos para a condenação eterna.
Para que tal fato não ocorra em ciclo continuo na vida do cristão, quero trazer á tona a mesma lista de iniquidades escrita aos gálatas e ressaltar dois pecados que ocorrem de forma quase imperceptível para que haja melhor compreensão e, na sequencia textos bíblicos que mostram de forma incontestável que a inveja e o ciúme são abomináveis aos olhos de Deus. Na carta que o apóstolo escreveu a igreja dos gálatas, diz assim: “Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.” Gl 5: 19-21
Inveja é um sentimento de tristeza perante o que o outro tem e a própria pessoa não tem. Este sentimento gera o desejo de ter exatamente o que a outra pessoa tem (pode ser tanto coisas materias ou qualidades inerentes ao ser).
A inveja pode ser definida como uma vontade frustrada de possuir os atributos ou qualidades de um outro ser, pois aquele que deseja tais virtudes é incapaz de alcançá-la, seja pela incompetência, limitação física, ou pela intelectual.
A inveja ocorre no âmbito das coisas mais variadas possíveis, pessoas têm o desejo de ter a casa ou carro igual do vizinho, algumas querem ter aquele cargo na empresa sabendo que é pertencente ao seu colega de trabalho, outros anseiam ser tão conhecidos ministerialmente quanto algumas pessoas que se esforçaram para ter o seu ministério consolidado. Assim sendo, o invejoso faz tudo o possível para conquistar o que é do outro ou algo semelhante, ele geralmente usa a seguinte frase – se eu estivesse fazendo isso seria bem melhor. Os veículos a seguir mostram como a inveja é algo destrutível. “A paz de espírito dá saúde ao corpo, mas a inveja destrói como câncer”. Pv 14:30 “O ódio é cruel e destruidor, mas a inveja é pior ainda”. Pv 2:4. Outros versículos; Tg 3:14; 1Pe 2:1,2; Pv 23:17.
Ciúme é a reação complexa a uma ameaça perceptível a uma relação valiosa ou à sua qualidade. Provoca o temor da perda e envolve sempre três ou mais pessoas, a pessoa que sente ciúmes, a pessoa de quem se sente ciúmes e a terceira ou quarta pessoas que são o motivo dos ciúmes, os que fazem criar tumulto.
Esse sentimento apresenta caráter instintivo, sendo também marcado pelo medo, real ou irreal, vergonha de se perder a coisa ou pessoa amada. O ciúme está relacionado com a falta de confiança no outro ou em si próprio, e quando é exagerado, pode tornar-se patológico e transformar-se em uma obsessão.
Na maioria das vezes a pessoa ciumenta tem dificuldade de compartilhar os seus bens, não confia que o outro pode cuidar tão bem quanto ela. Esse tipo de sentimento é muito amplo, pode-se sentir ciúme de uma pessoa, seja ela mãe, irmã, noivo, amigo e etc. Há um sentimento de posse terrível no coração do ciumento, é como se ele fosse dono da pessoa a qual sente ciúme. Os níveis mais elevados de ciúmes acontecem quando uma pessoa desatina uma paixão (sentimento intenso/explosivo e de pouca duração) por algo ou alguém. O ciúme é diabólico e se manifesta de uma forma sorrateira, até se apresenta disfarçado de amor, os ciumentos costumam dizer assim – ah! Quem ama tem um pouquinho de ciúmes, né? Esse tipo de expressão é a manifestação cabal de uma mente dominada pela desconfiança. Os textos que seguem mostram com clareza a realidade desse sentimento diabólico. “Pois, onde há ciúmes e sentimento faccioso, ai há confusão e toda espécie de coisas ruins.” Tg 3:16. Outros versículos; 1Co 13:4; 1Co 3:1,3.
Após esse breve relato sobre a inveja e o ciúme, passamos a ter convicção através dos textos bíblicos que esses dois sentimentos na vida do cristão são provocados por satanás e seus demônios, portanto, devem ser abandonados por completo.
Primeiro passo para banir esse pecado é arrependimento, reconhecer que é errado, portanto, desagrada a Deus e pedir perdão a Ele. Segundo passo para manter esse pecado bem longe é ter ações opostas à inveja e o ciúme cometido às pessoas.
O que ardia de inveja passe a ter admiração pelo invejado, ao invés de querer ocupar o seu lugar, passe a admira-lo onde ele está e a elogia-lo por cumprir bem a sua função, fazendo isso o Senhor o colocará em um lugar bem melhor do qual você cobiçava.
O que queimava de ciúmes passe a ter compressão em relação aqueles ou aquilo que você exercia o sentimento de posse, seja compreensivo com as pessoas que se aproximam de tudo o que você protegia com tanto zelo. Tenha certeza na comunhão com Cristo ninguém nunca tomará o que foi concedido a ti.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante.
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