AS SERPENTES DA VIDA
INTRODUÇÃO
A história que a Bíblia nos conta nessa passagem nos leva a parar e pensar. Apesar de ter se passado em uma época e em um lugar distantes, é um relato que fala de perto a cada um de nós. Ensina-nos a maneira correta de viver e enfrentar os problemas.
1) UM POVO E SUAS EXIGÊNCIAS
Israel estava no deserto há quarenta anos. Eles haviam saído do Egito, onde levavam uma vida de escravidão. No deserto, haviam recebido muitas coisas boas de Deus: pão (na forma de maná), carne (na forma de codornizes), água (que brotava da rocha), uma coluna de fogo (para iluminá-los de noite) e uma coluna de nuvem (para orientá-los de dia). Não tiveram doenças, suas roupas não se rasgaram e seus calçados não se desgastaram.
Mas a vida de liberdade tinha suas exigências, e os israelitas nem sempre souberam lidar com elas. Nós também temos recebido muito de Deus, mas nem sempre sabemos lidar com os problemas que surgem na caminhada cristã. “Muitos preferem a segurança da escravidão aos riscos da liberdade”. Precisamos ter cuidado: quando passamos por momentos ruins, podem aparecer as serpentes da vida…
2) SURGEM AS SERPENTES!
Entre os israelitas surgiram serpentes abrasadoras (ou serpentes ardentes). Mas, antes mesmo delas aparecerem, eles já haviam sido picados por outras serpentes:
A) A serpente da impaciência. A Bíblia diz que “o povo se impacientou”. Esse é o nosso problema: falta de perseverança! Temos que nos lembrar que o tempo de Deus e o nosso tempo nem sempre coincidem. O Senhor tem o tempo certo para tudo.
B) A serpente da desconfiança. Segundo o texto bíblico, os israelitas “clamaram contra Deus e contra Moisés, dizendo: Por que nos trouxestes para morrermos nesse deserto?”. O povo deixou de acreditar na bondade de Deus. Deixou de acreditar que as promessas iriam se cumprir. E quando deixamos de confiar, deixamos também de obedecer.
C) A serpente da murmuração. Eles falaram: “Estamos fartos desse pão miserável!”. Era assim que se referiam ao maná, que as gerações posteriores chamariam de “pão dos anjos” e “pão do céu”. Quanta ingratidão! Foi a 11ª vez que o povo murmurou no deserto. Ao invés de clamar, reclamaram. Falaram “contra Deus”, e não “com Deus”.
Em consequência, Deus enviou as serpentes, como se dissesse: “Vou lhes dar uma razão justa para se queixarem!”. Elas eram “abrasadoras” ou “ardentes” (a palavra hebraica usada é “saraf”, que significa “queimar”). E muitos morreram…
3) DEUS APONTA UMA SAÍDA
As pessoas estavam envenenadas. As pessoas estavam infelizes. Então, Deus apontou uma saída para elas. Ele aponta uma saída para nós, também!
Moisés deveria erguer uma serpente de bronze, e quem olhasse para ela seria curado. Foi uma espécie de “homeopatia espiritual”: vamos combater o fogo com fogo! Mais tarde aquela serpente de bronze foi destruída, pois estava sendo adorada como um ídolo (2 Reis 18.3,4). Mas o seu significado profético é desvendado no Novo Testamento (João 3.14,15). Assim como as pessoas precisariam ter fé e olhar para a serpente, Jesus seria levantado no madeiro por nós, e deveríamos olhar para ele com fé para sermos salvos.
Interessante: o símbolo da medicina é uma serpente erguida em uma haste! Assim, Jesus venceu a morte através da morte. Somos salvos das serpentes da vida quando olhamos com fé para aquele que foi erguido em nosso favor: Cristo!
CONCLUSÃO
Depois daquela experiência, os israelitas nunca mais murmuraram. E quanto a nós? Deus poderia ter retirado as serpentes que picavam as pessoas, mas preferiu estabelecer outro modo, o qual exigia fé e viria a se constituir em uma profecia.
Talvez Deus não retire, já, os problemas que estão afligindo você. Mas ele, agora mesmo, já lhe disse para onde olhar! Então, olhe para Jesus, e não para as circunstâncias. Na cruz Jesus derramou seu sangue, a morte foi vencida, e a cabeça da serpente foi esmagada. Aleluia!
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr Edson Cavalcante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.