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sábado, 24 de outubro de 2020

O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA

 


                                                       O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA

Os judeus que criam em Cristo haviam se arrependido? Eles sofreram uma revolução de pensamento a respeito de seus pontos de vista? Não! Eles não se arrependeram, e nem acataram o ensinamento de Cristo, visto que retrucaram o Mestre dizendo: “Somos descendência de Abraão, e nunca fomos escravos de ninguém” ( Jo 8:33 ). A atitude mental dos judeus que criam em Cristo é idêntica a dos escribas e fariseus que iam ao batismo de João Batista. Apesar de serem alertados que deviam mudar de concepção porque era chegado o reino dos céus, permaneciam acreditando que haviam herdado os céus por serem descendentes de Abraão.

Como conhecer a verdade?
Os verdadeiros discípulos

Certa feita o Senhor Jesus alertou os judeus que ‘criam’ n’Ele dizendo: “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos…” ( Jo 8:31 ).

Através deste alerta, o Mestre por excelência, além de evidenciar o que havia no coração de alguns dos seus seguidores, também nos deixou uma grande lição.

Jesus deixa claro aos seus ouvintes que há uma condição a ser satisfeita para que os judeus pudessem ser seguidores verdadeiros “Se vós permanecerdes na minha palavra…”. A partícula ‘se’ introduz uma condição.

Caso os judeus que criam em Cristo permanecessem no seu ensino, verdadeiramente seriam seguidores (discípulos) de Cristo. Após serem verdadeiros discípulos, então conheceriam a verdade, e a verdade haveria de libertá-los.

O alerta solene do Mestre demonstra que os judeus, que o apóstolo João enfatizou que criam em Cristo, na verdade:

Não criam n’Ele como diz as escrituras;
Não eram seus discípulos;
Não conheciam a Verdade, e;
Eram escravos do pecado.
Por definição, discípulo é aquele que segue outrem em suas ideias, ensinamentos ou posições ideológicas. Não basta dizer ser discípulo, antes é necessário comungar das mesmas ideias do Mestre.

O verdadeiro discípulo é aquele que acata o ensinamento do seu mestre e permanece naquilo que foi ensinado. Ora, para tanto é necessário ao discípulo renunciar os seus próprios conceitos e acatar o ensinamento do Mestre. É necessário haver no discípulo uma mudança de concepção acerca da matéria que lhe foi transmitida pelo Mestre.

Esta mudança de pensamento ou de ponto de vista é o que se denomina de arrependimento. O verdadeiro arrependimento diz de uma mudança de entendimento, mudança de pensamento, de propósito, ou de ponto de vista referente a uma determinada matéria.

O verdadeiro discípulo é aquele que adquire outra atitude mental com base no do que lhe foi ensinado pelo Mestre. No discípulo deve ocorrer uma revolução de entendimento no seu ponto de vista, deixando para trás o entendimento que lhe era tão caro. Abandonar os próprios conceitos diante da mensagem de Cristo é o que denominamos de arrependimento.

Os judeus que criam em Cristo haviam se arrependido? Eles sofreram uma revolução de pensamento a respeito de seus pontos de vista? Não! Eles não se arrependeram, e nem acataram o ensinamento de Cristo, visto que retrucaram o Mestre dizendo: “Somos descendência de Abraão, e nunca fomos escravos de ninguém” ( Jo 8:33 ).

A atitude mental dos judeus que criam em Cristo é idêntica a dos escribas e fariseus que iam ao batismo de João Batista. Apesar de serem alertados que deviam mudar de concepção porque era chegado o reino dos céus, permaneciam acreditando que haviam herdado os céus por serem descendentes de Abraão.

João Batista já havia alertado os escribas e fariseus a mudarem de ponto de vista (arrependei-vos), visto que era chegado o Cristo, o reino dos céus entre os homens ( Mt 3:2 ). Porém, mesmo após serem batizados, continuavam professando que eram salvos por serem descendentes de Abraão “E não presumais de vós mesmos, dizendo: Temos por Pai a Abraão” ( Mt 3:9 ).

O verdadeiro discípulo não presume de si mesmo, antes acata o ensinamento do seu Mestre. O verdadeiro discípulo muda de concepção, ou seja, arrepende-se, quando aprende do Mestre, e não segue dizendo como os judeus: “Somos descendência de Abraão, e nunca fomos escravos de ninguém” ( Jo 8:33 ).

O Conhecer

Que tipo de conhecimento Jesus propõe aos seus ouvintes?

O lexicógrafo Aurélio assim define o verbo conhecer:

“v.t.d. 1. Ter noção ou conhecimento de; saber. 2. Ser muito versado em; saber bem. 3. Ter relações ou convivência com. 4. Travar conhecimento com. 5. Reconhecer. 6. Apreciar, avaliar. 7. Ter experimentado (algo). 8. Ter estado em (certo lugar). 9. Ter relações sexuais com. T.i. 10. Ter grande saber, ou competência: O juiz conhecia da causa. P. 11. Ser consciente de si mesmo, dos seus valores e limitações”.

Dentre tantas possibilidades, qual o sentido exato da palavra ‘conhecer’ na frase: “… então conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” ( Jo 8:32 ).

Um estudioso mais cauteloso busca aprimorar o seu campo de pesquisa analisando a palavra grega traduzida por ‘conhecer’ (‘gínomai’ ou ‘ginosco’ ou ‘gignósko’ são, na sua forma, um verbo), pois o Novo Testamento foi redigido na língua grega.

Outros, na tentativa de encontrar o melhor significado semântico da palavra “gnôsesthe“ que foi utilizado por Jesus, estudam a literatura grega e os seus diversos escritores, como Sócrates, Platão, Aristóteles, etc. Desta pesquisa, nem os escritos apócrifos e gnósticos escapam a análise.

Palavras como ‘gnose’, um substantivo que deu origem a outra palavra, ‘gnóstico’, detém o significado de um conhecimento espiritual, místico. Daí percebe-se que, desde aquele tempo a palavra deixou de ter o significado de mero conhecimento cultural, para contemplar algo que dá sentido a existência humana.

Tais buscas esgotam as possibilidades? Não!

O leitor do Novo Testamento precisa estar atento, pois o melhor significado das palavras empregadas por Cristo e os seus apóstolos não são provenientes das tragédias gregas, ou das religiões que surgiram à época. Antes, os termos empregados pelos escritores do Novo Testamento estão intimamente ligados semanticamente aos termos e ideias dos vocábulos e textos do Antigo Testamento.

Diante desta busca por saber, os estudiosos mais cautelosos não podem deixar de considerar que a doutrina de Cristo tem por base o Antigo Testamento, pois Ele mesmo assevera: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam” ( Jo 5:39 ).

Qualquer tentativa de interpretar as palavras de Cristo e dos apóstolos utilizando somente o significado semântico pertinente à literatura e a filosofia grega, é temerário.

Com base no Antigo Testamento, qual o significado do termo ‘conhecer’ nos versos seguintes:

“Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais” ( Gn 3:7 );
“Conheceu Caim a sua mulher, e ela concebeu e teve a Enoque” ( Gn 4:25 ).
O primeiro uso do termo hebraico traduzido por ‘conhecer’ (Ya.dhá‛ ) refere-se a ‘ter noção ou conhecimento que’ estavam despidos. O segundo verso apresenta outro sentido para o mesmo termo: coabitar, união intima.

Os termos ‘Ya.dhá’’ (hebraico) e ‘gi.nó.sko’ (grego) são utilizados de modo similar. Compare: Gn 4:17 com Mt 1:25 e Lc 1:34 . Esta similaridade semântica entre as palavras hebraicas do A.T, e as ideias aplicadas ao grego do N. T., demonstra que o significado primário das palavras utilizadas por Jesus e seus discípulos derivam do Antigo Testamento.

Conhecer’ a Verdade

“Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão, e nunca servimos a ninguém; como dizes tu: Sereis livres?” ( Jo 8:31 -33)

Antes de permanecer na palavra de Jesus tornando-se um verdadeiro discípulo é necessário aprender d’Ele. Como aprender do Mestre? Adquirindo saber, conhecimento, ou seja, inteirando-se das palavras do Mestre. Só é possível tornar-se discípulo de Cristo quando se aceita o convite solene: “… aprendei de mim, que sou humilde e manso de coração” ( Mt 11:23 ).

Para aprender de Cristo é necessário ouvir e compreender, conforme se lê: “Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem“ ( Mt 13:13 ; Mc 7:18 ; Lc 2:51 ; 1Jo 2:27 ).

A fase anterior ao permanecer na palavra de Jesus, momento em que o homem ainda não é um verdadeiro discípulo, refere-se a necessidade de um conhecer definido pelos lexicógrafos como: ‘Ter noção ou conhecimento de…’. Para conhecer o evangelho de Cristo é necessário que alguém anuncie a palavra da verdade, e que ouçam acerca desta verdade, pois ‘a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus’ ( Rm 10:17 ).

Sem ouvir é impossível compreender. Sem compreender é impossível permanecer no ensino de Cristo, pois “Ouvindo alguém a palavra do reino, e não a entendendo, vem o maligno, e arrebata o que foi semeado no seu coração; este é o que foi semeado ao pé do caminho (…) Mas, o que foi semeado em boa terra é o que ouve e compreende a palavra; e dá fruto, e um produz cem, outro sessenta, e outro trinta” ( Mt 13: 19 e 23 ).

Este ouvir, aprender e compreender a palavra da verdade envolve conhecimento, que pode ser designado através do vocábulo “gnôsesthe“, palavra que foi utilizada por Jesus, pelos apóstolos e também por muitos escritores e filósofos gregos significando “ter noção, saber, ou conhecimento de”.

A segunda parte do versículo, onde Jesus declara que: “… e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” ( Rm 8:32 ), o significado do vocábulo traduzido por ‘conhecer’ não se depreende da literatura e nem da filosofia grega. Só é possível compreender a proposta de Jesus quando depreende o significado semântico da palavra conhecer com o auxílio do A. T.

Quando lemos que: “Conheceu Caim a sua mulher, e ela concebeu e teve a Enoque” ( Gn 4:25 ), a palavra ‘conhecer’ tem em seu escopo o significado primário a ideia de ‘relação sexual’. Porém, se observarmos o verso que se segue: “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne“ ( Gn 2:24 ), veremos que o sentido da palavra ‘Ya.dhá‛’ é ampliado, deixando de contemplar somente a ideia de ‘relação sexual’, para demonstrar que o homem e a mulher se ‘conhecerem’ “… não são mais dois, mas uma só carne” ( Mt 19:6 ).

Quando Jesus fez esta citação do Antigo Testamento, seus interlocutores passaram a formular questões somente acerca do casamento e do adultério, porém, o apóstolo Paulo nos desvenda o mistério que há por trás desta citação, quando aplica o texto a Cristo e a sua igreja “Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá a sua mulher; e serão dois numa carne. Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja” ( Ef 5:31 -32 ).

Por que é grande o mistério? Porque nem de longe os gregos e os judeus consideravam a ideia de que os cristãos ‘conhecem’ a Cristo porque são membros do seu corpo, carne e ossos “Porque somos membros do seu corpo, da sua carne, e dos seus ossos” ( Ef 5:30 ).

O mistério é grande:

Porque o sentido bíblico da palavra ‘conhecer’ agrega a ideia de que o homem ao unir-se a sua mulher, ambos tornam-se uma só carne, ou seja, a palavra grega traduzida por ‘conhecer’ na Bíblia transcende o seu sentido primário;
Porque nem de longe qualquer evolução semântica da palavra ‘conhecer’ proveniente da filosofia ou literatura grega contempla ou traduz a ideia de Cristo como o noivo, e a igreja como noiva;
Porque o ‘conhecer’ grego, ora diz de um saber intelectual, ora, diz de um saber espiritual, místico, ou seja, de um saber (gnóstico) que dê sentido a existência humana, e;
Porque a ‘verdade’ é considerada pelos gregos somente do ponto de vista filosófico, e nem de longe consideravam que Cristo é a Verdade eterna personificada.
Os gregos e os judeus não compreenderam este grande mistério, visto que o homem natural não pode compreender os mistérios de Deus, pois lhes parece loucura ou escândalo ( 1Co 2:14 ).

Quando Jesus disse: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim“ ( Jo 14:6 ), Ele demonstrou que só é possível ir ao Pai por intermédio d’Ele, ou seja, tornando-se um com Ele. Para tornar-se um com Cristo é necessário ‘conhecê-lo’, a verdade que liberta. Individualmente o homem torna-se membro dos outros cristãos, e um só corpo em Cristo, formando a Igreja, a noiva de Cristo ( Rm 12:5 ).

Ora, para ser livre o homem precisa ‘conhecer’ a ‘verdade’, ou seja, tornar-se membro do corpo de Cristo, ser participante da sua carne e do seu sangue, tornar-se um com Ele, pois Ele é a Verdade ( Ef 5:30 ).

É por isso que Ele conclama: “Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me;” ( Mt 16:24 ); “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele” ( Jo 6:56 ).

É por isso que o apóstolo João testificou em sua epístola: “E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” ( 1Jo 5:20 ). O ‘sabemos’ é um tipo de conhecimento intelectual. O ‘entendimento’ concedido é outro tipo de conhecimento proveniente da mensagem do evangelho, porém, ‘conhecer o que é verdadeiro’ só ocorre quando se está unido a Cristo, após tornar-se um só corpo e um só espírito “Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo, porque todos participamos do mesmo pão” ( 1Co 10:17 ); “Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também“ ( 1Co 12:12 ).

É neste diapasão que o apóstolo Paulo declara: “Mas agora, conhecendo a Deus, ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir?” ( Gl 4:9 ). Após tornarem-se um (conhecer) com o Pai e o Filho, como era possível aos cristãos voltarem aos rudimentos fracos que antes serviam? “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste” ( Jo 17:21 ). Há algum conhecimento (saber) ou prática que possa suplantar o fato do cristão ser um com o Pai e o Filho?

O apóstolo Paulo queria que soubessem que todos os que creem são um com o Pai e com o Filho. O dia anunciado por Cristo na qual os cristãos conheceriam que o Filho estava no Pai já havia chegado, e os cristãos em Cristo, e Cristo nos cristãos “Naquele dia conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós” ( Jo 14:20 ).

Foi para isto que Deus concedeu o seu Espírito aos cristãos, para que conhecessem que estavam n’Ele e Ele nos cristãos ( 1Jo 4:13 ).

O ‘conhecer’ o amor de Cristo excede todo entendimento, pois ao ‘conhecer’ (união) a Cristo o homem torna-se pleno de Deus, participante da natureza divina ( Ef 3:19 ; 2Pe 1:4 ).

Através deste estudo também é possível compreender como o homem ‘conheceu’ o pecado, ou seja, tornou-se um com o pecado “Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás” ( Rm 7:7 ).

Cristo não conheceu o pecado, ou seja, Ele nunca esteve unido ao pecado, embora soubesse tudo a respeito do pecado e dos pecadores “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” ( 2Co 5:21 ).

Quando Jesus disse: “… então, conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”, Ele estava demonstrando aos seus ouvintes a necessidade de estarem unidos a ele, pois Ele é a verdade que liberta. Qualquer que permanece em Cristo tornar-se um com Ele, sendo membro do seu corpo, carne e ossos, e o homem é verdadeiramente livre do pecado ( 1Co 10:17 ).

Deste modo, temos que qualquer que não o ‘viu’ e nem o ‘conheceu’ ainda é escravo do pecado “Qualquer que permanece nele não peca; qualquer que peca não o viu nem o conheceu” ( 1Jo 3:6 ). Somente após estar em comunhão íntima com Cristo, sendo um só pão e um só corpo, o homem é livre do pecado “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado” ( Jo 8:34 ).

Neste diapasão, como se lê este verso?

“E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” ( Jo 17:3 );
“Ora, a vida eterna é esta: que conheçam a ti, único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” ( Jo 17:3 ).
O Novo Testamento Interlinear Grego Português assim reza este verso: “esta[2] E[1] é a eterna [2] vida[1] que conheçam a ti o único verdadeiro Deus e a quem enviaste, Jesus Cristo”, ou seja, a melhor tradução é aquela que omite a preposição ‘por’, pois ela da ideia de um saber, reconhecimento.

Ora, saber que Deus é o único Deus os judeus ‘conheciam’, no entanto, precisavam de salvação, pois Jesus foi enviado para os seus, e eles não O receberam.

Do mesmo modo, o que se podia conhecer de Deus foi manifesto ( Rm 1:21 ), mas o mundo não O ‘conheceu’, pois não receberam o Filho ( Jo 1:10 ), e, conseqüentemente, não receberam o Pai ( 1Jo 2:23 ). Portanto, para conhecer a Cristo, a Verdade que liberta da escravidão do pecado ( Jo 1:10 ), é necessário crer n’Ele, ou seja, tornar-se um com Ele, plenos de Deus ( Jo 1:16 ; Cl 2:10 ).
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante.

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