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quarta-feira, 28 de outubro de 2020

DIZIMOS FIDELIDADE A DEUS

 


                                                        DIZIMOS FIDELIDADE A DEUS

Pois vocês conhecem a graça do nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês, para que, por meio da pobreza dele, vocês se tornassem ricos. (2Co 8.9)


INTRODUÇÃO

Existem poucos tópicos na igreja mais sensíveis do que o dinheiro. Qualquer menção de dízimos, ofertas, contribuições ou campanhas de arrecadação de fundos certamente será recebida por alguns como inapropriada e até mesmo ofensiva. Os críticos acusam os líderes da igreja de constantemente por apelarem por dinheiro, e muitas vezes de mal administrar o que recebem. Nós temos que admitir que muitas das vezes esses críticos estão certos!


Desde os tempos bíblicos nós percebemos que homens e mulheres já lidavam com o dinheiro de maneira imprópria, inclusive no meio do povo de Deus:


Acã – por cobiça, trouxe derrota ao exército de Israel e sua família.

Balaão – por dinheiro pecou e tentou amaldiçoar o povo de Deus.

Dalila – por dinheiro traiu Sansão e casou o massacre de muitos!

Salomão – teve seu momento de obstinação, acumulando mais do que devia e alguns dizem que suas mil mulheres eram nada mais nada menos que acordos financeiros – Salomão desfrutaria de acordos comerciais com essas mulheres estrangeiras. Salomão levou sete anos para construir o templo e treze para construir seu próprio palácio!

Ananias e Safira – por dinheiro, se tornaram os primeiros hipócritas da igreja.

Judas – por dinheiro, traiu Jesus!

A motivação errada pelo lucro, a ganância e a má administração financeira não é uma realidade nova está presente em muitas histórias na bíblia!


Contexto religioso

Nós poderíamos dizer que grande parte da bagunça que temos hoje entre os cristãos no contexto brasileiro é por causa dos neopentecostais. Precisamos ter cuidado aqui para não confundirmos neopentecostais com pentecostais.


Primeira onda:

William Seymour (1870-1922), aluno de Charles Fox Parham (1873-1929) que já falava o fenômeno das línguas estranhas era evidência para todos os cristãos do batismo do Espírito Santos.


Seymour começou a pregar sobre o batismo do Espírito Santo na rua Azusa em Los Angeles, Califórnia, numa antiga igreja metodista. Começou-se então um movimento de renovação em abril de 1906 – início do movimento pentecostal. Chegou ao Brasil em 1910.


Congregação cristão (1910)

Assembleia de Deus (1911)

A grande ênfase desses pentecostais clássicos é o batismo do Espírito Santo e a língua estranha como evidência.


Segunda onda

Décadas de 50 e 60

Evangelho Quadrangular (1950-1953)

Brasil para Cristo (1955)

Nova Vida (1960)

Deus é amor (1962)

Ênfase – cura divina


Terceira onda

Década de 60-70

Ênfase – renovação carismática

Convenção batista nacional (1965-1967)

Cristã Maranata (1968)

Presbiteriana renovada (1968-1975)

Quarta onda

Décadas 70-80

Ênfases – sinais, maravilhas e prosperidade

Universal do Reino de Deus (1977)

Internacional da graça de Deus (1980)

Mundial do Poder de Deus (1998)

Sara Nossa Terra (1992)

É majoritariamente por meio desses da quarta onda (também chamado de neopentecostais) que a teologia da prosperidade tem sido difundida Brasil afora. Por causa da teologia da prosperidade, a imagem dos evangélicos tem sido manchada e muitos cristãos têm sido confundidos!


Um novo movimento?

Talvez agora nós temos experimentado um novo movimento, não de renovação carismática, mas de apreço pela Sagrada Escritura e consequentemente pela teologia reformada. O que nós temos percebido é que muitos tem saído do movimento neopentecostal e ido para as igrejas históricas e reformadas.


Aqui é um fenômeno novo: Se antes esses irmãos eram explorados nessas igrejas e davam tudo que tinham, ao chegarem nessas igrejas reformadas, eles partem para um outro extremo – não contribuem. Eles percebem que nessas igrejas não há apelos nesse sentido e muitas vezes nem ensino (elas partem do pressuposto que seus membros já conhecem esse tema).


E o que essas igrejas reformadas estão experimentando?


Uma queda significativa no caixa da igreja. Parte da obra e missão dessas igrejas fica comprometida por falta de recurso, mesmo com o crescimento numérico de seus membros.


Portanto a primeira grande dificuldade de abordarmos esse tema é porque temos que desconstruir grande parte do ensino de hoje em dia para depois construirmos com ideias bíblica sobre o tema!


O GRANDE ÍDOLO

Mas há uma segunda grande razão pela qual esse assunto é pouco abordado nos púlpitos. E esse segundo problema pode ser dito em uma frase famosa: “mexeu com o bolso, mexeu com muitos ídolos”.


Tratar de dinheiro é algo que traz grande desconforto a nós, e a principal razão é porque não mexe somente com o nosso bolso, mas mexe com o nosso próprio coração.


A cobiça tem a capacidade de se esconder da própria vítima (desejo intenso, imoderado por bens e riquezas). Quando termos que falar de oferta na igreja nós estamos lidando normalmente com um ídolo de estimação que quase todos temos.


Exemplo:


Você já reparou que normalmente você não se compara com pessoas de nível social inferior que você, mas as de nível social superior? Grande parte da nossa insatisfação está nisso. Você olha para o lado e diz: “Eu não vivo tão bem quanto ele. Tenho muito pouco comparado com ele”.


A pergunta é: de onde vem esse desejo desenfreado de ter cada vez? Você já se perguntou isso?


Exemplos:


Você acabou de comprar um carro, mas no mês seguinte você olha o carro do irmão do lado e aquela alegria foi tão passageira que não durou nem um mês.


Você comprou um livro na amazona novinho! Ele cheira bem, faz aquele barulhinho quando você abre ele. Você pensa que só você tem esse clássico, até a hora que o irmão te leva na biblioteca dele e você percebe que seu livro é um gibi da turma da Mônica perto dos clássicos dele.


Você comprou um celular, iPhone 20XRYZ, mas no mês seguinte, seu irmão que viajou para o exterior chegou o Motorola que é muito melhor que qualquer iPhone.


Você vê como a cobiça é um deus maldoso?


Ela te promete muita satisfação, mas ela mente, essa satisfação é tão passageira que as vezes não dura nem uma semana! A cobiça só exige de você, mas ela nunca supre o que ela promete, nem o que você de fato precisa.


“Cuidado! Evitai todo tipo de cobiça, pois a vida do homem não consiste na grande quantidade das coisas que ele possui”. Lc 12.15


Destaco: Grande parte de evitarmos tocar nesse assunto de contribuição não é só porque temos visto abusos no meio neopentecostal, mas é porque sabemos que isso sempre será um assunto que o nosso coração não deseja!


Mesmo que seja um tema complicado, a bíblia tem muito para nos ensinar sobre esse tema e nós temos dois capítulos no Novo Testamento que nos dão direcionamento claro quanto às nossas ofertas. Quero compartilhar com vocês 10 lições sobre a contribuição cristã em 2Co 8-9.


CONTEXTO

Depois de fundar a igreja de Corinto em sua segunda viagem missionária (Atos 18: 1-10), Paulo ministrou lá por cerca de vinte meses (Atos 18:11, 18).

Ele então deixou Corinto e foi para Éfeso, de onde ele escreveu uma carta corretiva para os coríntios (1 Coríntios 5: 9), provavelmente levada para Corinto por Tito. Naquela época, Paulo havia formulado seu plano para a oferta para dar aos pobres cristãos em Jerusalém, e Tito contou aos coríntios sobre isso. A igreja respondeu positivamente, mas teve algumas perguntas, as quais Paulo respondeu em 1 Coríntios (16: 1–4).

Depois falsos mestres chegaram a Corinto e lideraram uma rebelião contra Paulo, os coríntios interromperam temporariamente suas ofertas.

Paulo lidou severamente com essa rebelião em sua terceira carta, conhecida como a carta severa (2 Coríntios 2: 3-4), que ele escreveu entre 1 e 2 Coríntios. O apóstolo recebeu a notícia encorajadora de Tito (que levara a severa carta a Corinto) de que a maioria dos coríntios havia se arrependido de seu desinteresse em relação a ele.

Portanto, quando ele escreveu 2 Coríntios, sua quarta carta para eles, Paulo pediu-lhes para retomar a coleta da oferta (caps. 8, 9).

A igreja cristã ofertava praticamente por 2 razões:


sustento dos ministros (1Co 9; 1Tm 5.17);

assistências dos santos, nesse caso os pobres de Jerusalém (1Co 16.1-4; Rm 15.25-27).

Podemos ainda enxergar 3 razões para a pobreza da igreja de Jerusalém:


Peregrinos, da diáspora – dia do pentecostes;

Perseguição;

Situação econômica da região – os romanos cobravam altas taxas de impostos.

O que eles fizeram? Resposta: At 2.44-45; 4.32-34


Mas aparentemente, mesmo tendo tudo em comum, aquela igreja da Judeia ainda estava necessitada. Essa era a razão para Paulo pedir aos irmãos abastados de Corinto para contribuírem. Vamos às lições que Paulo nos ensina aqui….


1. OFERTAR É UM ATO DA GRAÇA DE DEUS


1 Também, irmãos, queremos que estejam informados a respeito da graça de Deus que foi concedida às igrejas da Macedônia.


“Também, irmãos”

O relacionamento de Paulo com eles estava refeito (7.5-16).


“Igrejas da Macedônia”

A província romana da Macedônia, o antigo reino de Alexandre, o Grande, estava localizada na parte norte da Grécia moderna. As três igrejas da Macedônia que Paulo tinha em mente eram Filipos, Tessalônica e Beréia.


A Macedônia era uma região extremamente pobre, devastada por guerras e saqueada pelos romanos. Aparentemente os Coríntios não sabiam dessa generosidade extrema dos Macedônios, o que o motiva a informá-los.


“graça de Deus”


Qual era a graça de Deus na vida desses Macedônios?


Porque posso testemunhar que, na medida de suas posses e mesmo acima delas, eles contribuíram de forma voluntária (2Co 8.3)


Suas doações não foram motivadas principalmente pela filantropia ou pela bondade humana, mas pela graça de Deus em ação em seus corações.


“Graça” é um termo chave que aparece 10x nesses dois capítulos:


8.4 pedindo-nos, com insistência, a graça de participarem dessa assistência aos santos.

8.6 Isto nos levou a recomendar a Tito que, assim como havia começado, também completasse esta graça entre vocês

8.7 Mas como em tudo vocês manifestam abundância — na fé, na palavra, no saber, em toda dedicação e em nosso amor por vocês —, esperamos que também nesta graça vocês manifestem abundância.

8.9 Pois vocês conhecem a graça do nosso Senhor Jesus Cristo,

8.16 Mas graças a Deus, que pôs no coração de Tito a mesma dedicação que temos por vocês.

8.19 E não só isto, mas ele também foi eleito pelas igrejas para ser nosso companheiro no desempenho desta graça ministrada por nós,

9.8 Deus pode tornar abundante em vocês toda graça…

9.14 enquanto eles oram por vocês, com grande afeto, por causa da extraordinária graça de Deus que foi dada a vocês

9.15 Graças a Deus pelo seu dom indescritível!

Paulo jorra a palavra graça nesse contexto de contribuição.


Aqui temos uma lição importante:


Se o ato de contribuir é um ato da graça de Deus, logo a contribuição é uma concessão de Deus para a nossa vida. Poder contribuir é uma benção divina!


NOSSA OFERTA AO SENHOR É, ANTES DE TUDO, UMA OFERTA DE DEUS A NÓS. SE DEUS NÃO NOS DESSE ESSE PRIVILÉGIO, NÓS NUNCA OFERTARÍAMOS!


A semente vem de Deus e os frutos também…


E Deus, que dá semente ao que semeia e pão para alimento, também suprirá e aumentará as sementes e multiplicará os frutos da justiça de vocês. (2Co 9.10)


Deus quem nos motiva a contribuir


O que Paulo está dizendo é que nem eu nem você merecemos contribuir.


Nossas motivações muitas vezes não são puras, não temos vontade de contribuir por conta própria e muitas vezes administramos mal o nosso dinheiro, por isso Paulo diz que “contribuição é um favor imerecido da parte de Deus para nós”!


Se alguém se comove a dar, humilde e alegremente, é porque já foi tocado pela graça de Deus! Contribuimos pois fomos abençoados em primeiro lugar e não para sermos abençoados.


APLICAÇÃO

Nós, cristãos, que gostamos do “somente a graça”, deveríamos também ter alta estima por essa graça da contribuição. Eu receio em dizer que muitos não pensam acerca dessa graça.


Isso deveria ser uma prática constante nossa. A generosidade não é fruto de apelos excessivos, mas do entendimento da graça de Deus!


2. OFERTAR TRANSCENDE SITUAÇÕES ECONÔMICAS


2 Porque, no meio de muita prova de tribulação, manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles transbordou em grande riqueza de generosidade.


“Muita”

Extremo – excesso


“Prova”

Teste


“Tribulação”

Pressão, prensar uvas


É uma descrição da situação real das igrejas da Macedônia em pobreza e perseguições. Não era só pobreza, era profunda pobreza. Impostos altos, perseguição, ostracismo social, escravidão, causaram isso aos Macedônios.


Mais uma vez a bíblia nos ensina que existe propósito nas nossas provas (testes):


Tg 1.3 – diz que o teste de sua fé produz perseverança

1 Pe 1.7 – o teste de sua fé, testada pelo fogo, resulta em louvor, glória e honra.

A ideia aqui é que esses irmãos estavam passando por um teste duro de sofrimento, isso deveria trazer a eles maturidade. O resultado dessa maturidade deles foi a generosidade!


Um dos temas desta carta é sua preocupação em explicar como suas aflições poderiam resultar em “vida” para os outros – De modo que em nós atua a morte; mas em vocês, a vida 2Co 4:12


Através dos sofrimentos desses irmãos eles mesmo assim geravam vidas através de suas ofertas!


APLICAÇÃO


A igreja de Macedônia resolveu começar a contribuir numa hora em que qualquer economista chamaria de loucura ou euforia irresponsável.


Na verdade, eles que precisavam de oferta…que exemplo temos aqui!


Normalmente ouvimos pessoas dizerem que se ganhassem mais, então ofertariam. Nem sempre a riqueza material acompanha a riqueza da graça nos corações! Pobres podem ser extremamente ricos da graça de Deus em seus corações e isso os motivam cada vez mais a dar! – Exemplo Mc 12.41-44, o texto que fala da viúva pobre. Os ricos davam da sobre e os pobres do seu sustento! Os ricos pelo menos davam nos tempo de Jesus.


Os Macedônios vão totalmente pelo caminho contrário. A devoção deles à Cristo está acima da ordem econômica e social de onde vivem.


A lição aqui é: Não espere estar com todas as contas pagas, bem empregado, rico e formado na faculdade para começar a contribuir…isso não é uma demonstração da graça de Deus na sua vida!


3. OFERTAR COM MOTIVAÇÕES CORRETAS: ALEGRIA, GENEROSIDADE, VOLUNTARIEDADE E AMOR


2 Porque, no meio de muita prova de tribulação, manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles transbordou em grande riqueza de generosidade.


Abundância

Perisseia (abundância) significa “algo excedente” ou “um transbordar”.


A pergunta é: como eles estavam transbordando em alegria.

A resposta só pode ser: a graça de Deus operante na vida deles!


Exemplo: avivamentos e generosidade


É comum vermos em avivamentos o povo se tornar generoso. Não é porque Deus colocou mais dinheiro na conta deles, é porque Deus operou no coração deles!


E vocês se tornaram nossos imitadores e do Senhor, recebendo a palavra com a alegria que vem do Espírito Santo, apesar dos muitos sofrimentos. 1Tss 1.6


“Diga aos israelitas que me tragam uma oferta. Receba-a de todo aquele cujo coração o compelir a dar. Estas são as ofertas que deverá receber deles: ouro, prata e bronze…” Êxodo 25:2,3


43 Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por meio dos apóstolos.

44 Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Atos 2.43-44


33 Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça.

34 Não havia nenhum necessitado entre eles, porque os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes

35 e os depositavam aos pés dos apóstolos; então se distribuía a cada um conforme a sua necessidade. Atos 4.33-35


No Novo Testamento, a experiência de alegria do cristão não tem correlação com suas circunstâncias externas, mas com o enchimento do Espírito nos corações – graça de Deus! Paradoxalmente, os cristãos podem sentir alegria em meio a grande perseguição e sofrimento pessoal.


Ainda nesse ponto, percebemos aqui uma lição sobre Generosidade. Veja que a oferta deles não foi ordinária, mas extraordinária…


2 …a profunda pobreza deles transbordou em grande riqueza de generosidade.


Aplicação: dízimo

Muitos sentem um conflito acerca do dízimo. A ideia é: “se eu já dou 10%, será que não está bom?”


Para compreender o dízimo do Antigo Testamento, perceba que haviam pelo menos três tipos de dízimos:


Os sacerdotes levitas eram mantidos com o dízimo do povo e o templo era a casa do tesouro de Israel – Números 18:21 e 24. Era um tipo de imposto.

Um segundo dízimo deveria ser pago nos dias das festas em Israel (Dt 12:10–11, 17– 18).

Um terceiro dízimo era pago a cada três anos para o mantimento das viúvas, órfãos e estrangeiros (Dt 14.28-29).

Resumindo: O valor do dízimo, portanto seria entre 23%-25%. A barra de medição não é 10%, mas riqueza de generosidade!


Podemos dizer que o dízimo deve ser o ponto de partida, mas não o de chegada! A muito mais para fazermos quanto ao nosso dinheiro.


3 Porque posso testemunhar que, na medida de suas posses e mesmo acima delas, eles contribuíram de forma voluntária,


“Voluntária”

Os macedônios não foram coagidos, manipulados ou intimidados, mas deram livremente.


É possível que Paulo não tivesse sequer pedido que contribuíssem para os santos pobres de Jerusalém.


E o zelo de vocês tem estimulado muitos deles… –2Co 9.2


pedindo-nos, com insistência, a graça de participarem dessa assistência aos santos. 2Co 8.4


APLICAÇÃO

Aqui é outra dificuldade para falar sobre dízimo obrigatório. A doação cristã é inteiramente voluntária. Paulo não exigiu uma quantia fixa ou porcentagem dos macedônios ou dos coríntios, nem de qualquer outro escritor do Novo Testamento.


8 Não digo isto na forma de mandamento, mas para provar se o amor de vocês é sincero, comparando-o com a dedicação de outros.


Paulo lembrou aos coríntios que ele não estava falando por meio de mandamento. Isso enfatiza mais uma vez o princípio fundamental de que dar à igreja é voluntária, doação voluntária. Se Paulo tivesse prescrito uma quantia ou uma porcentagem fixa, a doação dos coríntios teria sido em obediência a um mandamento.


Para Paulo, o amor deve se manifestar, concretizar e nada melhor do que se tornar visível pelas nossas ofertas!


16 Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; portanto, também nós devemos dar a nossa vida pelos irmãos.

17 Ora, se alguém possui recursos deste mundo e vê seu irmão passar necessidade, mas fecha o coração para essa pessoa, como pode permanecer nele o amor de Deus?

18 Filhinhos, não amemos de palavra, nem da boca para fora, mas de fato e de verdade. (1Jo 3.16-18)


ALEGRIA , GENEROSIDADE, VOLUNTARIEDADE E AMOR


4. OFERTAR DE MODO PROPORCIONAL AO QUE GANHA


3 Porque posso testemunhar que, na medida de suas posses e mesmo acima delas,

12 Porque, se há boa vontade, a oferta será aceita conforme o que a pessoa tem e não segundo o que ela não tem.

No primeiro dia da semana, cada um de vocês separe uma quantia, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que não seja necessário fazer coletas quando eu for. (1Co 16.2)


A Bíblia desconhece a ideia de exploração quando o assunto é oferta.


Eu já vi pastor pedindo oferta sobre o valor da dívida que a pessoa tinha pois Deus ia dar um jeito para quitar aquela dívida! Deus não vai quitar essa dívida, a pessoa vai ficar endividada em dobro. Isso é uma aberração!


“Dê todo o limite do seu cartão de crédito!”

“Deixe de pagar a sua prestação do apartamento e dê isso na igreja que Deus vai cuidar de você…”

“Tome um empréstimo no banco para ofertar a Deus”

“Pegue dinheiro emprestado pela fé e honre a Deus”

Que linguagem é essa?? Onde está isso na Bíblia? Isso não é fé, é testar a Deus! Zombar de Deus! Antes, você deve fazer continhas com aquilo que você tem e não ofertar o que você não tem!


5. A OFERTA PODE SER SACRIFICIAL


3 Porque posso testemunhar que, na medida de suas posses e mesmo acima delas (habilidades),


Mesmo você dando daquilo que você tem, muitas das vezes isso vai ser um sacrifício para você.


Os macedônios deram de acordo com o que tinham, mas em proporções eram sacrifícios. Suas doações estavam além do que se poderia esperar de uma congregação tão pobre.


5 E não somente fizeram como nós esperávamos, mas, pela vontade de Deus, deram a si mesmos, primeiro ao Senhor, depois a nós.


É belíssimo o que Paulo diz aqui. Como vimos na introdução dessa mensagem, a maneira que nós lidamos com o nosso dinheiro revela o nosso coração! Qual era a razão para eles serem tão generosos desse jeito?


Os Macedônios eram um exemplo vivo de Rm 12.1:


Portanto, irmãos, pelas misericórdias de Deus, peço que ofereçam o seu corpo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Este é o culto racional de vocês.


A primeira prioridade dos macedônios era dar-se de todo o coração ao Senhor e consequentemente dar financeiramente à igreja.


As nossas ofertas devem partir desse princípio: só pode ofertar verdadeiramente quem já é uma oferta verdadeira! Nós temos um Deus e esse deus não é o dinheiro, por isso somos livres para doar!


6. A OFERTA DEVE ACOMPANHAR OUTROS DONS


7 Mas como em tudo vocês manifestam abundância — na fé, na palavra, no saber, em toda dedicação e em nosso amor por vocês —, esperamos que também nesta graça vocês manifestem abundância.

Mas como em tudo vocês manifestam abundância

4 Sempre dou graças a meu Deus por vocês, por causa da graça que lhes foi dada por ele em Cristo Jesus.

5 Pois nele vocês foram enriquecidos em tudo, em toda palavra e em todo conhecimento,

6 porque o testemunho de Cristo foi confirmado entre vocês,

7 de modo que não lhes falta nenhum dom espiritual. (1 Coríntios 1:4-7)


“Fé”

salvífica


“Palavra”

“palavra da verdade” (2Co 6.7 – doutrina)


“Saber”

habilidade de aplicar essa doutrina na vida


“Em toda dedicação”

Amor de Paulo que inspirou eles


A lógica de Paulo é a contribuição também deve ser uma marca da igreja verdadeira – saudável!


Aliás, eu diria, que esse dom comprova os demais! É a prova de que a Palavra tem de fato superabundado os corações. De que estão conseguindo aplicar a doutrina na vida “saber”. Que a fé é verdadeira e assim por diante!


APLICAÇÃO: Oferta em ambiente de culto


É por isso também que acreditamos que a oferta deve estar no ambiente de culto – é um elemento de culto.


Se todos os outros dons estão presentes, porque tiraríamos a oferta desse momento?


No primeiro dia da semana, cada um de vocês separe uma quantia. 1 Coríntios 16:2


7. A OFERTA DEVE SER REALIZADA COM COMPROMISSO, PLANEJAMENTO E PERIODICIDADE


Esse ponto é importantíssimo, pois normalmente quando falamos em oferta a primeira imagem que vem a nossa mente é aquele dinheiro que está sobrando, aquilo que trazemos no bolso aos domingos para coisas triviais!


Quando chega o momento do ofertório você se lembra que você tem uns trocados no bolso e então “oferta voluntariamente”.


Esse é o problema da palavra “oferta”. Alguns de vocês inclusive já conversaram com a gente se não era melhor a gente mudar a nomenclatura para as nossas contribuições para dízimo. “Dízimo”, dizem, “o pessoal entende que deve ser proporcional e planejado, mas oferta não.


Mas o que nós precisamos não é uma mudança etimológica, mas um entendimento bíblico do que é a oferta. Em nenhum momento passava na cabeça de Paulo e desses irmãos da Acaia e Macedônia que a oferta seria o que sobra e com falta de planejamento…muito pelo contrário!


Veja como Paulo os chama para serem responsáveis…


8.10 E nisto dou a minha opinião: convém que vocês façam isto, vocês que, desde o ano passado, começaram não só a fazer, mas também a querer.


“cumpram com o que vocês se comprometeram desde o ano passado“

 “façam o que planejaram” – querer e fazer

11 Terminem, agora, a obra começada, para que, assim como mostraram boa vontade no querer, assim também completem essa obra, dando de acordo com o que vocês têm.


A pior coisa que pode acontecer nessa área é quando nós demonstramos o interesse, mas não realizamos o nosso desejo.


APLICAÇÃO: Para a nossa igreja local


Você já deve ter percebido como nós trabalhamos com essa da contribuição. Tudo deve ser muito bem pensado, planejado e administrado.


Na nossa igreja local, temos o hábito de enviar um formulário pedindo que os membros nos passassem uma prévia da contribuição anual. Procuramos sempre colocar mais ferramentas de contribuição a disposição da igreja. Por que? Porque isso nos ajuda em sermos responsáveis e planejados.


APLICAÇÃO: O que seria ideal?


Que você planeje as suas contas, converse com a sua família e se programe semanalmente ou mensalmente na sua contribuição.


Isso é oferta no Novo Testamento.


Se a sua oferta for 10%, que seja planejada, orada, periódica. Se for mais ou menos, que seja realizada do mesmo jeito.


8. OFERTAS SÃO FUNDAMENTAIS PARA AS NECESSIDADES DOS IRMÃOS


13 Não se trata de fazer com que os outros tenham alívio e vocês tenham sobrecarga, mas para que haja igualdade.

14 Neste momento, a abundância que vocês têm supre a necessidade deles, para que a abundância deles venha a suprir a necessidade que vocês vierem a ter. Assim, haverá igualdade,

15 como está escrito: “Quem recolheu muito não teve demais; e o que recolheu pouco não teve falta.”


Questionavam Paulo sobre favorecer os da Judéia – aliviar (13)! Ele era judeu e não tinha aceitado a contribuição deles em 1Co 9. Mas Paulo não tem essa motivação, ele está demonstrando de como há abundância no meio deles e como os da Judeia estão em necessidade (2x – 14).


“Sobrecarga” é uma palavra importante. Paulo não está apelando para que eles deem o que não tinham, mas o que estava em abundância.


Claro que Paulo não está apelando um tipo de Marxismo ou comunismo aqui. Ele é o que mais defende o lucro pelo próprio trabalho e não o sustento pelo Estado. Igualdade nesse contexto é que de um lado você tem irmãos passando fome e de outro você tem extrema fartura (lembra da ceia em 1Co 11 – os banquetes).


É esse tipo de igualdade que Paulo tem em mente aqui, de suprimos sempre que possível as necessidades dos nossos irmãos.


Não faz sentido na igreja local um irmão esbanjar enquanto o outro irmão passa fome!


Por isso ele faz a citação do maná (Êx 16.18):


15 como está escrito: “Quem recolheu muito não teve demais; e o que recolheu pouco não teve falta.”


O povo de Israel deveria repartir com quem tinha menos.


APLICAÇÃO: Para nossa igreja local (Ação social e Missões)


Aqui na igreja nós entendemos que as ofertas também servem esse propósito. Por isso provisionamos uma porcentagem para missões e ação social.


O que nós queremos é que quando percebemos necessidade em nosso meio, a gente tenha caixa de sobra para assistir essas pessoas. É claro que acompanhadas pelos pastores e o ministério de ação social da igreja.


Não queremos apoiar preguiçosos, isso é pecado. Mas não podemos deixar de apoiar os necessitados — isso também seria pecado!


9. AS OFERTAS DEVEM SER CRITERIOSAMENTE ADMINISTRADAS E SUJEITAS A AUDITORIAS.


6 Isto nos levou a recomendar a Tito que, assim como havia começado, também completasse esta graça entre vocês.

16 Mas graças a Deus, que pôs no coração de Tito a mesma dedicação que temos por vocês.

17 Ele atendeu ao nosso apelo e, mostrando ser muito dedicado, partiu voluntariamente para encontrar-se com vocês.

18 E, com ele, estamos enviando o irmão cujo louvor no evangelho está espalhado por todas as igrejas.

19 E não só isto, mas ele também foi eleito pelas igrejas para ser nosso companheiro no desempenho desta graça ministrada por nós, para a glória do próprio Senhor e para mostrar a nossa boa vontade.

20 Queremos evitar, assim, que alguém nos acuse por causa desta generosa dádiva administrada por nós;

21 pois cuidamos para fazer o que é correto, não só diante do Senhor, mas também diante das pessoas

22 Com eles, estamos enviando nosso irmão, cujo zelo já pusemos à prova em muitas ocasiões e de muitas maneiras, e que agora se mostra ainda mais zeloso pela grande confiança que deposita em vocês.

23 Quanto a Tito, é meu companheiro e cooperador entre vocês; quanto aos nossos irmãos, são mensageiros das igrejas e glória de Cristo.


O ataque a Paulo não seria somente que ele poderia favorecer os da Judeia, mas também que ele poderia mau administrar essa oferta que seria arrecada.


Lembre-se que em 1Co 9, texto que já pregamos, Paulo diz que recusou a oferta para o seu sustento dessa igreja. Agora Paulo está pedindo oferta para outros irmãos.


A acusação poderia ser que ele evitava ter um tipo de vínculo empregatício com essa igreja rejeitando a oferta ministerial própria, mas que pegaria parte desse dinheiro arrecado aos demais irmãos. Não sabemos ao certo o que os falsos apóstolos acusavam Paulo nessa igreja de Corinto.


O que Paulo faz aqui para resolver essa desconfiança é algo crucial e que toda igreja local deveria se atentar a isso – Ele não mexe com o dinheiro sozinho!


Paulo nos ensina QUATRO coisas acerca da administração da oferta:


A. Deve ser administrada por mais que uma pessoa


Tito (verso 6, 16, 17)

Um outro irmão exemplar e conhecido de outras igrejas (18-21)

Outro irmão (22)

A impressão que temos é que Paulo mais administrava essa oferta através desses homens do que ele mesmo se envolvia diretamente. Esses homens seriam enviados com antecedência à chegada de Paulo para que eles lidassem de forma prática com essa questão.


A impressão é que Paulo é mais um líder e administrador do que contador!


B. Essas pessoas devem ser dotadas por Deus e terem um caráter experimentado


16 Mas graças a Deus, que pôs no coração de Tito a mesma dedicação que temos por vocês.

17 Ele atendeu ao nosso apelo e, mostrando ser muito dedicado, partiu voluntariamente para encontrar-se com vocês.


Mais uma vez vemos a ação de Deus aqui. É ele quem faz todo o processo. Nesse caso ele que tocou o coração de Tito para isso.


A ideia é que Deus o capacitou, deu dom a ele para realizar essa tarefa.


Vejam o caráter desses homens:


Tito – “muito dedicado” (17) / “meu companheiro e cooperador entre vocês” (23)

Irmão 1 – “louvor no evangelho está espalhado por todas as igrejas” (18)

Irmão 2 – “cujo zelo já pusemos à prova em muitas ocasiões e de muitas maneiras, e que agora se mostra ainda mais zeloso pela grande confiança que deposita em vocês. ” (22)

Ambos os irmãos (1 e 2) – são mensageiros das igrejas e glória de Cristo. (23)


Paulo faz questão de deixar claro que eram pessoas de confiança e dotadas por Deus para isso.


O ponto aqui não é que eram bons administrados somente, mas que eram homens maduros espiritualmente. São essas pessoas que devemos escolher para cuidar dessa área da igreja!


É o temor do Senhor que impede o homem de pecar e não somente o diploma em contabilidade.


C. Eleitos pela igreja


18 E, com ele, estamos enviando o irmão cujo louvor no evangelho está espalhado por todas as igrejas.

19 E não só isto, mas ele também foi eleito pelas igrejas para ser nosso companheiro no desempenho desta graça ministrada por nós, para a glória do próprio Senhor e para mostrar a nossa boa vontade.


D. Temos que prestar contas aos homens


20 Queremos evitar, assim, que alguém nos acuse por causa desta generosa dádiva administrada por nós;

21 pois cuidamos para fazer o que é correto, não só diante do Senhor, mas também diante das pessoas.


O verso 21 apela para a transparência.


O ministro ou os líderes que cuidam dessa questão financeira não prestam conta ao Senhor somente, mas a toda a igreja!


É por isso que normalmente nas nossas assembleias nosso caixa é exposto para quem quiser ver e comentar (membro).


TRANSPARÊNCIA!


APLICAÇÃO: Nossa igreja local (tesouraria e prestação de contas)


Se esse princípio fosse obedecido nós nos livraríamos de grandes escândalos! Por exemplo, na nossa igreja local (Igreja da Trindade em São José dos Campos), nós temos o tesoureiro e mais três homens que cuidam da prestação de contas. Quatro pessoas ao total!


Os pastores não mexem com dinheiro. Nenhuma oferta pode ser entregue a mim ou ao Pr. Franklin pessoalmente. Não recebemos dinheiro de inscrições de congressos ou acampamentos. Não assinamos cheques, nem nos envolvemos com o que acontece no banco. Não temos nenhum cargo administrativo.


Entendemos que agindo assim protegemos a igreja.


10. HÁ BENEFÍCIOS QUANDO OFERTAMOS A DEUS (Capítulo 9) 


1) Bens materiais e riqueza espiritual (6, 8, 11)

6 E isto afirmo: aquele que semeia pouco também colherá pouco; e o que semeia com fartura também colherá com fartura.


Não podemos negar por causa da teologia da prosperidade que Deus não nos abençoa financeiramente. Ele faz isso…


Mas Paulo deixa claro no que se segue que Deus recompensa a generosidade com a abundância material para possibilitar que as pessoas sejam ainda mais generosas. O verso 8 e o verso 11 explicam isso…


8 Deus pode tornar abundante em vocês toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, vocês sejam abundantes em toda boa obra,


“Graça”

A ideia aqui é ampla, não somente financeira. Somos abençoados tanto materialmente (trabalho, comida, sustento) como espiritualmente.


a fim de que , tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, vocês sejam abundantes em toda boa obra,


A razão de Deus nos dar mais é para que a gente continue sendo abundante na obra dele e não para o nosso estoque pessoal!


11 Assim, vocês serão enriquecidos em tudo para toda generosidade, a qual, por meio de nós, resulta em orações de gratidão a Deus.


APLICAÇÃO


Você já percebeu como normalmente as pessoas que são mais generosas são as que são mais abençoadas financeiramente da parte de Deus.?


É de se entender as vezes porque alguns não são tão abençoados nessa área. Deus conhece nossos corações e sabe se usaremos o nosso dinheiro para promovermos o reino ou para a destruição própria!


Quando nossas mãos estão abertas para abençoar a obra de Deus, elas também estão abertas para receber de Deus.


2) Ações de graças (11-13)

11 Assim, vocês serão enriquecidos em tudo para toda generosidade, a qual, por meio de nós, resulta em orações de gratidão a Deus.

12 Porque o serviço (leitourgia) desta assistência não só supre a necessidade dos santos, mas também transborda em muitas orações de gratidão a Deus.

13 Na prova deste serviço, eles glorificam a Deus pela obediência da confissão que vocês fazem do evangelho de Cristo e pela generosidade com que vocês contribuem para eles e para todos,


Dar aos outros torna-se uma espécie de agradecimento a Deus que se multiplica. Agradecemos a Deus pelo que recebemos; outros agradecem a Deus pelo que receberam de nós.


O propósito da oferta que Paulo dá aqui é duplo, material e espiritual. Ela supre as necessidades dos santos e é abundante em ações de graças oferecidas a Deus.


Seu dom não é apenas um serviço para os pobres, é um serviço a Deus por causa da ação de graças que redundará na glória de Deus.


3) Unidade na igreja

14 enquanto eles oram por vocês, com grande afeto, por causa da extraordinária graça de Deus que foi dada a vocês.


A doação de presentes era a principal forma de estabelecer amizade no mundo antigo, e Paulo antecipa que a oferta criará um vínculo entre os cristãos judeus e gentios. Seus corações irão para você (lit., “grande afeto”), e eles vão oferecer orações de intercessão em seu favor.


15 Graças a Deus pelo seu dom indescritível!


Então Paulo termina do mesmo jeito que começou o seu argumento: “graças”.  Só que Paulo não está aqui para agradecer aos Coríntios pela decisão deles de contribuir nem por terem conseguidos muitos bens.


Paulo mais uma vez ele agradece a Deus, pois entende que é Ele que está operando do início ao fim. Ele dá a semente, toca no coração do doador, gera ações de graças em quem recebe e o ciclo se repete.


APELO

Mas quando Paulo diz “graças a Deus pelo seu dom indescritível!”, ele tem algo mais do que bens materiais. Ele sabe que Deus deu muito mais que tudo isso para nós.


Pois vocês conhecem a graça do nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês, para que, por meio da pobreza dele, vocês se tornassem ricos. (2Co 8.9)


Essa é a verdadeira semente! Esse é o verdadeiro dom indescritível!


Se você for pobre de espirito hoje, e confiar que a maior benção divina é seu Filho Crucificado, com ou sem dinheiro, você será eternamente rico!


Sua alma hoje mesmo será satisfeita ao ter todos os seus pecados perdoados por Cristo Jesus. Existe maior benção do que essa? Você já se maravilhou com essa benção? Você já é rico para com Deus através de Cristo?


A razão pela qual Deus ama quem dá com alegria, é porque ele é o verdadeiro doador que deu seu próprio filho!


Não seria esse o parâmetro de toda a vida cristã? Você quer falar de 10%, quando Deus deu o maior dom para você? A referência da sua contribuição está em quem Cristo é para vc….


Que a partir de hoje, quando o nosso coração ficar tentado em ser mesquinho, possamos nos lembrar que Jesus é o nosso Senhor e não precisamos mais servir o nosso dinheiro.

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

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