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quarta-feira, 29 de julho de 2020

A SUBSTANCIA DE CRISTO




                                                      A SUBSTANCIA DE CRISTO
A substância de Cristo é obediência à vontade do Pai celestial
O Deus encarnado é chamado de Cristo e Cristo é a carne vestida pelo Espírito de Deus. Essa carne é diferente de qualquer homem que é da carne. Essa diferença existe porque Cristo não é de carne e sangue, mas é a encarnação do Espírito. Ele tem tanto uma humanidade normal como uma divindade completa. Sua divindade não é possuída por nenhum homem. Sua humanidade normal sustenta todas as Suas atividades normais na carne, enquanto Sua divindade realiza a obra do Próprio Deus. Seja Sua humanidade ou divindade, ambas se submetem à vontade do Pai celestial. A substância de Cristo é o Espírito, isto é, a divindade. Portanto, Sua substância é a do Próprio Deus, essa substância não interromperá Sua própria obra e Ele não poderia fazer qualquer coisa que destrua Sua própria obra, nem jamais pronunciaria palavras que fossem contra Sua própria vontade. Portanto, o Deus encarnado absolutamente nunca realizaria nenhuma obra que interrompesse o Seu próprio gerenciamento. Isso é o que cada homem deve entender. A essência da obra do Espírito Santo é salvar o homem e é por causa do próprio gerenciamento de Deus. Da mesma forma, a obra de Cristo é salvar o homem e é para o bem da vontade de Deus. Dado que Deus Se torna carne, Ele alcança Sua substância dentro da Sua carne, de modo que ela é suficiente para cumprir Sua obra. Portanto, toda a obra do Espírito de Deus é substituída pela obra de Cristo durante o tempo da encarnação e no cerne de cada obra durante o tempo da encarnação está a obra de Cristo. Ela não pode ser misturada com a obra de qualquer outra era. E já que Deus Se torna carne, Ele opera na identidade de Sua carne; uma vez que Ele vem na carne, Ele termina, na carne, a obra que deve realizar. Seja o Espírito de Deus ou o de Cristo, ambos são o Próprio Deus e Ele realiza a obra que deve realizar e desempenha o ministério que Ele deve desempenhar.

A própria substância de Deus exerce autoridade, mas Ele é capaz de submeter-Se plenamente à autoridade que vem Dele. Seja a obra do Espírito ou a da carne, nenhuma entra em conflito com a outra. O Espírito de Deus é a autoridade sobre toda a criação. A carne com a substância de Deus é também possuída de autoridade, mas Deus na carne pode realizar toda obra que obedece à vontade do Pai celestial. Isso não pode ser alcançado ou concebido por qualquer homem. O Próprio Deus é autoridade, mas Sua carne pode submeter-se a Sua autoridade. Esse é o significado interior das palavras: “Cristo obedece a vontade de Deus, o Pai”. Deus é um Espírito e pode realizar a obra da salvação, da mesma forma que Deus pode tornar-Se homem. De qualquer maneira, Deus Mesmo realiza Sua própria obra, Ele não interrompe nem interfere, muito menos realiza obras que são mutuamente conflitantes, pois a substância da obra realizada pelo Espírito e a carne são semelhantes. Seja o Espírito ou a carne, ambos operam para cumprir uma vontade e gerenciar a mesma obra. Embora o Espírito e a carne tenham duas qualidades díspares, Suas substâncias são as mesmas; ambas têm a substância e a identidade do Próprio Deus. Deus Mesmo não tem elementos de desobediência; Sua substância é bondade. Ele é a expressão de toda beleza e bondade e também de todo amor. Mesmo na carne, Deus não realiza nada que desobedece a Deus, o Pai. Ainda que fosse à custa de sacrificar Sua vida, Ele Se comprometeria de todo coração e não faria qualquer outra escolha. Deus não tem elementos de presunção e de importância, ou prepotência e arrogância; Ele não tem elementos de desonestidade. Tudo que desobedece a Deus vem de Satanás; Satanás é a fonte de tudo que é feio e toda maldade. A razão pela qual o homem tem qualidades iguais às de Satanás é porque o homem foi corrompido e trabalhado por Satanás. Cristo não foi corrompido por Satanás e por isso Ele tem apenas as características de Deus e nenhuma de Satanás. Não importa quão árdua a obra ou fraca a carne, Deus, enquanto vive na carne, nunca realizará qualquer coisa que interrompa a obra do Próprio Deus e muito menos abandonará a vontade de Deus, o Pai, em desobediência. Ele preferiria sofrer as dores da carne do que ir contra a vontade de Deus, o Pai; como Jesus disse na oração: “Pai, se for possível, afasta de Mim esse cálice: mas não seja como Eu quero, mas como Tu queres”. O homem escolherá, mas Cristo não. Embora Ele tenha a mesma identidade do Próprio Deus, Ele ainda procura a vontade de Deus, o Pai, e cumpre o que Lhe foi confiado por Deus, o Pai, da perspectiva da carne. Isso é algo inalcançável para o homem. O que vem de Satanás não pode ter a substância de Deus, apenas uma substância que desobedece e resiste a Deus. Ele não pode obedecer completamente a Deus, muito menos voluntariamente obedecer à vontade de Deus. Todo homem separado de Cristo é capaz fazer o que resiste a Deus e ninguém pode empreender diretamente a obra confiada por Deus; ninguém pode considerar o gerenciamento de Deus como sua própria obrigação a desempenhar. Submeter-Se à vontade de Deus, o Pai, é a substância de Cristo; a desobediência contra Deus é característica de Satanás. Essas duas qualidades são incompatíveis e qualquer que tenha as qualidades de Satanás não pode ser chamado de Cristo. A razão pela qual o homem não pode realizar a obra de Deus em Seu lugar é porque o homem não possui nenhuma substância de Deus. O homem trabalha para Deus por causa de seus interesses pessoais e de suas perspectivas futuras, mas Cristo opera para fazer a vontade de Deus Pai.
A humanidade de Cristo é regida por Sua divindade. Embora Ele esteja na carne, Sua humanidade não é inteiramente semelhante à de um homem de carne. Ele tem Seu próprio caráter único e isso também é regido por Sua divindade. Sua divindade não tem fraqueza, a fraqueza de Cristo refere-se à Sua humanidade. Até certo ponto, essa fraqueza restringe Sua divindade, mas esses limites estão dentro de um certo escopo e tempo e não são ilimitados. Quando chega a hora de realizar a obra de Sua divindade, ela é feita independentemente de Sua humanidade. A humanidade de Cristo é inteiramente dirigida por Sua divindade. Além da vida normal de Sua humanidade, todas as outras ações de Sua humanidade são influenciadas, afetadas e dirigidas pela divindade de Deus. Embora Cristo tenha uma humanidade, ela não interfere na obra de Sua divindade. Isso é precisamente porque a humanidade de Cristo é dirigida por Sua divindade e embora Sua humanidade não seja madura em Sua conduta perante os outros, não afeta a obra normal de Sua divindade. Quando digo que a humanidade Dele não foi corrompida, quero dizer que a humanidade de Cristo pode ser diretamente dirigida por Sua divindade e que Ele possui um sentido superior ao do homem comum. Sua humanidade é mais adequada para ser dirigida pela divindade em Sua obra; Sua humanidade é a mais capaz de expressar a obra da divindade, além de ser a mais capaz de Se submeter a essa obra. Enquanto Deus opera na carne, Ele nunca perde de vista a obrigação que um homem na carne deve cumprir; Ele é capaz de adorar a Deus no céu com um coração verdadeiro. Ele tem a substância de Deus e Sua identidade é a do Próprio Deus. É só que Ele veio à terra e Se tornou um ser criado com a casca exterior de um ser criado, porém, agora tendo uma humanidade que Ele não tinha antes, Ele é capaz de adorar a Deus no céu. Esse é o ser do Próprio Deus e é inimitável para o homem. Sua identidade é o Próprio Deus. É da perspectiva da carne que Ele adora Deus e, portanto, as palavras “Cristo adora Deus no céu” não estão incorretas. O que Ele pede ao homem é precisamente o Seu próprio ser; Ele já alcançou tudo o que pede dos homens antes de o pedir a eles. Ele nunca faria demandas dos outros enquanto Ele Próprio Se liberta delas, pois tudo isso constitui Seu ser. Independentemente de como Ele realiza Sua obra, Ele não agiria de uma maneira que desobedecesse a Deus. Não importa o que Ele peça ao homem, nenhuma demanda excede o que o homem é capaz de alcançar. Tudo o que Ele faz é fazer a vontade de Deus para o bem de Sua gestão. A divindade de Cristo está acima de todos os homens, portanto Ele é a mais alta autoridade de todos os seres vivos. Essa autoridade é Sua divindade, isto é, o caráter e o ser do Próprio Deus que determina Sua identidade. Portanto, não importa quão normal seja Sua humanidade, é inegável que Ele tem a identidade do Próprio Deus; não importa de que perspectiva Ele fala e de como Ele obedece a vontade de Deus, não se pode dizer que Ele não é o Próprio Deus. Homens insensatos e ignorantes geralmente consideram a humanidade normal de Cristo como uma falha. Não importa como Ele expressa e revela o ser de Sua divindade, o homem é incapaz de reconhecer que Ele é Cristo. E quanto mais Cristo demonstra Sua obediência e humildade, mais os homens tolos consideram a Cristo levianamente. Existem até aqueles que adotam uma atitude de exclusão e desprezo em relação a Ele, porém colocam aqueles “grandes homens” de imagens sublimes sobre o pedestal para serem adorados. A resistência e a desobediência do homem a Deus vêm do fato de que a substância do Deus encarnado Se submete à vontade de Deus, bem como da humanidade normal de Cristo; aqui reside a fonte da resistência do homem e da desobediência a Deus. Se Cristo não tivesse a aparência de Sua humanidade nem buscasse a vontade de Deus, o Pai, da perspectiva de um ser criado, mas fosse revestido de uma super-humanidade, então não haveria desobediência em homem algum. A razão pela qual o homem está sempre disposto a acreditar em um Deus invisível no céu é porque Deus no céu não tem humanidade e não possui nenhuma qualidade sequer de ser criado. Portanto, o homem sempre O considera com a maior estima, mas mantém uma atitude de desprezo em relação ao Cristo.
Embora Cristo na terra seja capaz de operar em nome do Próprio Deus, Ele não vem com a intenção de mostrar a todos os homens Sua imagem na carne. Ele não vem para que todos os homens O vejam; Ele vem para permitir que o homem seja conduzido por Sua mão, entrando assim na nova era. A função da carne de Cristo é para a obra do Próprio Deus, isto é, para a obra de Deus na carne e não para permitir que o homem compreenda plenamente a substância de Sua carne. Não importa como Ele opere, ela não excede o que a carne é capaz de alcançar. Não importa como Ele opere, Ele o faz na carne com uma humanidade normal e não revela completamente ao homem o verdadeiro semblante de Deus. Além disso, Sua obra na carne nunca é tão sobrenatural ou inestimável como o homem concebe. Embora Cristo represente o Próprio Deus na carne e execute pessoalmente a obra que o Próprio Deus deve realizar, não nega a existência de Deus no céu, nem proclama febrilmente as Suas próprias obras. Em vez disso, Ele permanece humildemente oculto dentro de Sua carne. Exceto Cristo, aqueles que afirmam falsamente ser Cristo não têm Suas qualidades. Quando justaposto contra o caráter arrogante, que exalta a si mesmo, daqueles falsos cristos, torna-se evidente que tipo de carne é verdadeiramente a de Cristo. Quanto mais falsos, mais esses falsos cristos se exibem, e mais capazes são de realizar sinais e maravilhas para enganar o homem. Os falsos cristos não têm as qualidades de Deus; Cristo não está contaminado por qualquer elemento pertencente aos falsos cristos. Deus Se torna carne apenas para completar a obra da carne, não apenas para permitir que todos os homens O vejam. Em vez disso, Ele deixa Sua obra afirmar Sua identidade e permite que o que Ele revela comprove Sua substância. Sua substância não é sem fundamento, Sua identidade não foi tomada pela mão Dele, ela é determinada por Sua obra e Sua substância. Embora Ele tenha a substância do Próprio Deus e seja capaz de realizar a obra do Próprio Deus, Ele ainda é, apesar de tudo, carne diferente do Espírito. Ele não é Deus com as qualidades do Espírito; Ele é Deus com a casca da carne. Portanto, não importa quão normal e quão fraco Ele seja e de que maneiras busque a vontade de Deus, o Pai, Sua divindade é inegável. No Deus encarnado, existe não apenas uma humanidade normal e suas fraquezas; existe ainda mais a maravilha e a insondabilidade de Sua divindade, assim como todos os Seus feitos na carne. Portanto, tanto a humanidade quanto a divindade existem de fato e praticamente dentro de Cristo. Isso não é de nenhuma forma vazio ou sobrenatural. Ele vem à terra com o objetivo principal de executar uma obra; é imperativo ser revestido de uma humanidade normal para realizar a obra na terra; caso contrário, por maior que seja o poder de Sua divindade, Sua função original não pode ser bem utilizada. Embora Sua humanidade seja de grande importância, não é Sua substância. Sua substância é a divindade e, portanto, o momento em que Ele começa a realizar Seu ministério na terra é o momento em que Ele começa a expressar o ser de Sua divindade. Sua humanidade é unicamente para sustentar a vida normal de Sua carne, de modo que Sua divindade possa executar uma obra igualmente normal na carne; é a divindade que norteia inteiramente Sua obra. Quando Ele completar Sua obra, Ele terá cumprido Seu ministério. O que o homem deve conhecer é a totalidade de Sua obra e é por meio dessa obra que Ele permite ao homem conhecê-Lo. Ao longo de Sua obra, Ele expressa plenamente o ser de Sua divindade, que não é um caráter manchado pela humanidade, ou um ser manchado pelo pensamento e comportamento humano. Quando chegar a hora em que todo o Seu ministério terá chegado ao fim, Ele já terá expressado perfeita e plenamente o caráter que deveria expressar. Sua obra não é instruída por nenhum homem; a expressão de Seu caráter é também bastante livre, não é controlada pela mente ou processada pelo pensamento, mas é revelada naturalmente. Isso não pode ser alcançado por nenhum homem. Mesmo que o ambiente não seja favorável ou as condições não permitam, Ele pode expressar Seu caráter no momento apropriado. Aquele que é o Cristo expressa o ser de Cristo, enquanto os que não são, não têm o caráter de Cristo. Portanto, mesmo que todos resistam a Ele ou tenham noções Dele, ninguém pode negar, com base nessas noções, que o caráter expressado por Cristo é o de Deus. Todos aqueles que buscam a Cristo com um coração verdadeiro ou buscam Deus com intenção, admitirão que Ele é Cristo de acordo com a expressão de Sua divindade. Eles nunca negariam a Cristo com base em qualquer aspecto Dele que não esteja de acordo com as noções do homem. Embora o homem seja muito tolo, todos sabem exatamente qual é a vontade do homem e o que é originário de Deus. É simplesmente que muitas pessoas intencionalmente resistem ao Cristo, por suas próprias intenções. Se não fosse por isso, nenhum homem teria razão para negar a existência de Cristo, pois a divindade expressa por Cristo realmente existe e Sua obra pode ser testemunhada por todos a olhos nus.
A obra e a expressão de Cristo determinam Sua substância. Ele é capaz de completar, com um coração verdadeiro, o que Lhe foi confiado. Ele é capaz de adorar a Deus no céu com um coração verdadeiro e com um verdadeiro coração buscar a vontade de Deus, o Pai. Tudo isso é determinado por Sua substância. E assim também é Sua revelação natural determinada por Sua substância; a razão pela qual Sua revelação natural é assim chamada é porque Sua expressão não é uma imitação ou o resultado da educação dada pelo homem ou o resultado de muitos anos de cultivo pelo homem. Ele não a aprendeu e nem Se adornou com ela, ao contrário, é inerente a Ele. O homem pode negar Sua obra, expressão, humanidade e a vida inteira de Sua humanidade normal, mas ninguém pode negar que Ele adora Deus no céu com um coração verdadeiro, ninguém pode negar que Ele veio para cumprir a vontade do Pai celestial e ninguém pode negar a sinceridade com que Ele busca a Deus, o Pai. Embora Sua imagem não seja agradável aos sentidos, Seu discurso não possua um ar extraordinário e Sua obra não surpreende nem abale os céus tanto quanto o homem imagina, Ele é de fato Cristo que cumpre a vontade do Pai celestial com um coração verdadeiro, Se submete completamente ao Pai e é obediente até a morte. Isso é porque Sua substância é a substância de Cristo. É difícil para o homem acreditar nessa verdade, porém, ela realmente existe. Quando o ministério de Cristo for completamente concluído, o homem poderá ver a partir de Sua obra que Seu caráter e Seu ser representam o caráter e o ser de Deus no céu. Naquele dia, a soma de toda Sua obra poderá declarar que Ele é de fato a carne em que o Verbo Se torna, e não é semelhante àquela de um homem de carne e sangue. Cada etapa da obra de Cristo na terra tem seu significado representativo, mas o homem que experimenta a obra verdadeira de cada etapa é incapaz de compreender o significado de Sua obra. Isso é especialmente assim para às várias etapas da obra realizada por Deus em Sua segunda encarnação. A maioria daqueles que só ouviram ou viram as palavras de Cristo, mas nunca O viram, não tem noção de Sua obra; aqueles que viram Cristo e ouviram Suas palavras e também experimentaram Sua obra, acham difícil de aceitá-la. Isso não é porque a aparência e a humanidade normal de Cristo não são agradáveis ao homem? Aqueles que aceitam Sua obra depois que Cristo Se foi, não terão tais dificuldades, pois apenas aceitam Sua obra e não entram em contato com a humanidade normal de Cristo. O homem não consegue abandonar suas noções de Deus e, em vez disso, O examina intensamente; isso é porque o homem se concentra apenas em Sua aparência e é incapaz de reconhecer Sua substância com base em Sua obra e Suas palavras. Se o homem fechar os olhos para a aparência de Cristo ou evitar discutir a humanidade de Cristo e falar apenas de Sua divindade, cuja obra e palavras são inalcançáveis por qualquer homem, então, as noções do homem diminuirão pela metade, a ponto de que todas as dificuldades do homem serão resolvidas. Durante a obra do Deus encarnado, o homem não pode tolerá-Lo e está cheio de muitas noções sobre Ele e os casos de resistência e desobediência são comuns. O homem não pode tolerar a existência de Deus, mostrar leniência para com a humildade e ocultabilidade de Cristo, ou perdoar a substância de Cristo que obedece ao Pai celestial. Por isso, Ele não pode ficar com o homem por toda a eternidade depois que terminar a Sua obra, pois o homem não está disposto a permitir que Ele viva ao lado deles. Se o homem não pode Lhe demonstrar leniência durante o período da Sua obra, então como eles poderiam tolerá-Lo vivendo ao lado deles depois que Ele cumprisse Seu ministério, observando-os experimentar gradualmente Suas palavras? Não cairiam muitos por causa Dele? O homem permite que Ele apenas opere na terra; essa é a maior extensão da leniência do homem. Se não fosse por Sua obra, há muito tempo o homem O teria expulsado da terra, então quanto menos Lhe mostraria leniência quando Sua obra for concluída? Então, o homem não O mataria e O torturaria até a morte? Se Ele não fosse chamado de Cristo, então Ele não poderia agir entre os homens; se Ele não operasse com a identidade do Próprio Deus e em vez disso operasse apenas como um homem normal, então o homem não toleraria uma única frase proferida por Ele e muito menos a menor de Suas obras. Então, Ele só pode levar essa identidade Consigo Mesmo em Sua obra. Dessa forma, Sua obra é mais poderosa do que se Ele não tivesse feito isso, pois todos os homens estão dispostos a obedecer a uma identidade elevada e grandiosa. Se Ele não carregasse a identidade de Deus Mesmo enquanto realizasse a obra ou aparecesse como o Próprio Deus, então Ele não teria a oportunidade de realizar obra alguma. Apesar do fato de Ele ter a substância de Deus e o ser de Cristo, o homem não facilitaria e permitiria que Ele realizasse a obra com facilidade entre os homens. Ele carrega a identidade do Próprio Deus em Sua obra; embora tal obra seja dezenas de vezes mais poderosa do que aquela realizada sem essa identidade, o homem ainda não é totalmente obediente a Ele, pois o homem se submete apenas à Sua posição e não à Sua substância. Em caso afirmativo, quando talvez um dia Cristo descer de Sua posição, poderia o homem permitir que Ele continue vivo por um dia sequer? Deus está disposto a viver na terra com o homem para que Ele veja os efeitos que a obra de Suas mãos trará nos próximos anos. No entanto, o homem não consegue tolerar Sua estadia nem por um dia, então Ele só pode desistir. Já é a maior extensão da leniência e da graça do homem permitir que Deus realize entre os homens a obra que Ele deve realizar e cumpra Seu ministério. Embora aqueles que foram pessoalmente conquistados por Ele mostrem-Lhe tal graça, eles só permitem que Ele permaneça até que Sua obra tenha terminado e nem um minuto a mais. Se é assim, o que dizer dos que Ele não conquistou? Não é a razão pela qual o homem trata o Deus encarnado dessa maneira o fato de Ele ser Cristo na casca de um homem normal? Se Ele tivesse apenas divindade e não uma humanidade normal, então, as dificuldades do homem não seriam resolvidas com a maior facilidade? O homem reconhece relutantemente Sua divindade e não mostra nenhum interesse em Sua casca de um homem comum, apesar do fato de Sua substância ser exatamente a de Cristo que Se submete à vontade do Pai celestial. Como tal, Ele só poderia cancelar Sua obra de estar entre os homens para compartilhar com eles tanto alegrias como tristezas, pois o homem não podia mais tolerar a Sua existência.

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante
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