JULGAMENTO PRECOCE
Porquanto Ana no seu coração falava; só se moviam os seus lábios, porém não se ouvia a sua voz; pelo que Eli a teve por embriagada. E disse-lhe Eli: Até quando estarás tu embriagada? Aparta de ti o teu vinho. I Samuel 1:13-14
O berço de Samuel
Ana – “O julgamento precoce” Parte I
A maioria dos religiosos se preocupa muito com a forma com que oramos: de joelhos, de pé, andando, com véu, voz alta ou baixa, uns afirmam que necessário até gritarmos, etc. Mas, o que faz com que Deus fique atento, ou não, as nossas orações não é a forma como oramos, mas em como está o nosso coração.
Quando oramos apenas na mente temos o perigo de perdermos a concentração deixando outros pensamentos nos distraírem, já quando oramos em voz alta, o perigo é outro, o de não expressarmos algo do coração, mas fazermos orações decoradas apenas para sermos ouvidos pelos outros. Ana parece ter encontrado um meio termo para este dilema: ela orava aquilo que estava no seu coração e o mexer dos seus lábios lhe deixava atenta no seu propósito.
Eli julgou a Ana pela sua aparência, porque Ana estava orando de uma forma incomum. Todo homem, ou mulher de Deus passará por muitos julgamentos na sua existência terrena. Se nós somos aquele tipo de pessoa que tem uma preocupação excessiva de serem aceitos pelos outros, fatalmente seremos reprovados por Deus.
Nem Jesus – o homem mais perfeito que já existiu – foi aceito por todos no seu ministério. O que precisamos entender é que aonde a luz entra às trevas tem que sair; para isso fomos chamados: para fazer a diferença, para salgar, para incomodar o mundo pecaminoso, e até mesmo, as pessoas “mornas” da igreja que estão vivendo de forma acomodada.
Se estivermos buscando a Deus de uma forma radical e extravagante é inevitável que causemos estranheza nas pessoas que nos observam, no caso delas estarem num ritmo menos acelerado, ou possuem uma limitada revelação do Espírito de Deus. Precisamos, pois, estarmos preparados para recebermos críticas pesadas, maliciosas e injustas, até de pessoas que deveriam nos apoiar em nossa busca a Deus.
O julgamento precoce de Eli foi à última afronta que Ana recebeu, e o mais agravante aqui, é que esta afronta vinha do sacerdote de Deus. Contudo, vemos uma grande diferença entre o comportamento de Ana, ela reagiu humildemente, não levou pro lado pessoal, não entrou em depressão como fazia no passado, talvez, porque naquele momento ela estava fortalecida pela oração e vigilância, ou talvez tenha sido às afrontas do passado a tornaram mais madura.
Acho que as duas respostas são bem prováveis e verdadeiras, porque é justamente assim que ocorre o crescimento e amadurecimento em nossas vidas, pelo que passamos (lutas, provações e tribulações) aliada a nossa vida com Deus que nos faz filhos mais parecidos com o nosso Pai; e quanto mais parecermos com Cristo, menos as acusações dos homens serão capazes de nos afetar.
Agradar a Deus com a nossa vida em superioridade ao que as pessoas digam ao nosso respeito é a regra, porém, a exceção está em termos a maturidade para não escandalizarmos o nosso próximo, que possa ser fraco na fé e limitado no conhecimento bíblico. Sabemos que Jesus escandalizou muitas pessoas, porém, Ele estava sendo guiado pelo Espírito Santo e não por gostos pessoais.
Amado (a), de vez em quando, os interesses pelas coisas de Deus entrarão em conflito com os preceitos dos homens, nem sempre optar por Deus é uma escolha fácil, porém, acredito que sempre que escolhemos Deus mediante o seu chamado, Ele ao seu tempo, nos justificará diante daqueles que hoje nos criticam tão duramente.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante.
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