O EGOISMO COMO COMBATER ESSE GIGANTE
Mateus 22.34-40
“Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” Mt. 22:39
O povo brasileiro é egoísta? Justifique sua resposta.
"Cada um por si e Deus por todos!" – Com certeza, você já ouviu esta frase. Ela traduz o conceito que muitos têm da vida. São aqueles que se preocupam apenas consigo próprios. E não são poucos os que só querem levar vantagem. Esta atitude, tão presente no coração humano, que se manifesta nos relacionamentos é chamada "egoísmo".
O povo brasileiro é egoísta? Justifique sua resposta.
"Cada um por si e Deus por todos!" – Com certeza, você já ouviu esta frase. Ela traduz o conceito que muitos têm da vida. São aqueles que se preocupam apenas consigo próprios. E não são poucos os que só querem levar vantagem. Esta atitude, tão presente no coração humano, que se manifesta nos relacionamentos é chamada "egoísmo".
O dicionário define "egoísmo" como sendo "o amor exclusivo de sua pessoa e de seus interesses". De fato, o egoísta não se preocupa com os outros, mas trata só dos seus próprios interesses.
A ética cristã, emanada do Novo Testamento, é contundentemente contrária às atitudes egoístas. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo enfatizar a ética cristã centrada no amor, e despertar o povo de Deus para um viver altruísta, o que, sem dúvida, representa um positivo testemunho ao mundo.
A ética cristã, emanada do Novo Testamento, é contundentemente contrária às atitudes egoístas. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo enfatizar a ética cristã centrada no amor, e despertar o povo de Deus para um viver altruísta, o que, sem dúvida, representa um positivo testemunho ao mundo.
Breve Análise do Texto
A passagem tomada por base para este estudo apresenta o relato de mais uma das tentativas de conspiração dos saduceus e fariseus contra Jesus. A intenção de um dos intérpretes da Lei, ao formular a Jesus a pergunta sobre qual seria o maior mandamento da Lei, era criar uma situação em que Jesus viesse a blasfemar. Certamente, o intérprete da Lei se surpreendeu com a resposta de Jesus, pois ele se valeu de Deuteronômio 6.4,5 e afirmou que o maior mandamento consiste em amar a Deus sem reservas. Jesus prossegue e recorre a Levítico 19.18 para dizer que há um segundo mandamento, ligado ao primeiro, o qual consiste em amar ao próximo como a si mesmo.
Conforme R. G. V. Tasker, "um homem não pode amar a Deus num sentido real sem amar também a seu próximo, feito como ele à imagem de Deus”. Esta é a mensagem de I João 4.20,21. Os evangelistas Marcos e Lucas também relatam o episódio (Mc 12.28-34 e Lc 10.25-37), mas não dizem que o intérprete da Lei estava experimentando a Jesus.
Enfatizando a centralidade do amor, Jesus declara que "destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas" (v. 40). Mas, por que são estes dois mandamentos os mais importantes? Guilhermo Hendriksen sugere três razões:
1. A fé e a esperança recebem, o amor dá.
2. Todas as demais virtudes estão incluídas no amor.
3. O amor segue o padrão de Deus, pois Deus é amor.
Há uma canção, cuja letra diz: "Amor! Ser cristão é ter amor. Ama o teu próximo como a ti mesmo. Deus é amor". O egoísmo é incompatível com a vida no reino de Deus.
Enfatizando a centralidade do amor, Jesus declara que "destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas" (v. 40). Mas, por que são estes dois mandamentos os mais importantes? Guilhermo Hendriksen sugere três razões:
1. A fé e a esperança recebem, o amor dá.
2. Todas as demais virtudes estão incluídas no amor.
3. O amor segue o padrão de Deus, pois Deus é amor.
Há uma canção, cuja letra diz: "Amor! Ser cristão é ter amor. Ama o teu próximo como a ti mesmo. Deus é amor". O egoísmo é incompatível com a vida no reino de Deus.
Tópicos para Reflexão
1. CARACTERÍSTICAS E MALES DECORRENTES DO EGOÍSMO
Escrevendo ao jovem Timóteo (II Tm 3.1-9) o apóstolo Paulo o preveniu de que nos últimos dias sobreviriam tempos difíceis, quando os homens seriam, entre outras coisas, egoístas. Como já foi exposto na introdução, o egoísmo caracteriza-se pela concentração dos interesses do indivíduo em si mesmo, em detrimento das necessidades do semelhante.
O ser humano foi criado por Deus para viver numa saudável interdependência -"não é bom que o homem esteja só" (Gn 2.18). O salmista declarou: "Oh, como é bom e agradável viverem unidos os irmãos!" (Sl. 133.1). A igreja do Novo Testamento se distinguia em virtude de um estilo de vida desprendido e altruísta (At 4.32-37).
Na sociedade moderna verifica-se um acentuado individualismo. Em vez de aproximar as pessoas, como pareceria lógico, a globalização acaba promovendo o isolamento e o distanciamento. O modelo econômico neo-liberal interfere diretamente em nossas relações. O mercado transforma-se numa selva, e "salve-se quem puder". O resultado disso é que retrocedemos à mentalidade de Caim: "acaso, sou eu Mor de meu irmão?" Os homens deixam de ser irmãos e parceiros e transformam-se em concorrentes.
A riqueza produzida no mundo e os recursos disponíveis são suficientes para garantir uma condição de vida digna a todos os habitantes do planeta, com acesso ao básico: alimentação, moradia, saúde e educação. Não faltam recursos. O problema é que sobra egoísmo. O egoísmo é o grande responsável pelas cruéis e brutais desigualdades entre pessoas, povos e nações. Mas a Palavra de Deus garante um severo juízo contra aqueles que pensam só em si (Is. 5.8; Lc 12.20,21; Tg 5.1-6).
O ser humano foi criado por Deus para viver numa saudável interdependência -"não é bom que o homem esteja só" (Gn 2.18). O salmista declarou: "Oh, como é bom e agradável viverem unidos os irmãos!" (Sl. 133.1). A igreja do Novo Testamento se distinguia em virtude de um estilo de vida desprendido e altruísta (At 4.32-37).
Na sociedade moderna verifica-se um acentuado individualismo. Em vez de aproximar as pessoas, como pareceria lógico, a globalização acaba promovendo o isolamento e o distanciamento. O modelo econômico neo-liberal interfere diretamente em nossas relações. O mercado transforma-se numa selva, e "salve-se quem puder". O resultado disso é que retrocedemos à mentalidade de Caim: "acaso, sou eu Mor de meu irmão?" Os homens deixam de ser irmãos e parceiros e transformam-se em concorrentes.
A riqueza produzida no mundo e os recursos disponíveis são suficientes para garantir uma condição de vida digna a todos os habitantes do planeta, com acesso ao básico: alimentação, moradia, saúde e educação. Não faltam recursos. O problema é que sobra egoísmo. O egoísmo é o grande responsável pelas cruéis e brutais desigualdades entre pessoas, povos e nações. Mas a Palavra de Deus garante um severo juízo contra aqueles que pensam só em si (Is. 5.8; Lc 12.20,21; Tg 5.1-6).
2. O EGOÍSMO E O MANDAMENTO DO AMOR
A ética cristã está fundada no amor: amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Aí não há espaço para o egoísmo. A parábola do Bom Samaritano (Lc 10.25-37) ilustra muito bem o que significa amar ao próximo como a si mesmo.
Aonde prevalece o egoísmo não há amor, nem ao próximo nem a Deus. É por isso que Jesus condenou os fariseus e sua falsa devoção (Mc 12.38-40).
O amor abre caminho para o encontro e a harmonia do ser humano com o Criador, com o próximo, consigo mesmo e com o meio-ambiente. O amor gera vida e liberdade. Quando o amor determina as nossas relações, aí se estabelecem a fraternidade, a partilha, a cooperação e a justiça.
O egoísmo arraigado em tantos corações e mentes, tem sido um grande empecilho para a construção de um mundo mais humano, justo e solidário. Diante da cultura do individualismo e da competitividade que rege o mundo hoje, onde o outro é visto não como irmão e parceiro, mas apenas como concorrente, o povo de Deus é desafiado a deflagrar uma revolução: a revolução do amor (Mt 5.43-48).
Aonde prevalece o egoísmo não há amor, nem ao próximo nem a Deus. É por isso que Jesus condenou os fariseus e sua falsa devoção (Mc 12.38-40).
O amor abre caminho para o encontro e a harmonia do ser humano com o Criador, com o próximo, consigo mesmo e com o meio-ambiente. O amor gera vida e liberdade. Quando o amor determina as nossas relações, aí se estabelecem a fraternidade, a partilha, a cooperação e a justiça.
O egoísmo arraigado em tantos corações e mentes, tem sido um grande empecilho para a construção de um mundo mais humano, justo e solidário. Diante da cultura do individualismo e da competitividade que rege o mundo hoje, onde o outro é visto não como irmão e parceiro, mas apenas como concorrente, o povo de Deus é desafiado a deflagrar uma revolução: a revolução do amor (Mt 5.43-48).
3. O DESAFIO A UM VIVER ALTRUÍSTA
"Altruísmo" é o oposto de "egoísmo". Ser altruísta significa ter amor ao próximo, ser abnegado, estar comprometido com causas filantrópicas.
O altruísmo deve ser uma marca inconfundível de todo cristão. É deprimente alguém se declarar cristão, e viver egoisticamente. Em seu livro Ética do Novo Testamento, Heinz Dietrich declara: "Não há amor verdadeiro e pleno, do coração todo a Deus, sem o amor ao próximo".
O altruísmo cristão, ordenado por Jesus, transforma-se num veemente testemunho ao mundo (Mt 5.16).
O nosso compromisso solidário não pode se limitar à igreja a que pertencemos. Devemos abrir o coração às necessidades que nos rodeiam, e o nosso envolvimento deve ser mais abrangente e efetivo. O evangelho que pregamos, muitas vezes se mostra acentuadamente conceitual e teórico, e pouco altruísta. Aprendamos com Jesus! (Mt 9.35-37; 14.13-21). Pensemos mais em nossos irmãos! Amemos mais uns aos outros!
A influência do modo de vida atual atinge também os cristãos. Cada um deve avaliar se está vivendo conforme a ética do reino de Deus, fundada no amor, ou se está simplesmente seguindo o curso deste mundo.
Nossa vida cristã não consiste em vivermos para nós mesmos, e sim em vivermos para servir aos nossos irmãos. Lembremos que o maior no reino de Deus é medido pela sua capacidade de Servir.
O altruísmo deve ser uma marca inconfundível de todo cristão. É deprimente alguém se declarar cristão, e viver egoisticamente. Em seu livro Ética do Novo Testamento, Heinz Dietrich declara: "Não há amor verdadeiro e pleno, do coração todo a Deus, sem o amor ao próximo".
O altruísmo cristão, ordenado por Jesus, transforma-se num veemente testemunho ao mundo (Mt 5.16).
O nosso compromisso solidário não pode se limitar à igreja a que pertencemos. Devemos abrir o coração às necessidades que nos rodeiam, e o nosso envolvimento deve ser mais abrangente e efetivo. O evangelho que pregamos, muitas vezes se mostra acentuadamente conceitual e teórico, e pouco altruísta. Aprendamos com Jesus! (Mt 9.35-37; 14.13-21). Pensemos mais em nossos irmãos! Amemos mais uns aos outros!
A influência do modo de vida atual atinge também os cristãos. Cada um deve avaliar se está vivendo conforme a ética do reino de Deus, fundada no amor, ou se está simplesmente seguindo o curso deste mundo.
Nossa vida cristã não consiste em vivermos para nós mesmos, e sim em vivermos para servir aos nossos irmãos. Lembremos que o maior no reino de Deus é medido pela sua capacidade de Servir.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante
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