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terça-feira, 29 de outubro de 2019

CÂNCER DE PRÓSTATA E PREVENÇÃO



                                  CÂNCER DE PRÓSTATA E PREVENÇÃO

Câncer de próstata: causas, sintomas, tratamentos, diagnóstico e prevenção
 O que é câncer de próstata?
Câncer de próstata é o tumor que afeta a próstata, glândula localizada abaixo da bexiga e que envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis. O câncer de próstata é o mais frequente entre os homens, depois do câncer de pele. Embora seja uma doença comum, por medo ou por desconhecimento muitos homens preferem não conversar sobre esse assunto.
As estimativas apontam 68.220 novos casos em 2018. Esses valores correspondem a um risco estimado de 66,12 casos novos a cada 100 mil homens, além de ser a segunda causa de morte por câncer em homens no Brasil, com mais de 14 mil óbitos. Na presença de sinais e sintomas, recomenda-se a realização de exames.
A doença é confirmada após fazer a biópsia, que é indicada ao encontrar alguma alteração no exame de sangue (PSA) ou no toque retal, que somente são prescritos a partir da suspeita de um caso por um médico especialista.
As células são as menores partes do corpo humano. Durante toda a vida, as células se multiplicam, substituindo as mais antigas por novas. Mas, em alguns casos, pode acontecer um
crescimento descontrolado de células, formando tumores que podem ser benignos ou malignos (câncer). 
O câncer de próstata, na maioria dos casos, cresce de forma lenta e não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem. Em outros casos, pode crescer rapidamente, se espalhar para outros órgãos e causar a morte. Esse efeito é conhecido como metástase.

O que é a próstata?
A próstata é uma glândula presente apenas nos homens, localizada na frente do reto, abaixo da bexiga, envolvendo a parte superior da uretra (canal por onde passa a urina). A próstata não é responsável pela ereção nem pelo orgasmo. Sua função é produzir um líquido que compõe parte do sêmen, que nutre e protege os espermatozoides. Em homens jovens, a próstata possui o tamanho de uma ameixa, mas seu tamanho aumenta com o avançar da idade.
ATENÇÃO: As informações presentes nesta página têm por objetivo apoiar e informar dados úteis sobre o câncer de próstata, mas não substituem, em hipótese alguma, a consulta médica. Em casos de suspeita, procure um médico especialista de sua confiança para avaliação.
Quais os fatores de risco?
Existem alguns fatores que podem aumentar as chances de um homem desenvolver câncer de próstata. São eles:
  • Idade: o risco aumenta com o avançar da idade. No Brasil, a cada dez homens diagnosticados com câncer de próstata, nove têm mais de 55 anos.
  • Histórico de câncer na família: homens cujo o pai, avô ou irmão tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos, fazem parte do grupo de risco.
  • Sobrepeso e obesidade: estudos recentes mostram maior risco de câncer de próstata em homens com peso corporal mais elevado.
Como prevenir o câncer de próstata?
Já está comprovado que uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o risco de câncer, como também de outras doenças crônicas não-transmissíveis. Nesse sentido, outros hábitos saudáveis também são recomendados, como fazer, no mínimo, 30 minutos diários de atividade física, manter o peso adequado à altura, diminuir o consumo de álcool e não fumar.
Entre os fatores que mais ajudam a prevenir o câncer de próstata estão:
  • Ter uma alimentação saudável.
  • Manter o peso corporal adequado.
  • Praticar atividade física.
  • Não fumar.
  • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas.
Sinais e sintomas do câncer de próstata
Na fase inicial, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas e, quando apresenta, os mais comuns são:
  • dificuldade de urinar;
  • demora em começar e terminar de urinar;
  • sangue na urina;
  • diminuição do jato de urina;
  • necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite.

Esses sinais e sintomas também ocorrem devido a doenças benignas da próstata. Por exemplo:
  • Hiperplasia benigna da próstata é o aumento benigno da próstata. Afeta mais da metade dos homens com idade superior a 50 anos e ocorre naturalmente com o avançar da idade.
  • Prostatite é uma inflamação na próstata, geralmente causada por bactérias.
IMPORTANTÍSSIMO: Na presença de sinais e sintomas, recomenda-se a realização de exames para investigar o câncer de próstata.
Quais exames são feitos para investigar o câncer de próstata?
Para investigar os sinais e sintomas de um câncer de próstata e descobrir se a doença está presente ou não, são feitos basicamente dois exames iniciais. 
  • Exame de toque retal: o médico avalia tamanho, forma e textura da próstata, introduzindo o dedo protegido por uma luva lubrificada no reto. Este exame permite palpar as partes posterior e lateral da próstata.
  • Exame de PSA: é um exame de sangue que mede a quantidade de uma proteína produzida pela próstata - Antígeno Prostático Específico (PSA). Níveis altos dessa proteína podem significar câncer, mas também doenças benignas da próstata.
Qual exame confirma/diagnostica o câncer de próstata?
Para confirmar o câncer de próstata é preciso fazer uma biópsia. Nesse exame são retirados pedaços muito pequenos da próstata para serem analisados no laboratório. A biópsia é indicada caso seja encontrada alguma alteração no exame de PSA ou no toque retal. 
Homens sem sinais ou sintomas precisam fazer exames para o câncer de próstata?
Alguns especialistas são contra de se fazer exames de rotina em homens sem sintomas, pois pode trazer tanto benefícios quanto riscos à saúde. Outros, no entanto, são a favor. 
  • Benefícios: realizar o exame pode ajudar a identificar o câncer de próstata logo no inicio da doença, aumentando assim a chance de sucesso no tratamento. Tratar o câncer de próstata na fase inicial pode evitar que se desenvolva e chegue a uma fase mais avançada.
  • Riscos: ter um resultado que indica câncer, mesmo não sendo, gera ansiedade e estresse, além da necessidade de novos exames, como a biópsia. Diagnosticar e tratar um câncer que não evoluiria e nem ameaçaria a vida. O tratamento pode causar impotência sexual e incontinência urinária. Os riscos desses exames estão relacionados às consequências dos seus resultados e não à sua realização.
DESTAQUE: O Ministério da Saúde, assim como a Organização Mundial da Saúde (OMS), não recomenda que se realize o rastreamento do câncer de próstata, ou seja, não é indicado que homens sem sinais ou sintomas façam exames. Procure conhecer os riscos e os benefícios que envolvem a realização desses exames de rotina e converse com um profissional de saúde da sua confiança para decidir se deseja ou não realizá-los.
Qual o tratamento para o câncer de próstata?
O câncer de próstata é feito por meio de uma ou de várias modalidades/técnicas de tratamento, que podem ser combinadas ou não. A principal delas é a cirurgia, que pode ser aplicada junto com radioterapia e tratamento hormonal, conforme cada caso. 
Quando localizado apenas na próstata, o câncer de próstata pode ser tratado com cirurgia oncológica, radioterapia e até mesmo observação vigilante, em alguns casos especiais. No caso de metástase, ou seja, se o câncer da próstata tiver se espalhado para outros órgãos, a radioterapia é utilizada junto com tratamento hormonal, além de tratamentos paliativos. 
A escolha do melhor tratamento é feita individualmente, por médico especializado, caso a caso, após definir quais os riscos, benefícios e melhores resultados para cada paciente, conforme estágio da doença e condições clínicas do paciente. Todas as modalidades de tratamento são oferecidas, de forma integral e gratuita, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
A próstata é uma glândula acessória exclusiva do sistema genital masculino, que se localiza abaixo da bexiga. Ela é a responsável por liberar uma secreção alcalina que neutraliza a acidez da uretra e das secreções vaginais. Essa secreção se une ao líquido seminal, formando o sêmen.
Considerado um câncer da terceira idade, o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens no Brasil, atrás apenas do câncer de pele.  Ainda não se conhece as causas do câncer de próstata, mas especialistas consideram alguns fatores que podem favorecer o desenvolvimento desse câncer, como:
→     Fatores genéticos. Homens que tenham histórico de câncer de próstata na família têm maior probabilidade de desenvolver a doença;
→     Fatores hormonais. Estudos confirmaram que homens que não produzem o hormônio testosterona têm menores chances de desenvolver o câncer de próstata, porém, outros estudos mostraram que a produção de testosterona não causa o câncer, mas em homens que já possuem a doença, o hormônio poderia estimular o crescimento do tumor;
→     Alimentação. Especialistas acreditam que uma dieta rica em gordura e pobre em verduras e frutas predispõe ao aparecimento do câncer de próstata;
→     Sedentarismo;
→     Fatores ambientais. Muitos estudos estão sendo feitos para comprovar se realmente o ambiente pode interferir no desenvolvimento do câncer de próstata. Estudos já confirmaram que populações com baixa incidência de câncer de próstata e que migram para locais com alta incidência, apresentam um aumento da ocorrência de casos.
Os sintomas do câncer de próstata, na maioria das vezes, não são sentidos nos estágios iniciais da doença, sendo o tumor detectado apenas através de exames, como o do toque retal e PSA (antígeno específico da próstata). Há outros casos em que o homem pode apresentar dificuldade para urinar, jato da urina fraco, sensação de que a bexiga não esvaziou e aumento no número de micções. É importante ressaltar que esses sintomas não indicam a presença de um câncer, mas exige uma avaliação médica.
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Uma vez diagnosticado o câncer de próstata, outros exames serão pedidos pelo médico a fim de verificar o tamanho do tumor, o estágio da doença, e se o câncer sofreu metástase, ou seja, atingiu outros órgãos do corpo.
O tratamento do câncer de próstata irá depender do estágio em que se encontra a doença, idade do paciente e níveis do PSA.
A cura do câncer de próstata dependerá do estágio, extensão do tumor e classificação das células malignas que há no tumor.
O câncer é uma doença não transmissível, e o convívio com familiares e amigos é normal, porém é importante lembrar que todo homem, acima dos 40 anos de idade, precisa fazer o exame de toque retal e o PSA para verificar se há ou não a presença de câncer na próstata. Vale ressaltar que quando detectado nos estágios iniciais, o câncer de próstata tem até 100% de chances de cura, por isso a importância da prevenção.
 O câncer de próstata é o segundo tumor maligno que mais faz vítimas entre os homens, só perdendo para o câncer de pulmão. Isso se dá muito em decorrência do diagnóstico tardio.
A estimativa é que em 2019, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer, sejam diagnosticados 68 mil novos casos de câncer de próstata no Brasil, sendo estimadas mais de 13 mil mortes por ano.
Apesar da alta incidência e da elevada mortalidade associada, a detecção precoce aumenta as chances de cura e controle da doença em até 90%. Daí a importância do rastreamento periódico para todo homem a partir dos 50 anos, já que a doença costuma ser silenciosa no estágio inicial.
Como ocorre em outros tipos de câncer, os mecanismos que determinam a multiplicação desordenada das células da próstata não são completamente conhecidos, embora se saiba que há o envolvimento genético e questiona-se a participação dos hormônios masculinos para o crescimento do tumor. De qualquer forma, o avanço da idade está comprovadamente associado ao aumento da probabilidade de desenvolver câncer de próstata, assim como o histórico familiar, um dos principais fatores.
Quem possui parentes diretos que tiveram essa doença, como pai e irmãos, apresenta um risco de adquiri-la de três a dez vezes maior do que o restante da população masculina.
O Dr. Leonardo Otero Pertusier, urologista sênior e coordenador da Urologia do Check-up do Fleury Medicina e Saúde, afirma que o câncer de próstata possui chances de cura de até 90% quando diagnosticado precocemente. Dessa forma, conhecer os fatores de risco é fundamental para a prevenção, sendo eles a hereditariedade, a idade (a incidência aumenta exponencialmente após os 50 anos), a má alimentação, a obesidade e hábitos não saudáveis, como o consumo excessivo de álcool e o tabagismo.
Exames preventivos
A próstata é uma glândula localizada logo abaixo da bexiga, encostada no reto
Para o Dr. Pertusier, iniciativas como o Novembro Azul são fundamentais para informar e sensibilizar a população. Sobre os exames preventivos, explica: “recomenda-se que homens a partir dos 50 anos de idade (45 anos, se tiverem fator de risco familiar) façam o exame de próstata anualmente, que inclui o toque retal e o exame de sangue, para checar a dosagem do PSA (antígeno prostático específico)”. Vale lembrar que um exame não substitui o outro, ambos são necessários.
Principais sintomas que merecem uma consulta médica
No estágio inicial, o câncer de próstata costuma cursar de forma lenta e quase sempre sem sintomas e silencioso – o que aumenta a importância do rastreamento periódico para permitir o diagnóstico precoce.
Os sinais clínicos, em geral, que podem se confundir com o crescimento normal e benigno da próstata, surgem em uma fase mais avançada da doença onde o crescimento do tumor pode provocar complicações locais e também fora da próstata, e incluem:
  • Dificuldade de iniciar a passagem da urina
  • Dificuldade de interromper o ato de urinar
  • Urinar em gotas ou jatos sucessivos
  • Necessidade de fazer força para manter o jato de urina
  • Necessidade premente de urinar imediatamente
  • Sensação de dor na parte baixa das costas ou na pélvis (abaixo dos testículos)
  • Sangue na urina ou no esperma
  • Dor durante a passagem da urina
  • Dor quando ejacula
  • Dor nos testículos
  • Dor lombar, na bacia ou nos joelhos
  • Sangramento pela uretra.
Genética e o câncer de próstata
Estima-se que entre 5% a 10% dos casos de câncer de próstata são de origem hereditária. Já existe um teste chamado Painel Câncer de Próstata Hereditário que sequencia genes relacionados ao risco de desenvolvimento da doença.
A partir do conhecimento do perfil genético do indivíduo é possível ter um plano de acompanhamento personalizado onde o pilar de abordagem segue em conjunto com o rastreamento regular.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante



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