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terça-feira, 23 de abril de 2019

A IMPORTÂNCIA DA INTERCESSÃO


                                              A IMPORTÂNCIA DA INTERCESSÃO

ÊXODO 2:11-25

INTRODUÇÃO
A maturidade espiritual é proveniente da escola das duras provas (Tiago 1:2-4). Moisés aqui toma algumas lições de humildade. Estes quarenta anos de desencorajamento foram necessários para moldar o seu caráter e fazer dele um instrumento apropriado para o uso de Deus.
A Grandeza de Moisés ! versículos 11-12
Atos 7:22-25 nos relata alguns fatos importantes a respeito de Moisés. Aos 40 anos de idade ele se tornara um homem de ação e de eloqüência. De acordo com a tradição judaica ele já era um herói militar. Estevão nos conta que ele foi instruído em toda a ciência do Egito, uma nação de um povo culto. Moisés era física, intelectual e mentalmente um grande homem. Deus o usou para realizar uma grande obra. Através de Deus, ele libertou Israel, foi mediador da Antiga Aliança, e escreveu os primeiros cinco livros das Escrituras. Note, entretanto, que antes que realizasse alguma coisa, ele aprendeu a ser muito diferente. Fé em Deus e não em si mesmo é o que traz vitória.
I. A ESCOLHA DE MOISÉS
Hebreus 11:24-27 explica a dinâmica espiritual por detrás das ações de Moisés. Ele era um homem de fé no Deus de Israel. Sem dúvida, ele aprendeu a história de Israel com os seus parentes. Ele certamente contemplou a promessa feita a Abraão, Isaque e Jacó. Nós sabemos através de Atos 7:24-25 que o Senhor havia falado com ele a respeito dele ser o libertador de Israel. Sendo assim, Moisés resolveu virar as costas para o Egito e se identificar com o povo de Deus. Note alguns aspectos da escolha de Moisés:
Sua escolha foi feita quando ele era intelectualmente maduro (Hebreus 11:24) Pessoas jovens tomam decisões facilmente e não pensam muito nas conseqüências. Tal entusiasmo freqüentemente não persevera muito tempo. Moisés, no entanto, tinha pesado e feito as contas de sua decisão. Ele sabia o que estava perdendo e o que iria ganhar (Hebreus 11:25-26). Que nós venhamos, como nosso Senhor sempre nos informa, a fazer as contas do verdadeiro preço de ser um discípulo (Mateus 10:16:-39, Lucas 9:57-62).
Moisés fez a sua escolha em uma época em que ser um israelita era dificil e não era honroso (Hebreus 11:25). Muitos escolhem estar ao lado de Deus quando é popular fazê-lo. A maioria acaba voltando atrás em sua decisão.
Moisés agiu pura e simplesmente baseado na fé em Deus (Hebreus 11:24-29). O raciocínio humano jamais escolheria tal caminho.
II. COMPLICAÇÕES ! VERSÍCULOS 11-15
Alguns estudantes da Bíblia aplaudem este feito de Moisés, enquanto outros acreditam que ele pecou por apressar-se. Eles alegam que ele antecipou o seu chamado, causando assim estes problemas. Como devemos olhar para estes eventos? A narrativa é muito breve e sem dúvida muitos detalhes são omitidos que nos ajudariam a entendermos as ações de Moisés.
Na realidade, não é tão complicado. A Bíblia descreve o comportamento de Moisés como sendo motivado pela fé (Hebreus 11:24-27). Por que os homens condenariam o que as Escrituras aplaudem? Como estes homens podem se sentir qualificados a fazer tal julgamento a respeito de um homem como Moisés? Ele está muito acima deles em grandeza.
Realmente, Moisés estava profundamente desapontado com a falha de Israel em entender a sua missão (Atos 7:25). A repulsado versículo 14 lhe revela a grandeza da sua tarefa. Não somente o Egito, mas também o próprio povo de Israel, eram um obstáculo ao seu trabalho. Anos mais tarde, Moisés provavelmente sentiu que o povo de Deus lhe trouxe mais problemas do que Faraó.
Estes eventos terminam com Moisés fugindo para salvar a sua vida (versículo 15). Isto não era um fracasso, mas apenas um outro passo em direção aos planos de Deus. Moisés havia feito sua escolha, mas ainda precisava de um preparo melhor. A educação que recebera no Egito o tornara confiante e capaz. No deserto ele aprenderia a humildade, e, ao mesmo tempo, que Deus não usa a autoconfiança das pessoas, mas a fé em Seu poder (II Coríntios 12:9). Por que nós condenaríamos Moisés por não ser tão maduro aos 40 anos como o era aos 80. Ele uma vez foi jovem e agora havia crescido. Os planos de Deus foram realizados dentro do Seu próprio tempo. Que Deus nos ajude a crescermos assim também.
III. COMENTÁRIOS A RESPEITO DO CARÁTER DE MOISÉS ! VERSÍCULOS 11-15
Esta parte da narrativa revela várias particularidades do caráter de Moisés que poderão ser vistas em várias ocasiões.
– Ele era um homem de grande fé. Ele viu o invisível (Hebreus 11:27). A maior das civilizações da terra não era tão real para ele quanto as promessas de Deus.
– Moisés era um homem com um aguçado senso de justiça. Ele não conseguia ficar parado, enquanto alguém era maltratado.
– Moisés foi sempre impelido a agir pelo senso do dever. O dever e não o ganho, fama ou vida fácil é que norteou a sua vida.
IV. A PEREGRINAÇÃO EM MIDIÃ ! VERSÍCULOS 15-22
A. Mais um ato heróico (versículos 16-19)
Esta cena mais uma vez confirma nosso ponto de vista sobre o caráter de Moisés. Ele amava a justiça. O dever o levou a socorrer aqueles que eram maltratados. Ele aparentava ser um homem que possuía um espírito gentil e prestativo. Novamente podemos ver que Moisés tinha como características a coragem e a força física. Não há dúvida ele foi criado para guerra. Havia nele uma combinação de força e gentileza de caráter.
B. O Sogro de Moisés
Reuel (amigo de Deus) é chamado de Sacerdote de Midiã (vers. 16). Alguns acreditam que, como Melquisedeque, ele também fosse um adorador do Deus verdadeiro. Outros acreditam que somente mais tarde é que ele aprendeu a verdade do monoteísmo (Êxodo 18:10-12). Nós não temos todos os fatos, mas aparentemente a Bíblia sempre o apresenta de maneira positiva. Moisés, provavelmente, não viveria em um lar onde os falsos deuses eram adorados. Certamente que Reuel não possuía o mesmo grau de conhecimento de Moisés.
– Casamento (versículos 21-22)
Enquanto estava em Midiã, Moisés veio a casar-se com Zípora, filha de Reuel. Nós sabemos bem pouco a respeito desta mulher. As evidências parecem indicar que o lar então estabelecido, era um lar feliz, embora ela não pareça ter sido uma ajuda para Moisés no serviço de Deus. De fato, há indicações de que ela em algumas ocasiões se tornou um impedimento e um peso para ele. Talvez Deus tenha usado isso para fazer de Moisés um homem de grande mansidão. Deus sabe como fazer bom uso das circunstâncias desagradáveis.
V. LEMBROU-SE DEUS – VERSÍCULOS 23-25
Enquanto o tempo passava e a carga aumentava, Israel começava a clamar a Deus. Os quarenta anos extras, não foram necessários somente para o crescimento de Moisés, mas também para Israel amadurecer a idéia e o desejo de fugir da escravidão. O plano de Deus incluía o tempo certo para cada detalhe.
Ao ouvir as orações de Israel, Deus relembra as promessas feitas aos patriarcas. Esta forma de linguagem é classificada como antropomorfismo, pois Deus nunca se esquece. Quando Ele nos diz que “lembrou do Seu povo” é que chegou o tempo e a ocasião apropriada para Ele agir em favor deles.
Como cristãos, nós ficamos felizes em saber que Deus nunca se esquece dos seus escolhidos. De acordo com o decreto da Sua aliança, Ele redime, preserva, chama e guarda a cada um.
CONCLUSÃO
Ao examinarmos a vida de Moisés, somos lembrados de que as providências de Deus são muitas vezes estranhas e inesperadas para nós. Seus planos são tão diferentes daqueles que antecipamos, que somos tentados a nos sentirmos desencorajados e abandonados, como se Deus não tivesse plano nenhum para nós.
Anime-se! Mesmo durante grandes dificuldades ou longos períodos de trabalho, aparentemente sem efeito, Deus está levando a cabo os Seus propósitos. Como o barro que gira na roda, nós nunca sabemos quais serão os desígnios ou projetos do oleiro.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

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