Pages

quarta-feira, 14 de março de 2018

NEM OURO E NEM PRATA...


                                                         NEM OURO E NEM PRATA...
A passagem revela uma cura sem ouro e prata, somente pelo precioso sangue de Cristo. Estaremos analisando nesse estudo como era a vida daquele homem antes e até o momento de sua cura, recolhendo aprendizado para os dias atuais.
Afinal, todos os dias ele se deparava com a mesma situação de se encontrar na porta do templo para pedir esmola aos que passavam, porém a miséria daquele homem se torna em alegria um dia.
O que mais acho interessante dessa passagem é a quantidade de detalhes sobre aquela situação, certamente Lucas que foi o escritor de Atos dos Apóstolos sabia como era a situação daquele homem e escreve com precisão e clareza, creio eu, deixando todos os detalhes necessários para aprendermos.
Veremos como ocorre a cura divina, não vinda do homem. O ser humano pode conquistar riquezas e regalias, porém, somente Deus tem o poder sobrenatural de transformar vidas.
Foi pelo precioso sangue de Cristo que aquele coxo firmou os tornozelos, não era por causa dos apóstolos que estavam subindo ao templo, más sim, pelo que estava dentro deles, ou seja, o Espírito Santo da verdade.
Todos os dias se deparar com a mesma situação era comum na vida daquele homem, até aparecer pessoas usadas por Deus para alterar aquela condição.
Por isso, você e eu podemos ser os que serão usados por Jesus para levar a salvação, felicidade e outras coisas semelhantes que somente o nosso Mestre pode proporcionar por intermédio da minha e sua vida, principalmente, se você deseja ser uma pessoa que prega a Palavra de Deus, existe também 6 passos para montar um pregação do início ao fim!
Continue lendo e aprenda mais sobre essa passagem. O texto que será analisado se encontra em Atos 3.1-8:
“Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona. E era trazido um varão que desde o ventre de sua mãe era coxo, o qual todos os dias punham á porta do templo chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam. Ele, vendo a Pedro e a João, que iam entrando no templo, pediu que lhe dessem uma esmola. E Pedro, com João, fitando os olhos nele: Olha para nós. E olhou para eles, esperando receber alguma coisa. E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda. E, tomando-o pela mão direita, o levantou, e logo os seus pés e tornozelos se firmaram. E, saltando ele, pôs-se em pé, e andou, e entrou com eles no templo, andando, e saltando, e louvando a Deus.” (Atos 3.1-8)

Contexto Histórico

Lucas, depois de historiar o primeiro sermão da Igreja de Cristo, no primeiro dia da sua organização e resultado do primeiro apelo aos pecadores, passa a narrar a história de um dos primeiros milagres da igreja.
“Muitas maravilhas e sinais se faziam”, cap. 2.43. A cura do coxo na porta do templo, está acentuada porque foi feita no templo, e porque salienta o glorioso fruto do ministério de curas.
O que o mundo carece hoje é ver o mesmo Cristo do primeiro século ainda “fazendo bem e curando todos os oprimidos do diabo.”
O “esfarrapado” coxo não podia entrar no templo para a adoração, a Lei o impedia. Hoje, acontece o inverso, existe muitos coxos espirituais nas igrejas, porque não creem no poder do nome de Jesus! a incredulidade os impede de verem milagre acontecer, porque Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente (Hebreus 13.8).
Este texto nos mostra também a infelicidade nossa hoje em dia referente curas e milagres, pois vemos na igreja primitiva um “modelo” a ser seguido nos dias atuais, que está longe da nossa realidade. Falando da atualidade, muitas pessoas cometem um erro comum, eu até fiz um conteúdo exclusivo sobre isso.
Já tive a oportunidade de ficar sabendo que uma mulher testemunhou em cima do altar que acertou o ponto na hora de cozinhar o macarrão, é engraçado até de se pensar.
Amém para quem crê que isso seja um milagre, dependendo da cozinheira até seja, más milagres e maravilhas estão escassos hoje em dia.
Ao analisar a situação dos judeus naquela época percebemos que não importa quantas vezes subiam ao templo para orar, ninguém foi capaz, por intermédio de Deus, oferecer uma ajuda espiritual para aquele homem.
O mesmo acontece nos dias atuais, vivemos tempos em que as igrejas estão cheias de si, querendo “engordar” os seus membros, más se esquecendo dos que estão lá fora, carentes de uma ajuda espiritual.
Hoje a Lei não impede ninguém de se achegar a Deus, porque Jesus se fez o caminho (João 14.6), porém, existem diversas pessoas que se desviam dEle, porque são coxos dentro do templo.
Temos o privilégio de apresentar esse mesmo caminho para todos. Irmãos, permita-te lhe contar algo:
Eu já tive a oportunidade de entregar comida para moradores de rua durante as madrugadas de São Paulo, aproveitava enquanto distribuía alimento para poder evangelizar.
Conversando com alguns deles, a quantidade maior de testemunhos que escutava era mais ou menos o seguinte: “Fui crente e me desviei”; “Já fui para a igreja, hoje sou desviado”. Triste realidade, más a maioria dos moradores de ruas já assentaram-se na mesa do Rei e se perderam.
Pr. Daniel Nogueira (jovem pregador do evangelho) em uma de suas mensagens disse que foi levantado um estudo, se trouxessem todos os que se desviaram para a igreja o número de crentes triplicaria.
Sabe o que isso significa? mais pessoas passou pela igreja e se desviou do que aqueles que ficaram, cometendo erros, se afastaram da verdade.
Devemos, não ser igual aqueles Judeus que se perdiam em só subir e descer do templo na hora da oração, más, ter uma vida cheia do Espírito Santo igual Pedro e João que foram capazes de ver a vontade de Deus para aquele coxo.

Pedro e João subiam ao templo a hora da oração, a nona

Estes dois apóstolos eram íntimos amigos, um do outro, durante a vida de Cristo.
Estavam juntos na ressurreição da filha de Jairo, na transfiguração, no Getsêmane, na preparação da páscoa e na prisão de Jesus. E essa intimidade continua depois da paixão e ressurreição de Jesus.
Contudo esses dois eram de naturezas contrárias; o grande caraterístico de João era seu amor, o de Pedro era sua visão prática. Há grande vantagem em procurarmos a companhia dos irmãos de natureza contrária a nossa, para colher aprendizados juntos.
Subiam juntos ao templo (v. 1): Os crentes primitivos, sendo judeus, realizavam seus cultos em uma das câmaras do templo, direito concedido a vários grupos religiosos, entre os judeus, que se reuniam para estudar as Escrituras.
Logo no início, os crentes foram considerados uma seita do judaísmo e não foram perseguidos.
Josefo diz que, mesmo durante o cerco de Jerusalém pelos romanos (70 d.C.), os sacerdotes “ainda ofereciam os seus sacrifícios no altar duas vezes por dia, pela manhã e aproximadamente à hora nona”.
Schuerer afirma que o incenso era oferecido no altar de ouro, no Santuário (ou Lugar Santo), antes que a oferta queimada fosse feita no altar de bronze pela manhã e à tarde, “para que a oferta queimada diária fosse, por assim dizer, envolta pela oferta do incenso”. Ele acrescenta: “Enquanto isso acontecia, o povo também se reunia no templo, para orar”.
A hora da oração, a nona (v.1): Os discípulos, cheios do Espírito, sentiam-se impelidos a aproveitarem-se de todos os ensejos para adorar a Deus juntos, ou nas suas próprias casas ou no Templo. Entre os judeus fazia-se oração três vezes por dia:
  1. Às nove da manhã.
  2. Ao meio dia.
  3. A hora nona, isto é, três horas da tarde.
Analisando, percebemos que João e Pedro estavam cheio de vontade de adorar a Deus, não perdendo nenhuma oportunidade (porque Deus ele não procura somente adoração, mas sim, verdadeiros adoradores).
Assim devemos ser nós também, com a chama do Espírito ardendo em nosso peito para não ficarmos por fora de nenhum culto ao Senhor e jamais perder a oportunidade de conhecer mais sua Palavra.
Judeus podiam subir ao templo três vezes ao dia, más, muito deles estavam com o coração distante do Pai, temos que tomar cuidado para não se acostumar também só com o templo se esquecendo de ter uma tocha dentro de nós pelo Mestre.
Existe pessoas que acreditam ter conquistado tudo da parte de Deus, ou que podem conquistar o restante longe da igreja. Imagine comigo, Pedro e João tinha acabado de receber o poder do alto no Pentecostes e mesmo assim correram para o templo.
Já fui indagado sobre o porquê da igreja, simples, ela é o lugar de se reunirmos com um só propósito, a adoração a Deus.
Jamais podemos se conformar em receber algo da parte de Deus, isto é, não podemos achar que aquilo ao qual o Pai nos deu é tudo.
Ele tem sempre mais a nos proporcionar em sua presença. Se você já recebeu o batismo com o Espírito Santo, continue almejando os dons; se já recebeu os dons, continue almejando utilizar eles, e assim por diante.
Nossa vida cristã tem que ser ativa a todo momento, buscando entregar o nosso melhor à Deus.
O povo naquele tempo se preocupara em entrar para orar, mas poucos se preocuparam com o triste estado do coxo. Estamos vivendo em um momento de atender as necessidades daqueles que estão perdidos.

O coxo e a porta formosa

Desde o ventre de sua mãe era coxo (v.2): Aquele homem passara 40 anos sem caminhar (Atos 4.22); era paupérrimo e impotente, retratando o quadro da miséria humana, mas felizmente ousado em confessar abertamente sua necessidade.
É somente quando reconhecemos a nossa miséria que Deus pode nos socorrer.
Todos os dias punham a porta do templo, chamada Formosa (v. 2): Havia três pátios no Templo. Ao primeiro os gentios tinham acesso; ao segundo foi concedido entrada para as mulheres; mas ao terceiro, somente aos homens judaicos.
Era esse terceiro pátio que a porta, chamada Formosa, dava entrada. A famosa porta media 25 metros de altura, 20 de largura e era necessário o serviço de 20 homens para abri-la e fechá-la. Mas não era conhecida apenas por seu tamanho, era de metal, coberto de ouro e prata e, na luz do sol, ofuscava a vista.
O contraste era grande; o mendigo deitado ao lado da magnifica porta que dava entrada à habitação de Deus! Sendo coxo, porém, não podia entrar e, se entrasse, não alcançaria coisa alguma, porque no templo já faltava a glória de Deus.
Quantos coxos estão à nossa porta sem achar alívio?
A vida daquele homem não era nada de formosa, todos os dias se deparava com a mesma situação. Imagine seu coração como pensava, via homens passando por ele e nenhum o ajudava espiritualmente, certamente que não via bondade em muitos.
Pensando nisso, qual o testemunho que estamos dando para os de fora? nós que somos cristãos, será que as pessoas olham para nós e consegue achar bondade? O testemunho é tão importante que é possível evangelizar somente com ele!
A Bíblia nos dá autonomia para pensar, então juntos, vamos conjecturar como era o dia-a-dia daquele coxo:
“Mais uma manhã comum, ele acorda cedo para chegar antes dos primeiros judeus que iam subir ao templo, sem força nos seus pés por ser coxo, pede a ajuda para alguém o colocar sentado, depois de aproveitar seus poucos momentos, clama para alguém o colocar na porta do Templo.
Assim que chega, começa a pedir esmola, um passa por ele menosprezando, o outro, nem olha. Assim por diante se passa a vida dele.”
Que miserável pensar nessa condição, más quem será que estava em real estado de miséria? seria só o coxo ou todos aqueles que subiam ao templo, porém, não se preocupavam com o próximo? Irmãos, triste dizer, estamos tão preocupados as vezes em ter a igreja mais bonita e rica, com dízimos altos.
Não percebemos que se continuarmos entraremos em um estado de miséria espiritual, com o bolso gordo e templos formosos, más, o coração sem amor pelo próximo.

O pedido de esmola e a resposta com cura

Quando o homem coxo viu que Pedro e João entravam no Templo, ele lhes pediu uma esmola (v. 3), O tempo imperfeito sugere que ele pode ter estado pedindo repetidamente, embora também possa significar “começou a pedir”. Pedir esmolas era e ainda é muito comum em terras orientais.
Fitando os olhos (v. 4): é uma única palavra em grego. E o mesmo verbo que é traduzido como “estar com os olhos fitos no céu” em Atos 1.10. Indica um olhar fixo.
Quando Pedro fixou os seus olhos no homem coxo e disse: Olha para nós, o homem naturalmente esperou uma generosa soma de dinheiro (v. 5).
Não tenho prata nem ouro (v. 6): São poucas as vezes que os amigos de Cristo possuem abundância de bens terrestres. Os apóstolos tinham apenas o suficiente para viver.
É verdade que os membros da igreja em Jerusalém depositaram grandes somas de dinheiro aos pés de Pedro e João, mas tudo foi usado fielmente para os fins designados pelos ofertantes.
Quando Pedro informou o coxo de que não tinha dinheiro, naturalmente este perdeu toda a esperança de receber alívio das mãos dos apóstolos.
Mas, a Igreja de Cristo cresce, não por força humana, nem por riquezas terrestre, nem por sabedoria dos homens, mas pelo Espírito Santo.
Mas o que tenho, isso te dou (v.6): Pedro não possuía nem prata nem ouro; mas, cheio do Espírito Santo, transbordava de bênção que não se compram com dinheiro.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.