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sábado, 30 de setembro de 2017

O CRISTÃO VENCENDO OS VÍCIOS...


                                           O CRISTÃO VENCENDO OS VÍCIOS...
 Quem, em sã consciência, deseja ser escravo, acorrentado para sempre à servidão? Mas é justamente isto que é a dependência, ou o vício: uma escravidão auto imposta, vendendo-nos a uma vida de escravidão a um hábito ou substância. Embora imaginemos que dependência tem a ver com drogas ou álcool, existem outros vícios igualmente destrutivos. Podemos ser viciados em trabalho, mediocridade, ou um estilo de vida doentio. Todos nós somos viciados em alguma coisa, seja vícios "menores,”ou seja, perigosos, como álcool e drogas. Nosso principal vício é o pecado. Gostamos de fazer a coisa errada. Ironicamente, a única saída é depender de Deus e do seu Espírito. Continuamos dominados, mas o seu controle é para nosso próprio benefício e saúde, não a destruição. O poder transformador de Deus é a única coisa que pode nos libertar dos vícios.
O Vício INCLUE MAIS QUE O ABUSO DE SUBSTÂNCIAS
2 Pedro 2:19...prometendo-lhes liberdade, quando eles mesmo são escravos da corrupção, pois aquele que é vencido fica escravo do vencedor.
A chave do vício é o controle, ou seja, o que o controla. Porque você é escravo daquilo que o controla.
NOSSO MAIOR Vício É O PECADO
Romanos 6:19-20...Porque, quando éreis escravos do pecado, estáveis isentos em relação à justiça.
Todos pecaram. A única cura completa do pecado é a fé em Jesus Cristo.
MAS EU SOU ADORADOR DE DEUS. APENAS SOU DEVOTADO A OUTRAS COISAS TAMBÉM. ISTO ESTÁ ERRADO?
Mateus 6:24...Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ouse devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.
Você tem que avaliar quem, ou o que, é mais importante para você. Uma pista para determiná-lo é verificar o que ocupa a maior parte do seu tempo.
QUAL A MELHOR MANEIRA DE ME LIVRAR DOS MEUS Vícios?
Romanos 6:16...Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para a obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a justiça?
A submissão é uma escolha. Estamos sempre numa encruzilhada, escolhendo entre o caminho do pecado ou o de Deus. Os caminhos não são nossos, mas a escolha é.
SE NÃO DEVEMOS NOS SUBMETER A NADA, PORQUE NOS SUBMETERMOS AO CONTROLE DO Espírito SANTO?
Gálatas 5:22-23...Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.
Romanos 8:5-9...Se a sua natureza pecaminosa controla sua mente, há morte. Mas se o Espírito Santo controla sua mente, há paz e vida.

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

SABEDORIA E ENTENDIMENTO...


                                             SABEDORIA E ENTENDIMENTO...
Colossenses 1:1-12
É bem provável que Paulo não conheça estes santos pessoalmente (1:4,7-9; 2:1). Escrevendo como apóstolo escolhido por Deus, ele os desafia a ficarem fortes contra falsos ensinamentos (2:1-4,8,16-19, etc.). A carta aos colossenses declara claramente que Cristo é Criador (1:16), Cabeça (1:18; 2:10), e Salvador (1:20-23), e que qualquer outra doutrina não é nada mais do que "filosofia e vãs sutilezas" de homens (2:8).
A esperança pela palavra (1:1-8). Paulo escreve a esses santos intimamente, como a família. Ele é o irmão deles, entregando esta mensagem importante na graça e paz de Deus, o Pai deles (1:1-2).
Paulo e outros irmãos têm orado pelos colossenses desde o momento que ouviram da conversão deles (1:3-4). Paulo disse que a sua fé e amor são "por causa da esperança... preservada nos céus" (1:5). O evangelho ensina sobre a esperança celestial, e a resposta natural é fé e amor (Romanos 10:17; Gálatas 5:6; 1 João 4:9-11).
Quando Epafras ensinou o evangelho em Colossos, esses irmãos ouviram e entenderam a graça de Deus (1:6-8). A graça de Deus não é alguma misteriosa bênção reservada para poucas pessoas escolhidas, mas é revelada no evangelho para todos que ouvem e obedecem (veja Atos 20:32; Romanos 1:16-17; Tito 2:11-14). A graça de Deus já estava produzindo fruto entre os colossenses, bem como vinha fazendo no mundo inteiro (1:6).
Oração pela sabedoria (1:9-12). Embora que esses irmãos estivessem produzindo fruto, Paulo sabia que corriam risco de serem induzidos abandonar a verdade (veja 2:8). Como santos de Deus, esses precisavam não somente receber o evangelho em verdade, mas também devem ficar firmes na verdade de Cristo, não se desviando (veja 2:6-7; Efésios 4:11-16; Gálatas 1:6-9; Judas 3). Paulo respondeu à necessidade deles com oração:
Que transbordem de conhecimento da vontade de Deus (1:9). A vontade de Deus foi livremente revelada no evangelho (veja 1 Coríntios 2:6-13; Efésios 3:3-5). É o dever do cristão conhecer e viver de acordo com essa vontade (veja 1 Pedro 3:15). Paulo orou que esses recebessem "pleno conhecimento", edificando sobre o que já foi ensinado "em toda a sabedoria e entendimento espiritual". O evangelho não é uma revelação da sabedoria humana, mas a revelação da mente espiritual de Deus (veja 1 Coríntios 1:18-20; 2:1-13). Portanto, Paulo não ora por seu entendimento intelectual do evangelho, mas por um entendimento espiritual mais profundo.
A fim de viverem de modo digno do Senhor (1:10). Diferente da pessoa que tem apenas um entendimento intelectual do evangelho, aquela que o entende espiritualmente terá uma vida transformada. Não é aquele que apenas conhece o evangelho, mas a pessoa que o pratica que crescerá em discernimento espiritual para agradar ao Senhor (veja Efésios 5:10,17; Filipenses 1:9-10; Hebreus 5:13-14). O discernimento espiritual produzirá um povo que conhece o Senhor, produz o fruto de boas obras (veja Efésios 2:10), é fortalecido pelo poder dele, e que lhe agradece pela herança celestial.

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

SOFRIMENTO DE ALMA...


                                                SOFRIMENTO DE ALMA...
Por que acontecem coisas ruins? Se Deus é tão bom, bem como Todo poderoso, por que ele não evita o sofrimento? Como devemos reagir quando acontecem coisas que não nos fazem sentido? Estes tópicos, que têm incomodado os homens durante séculos, não devem abalar nossa fé. A palavra de Deus fornece algumas respostas e sustenta poderosamente nossa fé mesmo quando algumas perguntas permanecem sem reposta.
O pecado do homem
Deus criou o homem à sua própria imagem (Gênesis 1:26). Isto não quer dizer que o homem se pareça fisicamente com Deus, pois ele não tem um corpo carnal (João 4:24; Lucas 24:39). O que significa é que o homem tem consciência racional e livre arbítrio para determinar seus próprios atos. Essa liberdade explica por que o sofrimento se originou.
Quando Deus criou Adão e Eva, ele os colocou num paraíso, cheios de frutos bons. Ele autorizou-os a comerem de todas as árvores, exceto duma. Mas a existência perfeita deles foi destruída, porque decidiram comer da única árvore proibida. Seu pecado levou Deus a expulsá-los do maravilhoso jardim e a puni-los trazendo o sofrimento sobre eles e seus descendentes (Gênesis 3). Este mundo, amaldiçoado por causa do pecado do homem, não é o lugar que Deus desejava para o seu povo.
Não poderia Deus ter evitado que o homem pecasse? Certamente. Ele poderia ter criado robôs ou bonecos que recitassem, "Eu te amo", sempre que ele desse corda neles. Em vez disso, Deus preferiu criar os homens à sua imagem, com livre arbítrio. É logicamente impossível dar aos homens livre escolha e não lhes permitir decidir livremente. Mas não poderia Deus ter dado aos homens livre escolha e só eliminar as más conseqüências que resultassem dessas escolhas? Talvez, mas ainda é duvidoso que escolha sem conseqüência seja realmente autêntica. De qualquer modo, conseqüências sofridas são freqüentemente bênçãos. A sensação de dor quando tocamos um objeto quente ensina-nos a não tocarmos num fogão quente. Se não fosse sentida a dor, maiores danos certamente resultariam.
O sofrimento resulta do pecado humano, direta ou indiretamente. Por exemplo, a fornicação freqüentemente causa doenças transmitidas sexualmente e daí o sofrimento ("...o caminho dos pérfidos é intransitável"Provérbios 13:15). A ira descontrolada faz com que outros sofram. Algum sofrimento é o resultado indireto do pecado, porque não vivemos mais no paraíso, mas num ambiente amaldiçoado por causa do pecado. A conclusão é que o sofrimento acontece porque Deus deu ao homem livre arbítrio e este resolveu pecar.
Boas pessoas
Mas por que pessoas boas, inocentes, sofrem? Algumas vezes pessoas boas  erram e sofrem as conseqüências de seus pecados. Outras vezes elas   sofrem por causa de erros cometidos por outras. E às vezes, elas sofrem porque vivem num mundo que foi amaldiçoado em conseqüência dos pecados da humanidade. Mas aqueles que amam a Deus podem sempre encontrar benefício no sofrimento: "Sabemos que todas as cousas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Romanos 8:28). Como pode o sofrimento ajudar os cristãos fiéis?
Castigo. A dor é uma grande ferramenta de ensino. Hebreus 12 revela que Deus disciplina os filhos que ele ama. Pais terrenos também disciplinam seus filhos porque os amam e querem exercitá-los no caminho certo. Em vez de nos ressentirmos contra a disciplina de Deus, devemos apreciar que ele tenha bastante cuidado para conosco a ponto de nos corrigir. "Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça" (Hebreus 12:11). O salmista reconheceu o valor do sofrimento em sua própria vida: "Antes de ser afligido, andava errado, mas agora guardo a tua palavra... Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos" (Salmo 119:67,71).
Crescimento espiritual. O sofrimento ajuda os cristãos a ficarem mais fortes. Jó era um homem devoto, mas pela aflição ele "cresceu" e se tornou um servo de Deus mais forte e mais humilde. Assim como o ouro é purificado ao passar pelo fogo, assim um cristão é purificado e fortalecido quando passa pela aflição (1 Pedro 1:6-9). O que sai da fornalha é melhor do que o que nela entrou. Esse sofrimento, então, não é porque temos errado, mas porque podemos fazer melhor.
O sofrimento nos ajuda espiritualmente de vários modos: 1. Confiança. Paulo aprendeu a confiar mais em Deus por causa das circunstâncias perigosas (2 Coríntios 1:8-9). Experimentar tempos difíceis nos faz mais cônscios de nossa necessidade de Deus e assim desenvolvemos confiança nele, não em nós mesmos. 2. Humildade. Deus deu a Paulo um espinho na carne, um mensageiro de Satanás, para impedi-lo de se exaltar (2 Coríntios 12:7-9). A arrogância invade sutilmente nossos corações; as aflições ajudam a resistir a esta tentação. 3. Perspectiva. Deus quer que vivamos como peregrinos aqui, entendendo que o céu é o nosso verdadeiro lar (Colossenses 3:1-4; Filipenses 3:20). Mas quando as coisas vão bem para nós nesta vida, sentimo-nos em casa no mundo e deixamos de almejar estar com o Senhor. As aflições nos ajudam a visar a verdadeira meta.
O plano de Deus. Algumas vezes o sofrimento nos capacita a contribuirmos para o plano de Deus referente ao mundo. Jesus sofreu para ajudar os outros, sacrificando sua vida para reconciliar os homens com Deus. José sofreu para que sua família pudesse ser salva da fome (Gênesis 45:5-7; 50:20). A prisão de Paulo resultou surpreendentemente em maior progresso do evangelho (Filipenses 1:12-18), tanto porque lhe deu oportunidade para ensinar os guardas que estavam acorrentados a ele, como porque outros irmãos foram encorajados por sua atitude a pregarem a palavra mais ousadamente. Os sofrimentos de Paulo também o qualificaram para confortar outros que estavam sofrendo (2 Coríntios 1:3-5).
Lidando com o sofrimento
Há diversas coisas que ajudam na lida com o sofrimento:
Deus também sofre. Enquanto Deus olhava para seu Filho em angústia na cruz, ele sofria. Este sofrimento não era causado pela fraqueza de Deus. Não era como se Jesus tivesse esgotado todos os seus esconderijos e seus inimigos finalmente o tivessem apanhado e executado contra sua vontade. Não, Jesus entregou sua vida voluntariamente (João 10:17-18). Ele decidiu voltar ao mesmo lugar onde sabia que Judas poderia encontrá-Lo (João 18:1-2). Ele se recusou a chamar os anjos para que o salvassem, ainda que legiões deles estivessem à sua disposição (Mateus 26:53). Ele nada disse para se defender durante o julgamento, ainda que, se tivesse feito isso, sem dúvida teria escapado da cruz. Cristo sofreu porque decidiu sofrer. Sofreu porque nos amava. O fato que o Senhor sofre conosco nos assegura de sua compaixão e auxílio, e dá-nos forças para enfrentarmos nossas dificuldades (Hebreus 2:14-18; 4:14-16; 5:7-10).
Não sabemos todas as respostas. Muito sofrimento fica sem explicação. Jó passou seus dias implorando a Deus que lhe desse audiência e lhe explicasse porque sofria. Quando Deus finalmente apareceu, ele demonstrou que Jó não tinha capacidade nem para entender a resposta, muito menos para discutir com seu Criador. E no final, Jó aprendeu a confiar simplesmente em Deus. Algumas vezes o sofrimento que é inexplicável no momento, mais tarde é facilmente compreendido. Por que Deus permitiu que José fosse vendido como escravo e depois definhasse na prisão por manter sua pureza? Mais tarde o propósito ficou claro. Deus nunca prometeu que explicaria satisfatoriamente tudo o que acontece no mundo. Mas podemos confiar nele.
Paulo e seu espinho. A reação de Paulo quanto ao espinho em sua carne é um excelente modelo para se lidar com o sofrimento. Talvez Deus tenha deixado indefinida a natureza do espinho na carne de Paulo para que possamos usar esse modelo a fim de nos ajudar em qualquer tipo de sofrimento que enfrentamos. Observe como Paulo lidou com sua dificuldade:
O sofrimento leva-nos a Deus. O sofrimento, a conseqüência do mal, é um sinal do que seria a vida sem Deus. Dando-nos um vislumbre do tipo de mundo que haveria se Deus estivesse ausente, o sofrimento nos diz que precisamos de Deus. Certamente não queremos estar naquele lugar onde o mal reina soberanamente e onde Deus não está.
Que Deus ponha em minha vida o sofrimento que me aproxime mais dele.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante


quarta-feira, 27 de setembro de 2017

SER FELIZ COM JESUS...


                                               SER FELIZ COM JESUS...
Antes de examinarmos os textos bíblicos, para maior compreensão, vamos verificar o significado dessas palavras:
Significado de Felicidade
felicidade sf (lat felicitate) 1 Estado de quem é feliz. 2 Ventura. 3 Bem-estar, contentamento. 4 Bom resultado, bom êxito. F. eterna: bem-aventurança.
Significado de Feliz
adj. Ditoso, afortunado: homem feliz.
Próspero, bem-sucedido: negócio feliz.
Contente, alegre, satisfeito: estar feliz.
Abençoado, bendito: destino feliz.
Bem combinado, lembrado, imaginado: idéia feliz.
Favorável: feliz presságio.
Significado de Bem-aventurado:
“adj. Muito venturoso, muito feliz.
Que traz ventura, que favorece.
S.m. Teologia Diz-se daquele que goza no céu a beatitude eterna.”
Bíblia: Nova versão Internacional
“Como é feliz o homem a quem Deus corrige; portanto, não despreze a disciplina do Todo-poderoso. Jó 5:17
Ó Senhor dos Exércitos, como é feliz aquele que em ti confia! Salmos 84:12
Como é feliz o homem a quem disciplinas, Senhor, aquele a quem ensinas a tua lei; Salmos 94:12
Como é feliz quem teme ao Senhor, quem anda em seus caminhos! Salmos 128:1
Como é feliz o povo assim abençoado! Como é feliz o povo cujo Deus é o Senhor! Salmos 144:15
Como são felizes os que em ti encontram sua força, e os que são peregrinos de coração! Salmos 84:5
Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores! Salmos 1:1
Provem, e vejam como o Senhor é bom. Como é feliz o homem que nele se refugia! Salmos 34:8
Como é feliz o homem cuja aljava está cheia deles! Não será humilhado quando enfrentar seus inimigos no tribunal. Salmos 127:5
Como é feliz aquele que tem suas transgressões perdoadas e seus pecados apagados! Salmos 32:1
Como é feliz o homem que põe no Senhor a sua confiança, e não vai atrás dos orgulhosos, dos que se afastam para seguir deuses falsos! Salmos 40:4
Como é feliz aquele que se interessa pelo pobre! O Senhor o livra em tempos de adversidade. Salmos 41:1
Como é feliz o povo que aprendeu a aclamar-te, Senhor, e que anda na luz da tua presença! Salmos 89:15
Como é feliz aquele cujo auxílio é o Deus de Jacó, cuja esperança está no Senhor, no seu Deus, Salmos 146:5
Aleluia! Como é feliz o homem que teme o Senhor e tem grande prazer em seus mandamentos! Salmos 112:1
Como é feliz aquele a quem o Senhor não atribui culpa e em quem não há hipocrisia! Salmos 32:2
Como são felizes aqueles que escolhes e trazes a ti, para viverem nos teus átrios! Transbordamos de bênçãos da tua casa, do teu santo templo! Salmos 65:4
A sabedoria é árvore que dá vida a quem a abraça; quem a ela se apega será abençoado. Provérbios 3:18
“Ouçam-me agora, meus filhos: Como são felizes os que guardam os meus caminhos! Provérbios 8:32
Quem examina cada questão com cuidado, prospera, e feliz é aquele que confia no Senhor. Provérbios 16:20
Onde não há revelação divina, o povo se desvia; mas como é feliz quem obedece à lei! Provérbios 29:18
Como é feliz o homem que acha a sabedoria, o homem que obtém entendimento, Provérbios 3:13
(Diz o Senhor:) Como é feliz o homem que me ouve, vigiando diariamente à minha porta, esperando junto às portas da minha casa. Provérbios 8:34
Quem despreza o próximo comete pecado, mas como é feliz quem trata com bondade os necessitados! Provérbios 14:21
O homem justo leva uma vida íntegra; como são felizes os seus filhos! Provérbios 20:7
Como é feliz o homem constante no temor do Senhor! Mas quem endurece o coração cairá na desgraça. Provérbios 28:14
Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos céus.
Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados.
Bem-aventurados os humildes, pois eles receberão a terra por herança.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos.
Bem-aventurados os misericordiosos, pois obterão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, pois verão a Deus.
Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos céus.
“Bem-aventurados serão vocês quando, por minha causa os insultarem, perseguirem e levantarem todo tipo de calúnia contra vocês.
Alegrem-se e regozijem-se, porque grande é a recompensa de vocês nos céus, pois da mesma forma perseguiram os profetas que viveram antes de vocês”. Mateus 5:3-12
(Disse Jesus:) e feliz é aquele que não se escandaliza por minha causa”. Mateus 11:6 / Lucas 7:23
Pois o coração deste povo se tornou insensível; de má vontade ouviram com os seus ouvidos, e fecharam os seus olhos. Se assim não fosse, poderiam ver com os olhos, ouvir com os ouvidos, entender com o coração e converter-se, e eu os curaria’. Mas, felizes são os olhos de vocês, porque vêem; e os ouvidos de vocês, porque ouvem. Mateus 13:15-16
“Quem é, pois, o servo fiel e sensato, a quem seu senhor encarrega dos de sua casa para lhes dar alimento no tempo devido? Feliz o servo a quem seu senhor encontrar fazendo assim quando voltar. Garanto-lhes que ele o encarregará de todos os seus bens. Mateus 24:45-47 / Lucas 12:43
Então Jesus disse ao que o tinha convidado: “Quando você der um banquete ou jantar, não convide seus amigos, irmãos ou parentes, nem seus vizinhos ricos; se o fizer, eles poderão também, por sua vez, convidá-lo, e assim você será recompensado. Mas, quando der um banquete, convide os pobres, os aleijados, os mancos, e os cegos. Feliz será você, porque estes não têm como retribuir. A sua recompensa virá na ressurreição dos justos”. Lucas 14:12-14
Pois bem, se eu, sendo Senhor e Mestre de vocês, lavei-lhes os pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros. Eu lhes dei o exemplo, para que vocês façam como lhes fiz. Digo-lhes verdadeiramente que nenhum escravo é maior do que o seu senhor, como também nenhum mensageiro é maior do que aquele que o enviou. Agora que vocês sabem estas coisas, felizes serão se as praticarem”. João 13:14-17
Ora, o salário do homem que trabalha não é considerado como favor, mas como dívida. Todavia, àquele que não trabalha, mas confia em Deus que justifica o ímpio, sua fé lhe é creditada como justiça. Davi diz a mesma coisa, quando fala da felicidade do homem a quem Deus credita justiça independente de obras: “Como são felizes aqueles que têm suas transgressões perdoadas, cujos pecados são apagados. Como é feliz aquele a quem o Senhor não atribui culpa”. Romanos 4:4-8
Não destrua a obra de Deus por causa da comida. Todo alimento é puro, mas é errado comer qualquer coisa que faça os outros tropeçarem. É melhor não comer carne nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa que leve seu irmão a cair. Assim, seja qual for o seu modo de crer a respeito destas coisas, que isso permaneça entre você e Deus. Feliz é o homem que não se condena naquilo que aprova. Mas aquele que tem dúvida é condenado se comer, porque não come com fé; e tudo o que não provém da fé é pecado. Romanos 14:19-23
Feliz é o homem que persevera na provação, porque depois de aprovado receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam.
Tiago 1:12
Mas o homem que observa atentamente a lei perfeita que traz a liberdade, e persevera na prática dessa lei, não esquecendo o que ouviu mas praticando-o, será feliz naquilo que fizer. Tiago 1:25
Feliz aquele que lê as palavras desta profecia e felizes aqueles que ouvem e guardam o que nela está escrito, porque o tempo está próximo. Apocalipse 1:3
“Eis que venho em breve! Feliz é aquele que guarda as palavras da profecia deste livro”. Apocalipse 22:7
Felizes e santos os que participam da primeira ressurreição! A segunda morte não tem poder sobre eles; serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele durante mil anos. Apocalipse 20:6
“Eis que venho como ladrão! Feliz aquele que permanece vigilante e conserva consegue as suas vestes, para que não ande nu e não seja vista a sua vergonha”. Apocalipse 16:15.

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

terça-feira, 26 de setembro de 2017

VENCENDO ÁS TENTAÇÕES...


                                               VENCENDO ÁS TENTAÇÕES...
"Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam." (Salmos 23:4)
A TENTAÇÃO DE JESUS
Quando Jesus foi levado para o deserto, Ele já estava preparado para enfrentar o diabo, Jesus estava cheio do Espírito Santo de Deus. E o próprio Espírito, nos leva para sermos provados, na hora que estamos preparados, jamais um homem vai para guerra, sem que primeiro conheça a estratégia do inimigo, se não estiver instruído pelo General de guerra, Deus dos Exércitos.
Ele tem que estar exercitado, apto, para não colocar todo o exército em perigo, em risco de morrer na batalha, é por isso que Deus não deixará o homem ser provado naquilo que ainda não está preparado.
Quando passamos pelo vale, é porque já chegou a hora de sermos provados. E não temos que ser covardes, nem medrosos, porque seremos excluídos, não poderemos entrar neste reino.
Esta batalha é espiritual; a guerra será dentro do ser humano, invisível, entre espírito e alma, será uma guerra constante, até o fim de nossos dias, onde teremos que enfrentar a morte física.
Nosso instrutor nos ensina, nos ajudará, a vencer esta guerra, é por isso que Jesus nos diz; Não temais; aquele que destrói o corpo… Não temas; Eu estou com você, até o fim… Não temas; porque o Espírito Santo te ajudará, colocará a palavra em tua boca…
Quando você está dentro do vale, o Espírito do Senhor, estará contigo, para te ajudar passar este momento de provação, e te levar a vitória.
Mesmo que fique muito fraco, ele te fortalecerá, e te compensará, nem se for preciso te carregar no colo, jamais irá te abandonar (o medroso, morre) aquele que está cheio do Espírito, nele não há medo, porque o Espírito do Senhor, não trás medo, ele nos induz a coragem, e confiança, naquele que nos fortalece.
Se, Jesus é meu Escudo, minha Rocha, e minha Salvação, de que posso eu temer?
Conhece a Deus debalde: Quer dizer, em vão, por vaidade, para atrair admiração? Aparentemente? (Jó 1: 9.)
Satanás é o nosso adversário, e nos colocará sempre como seu servo; fraco, medroso, vaidoso, quer dizer; vão, falsos, malandros, e o que fazemos aparentemente, para mostrar, para tentar a Deus.
Foi isto justamente, que Satanás colocou em Jó, e foi tentá-lo a cometer apostasia, abandonar seu Criador, DEUS Todo Poderoso dos Exércitos.
Se na tentação, você cometer apostasia, abandonar seu Deus, ou blasfemar contra o Espírito Santo, O Consolador; será o teu fim.
A palavra, tentar; é provar, experimentando para ver é original, aquilo que aparenta ser.
Referente: a sua dignidade, integridade, fidelidade, para com Deus.
Será uma informação, uma referência, próprio ou adequado, para alguma coisa, quer dizer: condições para desempenhar um cargo mais alto, na sua obra.
Será; testificado, aprovado, aquilo que é realmente. 
Tentar: induzir, com base naquilo que já é conhecido, certo dado referente ao caráter informado do ser humano.
Íntegro: inteiro, completo, perfeito, exato, reto, justo diante de Deus.
Satanás estará sempre mexendo com sua pessoa, seu caráter, seu temperamento de filho de Deus. Como fez com Jesus: Se és Filho de Deus, então prove nisto, ou naquilo, naquilo que tens demonstrado ser.
O caráter do homem ou da mulher, porque em Cristo, não há acepção, não há diferença, sem dúvida, você terá que passar pelo testador, o feridor, mas esteja certo; ninguém poderá te afastar de Deus Todo Poderoso, a quem você confia, nem as alturas, nem o abismo, nem o inferno, poderá separá-lo do amor imensurável de Jesus Cristo.
O caráter do verdadeiro Cristão tem que igualar ao do Mestre, íntegro e fiel até a morte.
É por isso que, o próprio Espírito Santo nos levará, a ser tentado diante de Satanás, para enfrentá-lo, temos que estar apto, cheio da confiança no Espírito de Deus, e jamais seremos tentados acima do limite, da nossas capacidades, Deus, não nos deixará, mandará um resgate, para nos livrar.
O diabo é limitado por Deus, somente serás tentado naquilo que é capacitado, para ser testado.
O homem e mulher de Deus, não poderão confiar em si mesmo, porque enquanto estiverem neste corpo carnal, estará sujeito a cair. O ser humano, somente poderá confiar em Deus, pela fé, e será vencedor em Cristo.
O tentador vai procurar contestar em depoimento, citando a Palavra de Deus, distorcida para nos enganarmos, para ver até onde concordamos com ele, procurando convencermos, através da força física, aquilo que a alma deseja, ele vai trabalhar persistindo, incomodando e atormentando, para ver a nossa firmeza, até onde vai (fidelidade para com Deus) na qualidade moral, principalmente na espiritual que aparenta ser.
Se o diabo não conseguir, terá que se retirar, para que o Senhor venha nos servir, (compensar) nos encher da mais pura Unção, nos renovando as forças, e nos dando mais poder, e melhor lugar no Seu Reino.
Foi assim com Jesus no deserto; o diabo tentou fazer Jesus duvidar de Deus, contender com o Criador, por Deus em prova, ex: (será que Deus fará isso por mim?… Cumprirá Deus a sua Palavra?… quando me disse que faria?… Ou não?… SE DUVIDARES… será vencido, não receberá nada nas suas petição nas “orações”.
Isto seria uma afronta, para com Deus o Todo Poderoso, para confiar e jamais duvidar, nem sombra de dúvida. Toda a Palavra (Promessa) se cumprirá em nós. Deus é fiel!
TENTAÇÃO, PROVAÇÃO (Guerra espiritual entre alma e espírito)
SL 95:8 Não endureçais os vossos corações, assim como na provocação e como no dia da tentação no deserto; (mesmo na fraqueza, quando tudo parece perdido, levanta e grite se precisar…creia…confie. Jesus está contigo, jamais Ele te abandonará).
LC 4:13
E, acabando o diabo toda a tentação, ausentou-se d’Ele por algum tempo.
LC 8:13
E os que estão sobre pedra, estes são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria, mas, como não têm raiz, apenas crêem por algum tempo, e no tempo da tentação se desviam;(cai no pecado de apostasia, abandonam a fé) .
1CO 10:13
Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.(quando é fiel na fé, não duvidam de Deus, tem TEMOR, (em desagradar a Deus), fogem do pecado).
HB 3:8
Não endureçais os vossos corações, como na provocação, no dia da tentação no deserto. (o povo duvidou de Deus)
TG 1:12
Bem-aventurado o homem que suporta a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam. (Deus mandará os anjos te servirem)
2PE 2:9
Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados.
AP 3:10
Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante



segunda-feira, 25 de setembro de 2017

APRENDENDO NO EGITO...


                                                 APRENDENDO NO EGITO...
Êxodo 1. 1-14
Estes, pois são os nomes dos filhos de Israel, que entraram no Egito com Jacó; cada um entrou com sua casa:
Rúben, Simeão, Levi, e Judá;
Issacar, Zebulom, e Benjamim;
Dã e Naftali, Gade e Aser.
Todas as almas, pois, que procederam dos lombos de Jacó, foram setenta almas; José, porém, estava no Egito.
Faleceu José, e todos os seus irmãos, e toda aquela geração.
E os filhos de Israel frutificaram, aumentaram muito, e multiplicaram-se, e foram fortalecidos grandemente; de maneira que a terra se encheu deles.
E levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José;
O qual disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é muito, e mais poderoso do que nós.
Eia, usemos de sabedoria para com eles, para que não se multipliquem, e aconteça que, vindo guerra, eles também se ajuntem com os nossos inimigos, e pelejem contra nós, e subam da terra.
E puseram sobre eles maiorais de tributos, para os afligirem com suas cargas. Porque edificaram a Faraó cidades-armazéns, Pitom e Ramessés.
Mas quanto mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam, e tanto mais cresciam; de maneira que se enfadavam por causa dos filhos de Israel.
E os egípcios faziam servir os filhos de Israel com dureza;
Assim que lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro e em tijolos, e com todo o trabalho no campo; com todo o seu serviço, em que os obrigavam com dureza.
INTRODUÇÃO
Estudaremos o segundo livro das Escrituras Sagradas. Êxodo. Destacamos a aflição pela qual o povo hebreu passou no Egito por 430 anos. O povo escolhido do Senhor foi cruelmente oprimido por Faraó.
Porém. Deus Jamais se esquece das suas promessas. Ele vela por sua Palavra. Diante das atrocidades cometidas por Faraó, os israelitas clamaram a Deus. O Senhor ouviu a aflição do seu povo e enviou um libertador para redimi-los. Veremos ao longo do estudo que o livro de Êxodo é a livro da redenção efetuada pelo Senhor.
I- O LIVRO DE ÊXODO
1. Seu propósito.
O vocábulo êxodo significa saída. O livro de Êxodo foi escrito por Moisés e, segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, foi “escrito para que tivéssemos um registro permanente dos atos históricos e redentores de Deus, pelos quais Israel foi liberto do Egito”.
Este livro figura a redenção. Segundo o Dicionário Wycliffe, “o conceito de libertação da morte, da escravidão e da Idolatria é encontrado ao longo de todo o livro”.
2. A escravidão.
O livro de Êxodo foi escrito entre 1450 e 1410 a.C. Nesse livro vemos como os hebreus foram duramente afligidos por Faraó (Ex 1.14). Como escapar de tão grande opressão?
Para os israelitas seria impossível. Somente Deus poderia resgatá-los e libertá-los do jugo do inimigo. Somente o Pai também poderia ter nos resgatado do pecado e do mundo. Cristo morreu na cruz para nos libertar do poder do pecado. Ele morreu em nosso lugar.
3.Clamor por libertação.
O povo hebreu, ao ser cruelmente oprimido pelos egípcios, em grande angústia clamou ao Senhor, e a Palavra de Deus nos diz que ouviu o Senhor o gemido do seu povo (Ex 2.24). Não desanime! O Senhor ouve suas súplicas e está atento às suas dores, Deus já estava providenciando um libertador para o seu povo.
“Os propósitos de Deus são imutáveis e se cumprirão no tempo determinado por Ele”.
II- O NASCIMENTO DE MOISÉS
1. Os israelitas no Egito.
Eles “frutificaram, aumentaram multiplicaram-se, e foram fortalecidos grandemente, e a terra se encheu deles”. Estas mesmas bênçãos Deus têm hoje para a sua igreja. Observe com atenção as seguintes palavras do texto bíblico de Êxodo 7 :
a) “Frutificaram, aumentaram muito, multiplicaram-se” (At 9. 31; Lc 14. 22, 23).
Este foi um crescimento vertiginoso. Que Deus nos faça crescer na igreja em quantidade e qualidade.
b) “Fortalecidos grandemente”.
Na esfera espiritual, uma Igreja deve sempre fortalecer-se em Cristo (I Pe 5.10; Fp 4. 13). Lembremo-nos sempre de que a nossa fonte suprema e abundante de poder é o Espirito Santo (Ef 3. I 6; Zc 4. 6).
c) “A terra se encheu deles”.
A igreja precisa se encher não só em determinado distrito. Municipio, estado, região, pais e continente, mas em todo o mundo (Mc 16. 15 : At I. 8).
2. Um bebê salvo da morte.
Preocupado com o crescimento dos hebreus. Faraó deu uma ordem às parteiras no Egito para que todos os meninos israelitas recém-nascidos fossem mortos. Porém. As parteiras eram tementes a Deus e não mataram as crianças (Ex 1.17,21). Então, Faraó voltou à cena macabra, ordenando aos egípcios que todos os meninos dos hebreus fossem lançados no rio Nilo (afim de que se afogassem ou que fossem devorados por crocodilos) (Ex 1. 22).
Isso mostra o quanto esse rei era cruel e maligno. Atualmente essa atrocidade está generalizada. Muitas crianças estão sendo mortas, vítimas do aborto. É o infanticídio generalizado e legalizado pelas autoridades. O bebê Moisés foi salvo da morte porque seus pais eram tementes a Deus. Precisamos de pais verdadeiramente cristãos para que possam zelar pela vida de seus filhos, como Moisés foi preservado da morte. Os pais de Moisés, pela fé em Deus, descumpriram as ordens do rei e esconderam o bebê em casa (Hb 11. 23). Por mais um milagre de Deus, O nenê Moisés continuou sendo criado pela própria mãe (Ex 2. 3-10).
3. A mãe de Moises (Ex 6. 20).
Joquebede aproveitou cada minuto que passou ao lado do seu filho para ensiná-lo acerca de Deus, da sua Palavra, do seu povo, do pecado. Das promessas divinas e da fé no Criador. Sem dúvida, é um exemplo a ser seguido.
4. A Filha de Faraó (Ex 2. 5-6).
A filha de Faraó desceu para se banhar no rio Nilo e teve uma grande surpresa – havia ali um cesto com um bebê. Não sabemos como. Mas Deus tocou no coração da filha de Faraó para que adotasse o menino hebreu.
Certamente a princesa sabia das ordens do seu pai contra os israelitas. Porém, operando o Senhor, quem impedirá? (ls 43. 13). Deus, em sua bondade. Usou a filha de Faraó para que encontrasse alguém, afim de criar o bebe Moisés. Tal pessoa foi justamente Joquebede, a mãe de Moisés (Ex 2. 9). Há uma recompensa para os pais piedosos e obedientes. Você tem ensinado a Palavra de Deus aos seus filhos? Então persevere em conduzi-los no caminho Correto (Pv 22.6).
III-O ZELO PRECIPITADO DE MOISÉS E SUA FUGA (Êx 2. 11-22)
1. Moisés é levado ao Palácio (Ex 2. 10).
Apesar de ter sido adotado pela filha de Faraó. Moisés foi criado por sua mãe. Não sabemos quanto tempo ele ficou na casa dos seus pais, porém, em determinado tempo o menino foi levado para o palácio. Deus cuidou de Moisés em cada etapa de sua vida. Ele também tem cuidado de você. Todos os acontecimentos em sua vida são parte do plano do Senhor. Não desanime! Deve ter sido difícil para Moisés deixar a casa dos seus pals. Entretanto, no tempo certo, ele o fez.
2. O preparo de Moisés (Ex 3. 9, 10).
Moisés passou sua juventude no palácio real como filho de uma princesa egípcia, ele frequentou as mais renomadas universidades egípcias, inclusive a de Om (At 7. 22 ; Gn 41.45). O Egito era então uma potência mundial. Na educação superior egípcia constavam, conforme a História e as descobertas arqueológicas, administração, arquitetura, matemática, astronomia, engenharia, etc. Esse conhecimento adquirido por Moisés, e empregado com sabedoria, foi-lhe muito útil em sua missão posterior de libertador, condutor, escritor e legislador na longa jornada conduzindo Israel no deserto para a terra de Canaã. Deus pode utilizar nossas habilidades adquiridas em benefício de sua obra.
3. A fuga de Moisés (Ex 2. 1 1-22).
Moisés foi criado como egípcio, porém, ele sabia que era hebreu. Estava no Egito, mas não pertencia àquele lugar. Certo dia, ao ver um egípcio maltratando um israelita Moisés tomou as dores do seu povo e resolveu defender um de seus irmãos. Moisés acabou matando um homem e enterrando o corpo na areia. Ele queria libertar seu povo pela força humana, mas a libertação viria pelo poder divino e sobrenatural, para que ninguém dissesse: “Nós fizemos. Nós conseguimos.” Moisés, assim como os demais hebreus, precisava ver e saber que fora o Senhor que os libertara. Quem nos libertou da escravidão do pecado? Deus.
Somente Ele poderia quebrar o terrível jugo do pecado que estava sobre nós. Não demorou muito para Faraó descobrir que Moisés matara um egípcio. Ele deveria ser preso e morto. Então, com medo, fugiu para Midiã (Ex 2. 15). Ali foi convidado para casa de Jetro, um sacerdote. Moisés casou-se com uma das filhas de Jetro e constituiu uma família, longe da casa dos seus pais e do seu povo.
Teve que ir para um lugar desconhecido e tornou-se um estrangeiro, mas tudo fazia parte do plano de Deus. Em Midiã, Moisés pode comprovar o cuidado providente do Senhor por ele. Talvez você tenha que ir também para um lugar distante. Todavia, não tenha medo, Deus está com você. Pode ser parte do treinamento do Senhor em sua vida.

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

domingo, 24 de setembro de 2017

CONFIANÇA PERDIDA...


                                                    CONFIANÇA PERDIDA...
1. INTRODUÇÃO
Quem, dentre nós, já não se decepcionou com alguém?
Sabemos que a decepção faz parte da vida de cada um de nós. Decepcionar-se, na verdade, é deixar-se surpreender pelo comportamento de alguém, de quem esperávamos outra atitude numa determinada situação. Quando, por exemplo, uma pessoa age conosco dentro do padrão ruim dela, não há surpresa, não há decepção, porque já estávamos preparados. O problema se torna real quando a atitude nos parece fora do comportamento esperado.
Por isto, o modo como lidamos com a decepção sinaliza nosso nível de maturidade.
2. A DECEPÇÃO NA BÍBLIA
A Bíblia está cheia de histórias de decepções entre pessoas e até mesmo entre pessoas e Deus.
2. Decepções inter-humanas
Eis algumas das decepções que marcaram as vidas de muitas pessoas.
1. Agar amava a Abraão, chegando a lhe dar um filho. No entanto, instigado por Sara, sua também esposa, ele se separou de Agar, expulsando-a de casa. No meio do deserto, para onde teve que fugir com o filho menor, Agar chorou e orou muito. Deus viu a sua dor e fez dela uma nova mulher (Gênesis 21.9-21).
2. Samuel era um profeta, sacerdote e juiz que fazia tudo por seu povo. Assim mesmo, depois de tantos serviços prestados, os israelitas lhe pediram que lhes escolhesse um rei, que não fosse ele, nem seus filhos. O pedido o deixou enormemente decepcionado. As palavras com as quais quiseram descartar seus líderes foram dolorosas: "Vê, já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que nos governe, como o têm todas as nações" (1Samuel 8.5). Deus o consolou, dizendo que não era ele a quem o povo rejeitava, mas ao próprio Deus (1Samuel 8.4-22).
3. Depois de uma vitória militar, Davi voltou para casa, a fim de compartilhar sua alegria. O rei retornou dançando diante de Deus e na presença de homens e mulheres. Tomada pelo ciúme, sua esposa o repreendeu publicamente. Foi mútua a decepção; sua esposa, Mical, decepcionou-se por causa do ciúme; Davi decepcionou-se por causa da falta de compreensão dela. Os dois se separaram (2Samuel 6.14-23).
4. No começo do Cristianismo, Paulo e Pedro se envolveram numa disputa teológica, que terminou com um acordo, selado perante muitas testemunhas e por escrito, que preservava a unidade da Igreja no Espírito Santo. No entanto, algum tempo depois, o apóstolo Pedro decepcionou o apóstolo Paulo quando, diante do seu público judaico, adotou um comportamento contrário ao que fora acertado, talvez em busca do aplauso da plateia (Gálatas 2.11).
5. Paulo teve muitos auxiliares. Alguns deles, como Fígelo e Hermógenes (2Timóteo 1.15), Demas (2Timóteo 4.10) e João Marcos (Atos 15.37) o abandonaram, infligindo muito sofrimento ao apóstolo.
2.2. Decepções do homem com Deus
A Bíblia registra também histórias de decepções com Deus, que tiveram fins trágicos.
6. Caim prestou um culto a Deus, que não foi aceito, por causa do propósito ilegítimo que tinha ao prestá-lo. Assim mesmo, ele ficou decepcionado com Deus. Como não podia matá-lo, assassinou seu irmão (Gênesis 4.1.16)
7. Jonas decepcionou-se com Deus, porque Este o chamou para pregar a um povo de quem não gostava. Depois de ter tentado fugir, acabou pregando àquela gente que, para sua decepção, aceitou a sua mensagem. Mesmo depois de corrigido por Deus, preferiu curtir a sua decepção (Com isso, desgostou-se Jonas extremamente e ficou irado [ressentido, em outra versão] em lugar de mudar de atitude).
8. O discípulo Judas desejou que seu Mestre, Jesus, fosse o Messias político que ele e muitos outros queriam. Como Jesus foi o Messias que ele não esperava, traiu-o, entregando-o à policia política judaica por 30 moedas de prata, dinheiro suficiente para comprar um terreno próprio para abrigar um cemitério (Mateus 27.7) . Seu beijo público selou sua decepção, que terminou com uma corda no pescoço (Mateus 26.47-50;  27.3-5).
As decepções destes homens e mulheres nos ajudam a fazer uma anatomia de nossas próprias decepções.
3. PORQUE NOS DECEPCIONAMOS
Só se decepciona com as pessoas quem se relaciona com as pessoas. Quem não quer se decepcionar não deve se relacionar, mas esta hipótese não é possível. Não há como reduzir a zero os nossos relacionamentos.
Em lugar de fugir das pessoas, precisamos aprender a como nos relacionar com elas e verificar como nos temos comportado. Comecemos por perguntar: por que nos decepcionamos?
1. Temos uma visão errada da natureza humana
Nós nos decepcionamos porque temos uma visão errada da natureza humana, ao nos esquecermos que decepcionar é da condição humana. Devemos nos lembrar que em nós não há bem nenhum.
Recordar o ensino bíblico acerca dos pecados nos ajuda a viver melhor. Há uma lei (um comportamento típico) em mim, que produz a seguinte característica: Quando quero fazer o bem, o mal está junto a mim (Romanos 7.21). A razão disto é que todos [os seres humanos] se desviaram, tornaram-se juntamente inúteis; não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer (Romanos 3.12). Por mais dura que seja esta verdade, esta é a verdade.
Por esta razão, Deus nos ensina a nos relacionar com os homens, mas não a confiar neles. O desafio de Jeremias pode não ser politicamente correto, mas é correto em todos os outros níveis, ao declarar: Assim diz o Senhor: "Maldito é o homem que confia nos homens, que faz da humanidade mortal a sua força" (Jeremias 17.5a,b).
Agar se decepcionou com Abraão, porque se esqueceu do que Sara podia fazer, por causa do seu ciúme, e do que Abraão podia executar, por causa da sua fraqueza. Mesmo aqueles que são geralmente pessoas bondosas fracassam e decepcionam, voluntária ou involuntariamente.
2. Esperamos demais das pessoas.
Um dos comportamentos produtores de decepção é a expectativa errada acerca dos outros. Ela é facilmente explicada: todos queremos pertencer, todos queremos nos relacionar. Às vezes, na verdade, queremos ser servidos ou afagados pelas pessoas. Neste trajeto, idealizamos as pessoas, idealizamos os relacionamentos, acabamos esperando demais das pessoas, esperando delas o que não podem dar. Há pais que esperam demais dos seus filhos. Há filhos que esperam demais dos seus pais. Expectativa elevada é mãe de uma frustração elevada.
Não podemos esperar que o nosso próximo (mesmo o mais próximo) supra o que, por definição, não pode suprir.
Relacionemo-nos, mas não esperemos gratidão sempre. Só dez por cento das pessoas a quem socorremos, ajudamos e amamos nos socorrerá, nos ajudará e nos amará. O sentido de gratidão é uma exceção espiritual, não um comportamento natural. Quando só voltaram para agradecer um dos dez leprosos que curara, Jesus, que conhecia a alma humana, mostrou aos seus discípulos o que é a natureza humana (Lucas 17.17). Depois de ter servido por anos ao seu povo, Samuel esperava reconhecimento pelo seu trabalho. Não esperava ser descartado como um velho. Não esperava que seu modo de governar fosse substituído por outro. Samuel se esqueceu do que é a natureza humana. A sabedoria bíblica, por isto, nos pede para fazer o bem sem olhar a quem, como se fizéssemos o bem de olhos fechados, sem ver a quem servimos, que é a única maneira de jamais sermos decepcionados.
Relacionemo-nos, mas não esperemos que aqueles que têm algo contra nós venham conversar conosco, para buscar o entendimento e, quem sabe, a paz. Isto pode acontecer, mas o padrão humano é nos condenarem sem nos dar a oportunidade de defesa.
Relacionemo-nos, mas não esperemos que aqueles que nos ofenderam venham nos pedir perdão sincero. Isto pode até acontecer, mas o padrão humano, na melhor das hipóteses, é um pedido desculposo, do tipo: "oh, eu não quis ofender você, mas, se ofendi, peço perdão". Ou a gente ofende ou não ofende, não importa se culposa ou dolosamente. Não há meio termo.
Se a decepção é uma verdade, também é uma verdade que, apesar dela, precisamos nos relacionar. A recusa ao outro não é uma opção válida.
3. Esquecemo-nos que somos capazes de cometer o erro que os outros cometem conosco.
Há algo em nós que precisa de cuidado. Parte de nossas frustrações relacionais advém de erros que nós cometemos, não de falhas dos outros para conosco. Muitas vezes, nos achamos incapazes de cometer o erro que o outro cometeu conosco. Nós sempre somos corteses. Somos sempre gratos. Procuramos esclarecer os fatos antes de julgar os outros. É isto que pensamos de nós mesmos, embora os outros não pensem a mesma coisa.
Precisamos nos lembrar que há um Pedro dentro de nós. Mesmo advertido de que o faria, o futuro líder da igreja de Cristo negou a Jesus três vezes num curto espaço de tempo. Ele ficou tão decepcionado consigo mesmo, que chorou amargamente (Lucas 26.75). Houve muita virtude neste choro, que poderia ter sido sublimado por uma desculpa. "A pressão era demasiada e eu não aguentei. Eu não neguei; fui apenas mal interpretado. Também não fez diferença nenhum o que eu falei".
Devemos ter a visão correta da natureza humana, inclusive para evitar a auto decepção. Agar, quando ficou grávida, tripudiou sobre Sara, que era estéril (Gênesis 16.4). Sara jamais poderia imaginar aquelae comportamento por parte de sua empregada, mas ela o teve, decepcionando-a. Agar, portando, ao se decepcionar com Abraão e Sara, se esqueceu do que ela mesma fizera.
Não somos perfeitos. Somos Pedro. Somos Sara. Somos Abraão. Somos Agar. Não nos esqueçamos que, por vezes, nós somos os agentes da decepção. Oremos a Deus para nos dar discernimento para ver nossos próprios enganos. O pior engano é o auto-engano.
4. Lembremos que nem sempre somos realmente decepcionados.
Erramos em nossos julgamentos. Nem sempre nossa decepção tem base na realidade. Varias vezes em suas cartas, o apóstolo Paulo lamenta que alguns o julgavam por atitudes que não tomou. Diante, por exemplo, da desconfiança de alguns coríntios, ele escreveu: Não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos, por amor de Jesus (2Coríntios 4.5). Só porque ele pregava com autoridade e condenava com veemência o pecado, alguns achavam que Paulo estava indo longe demais.
Certa ocasião muitas pessoas ficaram decepcionadas comigo. Minha presença foi anunciada em cartazes num determinado evento numa cidade distante do Rio de Janeiro e eu não compareci. Acontece que eu jamais fui convidado. Vim a saber meses depois. Em outras palavras, eu não decepcionei ninguém. Aqueles que me encontraram e me relataram ficaram surpresos de eu sequer ter sido convidado. Os demais até hoje devem me achar um irresponsável.
Nós somos capazes de condenar as pessoas sem conferir o comportamento delas.
Às vezes, uma pessoa se magoa diante de uma palavra contra ou sobre ela que jamais foi proferida.
Precisamos duvidar de nossas certezas.
4. O QUE A DECEPÇÃO FAZ
Se não temos estas visões, a decepção nos alcança e faz estragos nas nossas vidas.
1. Com aquele que decepciona
Diante da decepção, que traz transtorno de vários níveis às pessoas, a primeira percepção que devemos ter é o que acontece com aquele que nos decepciona. Quase sempre, não lhe acontece nada. Ele nos decepciona hoje, outro amanhã, e segue a sua vida, como se nada tivesse acontecido.
Em alguns casos, o decepcionado pode até sentir um pouco de culpa, se ficar sabendo do que fez, mas muito dificilmente no mesmo grau do mal que provocou.
Esta realidade pode gerar revolta em nós, mas nem sempre nossa indignação produz alguma mudança no quadro. Não estou pregando o conformismo, mas apenas descrevendo uma parte da realidade. Não estou pregando que abramos mão da justiça, mas que não passemos a vida esperando que quem nos decepcionou nos procure e se acerte conosco. Até devemos orar por isto, mas orar entregando este assunto ao Senhor, para que vivamos em paz.
De igual modo, devemos nos questionar se não estamos decepcionando alguém. O ideal é que cada um de nós sempre se pergunte pelas consequências dos seus atos. Se decepcionamos, que Deus nos ajude a tomar consciência, a pedir perdão e a reparar o mal cometido.
2. Com aquele que se decepciona
Interessa-nos mais, por estar mais ao nosso alcance reescrever a história, com o que acontece com quem é decepcionado. A experiência da decepção pode produzir ódio, ressentimento e esgotamento.
A decepção pode resultar em ódio.
Deus nunca de fato nos decepciona, razão porque toda decepção com ele é uma decepção consigo mesmo. No entanto, Caim se deixou tomar pelo ódio, que encontrou seu clímax no fratricídio. Em lugar de aceitar a razão da não aceitação do seu sacrifício, Caiu matou seu irmão, já que não podia eliminar o "verdadeiro culpado" (Deus) pela recusa (Gênesis 4.5). O ódio é assim: uma vez desencadeado, não tem muito a ver com justiça.
Devemos tomar cuidado para que a nossa decepção não se transorme em ódio.
A decepção pode se transformar em ressentimento.
Decepcionado com Jacó, que o enganou, com o apoio da mãe, Esaú ficou decepcionado com o irmão, que fugiu de casa (Gênesis 27.41). Esaú passou o resto da vida ressentido, desejando matá-lo. O autor da carta aos Hebreus informa que ele nunca foi feliz, embora tentasse, por lhe ter faltado arrependimento (Hebreus 12.17).
A decepção pode levar ao esgotamento relacional.
Também equivocadamente decepcionado com Deus, que aceitou o arrependimento de Nínive, Jonas deixou a cidade, fez uma cabana escondida e entrou nela, para não ver ninguém (Jonas 4.5). A decepção de Jonas provocou nele um esgotamento espiritual e relacional.
O esgotamento relacional tem a ver com uma espécie de descrença generalizada no ser humano. A partir de uma ou mais experiência(s), todos são julgados como iguais àqueles que um dia trouxeram decepção.
5. O DESAFIO DE VOLTAR A CONFIAR
Se o preço da decepção é alto, é mais alto ainda o preço de não nos  relacionarmos, pela simples razão de que não o conseguimos e, no fundo, não o queremos.
Jesus é um exemplo de como nos devemos comportar, mesmo depois da decepção. Após a ingratidão dos nove leprosos (Lucas 17.17), Jesus continuou a curar. Ele não desistiu de fazer o bem porque recebeu a indiferença da maioria como resposta. Podemos imaginar que o fazia pela alegria de alguns, apesar da insensibilidade para a gratidão por parte da maioria. Ele não fazia para ser reconhecido (para que lhe agradecessem). Na verdade, Ele era reconhecido (notado) pelo que fazia.
Há uma personagem bíblica muita marcada pelas decepções. Eu me refiro ao apóstolo Paulo. João Marcos,  o sobrinho de Barnabé (Colossenses 4.10), foi um dos que o decepcionaram (Atos 15.39), mas, alguns anos depois, o apóstolo fez um estranho pedido a Timóteo, seu colaborador: Traga Marcos com você, porque ele me é útil para o ministério (2Timóteo 4.11). Paulo aceitou o desafio de voltar a confiar em Marcos, tornando-se de novo seu cooperador (Filemon 24). Aquele que o abandonara era agora um cooperador de grande valor.
Com relação, portanto, àqueles que nos decepcionam, nossa atitude deve ser a de Paulo em relação a João Marcos. Ele não recusou relacionar-se.
Pela boca do profeta Jeremias, Deus nos orienta a como proceder.
[TEXTO BÍBLICO]
Assim diz o Senhor:
"Maldito é o homem que confia nos homens, que faz da humanidade mortal a sua força e cujo coração se afasta do Senhor. Ele será como um arbusto no deserto; não verá quando vier algum bem. Habitará nos lugares áridos do deserto, numa terra salgada onde não vive ninguém.
Mas bendito é o homem cuja confiança está no Senhor, cuja confiança nele está. Ele será como uma árvore plantada junto às águas e que estende as suas raízes para o ribeiro. Ela não temerá quando chegar o calor, porque as suas folhas estão sempre verdes; não ficará ansiosa no ano da seca nem deixará de dar fruto".
O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua doença é incurável. Quem é capaz de compreendê-lo?
(Jeremias 17.5-9).
Deste texto podemos derivar alguns princípios a reger as nossas práticas.
1. Só devemos confiar de modo absoluto em Deus.
Há um nível de confiança que só pode ser dedicada a Deus. Não podemos confiar nos homens como quem confia em Deus. Só Ele é a nossa força, não a humanidade mortal (verso 5). Em Deus nossa confiança deve ser absoluta.
Há um nível de confiança que deve permear os nossos relacionamentos. Sem ela, não há convivência saudável. Com os nossos semelhantes, a confiança deve ser necessariamente relativa. Devemos nos relacionar, mas não devemos ser ingênuos. Não podemos nos esquecer que o coração é enganoso (verso 9).
2. Nossa confiança no homem não nos pode afastar de Deus.
Precisamos confiar para nos relacionarmos, mas é um equívoco acreditar na bondade natural do coração humano. Se houver uma confiança homem-homem extrapolando o nível adequado, o resultado é uma proximidade tal que nos afastamos de Deus. A advertência de Jeremias (verso 5) parte de uma verificação da realidade: quando confiamos demais em nós mesmos ou nos outros, nós deixamos de buscar Aquele que jamais nos decepciona.
3. Precisamos estar atentos ao bem que o outro pode nos fazer.
Mesmo em meio às frustrações, próprias da condição humana, o outro é, muitas vezes, o emissário de Deus para nos mostrar o bem (verso 6). Gosto de ouvir Paulo falando de seus companheiros.
Ele chama Priscila e Aquila de cooperadores em Cristo Jesus, tendo sido capazes de arriscar suas próprias cabeças por ele, razão porque lhes agradecia (Romanos 16.3-4).
Quando esperava a chegada de Estefânia, Fortunato e Arcaico, Paulo informa que eles supriram o que lhe faltava. Diz Paulo: eles trouxeram refrigério ao meu espírito. Por isto, pede aos seus leitores: Reconhecei, pois, a homens como estes (1Coríntios 16.17-18).
Certamente Timóteo não era perfeito, mas dele seu mestre disse: Lembrado das tuas lágrimas, estou ansioso por ver-te, para que eu transborde de alegria (2Timóteo 1.4 ).
4. Devemos transformar a decepção num caminho de volta para Deus.
Há um lado positivo na decepção; é quando ela nos ajuda a nos voltarmos para Deus como Aquele em Quem podemos realmente confiar. Ela nos lembra de quem é o ser humano; ela nos recorda quem somos nós; ela nos apresenta Quem é Deus.
Por isto, devemos ter sempre diante de nós a advertência de Jeremias, que, a propósito, encontra eco na descrição do poeta do salmo 1: Bendito é o homem cuja confiança está no Senhor, cuja confiança nele está. Ele será como uma árvore plantada junto às águas e que estende as suas raízes para o ribeiro. Ela não temerá quando chegar o calor, porque as suas folhas estão sempre verdes; não ficará ansiosa no ano da seca nem deixará de dar fruto (versos 7 e 8).

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante