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terça-feira, 25 de abril de 2017

O PODER DA ORAÇÃO ORE EM TODO O TEMPO...


                               O PODER DA ORAÇÃO ORE EM TODO O TEMPO...
“E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer”. Luc. 18:1.
Introdução: Nesse versículo Jesus deixa claro sobre a importância da pratica da oração. A oração é um recurso que o próprio Deus deixou à nossa disposição para nos relacionarmos com Ele, e que se observarmos nas Escrituras Sagradas, podem entender muitas coisas importantes que diz respeito a essa prática tendo em vista que o propósito básico sempre será : sermos ouvidos e atendidos, ou seja, oramos esperando obter resposta, pois acredito que se tivermos dúvidas sobre a oração que vamos fazer, nem mesmo conseguiremos orar, ou então faremos isso mecanicamente como pra cumprir protocolo, como por exemplo a oração repetitiva que fazemos nas horas da refeição com duração de dez segundos ou pouco mais que isso, quando na verdade muitos terminam com brincadeiras “gospel” após o amém. Quando Ele diz “orar sempre e nunca desfalecer”, Ele está falando de coisa séria, oração que move a mão de Deus, que movimenta o reino espiritual, que abre portas, move corações e tem o poder até de produzir um avivamento, mas a grande verdade hoje é essa; precisamos voltar à oração, menos mecanismos e mais oração. A oração nos leva a ter compromisso da santidade, ao quebrantamento, a honestidade, amor a Deus e ao próximo, também a reconsiderarmos princípios quebrados ou desvalorizados ao longo da caminhada cristã. Entenderemos que existem muitos empecilhos às orações para que não sejam ouvidas e respondidas. Vejam alguns exemplos:
1)        Se eu atender à iniquidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá. Sal. 66:18.
Observe que iniquidade é a pratica do pecado, ou seja, está claro que tal atitude é reprovada pela palavra de Deus, mas a pessoa decidiu continuar praticando. Sendo assim, a oração poderá ser bem elaborada, compreensiva aos que a ouvem, e até ter um aspecto fervoroso ou piedoso, mas em vão, o Senhor não ouvirá.
2)        O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável. Prov.28:9. Em outras palavras, se não ouvirmos a Palavra de Deus, Ele também não nos ouvirá, e o que é ouvir a Palavra de Deus? É dar crédito, e também praticar a palavra. Hoje em dia há milhares de pessoas nas igreja que dependem exclusivamente das orações que outras pessoas fazem por elas, as mesmas não oram, porque? Por falta de conhecimento da Palavra de Deus, não leem, não interpretam o que ouvem e não se interessam em aprofundar, seja para conhecer e muito menos para obedecer. O Senhor disse: se não ouvem a minha Palavra, também não ouço suas orações, aliás, suas orações serão até abomináveis. Zac. 7:11-13, Prov. 1:24-31.
3)        O que tapa o seu ouvido ao clamor do pobre também clamará e não será ouvido. Prov.21:13. Aqui está um grande segredo que a maioria dos cristãos, principalmente evangélicos desconhece. Tiago fala sobre a fé sem obras. É lógico que não somos salvos pelas obras, mas se fazemos o mais difícil, que é lutar contra a carne, o mundo e o diabo, o que nos custa abrirmos a mão para ajudar os necessitados. Deus abençoa os dizimistas e ofertantes, mas também abençoa quem da esmola. Prov. 19:17. Sim, mesmo aqueles que pedem nas esquinas enquanto o semáforo está fechado, eles não esperam que lhes daremos um grande valor, mas que com um pouquinho de cada um consigam seus alvos. O primeiro pensamento é que vão gastar com drogas, ou álcool, até pode ser, mas talvez comprem leite ou um marmitex, um pão, em fim nem precisamos ser profetas, ou discernir os espíritos para fazermos uma caridade. Aqui em Itu sou presidente da Casa Emaús, um projeto que atende homens de rua e alcoólatras, mantemos entre dezoito e vinte e dois homens internados por enquanto, nem me pergunte se é trabalhoso, não nos trás nenhum lucro, só trabalho, mas entenda, eles precisam, e Deus diz que devemos atender ao clamor do pobre. Comece a dar esmolas, descubra alguém que precisa e de cesta básica, socorra alguém que precisa ou contribua em uma instituição, e você verá suas orações sendo respondidas. Observe, são três coisas importantes: 1º - SE EU ATENDER A INIQUIDADE; O Senhor não me ouvirá. 2º - SE EU NÃO OUVIR A SUA PALAVRA. O Senhor não me ouvirá. 3º - SE EU NÃO OUVIR O CLAMOR DO POBRE. O Senhor não me ouvirá.
QUATRO GRUPOS QUE TERÃO SUAS ORAÇÕES RESPONDIDAS.
Primeiro grupo: Os humildes. Luc. 18:9-14, aqui temos a parábola do fariseu e do publicano, e aprendemos que Deus abate os soberbos e exalta os humildes.
Segundo grupo: Os justos. Sal. 34:15-17, os ouvidos de Senhor estão atentos ao clamor dos justos. Quem são os justos? Os justos são os salvos. Entenda, a única oração do pecador que Deus ouvirá, será quando esse pecador clamar por salvação, fora disso, não vamos ser políticos com as coisas espirituais, Deus não ouve a pecadores. Jo. 9:31.
Terceiro grupo: Os que temem. Sal. 145:18-19. O Senhor ouve os que O temem. Temor não é medo, e sim o respeito e a reverência produzidos pela sensibilidade em nossa alma na presença do Criador.
Quarto grupo: Os que O agradam. I Jo. 3:22. Qualquer coisa que lhe pedirmos, Dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é agradável à sua vista.
A oração sincera e plena de fé contém nossa escala de valores. Quando oramos, revelamos aquilo que consideramos prioridade em nossas vidas, nosso senso de valores quer espirituais ou não. A oração revela o nosso íntimo, traduz a intensidade de nossa comunhão com Deus e é o espelho do homem interior. Neste texto que lemos temos uma oração do apóstolo Paulo, na qual ele pede para Deus abrir o nosso entendimento, para sabermos quão ricos nós somos. É uma oração intercessória, onde Ele menciona as bênçãos que deseja que os crentes conheçam. Em nenhum momento, Paulo pede bênçãos materiais. Ele não pede o que não temos, mas pede que Deus abra os olhos do nosso coração para sabermos o que já temos. Neste estudo, tomo as palavras de Paulo como minhas e convido a todos para que possamos aprender e viver o poder da intercessão a favor da Igreja do Senhor Jesus. Neste estudo vamos considerar que quando nós nos ocupamos do Reino de Deus, as demais coisas (vida material e afetiva, por exemplo) tornam-se objetos de prioridade absoluta de Deus.
1. UMA ORAÇÃO PARA QUE A IGREJA TENHA DISCERNIMENTO ESPIRITUAL
·  Espírito de sabedoria – v. 17 – A mente natural não consegue discernir as coisas espirituais. Não podemos viver só vendo com os olhos da carne. Precisamos de olhos espirituais. Sabedoria é olhar para a vida com os olhos de Deus. É ver a vida como Deus a vê.
·   Espírito de revelação – Só o Espírito de Deus pode abrir as cortinas da nossa alma para entendermos as riquezas de Deus. Vemos um evangelho estranho em muitas Igrejas onde você é convidado a barganhar com Deus e muitas vezes ao invés de falar com Deus está falando com ministros de satanás, homens e mulheres que jamais tiveram sequer a revelação da graça de Deus.  Adivinhação não é revelação; ver o diabo em tudo não pode ser sabedoria. Se pertencemos ao Senhor, a revelação só pode ser dos Seus desígnios e propósitos e tudo isso para a Sua glória.

2. UMA ORAÇÃO PARA QUE A IGREJA CONHEÇA A DEUS PLENAMENTE
·  Uma coisa é conhecer a respeito de Deus; outra bem diferente é conhecer Deus. O ateu diz que não há Deus para se conhecer. O agnóstico, diz que se há Deus, ele não pode ser conhecido. Mas Paulo encontrou Deus na pessoa de Jesus e entendeu que o homem não pode conhecer nem a si mesmo sem o verdadeiro conhecimento de Deus.
·   O conhecimento de Deus é a própria essência da vida eterna. Conhecer a Deus pessoalmente é salvação (João 17:3). Conhecer a Deus progressivamente é santificação (Os 6:3). Conhecê-lo perfeitamente é glorificação (1 Co 13:9-12).Ao orar, Paulo fez menção dos privilégios que os crentes em Jesus têm na pessoa de Cristo. Além de mencionar o chamamento, ele fala da herança e do poder de Deus.
3. UMA ORAÇÃO FIRMADA NA ESPERANÇA DO CHAMAMENTO DE DEUS – V. 18
.  O mundo antigo era um mundo sem esperança (2:12). Para os crentes, contudo, o futuro era glorioso, pois Deus Pai nos escolheu e nos adotou; Deus Filho nos redimiu e nos perdoou e o Deus Espírito Santo nos selou e nos deu o Seu penhor. Essa é a esperança viva, real e imutável.
·   Paulo orou para que a igreja viesse a conhecer essa gloriosa esperança, viesse experimentar essa esperança e finalmente, pudesse usufruir tudo aquilo que ela tem em Cristo. Deus nos chamou para Cristo e para a santidade; nos chamou para a liberdade e para a paz e nos chamou também para o sofrimento e para a glória.
4. UMA ORAÇÃO LEGÍTIMA POR CAUSA DA HERANÇA DE DEUS – V. 18
·  Nós somos a herança de Deus. Aqui não se fala da herança que Deus outorga, mas a herança que Deus recebe. Esta frase não se refere à nossa herança em Cristo (1:11), mas Sua herança em nós. Deus olha para nós e vê em nós sua gloriosa riqueza, a sua preciosa herança. Jesus viu o fruto do seu penoso trabalho e ficou satisfeito (Is 53).
·  Paulo orou para que os crentes possam entender o quão preciosos somos para Deus. Somos a igreja que Deus comprou com o sangue do Seu Filho. Somos a noiva do Filho de Deus, a Sua porção eterna.
·  Se o chamamento aponta para o passado, a herança aponta para o futuro. Nós somos a riqueza de Deus. Nós somos o presente de Deus. Nós somos o tesouro de Deus. A menina dos olhos de Deus, a delícia de Deus. Somos filhos, herdeiros, co-herdeiros, santuários, ovelhas. Somos o Seu Povo.
5. UMA ORAÇÃO ATENDIDA POR CAUSA DO PODER DE DEUS – v. 29-23
·  Se o chamamento de Deus olha para o passado e a herança olha para o futuro, o poder de Deus olha para o presente. Paulo enfatizou o poder de Deus, usando quatro palavras distintas para o poder, v. 19:
a) dunamis – traz a ideia de uma dinamite, um poder irresistível;
b) energeia – o poder que trabalha como uma energia;
c) kratos – poder ou força exercida;
d) ischus – poder, grande força inerente. Paulo fez uso dessas quatro palavras para enfatizar a plenitude e certeza deste poder. Esse poder é tão tremendo que é o mesmo poder que Deus o exerceu para ressuscitar o Seu Filho.
·    O poder de Deus que está à nossa disposição é visto em três eventos sucessivos: a ressurreição de Cristo (v. 20a); a ascensão e entronização de Cristo (v. 20b, 21); o senhorio de Cristo sobre a igreja e o universo (v. 22,23).
·   A medida do poder de Deus – v. 19b. Algo de superlativo desse poder é ressaltado pelo notável acúmulo de termos: “suprema grandeza do Seu poder”, “eficácia”, “força”, “poder”. Essa abundância de palavras sugere a ideia de poder cuja simples expressão exaure os recursos da linguagem e chega a desafiar a enumeração.
·   A suprema demonstração do poder de Deus – v. 20-23.O poder que atua nos crentes é o poder da ressurreição. É o poder que ressuscitou a Cristo dentre os mortos, e o assentou à direita de Deus, e lhe deu a soberania sobre o universo inteiro. Esse poder é como um caudal impetuoso que arrasta com a sua força os obstáculos que encontra pelo caminho.
·    Ao falar a Deus Pai em nome de Cristo, Paulo apresentou três afirmações a respeito do que Deus tem feito em Cristo que nos dá a certeza do seu poder em nós para uma vida vitoriosa:
1.      A ressurreição e exaltação de Cristo (v.20,21).A ressurreição autenticou o ministério do Senhor, selou a Sua obra de redenção, marcou o começo da Sua glorificação, e foi a confirmação pública de que o Pai aceitou o seu sacrifício. Depois de haver ressuscitado a Cristo dentre os mortos, Deus manifestou o seu poder fazendo-o assentar-se “à sua direita” (v. 20,21). A “direita” de Deus é uma figura de linguagem indicando o lugar de supremo privilégio e autoridade. A mais alta honra e autoridade no universo foi tributada a Cristo (Mt 28:18). Ele foi entronizado acima de todo o principado e postestade (1:21).
2.      O domínio universal de Cristo (1:22).A exaltação de Cristo abrange o soberano domínio sobre toda a criação. Todas as coisas estão sujeitas a Cristo. Todo o joelho se dobrará diante dele no céu, na terra e debaixo da terra (Fp 2:9-11). Tanto a igreja como o universo têm em Cristo o mesmo cabeça. Todas as coisas estão debaixo dos seus pés – significa que tudo está sujeito e subordinado a ele. As palavras implicam absoluta sujeição.
3.      A preeminência de Cristo sobre a igreja (1:22, 23). Deus estabeleceu uma relação singular entre Cristo e a igreja. Cristo é o grande dom de Deus à Igreja. Cristo como Cabeça da Igreja compreende três coisas: a) Cristo tem autoridade suprema sobre a igreja – Ele a governa, guia e dirige; b) Entre Cristo e a Igreja existe uma união vital – Uma união tão real como é a da cabeça com o corpo. É uma união indissolúvel; c) A igreja é inteiramente dependente de Cristo - De Cristo a Igreja deriva a sua vida, o seu poder, e tudo quanto é necessário à sua existência. A igreja é a plenitude de Cristo. A igreja está cheia da sua presença, animada pela sua vida, cheia com os seus dons, poder e graça. A igreja é o prolongamento da encarnação de Cristo. A igreja é o seu corpo em ação na terra. A igreja está cheia da própria Trindade: Filho (1:23); Pai (3:19); Espírito Santo (5:18).
CONCLUSÃO: À luz da Palavra de Deus, gostaria de sugerir que você faça uma  nova reflexão espiritual; dê um novo rumo à sua vida de comunhão com Deus. Seja um intercessor a favor da Igreja do Senhor e você verá a diferença nas bênçãos na sua vida e na sua família.
·         Como você avalia a sua vida espiritual? Você tem usufruído as riquezas que tem em Cristo?
·         Você tem crescido no relacionamento de comunhão com Deus? Você conhece mais a Deus?
·         Você compreende a esperança do seu chamado: de onde Deus o chamou, para que Deus o chamou e para onde Deus o chamou?
·         Você compreende o quão valioso você é para Deus?
·       Você tem experimentado de forma prática o poder da ressurreição na sua vida?
Que o Senhor nos guarde e preserve nossas vidas. Que possamos nós sermos intercessores segundo o modelo bíblico para que as nossas orações a favor da Igreja e dos nossos irmãos sejam sempre uma expressão humildade da maravilhosa graça de Deus e a manifestação clara e firme do Seu poder em nossas vidas.

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência ada Religião Dr. Edson Cavalcante

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