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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

MOISÉS E FARAÓ, QUATRO PROPOSTAS...


                                    MOISÉS E FARAÓ, QUATRO PROPOSTAS...

Êxodo 8:25,28, 10:8-11, 24
Quando Deus apareceu a Moisés no Monte Horebe, deu-lhe uma missão quase impossível: “Vem agora, pois, e Eu te enviarei a Faraó para que tires o meu povo, os filhos de Israel, do Egito”.
E tendo aceitado aquela missão, Moisés enfrentou a astúcia do soberano do Egito, que não tinha nenhuma vontade de deixar o povo ir.
Por quatro vezes Faraó tentou enganar Moisés, mas não logrou êxito.
A primeira proposta (Êxodo 8:25)
“Então chamou Faraó a Moisés e a Arão e disse: Ide e sacrificai ao vosso Deus nesta terra.”
A proposta do rei do Egito pode ser colocada dessa forma: Vocês para adorar ao Deus de vocês, contanto que permaneçam no Egito.
O rei estava propondo que eles adorassem com liberdade, mas que permanecessem aceitando a condição de escravos.
Lembremos que o Egito tem o simbolismo da velha vida. Da vida sem Cristo, no pecado.
Sacrifício no Egito significa querer ter uma vida de adoração sem transformação, sem renuncia e abnegação por amor a Deus.
Hoje esta proposta poderia ser colocada da seguinte forma:  Adorem a Deus sem mudança de vida. Adorem, porem permaneçam no Egito – “Na velha vida que tinham sem Deus”.
Deus não aceitaria um sacrifício na terra da escravidão. O Egito simboliza o mundo. Deus recebe a adoração daqueles que rompem com o Egito. 
A mensagem de Deus é: Arrependei-vos e convertei-vos dos maus caminhos.
O Faraó com aquela proposta queria que Moisés e o povo de Israel pensassem que estariam agradando a Deus, mas seu real propósito era que eles continuassem escravos.
O Egito é a terra da escravidão e o Faraó simboliza satanás, e Moisés, o libertador, uma figura do Cristo. Moisés recusou a proposta de Faraó e não houve acordo.
A segunda proposta (Êxodo 8:28)
“Disse Faraó: Deixar-vos-ei ir, para que sacrifiqueis ao Senhor, vosso Deus, no deserto; somente que indo, não vá longe; orai também por mim”.
Tendo sofrido as consequências da quarta praga, Deus estava quebrando o orgulho de Faraó lento e gradualmente.
Uma nova proposta Faraó fez, depois de ouvir os conselheiros.
Moisés não se deixou enganar pela aparente humildade, pois a trás daquela proposta escondia outra armadilha: a de sacrificar perto do Egito.
Esta segunda proposta é equivalente a dizer sacrifiquem ao Deus de vocês, mas fiquem por perto, não se afastem da influência do Egito.
Isto significava coxear entre dois caminhos. Morar na divisa do Egito era tão perigoso quanto estar no Egito.
Quem aceita Jesus, mas não rompe com as velhas amizades ou com as antigas influencias que nos afastam tenha dificuldades na caminhada com Cristo.
Ficar sob a influência do Egito é como estar na situação da semente entre os espinhos, que não frutificou porque foi sufocada.
A terceira proposta (Êxodo 10: 8-11)
8 Aí Moisés e Arão foram levados de novo até a presença do rei, e este lhes disse: —Vocês podem ir adorar o SENHOR, seu Deus. Mas eu quero saber quem é que vai. 9 Moisés respondeu: —Iremos todos nós, com as nossas crianças e os nossos velhos. Levaremos os nossos filhos e filhas, as nossas ovelhas e cabras e o nosso gado, pois temos de dar uma festa em honra de Deus, o SENHOR. 10 Então o rei disse: —Pois que o SENHOR vá com vocês! Mas não vou deixar, de jeito nenhum, que vocês levem as suas mulheres e os seus filhos! É claro que vocês estão planejando uma revolução. 11 Não! Somente os homens podem ir adorar ao SENHOR, se é isso o que vocês querem. E Arão e Moisés foram expulsos da presença do rei.
De acordo com essa proposta, eles deviam ir mas deixar para trás as famílias.
A intenção de Faraó era manter os familiares dos israelitas presos no Egito, libertando somente os homens para que em breve voltassem por causa das esposas e filhos e fossem presos novamente.
Esta proposta mostra a intenção do adversário em impedir que toda a família sirva ao Senhor, e seja assim usada para dificultar a caminhada daquele que já foi liberto.
Moisés não aceitou deixar as famílias de Israel para trás; nem os velhos, nem as esposas, nem filhos, nem filhas; como também não ficariam nem os animais. Faraó recusou a proposta de Moisés e a resposta de Deus foi à praga dos gafanhotos, que arrasou a agricultura do Egito. Vemos nisso a proteção do Senhor estendida a todos quantos creem no seu nome.
Oremos por nossas famílias, especialmente por aqueles que querem se colocar como obstáculos a nossa caminhada com Cristo.
Lembremo-nos da declaração de Josué: “Eu e a milha casa serviremos ao Senhor”
A quarta proposta de Faraó. (Êxodo 10. 24)
E Faraó chamou Moisés e propôs: “Ide e servi ao Senhor, as crianças também podem ir, mas vão ficar as ovelhas e as vacas”.
Esta proposta é estratégica. Faraó esta dizendo aqui: adorem ao Deus de vocês, mas deixem seus bens sob minha influência.
Muitos sofrem deste mal nos dias de hoje. Dizem ser de Deus, mas seus bens estão sob a influência do mal.
Faraó contava com a fuga de Israel para a liberdade. Ao exigir que ficassem as ovelhas e as vacas estava planejando que a fome debilitasse, fragilizasse Israel e quando estivesse assim, iriam se lembrar da comida dos escravos, das cebolas do Egito e votariam correndo com os próprios pés. Um povo sem vacas e sem ovelhas afetaria diretamente as crianças, pois não haveria leite e a reprodução ficaria comprometida.
A esta altura, Moisés além de querer levar a família e o gado impôs uma nova condição: Tu também darás em nossas mãos sacrifícios e holocaustos, para que ofereçamos ao Senhor nosso Deus. Moisés aumentou as exigências.
Faraó, irritado, disse que nunca mais queria vê-lo. O Resultado de sua recusa em deixar sair Israel foi à última e mais devastadora das pragas: a morte dos primogênitos do Egito, tanto de pessoas como animais. O Egito inteiro acordou de luto.
Conclusão
Faraó mandou chamar a Moisés pela última vez, na calada da noite, e disse: Levantai, e saí do meio do meu povo, tanto vós como os filhos de Israel; e ide, e servi ao Senhor, como tendes dito. Levai também convosco vossas ovelhas e vossas vacas, como tendes dito; e ide e abençoai-me também a mim. “E os egípcios apertavam o povo, apressando-se para lançá-los fora da terra com receio de serem todos mortos pelo Deus de Israel. E fizeram, pois, os filhos de Israel conforme a palavra de Moisés e pediram aos egípcios vasos de prata, vasos de ouro e vestes. E saíram em vitória, livres e prósperos.
Contextualizando:
Moisés não fez nenhuma concessão a Faraó; ao contrário: aumentou as exigências.
Quando o que está em jogo é a fé, a vida espiritual, a família e os bens do crente – não se devem fazer concessões ao diabo de maneira alguma.
Cuidado com as propostas sedutoras do maligno. Elas nunca são apenas o que aparentam ser. Seja exigente se o que estiver em jogo for sua vida espiritual e a da sua família, que Deus fará a provisão do livramento.

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante

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