OS
TRÊS PILARES DO CRISTIANISMO, FÉ, ESPERANÇA E O AMOR...
“Agora, pois, permanecem a FÉ, a ESPERANÇA e o AMOR, estes três;
porém o maior destes é o amor” (I Coríntios 13.13)
“Recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da
vossa FÉ da abnegação do vosso AMOR e da firmeza da vossa ESPERANÇA em nosso
Senhor Jesus Cristo” (I Tessalonicensses 1.3)
Em minha vida, eu busco, em todas as coisas, sempre simplificar.
Acredito que quanto mais complexas as coisas, mais difícil fica a compreensão
delas e, consequentemente, mais difícil a sua execução. Penso assim em tudo,
inclusive na minha vida com Deus, sempre busco simplificar, para que fiquem
simples de serem praticadas.
Certa vez, comecei a enumerar, baseado em mensagens que eu ouvia,
quantos princípios são necessários para se ter uma vida vitoriosa. Como você
deve imaginar me deparei com uma lista interminável. Parece-me que todo
pregador, para justificar seu ensino, estabelece o princípio que está pregando
como vital para sermos bem sucedidos na vida com Deus.
Fiquei atônito com isso e, me perguntando: E se eu não conseguisse
praticar todos, teria uma vida infrutífera? Não podia aceitar aquela situação
angustiante. Então, me coloquei a buscar nas Escrituras, formas de reduzir a
vida com Deus a poucos princípios que englobassem toda a vida cristã.
Foi quando me deparei com as cartas do apóstolo Paulo, que tanto
explicavam a doutrina do que havia acontecido da cruz ao trono com o nosso
Senhor e Jesus, e de como isso nos afetava, mas que também ensinava, sempre de
forma simples, como viver a vida cristã decorrente da obra de Cristo.
Percebi que as cartas de Paulo constantemente têm uma seção
doutrinária e também uma prática. Na carta aos Efésios, isso é mais facilmente
percebido. Do capítulo 1 ao 3, temos a parte doutrinária. Do 4 ao 6, a parte
prática. Mas, em todas as suas cartas, o leitor pode perceber sempre os dois
aspectos.
Foi aí que os dois versos citado no início começaram a me chamar
atenção, na verdade, não especificamente estes versos, mas os princípios neles
expressos. Reparei que em todas as suas cartas eu sempre achava algum versículo
ou dois com as três palavras chaves dos versos citados: Fé, esperança e amor.
Não foi difícil entender que esse era o caminho para a
simplificação que eu tanto buscava. Na verdade, era exatamente o que eu queria,
três princípios que englobam toda a prática da vida cristã. Conferi
insistentemente nas Escrituras e percebi que, se eu me ocupasse em viver de
acordo com essas três chaves, estaria caminhando seguro para aquilo que Deus
tem para a minha vida, e para satisfazer as expectativas dele ao ter me criado.
Fé, esperança e amor vão manter o crente guardado de errar, vão
levá-lo a uma vida de santidade e triunfo que, de fato, agrada a Deus. Esses
princípios atingem tanto seu domínio pessoal como aquilo que lhe cerca. Vejamos
isso olhando cada um individualmente.
FÉ
A célebre frase dita por Habacuque e repetida em Romanos, Gálatas e
Hebreus continua viva até hoje: “O justo viverá da sua fé”. Fé é o estilo de
vida do crente e é como ele se relaciona com Deus, porque é pela fé que nos
aproximamos dEle. A fé nos possibilita viver cada promessa de Deus, subjugar a
carne e andar em espírito, ver o sobrenatural, orar eficazmente, deliciar o
impossível e transportar os montes.
A fé trata com sua vida individualmente, seu domínio pessoal e vida
com Deus. Tudo que tange a você é acessado pela fé. Sua salvação, cura,
libertação, prosperidade, adoração. Todas as riquezas da graça de Deus dadas a
nós são acessadas pela fé. “Pela fé temos acesso a essa graça”(Rm 5.2).
ESPERANÇA
A esperança cristã é o que nos faz olhar para o futuro.
Antigamente, colocávamos nossa esperança em coisas que estavam sob o domínio da
fé. Mas, ao descobrir isso, não podemos de forma alguma abandonar a santa
esperança. O apóstolo Paulo afirma categoricamente que se vivemos uma vida sem
a santa esperança somos os mais infelizes dos homens, e nada que fazemos para
Deus tem valor, seria melhor voltar aos pecados do velho homem.
Saber que essa vida aqui é passageira e que uma eternidade nos
aguarda, nos coloca em movimento, pois, afinal de contas, a primeira coisa que
acontecerá ao entrarmos na eternidade será receber os galardões pela obra que
realizamos em fé aqui na terra. Não vou aqui falar sobre os ventos
escatológicos, mas apenas te lembrar que eles são reais e estão próximos.
A Bíblia ensina que a pregação das coisas do fim nos põe em
movimento no nosso chamado. Fomos criados para cumprir um propósito em por fim
seremos galardoados ou não de acordo com nossa obediência a esse chamado. “E a
si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro”
(I João 3.3).
AMOR
O amor é cumprimento da lei, amor é o que move Deus. Quando amamos,
nós imitamos a Deus da forma mais perfeita. O amor trata dos nossos
relacionamentos em todos os sentidos e expressões.
Submissão, autoridade, caridade, fidelidade, lealdade e honra são
palavras que evocam nobreza em como nos relacionamos com alguém, seja de que
nível for, mas todas estas posturas só podem ser vividas de fato ao andarmos em
amor. Assim, cumpriremos cada uma delas.
O amor se humilha, corrige para aproveitamento, valoriza,
reconhece, diz a verdade, sofre os defeitos, abre mão do afastamento ou do
caminho mais fácil. O amor anda outra milha, da a outra face, abençoa quem
amaldiçoa ou pragueja, sofre o dano e segue crendo.
Amar é manifestar Deus.
“Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta o amor jamais
acaba” (I Coríntios 13.7,8)
Voltemos a simplicidade do Evangelho. Tenha cuidado com as
novidades mirabolantes e novas revelações, se firme na Palavra e siga em
frente. Tudo vai bem!
“Mas receio que assim como a serpente enganou a Eva com a sua
astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade
e pureza devidas a Cristo” (II Coríntios 11.3)
Apostolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr.
Edson Cavalcante.
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