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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

ESTUDO SOZINHO EM MEIO AO DESERTO...


                                   ESTUDO SOZINHO EM MEIO AO DESERTO...
Deuteronômio - 8:2
Lembre-se de como o Senhor, o seu Deus, os conduziu por todo o caminho no deserto, durante estes quarenta anos, para humilhá-los e pô-los à prova, a fim de conhecer suas intenções, se iriam obedecer aos seus mandamentos ou não.
Deuteronômio - 8:15
Ele os conduziu pelo imenso e pavoroso deserto, por aquela terra seca e sem água, de serpentes e escorpiões venenosos. Ele tirou água da rocha para vocês,
Deuteronômio - 8:16
e o sustentou no deserto com maná, que os seus antepassados não conheciam, para humilhá-los e prová-los, a fim de que tudo fosse bem com vocês.
Deuteronômio - 11:5
Vocês também viram o que ele fez por vocês no deserto até chegarem a este lugar,
Deuteronômio - 11:24
Todo lugar onde vocês puserem os pés será de vocês. O seu território se estenderá do deserto do Líbano e do rio Eufrates ao mar Ocidental.
Deuteronômio - 14:17
"Durante os quarenta anos que os conduzi pelo deserto", disse ele, "nem as suas roupas, nem as sandálias dos seus pés se gastaram.
Estaremos desenvolvendo mais um estudo sobre o deserto; desta feita falaremos sobre “As 30 lições  Que Deus nos ensina no  deserto”. Vamos acompanhar!
- Deus treina seus líderes mais importantes na escola do deserto. Moisés,  José, Elias e Paulo foram treinados por Deus no deserto.
Ø Jó.
 Um homem que Deus declarou ao próprio Satanás que não havia “ninguém na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal” (Jó 2:3). Aparentemente, não havia nada que o fizesse merecer o grande e hostil deserto pelo qual ele teve de passar. Deus permitiu que Satanás ferisse a Jó com tumores malignos e, na sequência, ele perdeu tudo o que mais amava, sua mulher, filhos, bens e amigos. Restaram apenas três amigos que, na falta do que dizer, ficavam condenando Jó e jogando-o cada vez mais para baixo. Qualquer um de nós que se encontrasse numa situação dessas talvez blasfemaria o nome de Deus e pedira até mesmo para morrer. Mas Jó teve uma atitude que impressiona, até os dias de hoje, todos quantos têm conhecimento de sua história, pois em nenhum momento, Jó murmurou contra seu Deus. Esta postura de fé e firmeza de caráter foi fundamental para que Jó recebesse em dobro, tudo quanto dantes possuía.
Ø José do Egito.
Ele era o filhinho preferido de Israel (Jacó), aquele que dava notícias de tudo que seus irmãos faziam de errado (vulgo: fofoqueiro mor).  José, no entanto, era um rapaz de muito boa índole e cheio de sonhos. Quando adolescente foi jogado em uma cisterna e vendido para uma caravana de ismaelitas que o levaram para ser escravo no Egito, pelos próprios irmãos. Após isto, quando tudo parecia que ia melhorando na vida de José, quando era mordomo na casa de Potifar, ele é injustamente acusado por uma mulher adúltera e é jogado na prisão. Mas José era um homem dedicado e tudo o que colocavam em suas mãos, ele o fazia sem murmurar, com integridade e amor. Por causa disso, Deus o constituiu como governador máximo do Egito, abaixo apenas de Faraó.
Ø Jesus Cristo.
O qual, depois de ser batizado por João Batista, foi compelido pelo Espírito Santo para passar 40 dias no deserto sendo tentado por Satanás. Sabemos que foi no deserto que ele venceu o inimigo utilizando-se da Palavra de Deus. Diante disso tudo, quais seriam as principais lições que poderíamos aprender com nossos companheiros de deserto?
- O próprio Jesus antes de iniciar o seu ministério passou quarenta dias no deserto.
Os desertos são as regiões mais secas do mundo. Eles podem ficar vários anos sem receber sequer uma gota de chuva. É lugar de extrema solidão também, onde, além de faltar o necessário para a sobrevivência humana, só se veem camelos e tuaregues (integrantes de tribos desérticas que viajam normalmente em grupos). Durante o dia, as temperaturas nos desertos habitualmente alcançam os 25° C, à sombra, e 40° C, podendo chegar a 58° C, como ocorreu na Líbia. Em contrapartida, à noite faz um frio quase que insuportável; pois o calor escapa para um céu sem nuvens. Ocupam mais de 12% das terras emersas do planeta. O Saara, por exemplo, maior deserto do mundo, é um mar de morros de areia do tamanho do Brasil que se estende por 5 mil km, do Mar Vermelho ao Oceano Atlântico, a oeste, e algumas de suas dunas de areia podem alcançar 300 m de altura. Com tantas características adversas ao homem e diante de inúmeras outras belezas turísticas existentes, raramente um deserto faria parte do roteiro de algum viajante interessado em contemplar as “maravilhas” do mundo. Mas, caro leitor, e se DEUS o convidasse agora a passar alguns dias ou meses, ou anos, num deserto total, onde a sua única correspondência fosse com o seu próprio interior? Se ainda não recebeu este convite da parte de DEUS, prepare-se! Seu dia pode estar bem próximo… Se você já está no deserto, aproveite agora essa oportunidade que DEUS lhe dá para aprender melhor a atravessá-lo e compreender quão maravilhoso é ser preparado para receber a promessa maior, que é o Reino dos Céus.

Quando Deus tirou o seu povo do Egito, não o fez flutuar sobre o deserto, nem o conduziu por algum atalho e muito menos diminuiu o calor do deserto. Ele poderia ter feito isso, mas não o fez! Deus poderia mudar uma situação de aflição, dor e sofrimento num estalar de dedos, mas saiba que Ele tem motivos que a própria razão desconhece para permitir que um filho Seu continue no deserto. Vejamos alguns dos nossos companheiros de terras áridas.
Na Bíblia Sagrada o deserto é palco de muitas narrativas, caracterizando-o como lugar de solidão, abandono, sem vegetação, quase inabitável, com perigos frequentes de fome, sede e serpentes. Nem sempre o termo recebe esse significado e pode não representar um lugar como o Saara ou o da Arábia, mas um mundo interior essencialmente solitário, tipo retiro ou isolamento. Para DEUS, o deserto constitui-se como um “habitat” incontaminável com o mundo, onde o homem, por força das circunstâncias, sente-se obrigado a se despir de suas vontades e de seus pecados (os quais o impedem de ouvir a voz do PAI), tornando-o um ser extremamente frágil e humilhado. O deserto confronta-se diretamente com os nossos anseios humanos: enquanto no mundo temos sede de conquistas, no deserto a principal lição é aquietar-se; viver na total dependência de DEUS. E aí consiste o nosso maior problema. Se DEUS lhe falar para escalar uma montanha e alcançar o cume, você logo vai. Mas se ELE convidá-lo(a) a entrar no deserto, você talvez não aceite.
O deserto é lugar de experiências maravilhosas; um ambiente onde o homem esvazia-se de si mesmo e aprende a marchar contra a sua vontade interior. É onde o ser olha para um espelho invisível e o reconhece em sua mais profunda pequenez. O deserto abre os nossos olhos através de um vale de lágrimas. Estando em completo estado de dependência, é a hora de o homem experimentar os milagres de DEUS. DEUS fala ao coração dos seus filhos com mais intimidade no deserto. Foi por isso que o apóstolo Paulo escreveu:”Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Pois quando estou fraco, então é que sou forte” (2 Coríntios 12:10). DEUS só leva ao deserto aquele que ELE deseja provar, transformar e realizar um grande feito. Não há deserto sem provisão e sem propósitos grandiosos. Toda trajetória desértica só tem um fim para aqueles que marcham confiantemente em DEUS: vitória. Enquanto você marcha no deserto, DEUS endurece o coração dos teus inimigos para te perseguir, para te afrontar, para te injuriar. Eles até pensam que são fortes e poderosos; convocam um enorme exército para ir ao teu encontro. Mas em toda guerra há um dia estabelecido por DEUS para cessá-la. É aí que o SENHOR sai da frente do seu povo para se posicionar atrás, exatamente à frente dos adversários. ELE diz: “não temas; estai quietos e vede o livramento do Senhor, que hoje vos fará; porque aos egípcios, que hoje vistes, nunca mais vereis para sempre. O Senhor pelejará por vós, e vos calareis” (Êxodo 14:13-14).
É terminantemente impossível caminhar sozinho no deserto, com suas próprias forças humanas, e não morrer no meio da caminhada. São tantas imagens sombrias ao redor que os olhos humanos não conseguem resistir. Por isso, DEUS também se preocupa em preparar um “Moisés” e um “Arão” para te pegar pelas mãos e seguir contigo. A relação de Moisés com os filhos de Israel foi, sobretudo, apaixonada (dos seus 120 anos, 80 foram vividos no deserto com a sua gente). Ninguém conseguiria passar 40 anos marchando ao lado do seu líder e não se apaixonar. É ele quem DEUS o capacitou para suportar os teus dias tristes, mais pesados, os teus dias maus, de angústias, onde até mesmo se pensa em desistir de viver. O teu “Moisés” DEUS já preparou. Descubra-o e entregue-se a ele. Ele será a voz de DEUS para a sua vida. Quando eu comecei a andar no deserto, sozinho, sentia-me completamente sem forças e sabia que, daquele jeito, não chegaria ao fim da jornada. DEUS também sabia. Foi por isso que ELE levantou um “Moisés” em minha vida, chamada Andréa Duarte, no Rio de Janeiro. Como minha vida mudou! Que bênção foi caminhar com Andréa! Pelo grande amor que ela nutriu por mim era impossível não me apaixonar. Com a minha “Moisés” aprendi a esquecer o problema que tanto me angustiava, a ter contatos com ela quase todas as noites, aprendi especialmente a ficar de pé e a ouvir a voz de DEUS: “Põe-te em pé e falarei contigo!” (Ezequiel 2:1). Minha vida passou a ser centrada em Andréa que, com muita sabedoria e paciência, soube me edificar nos momentos em que mais eu precisei. Hoje somos completamente apaixonados e ela ocupa um lugar de destaque em minha vida e em meu Ministério. Tudo o que DEUS falou a Andréa para a minha vida, ELE cumpriu.
A maior prova de nossa fé é sabermos esperar. No deserto, temos que esperar. É por isso que ele se torna tão difícil para nós. DEUS molda os seus filhos amados onde a contaminação pelas influências mundanas se torna impossível. Portanto, só é convidado a ir ao “deserto” para ser provado por DEUS quem ELE escolheu para servi-lo: “também no deserto vistes que o Senhor vosso Deus vos levou, como um homem leva seu filho, por todo o caminho que andastes até chegardes a este lugar” (Deuteronômio 1:31). No deserto aprendemos que, embora nos sintamos sozinhos, DEUS sempre está no nosso lado. Foi assim com o povo de Israel sob a liderança de Moisés: “Assim partiram de Sucote, e acamparam em Eta, à entrada do deserto. O Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo, para os alumiar, a fim de que caminhassem de dia e de noite. Nunca se apartou do povo a coluna de nuvem de dia, nem a coluna de fogo de noite” (Êxodo 13:20-22); com Abraão no sacrifício do seu único filho a caminho do “deserto” de Moriá: “e estendendo a mão, pegou no cutelo para imolar o filho. Mas o anjo do Senhor lhe bradou desde o céu, e disse: Abraão! Abraão! Respondeu ele: eis-me aqui” (Gênesis 22:10-11); com José ao ser vendido como escravo no Egito: “vendo o seu senhor que Deus era com ele, e que tudo o que ele fazia o Senhor prosperava em suas mãos” (Gênesis 39:3); com Davi quando este fugiu da ira do rei Saul para uma caverna no deserto de En-Gedi: “este dia os teus olhos viram que o Senhor te pôs em minhas mãos nesta caverna. Alguns disseram que eu te matasse, porém a minha mão te poupou ” (1 Samuel 24:10); com Elias fugindo da ira de Jezebel (que havia matado muitos profetas e queria matá-lo também) e, em extremo desespero, instalou-se numa caverna. Quando ele pensava em morrer veio a presença do Senhor trazer a bênção inigualável, que só é possível contemplar quando não há mais forças, mais recursos, mais nada. Enquanto Elias dormia pensando na morte como solução, um anjo, ao seu lado, preparava-lhe a comida fresca e saudável no fogo: “o anjo do Senhor voltou segunda vez, tocou-o, e lhe disse: levanta-te e come, pois muito longo te será o caminho. Levantou-se, comeu e bebeu. Com a força daquela comida caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus “(1 Reis 19:7-8). Nunca duvide da presença de DEUS quando as areias do deserto parecerem cobrir toda a sua vida. DEUS nos prepara para sermos co-herdeiros do Reino dos Céus: “Vê, eu te purifiquei, mas não como a prata; provei-te na fornalha da aflição. Por amor de mim, por amor de mim faço isto (…)“ (Isaías 48:10-11).
Destacaremos, aqui e agora, as 30 lições que Deus nos ensina no deserto:
1. Na escola do deserto aprendemos que Deus está mais interessado em quem somos do que naquilo que fazemos - Deus nos leva para o deserto para falar-nos ao coração.
2. No deserto ele nos humilha não para nos destruir, mas para nos restaurar.
3. No deserto, Deus trabalha em nós antes de trabalhar através de nós, provando que ele está mais interessado em nossa vida do que em nosso trabalho.
4.  Vida com Deus precede trabalho para Deus.
5. Motivação é mais importante do que realização. Nossa maior prioridade não é fazer a obra de Deus, mas ter intimidade com o Deus da obra.
6. O Deus da obra é mais importante do que a obra de Deus. Quando Jesus chamou os doze apóstolos, designou-os para estarem com ele; só então, os enviou a pregar.
7. Na escola do deserto aprendemos a depender mais do provedor do que da provisão
– Quando o profeta Elias foi arrancado do palácio do rei e enviado para o deserto, ele deveria beber da fonte de Querite e ser alimentado pelos corvos.
- Naquele esconderijo no deserto, o profeta deveria depender do provedor mais do que da provisão. Deus o sustentaria ou ele pereceria.
8.  Deus nos leva para o deserto para nos mostrar que dependemos mais dos seus recursos do que dos nossos próprios recursos. É fácil depender da provisão quando nós a temos e a administramos. Mas na escola do deserto aprendemos que nosso sustento vem do provedor e não da provisão.
9.  Quando nossa provisão acaba, Deus sabe onde estamos, para onde devemos ir e o que devemos fazer.
10.  A nossa fonte pode secar, mas o manancial de Deus jamais deixa de jorrar.
11. Os nossos recursos podem escassear, mas os celeiros de Deus continuam abarrotados. Nessas horas precisamos aprender a depender do provedor mais do que da provisão.
12 . Na escola do deserto aprendemos que o treinamento de Deus tem o propósito de nos capacitar para uma grande obra
13.  Todas as pessoas que foram treinadas por Deus no deserto foram grandemente usadas por Deus.
14.  Quanto mais intenso é o treinamento, mais podemos ser instrumentalizados pelo Altíssimo. Porque Moisés foi treinado por Deus quarenta anos no deserto, pôde libertar Israel da escravidão e guiar esse povo rumo à terra prometida.
15.  Porque Elias foi graduado na escola do deserto pôde enfrentar, com galhardia, a fúria do ímpio rei Acabe e trazer de volta a nação apóstata para a presença de Deus.
16.  Porque Paulo passou três anos no deserto da Arábia, ele foi preparado por Deus para ser o maior líder do Cristianismo.
17. Quando Deus nos leva para o deserto é para nos equipar e depois nos usar com graça e poder em sua obra. Deus não desperdiça sofrimento na vida dos seus filhos.
18. Ele os treina na escola do deserto e depois os usa com grande poder na sua obra.
19.  Não precisamos ter medo do deserto, se aquele que nos leva para essa escola está no comando desse treinamento.
20. Deserto não é lugar de punição ou de reprovação – quando Jesus foi para o deserto, uma voz do céu tinha acabado de declarar que ele era o filho amado de Deus e que Ele tinha prazer em sua vida, mesmo assim tiveram que passar seus 40 dias lá;
21.  Deserto pode ser um lugar de vitória – Jesus venceu o Diabo no deserto, Jó somente pode conhecer a face de Deus após vencer o seu deserto e teve tudo restituído em dobro, mas muitos morreram no deserto por murmurarem;
22. Só sai do deserto quem compreende o seu objetivo – Quanto mais rápido compreendermos o caráter refinador e educativo do deserto, mais rápido poderemos sair dele e entrar na terra prometida, ele pode durar de 40 dias a 40 anos, a escolha é sua;
23.  As tentações do deserto são vencidas com o uso correto da Palavra de Deus – Satanás tentou a Jesus utilizando-se da própria Bíblia, mas o fez de maneira incorreta e fora de contexto. Jesus o venceu por utilizar a Palavra de Deus dentro de seu contexto correto e de acordo com a vontade de Deus. O mesmo aconteceu com Jó e seus amigos.
24. O deserto é um lugar de extremos.
Durante o dia faz calor e a noite frio, todavia, o Senhor não nos abandona a nossa própria sorte, antes pelo contrário, a noite ele nos aquece com a "coluna de fogo" e durante o dia ele nos guia com uma coluna de nuvem.
25.  O deserto espiritual é um período passageiro.
26. O deserto não é um acidente de percurso, mas uma agenda de Deus, a escola de Deus. É o próprio Deus quem nos matricula na escola do deserto.
27.  O deserto é a escola superior do Espírito Santo, onde Deus trabalha em nós antes de trabalhar através de nós.
28. Deus nos leva para essa escola não para nos exaltar, mas para nos humilhar.
29. Essa é a escola do quebrantamento, onde todos os holofotes da fama se apagam e passamos a depender total e exclusivamente da graça de Deus e da provisão de Deus e não dos nossos próprios recursos.
30. Deus em determinados momentos da vida permite com que experimentemos desertos espirituais a fim de que entendamos que o sustento, a provisão, bem como tudo aquilo que precisamos vem exclusivamente dele.
Ele pode até demorar um tempo significativo, no entanto ao final dele tem uma terra que mana "leite e mel" a nos esperar.
Tem momentos que entramos em um assustador período de sequidão espiritual, no qual pensamos que nada poderá nos salvar. Quase desistimos de lutar e ficamos como Jó que, num momento de quase que total desespero, disse: “Ainda hoje a minha queixa é de um revoltado, apesar de a minha mão reprimir o meu gemido. Ah! Se eu soubesse onde o poderia achar! Então, me chegaria ao seu tribunal. Exporia ante ele a minha causa, encheria a minha boca de argumentos. [...] Eis que, se me adianto, ali não está; se torno para trás, não o percebo. Se opera à esquerda, não o vejo; esconde-se à direita, e não o diviso.” (23:2-9)
Se você está se sentindo desta forma, busca Deus e só escuta o silêncio, se os seus ossos parecem ter se envelhecido pelos seus constantes gemidos, de dia e de noite, e seu vigor se tornou como sequidão de estio (Sm 32:3-4). Se você tem buscado uma saída e, não importa o que te digam, nada parece mudar a situação, bem vindo, você está no deserto. E isso pode ser a melhor coisa que te aconteceu, ou o seu pior pesadelo. Tudo vai depender de como você irá lidar com esta situação.
Se alguém estiver em um deserto, precisa entender que a postura e a maneira com que se entende o deserto vão ser sempre fundamentais para que ele dure só o tempo necessário, nada mais do que isso.
- O programa do deserto é intenso. O curso é muito puxado. Mas, aqueles que se graduam nessa escola são instrumentalizados e grandemente usados por Deus.

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante

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