ESTUDO SOZINHO EM MEIO
AO DESERTO...
Deuteronômio - 8:2
Lembre-se de como o Senhor, o seu Deus, os conduziu por todo o
caminho no deserto, durante estes quarenta anos, para humilhá-los e pô-los à
prova, a fim de conhecer suas intenções, se iriam obedecer aos seus mandamentos
ou não.
Deuteronômio - 8:15
Ele os conduziu pelo imenso e pavoroso deserto, por aquela terra
seca e sem água, de serpentes e escorpiões venenosos. Ele tirou água da rocha
para vocês,
Deuteronômio - 8:16
e o sustentou no deserto com maná, que os seus antepassados não
conheciam, para humilhá-los e prová-los, a fim de que tudo fosse bem com vocês.
Deuteronômio - 11:5
Vocês também viram o que ele fez por vocês no deserto até
chegarem a este lugar,
Deuteronômio - 11:24
Todo lugar onde vocês puserem os pés será de vocês. O seu
território se estenderá do deserto do Líbano e do rio Eufrates ao mar
Ocidental.
Deuteronômio - 14:17
"Durante os quarenta anos que os conduzi pelo
deserto", disse ele, "nem as suas roupas, nem as sandálias dos seus
pés se gastaram.
Estaremos desenvolvendo mais um estudo sobre o deserto; desta
feita falaremos sobre “As 30 lições Que
Deus nos ensina no deserto”. Vamos
acompanhar!
- Deus treina seus líderes mais importantes na escola do deserto.
Moisés, José, Elias e Paulo foram
treinados por Deus no deserto.
Ø Jó.
Um homem que Deus
declarou ao próprio Satanás que não havia “ninguém na terra semelhante a ele,
homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal” (Jó 2:3).
Aparentemente, não havia nada que o fizesse merecer o grande e hostil deserto
pelo qual ele teve de passar. Deus permitiu que Satanás ferisse a Jó com
tumores malignos e, na sequência, ele perdeu tudo o que mais amava, sua mulher,
filhos, bens e amigos. Restaram apenas três amigos que, na falta do que dizer,
ficavam condenando Jó e jogando-o cada vez mais para baixo. Qualquer um de nós
que se encontrasse numa situação dessas talvez blasfemaria o nome de Deus e
pedira até mesmo para morrer. Mas Jó teve uma atitude que impressiona, até os
dias de hoje, todos quantos têm conhecimento de sua história, pois em nenhum
momento, Jó murmurou contra seu Deus. Esta postura de fé e firmeza de caráter
foi fundamental para que Jó recebesse em dobro, tudo quanto dantes possuía.
Ø José do Egito.
Ele era o filhinho preferido de Israel (Jacó), aquele que dava
notícias de tudo que seus irmãos faziam de errado (vulgo: fofoqueiro mor). José, no entanto, era um rapaz de muito boa
índole e cheio de sonhos. Quando adolescente foi jogado em uma cisterna e
vendido para uma caravana de ismaelitas que o levaram para ser escravo no
Egito, pelos próprios irmãos. Após isto, quando tudo parecia que ia melhorando
na vida de José, quando era mordomo na casa de Potifar, ele é injustamente
acusado por uma mulher adúltera e é jogado na prisão. Mas José era um homem
dedicado e tudo o que colocavam em suas mãos, ele o fazia sem murmurar, com
integridade e amor. Por causa disso, Deus o constituiu como governador máximo
do Egito, abaixo apenas de Faraó.
Ø Jesus Cristo.
O qual, depois de ser batizado por João Batista, foi compelido
pelo Espírito Santo para passar 40 dias no deserto sendo tentado por Satanás.
Sabemos que foi no deserto que ele venceu o inimigo utilizando-se da Palavra de
Deus. Diante disso tudo, quais seriam as principais lições que poderíamos
aprender com nossos companheiros de deserto?
- O próprio Jesus antes de iniciar o seu ministério passou
quarenta dias no deserto.
Os desertos são as regiões mais secas do mundo. Eles podem ficar
vários anos sem receber sequer uma gota de chuva. É lugar de extrema solidão
também, onde, além de faltar o necessário para a sobrevivência humana, só se
veem camelos e tuaregues (integrantes de tribos desérticas que viajam
normalmente em grupos). Durante o dia, as temperaturas nos desertos
habitualmente alcançam os 25° C, à sombra, e 40° C, podendo chegar a 58° C,
como ocorreu na Líbia. Em contrapartida, à noite faz um frio quase que
insuportável; pois o calor escapa para um céu sem nuvens. Ocupam mais de 12%
das terras emersas do planeta. O Saara, por exemplo, maior deserto do mundo, é
um mar de morros de areia do tamanho do Brasil que se estende por 5 mil km, do
Mar Vermelho ao Oceano Atlântico, a oeste, e algumas de suas dunas de areia
podem alcançar 300 m de altura. Com tantas características adversas ao homem e
diante de inúmeras outras belezas turísticas existentes, raramente um deserto
faria parte do roteiro de algum viajante interessado em contemplar as
“maravilhas” do mundo. Mas, caro leitor, e se DEUS o convidasse agora a passar
alguns dias ou meses, ou anos, num deserto total, onde a sua única
correspondência fosse com o seu próprio interior? Se ainda não recebeu este
convite da parte de DEUS, prepare-se! Seu dia pode estar bem próximo… Se você
já está no deserto, aproveite agora essa oportunidade que DEUS lhe dá para
aprender melhor a atravessá-lo e compreender quão maravilhoso é ser preparado
para receber a promessa maior, que é o Reino dos Céus.
Quando Deus tirou o seu povo do Egito, não o fez flutuar sobre o
deserto, nem o conduziu por algum atalho e muito menos diminuiu o calor do
deserto. Ele poderia ter feito isso, mas não o fez! Deus poderia mudar uma
situação de aflição, dor e sofrimento num estalar de dedos, mas saiba que Ele
tem motivos que a própria razão desconhece para permitir que um filho Seu
continue no deserto. Vejamos alguns dos nossos companheiros de terras áridas.
Na Bíblia Sagrada o deserto é palco de muitas narrativas,
caracterizando-o como lugar de solidão, abandono, sem vegetação, quase inabitável,
com perigos frequentes de fome, sede e serpentes. Nem sempre o termo recebe
esse significado e pode não representar um lugar como o Saara ou o da Arábia,
mas um mundo interior essencialmente solitário, tipo retiro ou isolamento. Para
DEUS, o deserto constitui-se como um “habitat” incontaminável com o mundo, onde
o homem, por força das circunstâncias, sente-se obrigado a se despir de suas
vontades e de seus pecados (os quais o impedem de ouvir a voz do PAI),
tornando-o um ser extremamente frágil e humilhado. O deserto confronta-se
diretamente com os nossos anseios humanos: enquanto no mundo temos sede de
conquistas, no deserto a principal lição é aquietar-se; viver na total
dependência de DEUS. E aí consiste o nosso maior problema. Se DEUS lhe falar para
escalar uma montanha e alcançar o cume, você logo vai. Mas se ELE convidá-lo(a)
a entrar no deserto, você talvez não aceite.
O deserto é lugar de experiências maravilhosas; um ambiente onde
o homem esvazia-se de si mesmo e aprende a marchar contra a sua vontade
interior. É onde o ser olha para um espelho invisível e o reconhece em sua mais
profunda pequenez. O deserto abre os nossos olhos através de um vale de
lágrimas. Estando em completo estado de dependência, é a hora de o homem
experimentar os milagres de DEUS. DEUS fala ao coração dos seus filhos com mais
intimidade no deserto. Foi por isso que o apóstolo Paulo escreveu:”Pelo que
sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições,
nas angústias por amor de Cristo. Pois quando estou fraco, então é que sou
forte” (2 Coríntios 12:10). DEUS só leva ao deserto aquele que ELE deseja
provar, transformar e realizar um grande feito. Não há deserto sem provisão e
sem propósitos grandiosos. Toda trajetória desértica só tem um fim para aqueles
que marcham confiantemente em DEUS: vitória. Enquanto você marcha no deserto,
DEUS endurece o coração dos teus inimigos para te perseguir, para te afrontar,
para te injuriar. Eles até pensam que são fortes e poderosos; convocam um
enorme exército para ir ao teu encontro. Mas em toda guerra há um dia
estabelecido por DEUS para cessá-la. É aí que o SENHOR sai da frente do seu
povo para se posicionar atrás, exatamente à frente dos adversários. ELE diz:
“não temas; estai quietos e vede o livramento do Senhor, que hoje vos fará;
porque aos egípcios, que hoje vistes, nunca mais vereis para sempre. O Senhor
pelejará por vós, e vos calareis” (Êxodo 14:13-14).
É terminantemente impossível caminhar sozinho no deserto, com
suas próprias forças humanas, e não morrer no meio da caminhada. São tantas
imagens sombrias ao redor que os olhos humanos não conseguem resistir. Por
isso, DEUS também se preocupa em preparar um “Moisés” e um “Arão” para te pegar
pelas mãos e seguir contigo. A relação de Moisés com os filhos de Israel foi,
sobretudo, apaixonada (dos seus 120 anos, 80 foram vividos no deserto com a sua
gente). Ninguém conseguiria passar 40 anos marchando ao lado do seu líder e não
se apaixonar. É ele quem DEUS o capacitou para suportar os teus dias tristes, mais
pesados, os teus dias maus, de angústias, onde até mesmo se pensa em desistir
de viver. O teu “Moisés” DEUS já preparou. Descubra-o e entregue-se a ele. Ele
será a voz de DEUS para a sua vida. Quando eu comecei a andar no deserto,
sozinho, sentia-me completamente sem forças e sabia que, daquele jeito, não
chegaria ao fim da jornada. DEUS também sabia. Foi por isso que ELE levantou um
“Moisés” em minha vida, chamada Andréa Duarte, no Rio de Janeiro. Como minha
vida mudou! Que bênção foi caminhar com Andréa! Pelo grande amor que ela nutriu
por mim era impossível não me apaixonar. Com a minha “Moisés” aprendi a
esquecer o problema que tanto me angustiava, a ter contatos com ela quase todas
as noites, aprendi especialmente a ficar de pé e a ouvir a voz de DEUS: “Põe-te
em pé e falarei contigo!” (Ezequiel 2:1). Minha vida passou a ser centrada em
Andréa que, com muita sabedoria e paciência, soube me edificar nos momentos em
que mais eu precisei. Hoje somos completamente apaixonados e ela ocupa um lugar
de destaque em minha vida e em meu Ministério. Tudo o que DEUS falou a Andréa
para a minha vida, ELE cumpriu.
A maior prova de nossa fé é sabermos esperar. No deserto, temos
que esperar. É por isso que ele se torna tão difícil para nós. DEUS molda os
seus filhos amados onde a contaminação pelas influências mundanas se torna
impossível. Portanto, só é convidado a ir ao “deserto” para ser provado por
DEUS quem ELE escolheu para servi-lo: “também no deserto vistes que o Senhor
vosso Deus vos levou, como um homem leva seu filho, por todo o caminho que
andastes até chegardes a este lugar” (Deuteronômio 1:31). No deserto aprendemos
que, embora nos sintamos sozinhos, DEUS sempre está no nosso lado. Foi assim
com o povo de Israel sob a liderança de Moisés: “Assim partiram de Sucote, e
acamparam em Eta, à entrada do deserto. O Senhor ia adiante deles, de dia numa
coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo,
para os alumiar, a fim de que caminhassem de dia e de noite. Nunca se apartou
do povo a coluna de nuvem de dia, nem a coluna de fogo de noite” (Êxodo
13:20-22); com Abraão no sacrifício do seu único filho a caminho do “deserto”
de Moriá: “e estendendo a mão, pegou no cutelo para imolar o filho. Mas o anjo
do Senhor lhe bradou desde o céu, e disse: Abraão! Abraão! Respondeu ele:
eis-me aqui” (Gênesis 22:10-11); com José ao ser vendido como escravo no Egito:
“vendo o seu senhor que Deus era com ele, e que tudo o que ele fazia o Senhor
prosperava em suas mãos” (Gênesis 39:3); com Davi quando este fugiu da ira do
rei Saul para uma caverna no deserto de En-Gedi: “este dia os teus olhos viram
que o Senhor te pôs em minhas mãos nesta caverna. Alguns disseram que eu te
matasse, porém a minha mão te poupou ” (1 Samuel 24:10); com Elias fugindo da
ira de Jezebel (que havia matado muitos profetas e queria matá-lo também) e, em
extremo desespero, instalou-se numa caverna. Quando ele pensava em morrer veio
a presença do Senhor trazer a bênção inigualável, que só é possível contemplar
quando não há mais forças, mais recursos, mais nada. Enquanto Elias dormia
pensando na morte como solução, um anjo, ao seu lado, preparava-lhe a comida
fresca e saudável no fogo: “o anjo do Senhor voltou segunda vez, tocou-o, e lhe
disse: levanta-te e come, pois muito longo te será o caminho. Levantou-se,
comeu e bebeu. Com a força daquela comida caminhou quarenta dias e quarenta
noites até Horebe, o monte de Deus “(1 Reis 19:7-8). Nunca duvide da presença
de DEUS quando as areias do deserto parecerem cobrir toda a sua vida. DEUS nos
prepara para sermos co-herdeiros do Reino dos Céus: “Vê, eu te purifiquei, mas
não como a prata; provei-te na fornalha da aflição. Por amor de mim, por amor
de mim faço isto (…)“ (Isaías 48:10-11).
Destacaremos, aqui e agora, as 30 lições que Deus nos ensina no
deserto:
1. Na escola do deserto aprendemos que Deus está mais
interessado em quem somos do que naquilo que fazemos - Deus nos leva para o
deserto para falar-nos ao coração.
2. No deserto ele nos humilha não para nos destruir, mas para
nos restaurar.
3. No deserto, Deus trabalha em nós antes de trabalhar através
de nós, provando que ele está mais interessado em nossa vida do que em nosso
trabalho.
4. Vida com Deus precede
trabalho para Deus.
5. Motivação é mais importante do que realização. Nossa maior
prioridade não é fazer a obra de Deus, mas ter intimidade com o Deus da obra.
6. O Deus da obra é mais importante do que a obra de Deus.
Quando Jesus chamou os doze apóstolos, designou-os para estarem com ele; só
então, os enviou a pregar.
7. Na escola do deserto aprendemos a depender mais do provedor
do que da provisão
– Quando o profeta Elias foi arrancado do palácio do rei e
enviado para o deserto, ele deveria beber da fonte de Querite e ser alimentado
pelos corvos.
- Naquele esconderijo no deserto, o profeta deveria depender do
provedor mais do que da provisão. Deus o sustentaria ou ele pereceria.
8. Deus nos leva para o
deserto para nos mostrar que dependemos mais dos seus recursos do que dos
nossos próprios recursos. É fácil depender da provisão quando nós a temos e a
administramos. Mas na escola do deserto aprendemos que nosso sustento vem do
provedor e não da provisão.
9. Quando nossa provisão
acaba, Deus sabe onde estamos, para onde devemos ir e o que devemos fazer.
10. A nossa fonte pode
secar, mas o manancial de Deus jamais deixa de jorrar.
11. Os nossos recursos podem escassear, mas os celeiros de Deus
continuam abarrotados. Nessas horas precisamos aprender a depender do provedor
mais do que da provisão.
12 . Na escola do deserto aprendemos que o treinamento de Deus
tem o propósito de nos capacitar para uma grande obra
13. Todas as pessoas que
foram treinadas por Deus no deserto foram grandemente usadas por Deus.
14. Quanto mais intenso é
o treinamento, mais podemos ser instrumentalizados pelo Altíssimo. Porque
Moisés foi treinado por Deus quarenta anos no deserto, pôde libertar Israel da
escravidão e guiar esse povo rumo à terra prometida.
15. Porque Elias foi
graduado na escola do deserto pôde enfrentar, com galhardia, a fúria do ímpio
rei Acabe e trazer de volta a nação apóstata para a presença de Deus.
16. Porque Paulo passou
três anos no deserto da Arábia, ele foi preparado por Deus para ser o maior
líder do Cristianismo.
17. Quando Deus nos leva para o deserto é para nos equipar e
depois nos usar com graça e poder em sua obra. Deus não desperdiça sofrimento
na vida dos seus filhos.
18. Ele os treina na escola do deserto e depois os usa com
grande poder na sua obra.
19. Não precisamos ter
medo do deserto, se aquele que nos leva para essa escola está no comando desse
treinamento.
20. Deserto não é lugar de punição ou de reprovação – quando
Jesus foi para o deserto, uma voz do céu tinha acabado de declarar que ele era
o filho amado de Deus e que Ele tinha prazer em sua vida, mesmo assim tiveram
que passar seus 40 dias lá;
21. Deserto pode ser um
lugar de vitória – Jesus venceu o Diabo no deserto, Jó somente pode conhecer a
face de Deus após vencer o seu deserto e teve tudo restituído em dobro, mas
muitos morreram no deserto por murmurarem;
22. Só sai do deserto quem compreende o seu objetivo – Quanto
mais rápido compreendermos o caráter refinador e educativo do deserto, mais
rápido poderemos sair dele e entrar na terra prometida, ele pode durar de 40
dias a 40 anos, a escolha é sua;
23. As tentações do
deserto são vencidas com o uso correto da Palavra de Deus – Satanás tentou a
Jesus utilizando-se da própria Bíblia, mas o fez de maneira incorreta e fora de
contexto. Jesus o venceu por utilizar a Palavra de Deus dentro de seu contexto
correto e de acordo com a vontade de Deus. O mesmo aconteceu com Jó e seus
amigos.
24. O deserto é um lugar de extremos.
Durante o dia faz calor e a noite frio, todavia, o Senhor não
nos abandona a nossa própria sorte, antes pelo contrário, a noite ele nos
aquece com a "coluna de fogo" e durante o dia ele nos guia com uma
coluna de nuvem.
25. O deserto espiritual
é um período passageiro.
26. O deserto não é um acidente de percurso, mas uma agenda de
Deus, a escola de Deus. É o próprio Deus quem nos matricula na escola do
deserto.
27. O deserto é a escola
superior do Espírito Santo, onde Deus trabalha em nós antes de trabalhar
através de nós.
28. Deus nos leva para essa escola não para nos exaltar, mas
para nos humilhar.
29. Essa é a escola do quebrantamento, onde todos os holofotes
da fama se apagam e passamos a depender total e exclusivamente da graça de Deus
e da provisão de Deus e não dos nossos próprios recursos.
30. Deus em determinados momentos da vida permite com que
experimentemos desertos espirituais a fim de que entendamos que o sustento, a
provisão, bem como tudo aquilo que precisamos vem exclusivamente dele.
Ele pode até demorar um tempo significativo, no entanto ao final
dele tem uma terra que mana "leite e mel" a nos esperar.
Tem momentos que entramos em um assustador período de sequidão
espiritual, no qual pensamos que nada poderá nos salvar. Quase desistimos de
lutar e ficamos como Jó que, num momento de quase que total desespero, disse:
“Ainda hoje a minha queixa é de um revoltado, apesar de a minha mão reprimir o
meu gemido. Ah! Se eu soubesse onde o poderia achar! Então, me chegaria ao seu
tribunal. Exporia ante ele a minha causa, encheria a minha boca de argumentos.
[...] Eis que, se me adianto, ali não está; se torno para trás, não o percebo.
Se opera à esquerda, não o vejo; esconde-se à direita, e não o diviso.”
(23:2-9)
Se você está se sentindo desta forma, busca Deus e só escuta o
silêncio, se os seus ossos parecem ter se envelhecido pelos seus constantes
gemidos, de dia e de noite, e seu vigor se tornou como sequidão de estio (Sm
32:3-4). Se você tem buscado uma saída e, não importa o que te digam, nada
parece mudar a situação, bem vindo, você está no deserto. E isso pode ser a
melhor coisa que te aconteceu, ou o seu pior pesadelo. Tudo vai depender de
como você irá lidar com esta situação.
Se alguém estiver em um deserto, precisa entender que a postura
e a maneira com que se entende o deserto vão ser sempre fundamentais para que
ele dure só o tempo necessário, nada mais do que isso.
- O programa do deserto é intenso. O curso é muito puxado. Mas,
aqueles que se graduam nessa escola são instrumentalizados e grandemente usados
por Deus.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião
Dr. Edson Cavalcante
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