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terça-feira, 27 de setembro de 2016

VOLTANDO A CASA DO PAÍ...


                                               VOLTANDO A CASA DO PAÍ...
Tenho quase certeza que você já ouviu a história (ou estória para alguns) do filho pródigo. Em minha opinião é uma história verdadeira. Esta história tem-se repetido a milhões de anos; desde que há homens sobre a face da terra.
Como em toda a escritura sagrada, esta passagem bíblica (Lucas 15.11-32) tem ensinamentos verdadeiros e profundos.
Pra começar, o que me chama atenção no filho mais novo é a sua atitude intempestiva. Algo que é típico da juventude, como outras características, tais como: Senso de independência; vigor físico; entusiasmo; falta de sabedoria e discernimento, etc. Note bem que listei algumas características e qualidades; algumas boas, outras ruins. Existem outras não citadas.
Nesta comovente história estão implícitas duas situações interessantes, com as quais podemos e devemos aprender: A primeira, como lidar com os jovens (cabeças duras). A segunda, relacionada à primeira, é que a própria vida os ensinará certas lições.
O moço (Lucas 15.11-24) tinha atitude, motivação/entusiasmo, idéias; mas, esqueceu-se de considerar Provérbios 16.1, 2, 25. O Pai como um ancião, um sábio, não discute, mas deixa dois dos maiores professores (A vida e o Tempo) ensinarem ao filho a grande lição que desprezou.
Talvez, ao sair da casa do Pai, o filho, tivesse muitas idéias boas e pretensões idem. Mas, ao se deparar com a Ilusão do mundo (o grande teste da vida), ficou iludido e encantado, e, sem que se desse conta, esbanjou/desperdiçou/gastou toda a sua herança, todos os seus bens. O mundo é assim… Parceiro fiel nos prazeres temporários. Ele está contigo até que você perca tudo. Depois? Te joga na sarjeta, sem dó nem piedade!
O grande ensinamento de Provérbios 16 é que “há caminhos que parecem corretos (direitos), mas, no fim, nos farão encontrar com a morte”. Maior problema que estar nesses caminhos é que, na maioria das vezes, só nos damos conta tarde de mais. Ou seja, quando morremos, ou estamos à beira da morte.
Em meio a sua caminhada, o filho pródigo viu o que era ruim tornar-se pior. Diante da fome que assolou o país onde estava vivendo, começou a passar necessidade, e chegou a mendigar pão para comer. Viveu entre porcos; e, nem o que os porcos comiam ele pôde comer! Que situação degradante e humilhante!
Em algumas frases de efeito que costumo usar, digo: “Pior que passar por certas situações é não aprender com elas!”.
Passado algum tempo – e a bíblia usa uma expressão interessantíssima -, acontece algo: “E, tornando em si…” (Vs. 17). Isto quer dizer que ele aprendeu a lição. E digo: Não basta a vida nos ensinar; temos que aprender a lição!! E uma vez que aprendamos a lição, a vida, requererá de nós uma atitude!!
Novamente o que me chama a atenção no filho moço é a sua atitude. Muitos são homens/mulheres para deixar os caminhos retos, fazer besteira, etc. Mas, não são homens/mulheres para admitirem e arcar com as consequências! Ao contrário do filho pródigo. A mesma atitude que fez  sair da casa do pai, fez ele voltar para os braços dele.
Apesar dos pesares, por fim, é admirável e comovente a atitude e o pensamento do rapaz. Todavia, mais admirável e mais comovente é a atitude e pensamento do Pai, o qual, quando vê o filho não esconde a aflição que passara e alegria de reencontrá-lo. Emocionante!
Talvez, para você, essa seja apenas uma bela Estória. Eu digo, porém, que não! Isto de fato acontece a todo o instante. Olhe ao seu redor, isto não só acontece a todo instante, como, muitos “ficaram” e permanecem como este filho pródigo em terras estrangeiras!
O pai é o Pai Celeste; e o filho é a humanidade; somos cada um de nós. E tal atitude que o filho pródigo tomou em relação ao seu pai e as consequências que ele viveu de sua atitude, é a que nós tomamos e sofremos, muitas vezes, em relação ao nosso Pai Celestial.
Muitos são semelhantes ao filho em sua primeira atitude, mas não em sua última. A verdade é que não foi o Pai que abandonou o filho; mas, sim, o filho ao Pai. E sempre é assim; o Pai nunca nos abandona, nós é que o fazemos.
Contudo, o Pai,  não deixou (e não deixa) de pensar e afligir-se um dia se quer por causa do filho. O Pai está só esperando uma atitude do filho em retornar para casa. Ele está de braços abertos.
Foi homem/mulher para sair; seja homem/mulher para voltar à presença do Pai. O Pai Celeste quer dizer o mesmo de ti, como o pai disse ao filho pródigo:
“Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido e foi achado…” (vs. 24).

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante.

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