JESUS E O
APOCALIPSE...
JESUS, O
REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES.
A qual, no
tempo próprio, manifestará o bem-aventurado e único soberano, Rei dos reis e
Senhor dos senhores.
I Timóteo
6.15.
Jesus está
acima de todos os reis e de todos os senhores da Terra, pois Ele é soberano e
absoluto.
E vi o céu
aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava montado nele chama-se Fiel e
Verdadeiro; e julga a peleja com justiça. Os seus olhos eram como chama de
fogo; sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que
ninguém sabia senão ele mesmo. Estava vestido de um manto salpicado de sangue;
e o nome pelo qual se chama é o Verbo de Deus. Seguiam-no os exércitos que
estão no céu, em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro. Da
sua boca saía uma espada afiada, para ferir com ela as nações; ele as regerá
com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor da ira do
Deus Todo-Poderoso. No manto, sobre a sua coxa tem escrito o nome: Rei dos reis
e Senhor dos senhores. E vi um anjo em pé no sol; e clamou com grande voz,
dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu: Vinde, ajuntai-vos para a
grande ceia de Deus, para comerdes carnes de reis, de comandantes, de
poderosos, de cavalos e dos que neles montavam, sim, carnes de todos os homens,
livres e escravos, pequenos e grandes. E vi a besta, e os reis da terra, e o
seu exército reunido para fazerem guerra àquele que estava montado no cavalo, e
ao seu exército. Apocalipse 19.11-19.
INTRODUÇÃO
Os judeus
esperavam um Líder que havia sido prometido há muitos séculos pelos profetas.
Acreditavam que o Messias “O Ungido” os salvaria de seus opressores romanos e
estabeleceria um novo reino. Como Rei, ele governaria o mundo com justiça.
Porém, muitos judeus, olharam com indiferença para as profecias que falavam de
um Rei, servo do Senhor, que sofreria, seria rejeitado e morto.
Então, não
é de se admirar que poucos tenham reconhecido Jesus como Messias. Como o pobre
e humilde filho de um carpinteiro de Nazaré poderia ser o prometido Rei? Mas,
Jesus, era o Rei dos reis e Senhor dos senhores!
Jesus foi
formalmente apresentado à nação de Israel, porém, foi rejeitado. É muito
estranho que o Rei tenha sido acusado, preso, condenado e crucificado. Mas,
Jesus mostrou seu poder até sobre a morte, por meio da sua ressurreição, e
assim, nos deu acesso ao seu Reino.
I. OS
DÉSPOTAS DESSE MUNDO
Uma equipe
de cientistas internacionais e arqueólogos desvendam o mistério sobre um dos
eventos mais violentos na história do Velho Testamento, a existência do infame
faraó do Egito, Ramsés o Grande. Ramsés II era autointitulado como um dos
maiores faraós do Egito. Ramsés teria sido o faraó que oprimiu os hebreus no
Egito, os quais foram libertados sob o comando de Moisés.
A Bíblia
menciona a dinastia de quatro reis da Assíria. A dinastia de Salmanazar ou
Salmanessér. II Reis. 18.9. Esses reis reinaram no século oito e século nove
antes de Jesus Cristo. Por causa do pecado e corrupção de Salomão, Deus dividiu
o reino em dois reinos, sabendo que não subsistiriam. Mateus. 12. 25-26. O rei
da Assíria levou o reino do Norte formado por dez tribos. Esse rei da Assíria é
comparado a Faraó por Deus. Na realidade, Faraó é comparado ao rei da Assíria.
Ezequiel. 31.2-3; 31.18. O rei da Assíria foi maior dragão que Faraó, tais eram
o poder desses déspotas.
No Antigo
Testamento foi Nabucodonosor. Jeremias, o profeta, o declarou: “Nabucodonosor,
rei da Babilônia, me devorou, pisou-me, fez de mim um vaso vazio, como dragão
me tragou” Jeremias. 51.34. Este grande dragão devorou os reis de Judá, seus
filhos e filhas, e levou os príncipes e os nobres para o cativeiro em
Babilônia. No livro das lamentações, Jeremias relata os padecimentos
insofríveis do povo judeu. Desonra, escravidão, fome, água a preço de sangue,
violação de mulheres e virgens. Esta é a água de fel que Jeová deu de beber a
seu povo escolhido. Jeremias. 9.15; 8.14.
No tocante
aos déspotas romanos. Após a anarquia militar, o imperador deixou de ser
Princeps e passou a ser reconhecido como Dominus (Senhor), caracterizando um
governante absoluto. Inicia-se, então, o período do Dominato (Domínio).
Para falar
sucintamente sobre os romanos, os déspotas do Dominato romano impunham sua
condição de dominus superior, ostentando coroas de louros e outros adornos,
obrigavam os súditos a ajoelharem-se e beijar a ponta de seus mantos reais,
imagina-se o que não faziam com o povo subjugado.
Alexandre,
o grande. Rei da Macedônia, filho do rei Felipe II e da rainha Olímpia, assume
o trono aos 20 anos, após o assassinato do pai. Nos seus 13 anos de reinado,
cria o maior império territorial conhecido até então. Foi considerado o maior
general da antiguidade.
Domina a
Grécia, a Palestina e o Egito, avança através da Pérsia e da Mesopotâmia e
chega à Índia. Funda mais de setenta cidades, várias delas com o nome de
Alexandria. Dessas, a mais famosa, seria localizado no delta do rio Nilo, no
Egito um verdadeiro monumento ao seu imenso poder, a cidade ficou célebre pelo seu
farol com mais de 120m de altura, uma das sete maravilhas do mundo antigo, e
pela importantíssima biblioteca de 700 mil volumes, famoso centro literário e
artístico da antiguidade.
II.
CARÁTER DO REINO DO MESSIAS
1. Fiel e Verdadeiro.
Não há dúvida sobre a identidade de Jesus, descrito aqui como: a
Fiel Testemunha. Ele é o sim e o amém das promessas de Deus. II Coríntios
1.20-22, o cavaleiro chamado Fiel e Verdadeiro. Apocalipse 19.11. O Primogênito dos mortos. Jesus não foi o
primeiro a ser ressuscitado, mas ele tem primazia sobre todos. Colossenses
1.18. Aquele que ressuscitou e tem domínio sobre tudo e todos. Jesus é Soberano
dos reis da terra. Jesus não domina apenas os servos fiéis; ele é o Soberano
dos reis humanos Daniel 4.32. Ele governa os governantes, incluindo aqueles que
perseguiriam os santos. A Bíblia afirma que Jesus é o Soberano dos reis da
terra. Pedro diz que os poderes estão sujeitos a Jesus. I Pedro 3.22. Paulo diz
que todas as coisas já foram colocadas debaixo dos pés de Jesus Efésios
1.22-23. Jesus mesmo disse que já recebeu esta autoridade do Pai. Apocalipse
2.27-28. Cremos nas palavras de Jesus em Mateus 28.18. “Todo poder me foi dado
no céu e na terra.”.
2. Os
diademas.
Após a
ascensão de Jesus aos Céus, os anjos declararam aos apóstolos: “Homens
galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi
recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir”. Atos
1.11. Zacarias 14.4 identifica a localização da Segunda Vinda como o Monte das
Oliveiras. Mateus 24.30 declara: “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do
homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem,
vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.” Tito 2.13 descreve a
Segunda Vinda como “o aparecimento da glória”. A Segunda Vinda é descrita em
seus mínimos detalhes em Apocalipse 19.11-16: “E vi o céu aberto, e eis um
cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e
julga e peleja com justiça. E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a
sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia
senão ele mesmo. E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome
pelo qual se chama é a Palavra de Deus. E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos
brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro. E da sua boca saía uma aguda
espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele
mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso. E
no manto e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos
senhores.”. A diversidade de diademas
representa o exercício da Soberania de Cristo, justa e poderosa sobre todos os
reis e príncipes da terra. Daniel 10.6. Ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores.
Filipenses 2.9. Quando Cristo se manifestar em glória despojará o poder que se
opõe a Deus. Este reino existirá aqui na terra em cumprimento às profecias do
Antigo Testamento. Salmos 72.8,9; Isaias 2.11; Jeremias 23.5-7; 33.14-16;
Zacarias 6.12-14; Daniel 7.13,14; Miquéias 4.3; Mateus 25.31,32; I Coríntios
15.24,25.
3. A veste
salpicada de sangue.
Ao ler “E
vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele
chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça. E os seus olhos eram
como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome
escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo. E estava vestido de uma veste
salpicada de sangue.” Apocalipse 19.11-13 nos parecem que este sangue não
significa o sangue que Jesus derramou na cruz do Calvário para nos salvar. O
contexto da segunda vinda de Jesus em duas etapas nos leva a pensar que o
sangue que salpica os vestidos de Cristo está relacionado com o que falou o
profeta: “Quem é este, que vem de Edom, com vestidos tintos de Bozra? Este que
é glorioso em sua vestidura, que marcha com a sua grande força? Eu, que falo em
justiça, poderoso para salvar. Por que está vermelha a tua vestidura? E os teus
vestidos como o daquele que pisa no lagar? Eu sozinho pisei no lagar, e dos
povos ninguém houve comigo; e os pisei na minha ira, e os esmaguei no meu
furor; e o seu sangue salpicou os meus vestidos, e manchei toda a minha
vestidura”. Isaías 63.1-3.
A doutrina
dos estados de Cristo consiste de humilhação e de exaltação. Humilhação
consiste em Cristo ter posto de lado a majestade divina que era Sua como
soberano governador do universo ter assumido a natureza humana na forma de
servo, tendo se encarnado e passado por grande sofrimento e morte,
sepultamento. Mateus 3.15; Filipenses 2.6-8; João 1.14; Hebreus 2.18; 4.15;
5.7-9; Deuteronômio 21.23; Gálatas 3.13: Salmos 16.10; Atos 2.27,31. Cristo
precisou passar por este estado de humilhação para nos redimir do pecado.
O estado
de exaltação. Cristo tendo pagado a penalidade do pecado e merecido a justiça e
a vida eterna para o pecador. Este estágio deve ser levado em conta no estado
de exaltação de Cristo. A ressurreição. I Coríntios 15.20; Colossenses 1.18;
Apocalipse 1.5; a ascensão de Cristo ao céu. Hebreus 1.3; 4.14; 9.24, a Sua
entronização à mão direita de Deus. Mateus 26.64; Atos 2.33-36. E finalmente a
manifestação em glória a Sua segunda vinda gloriosa. II Tessalonicenses 1.7-10
que representa a vitória contra as forças do mundo, do materialismo, enfim, o
reino das trevas.
III. A VITÓRIA FINAL
1. A
redenção.
Jesus
ensinou ao povo durante seu ministério terreno “Em verdade, em verdade vos
digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado”. João 8.34, redenção
significa que Cristo liberta o povo da escravidão do pecado. Redenção é a
libertação do escravo, pagando o preço do resgate. Nos temos bíblicos, muitas
vezes um homem chegava ser escravo, por causa de suas dívidas. Um parente teria
que pagar o preço de resgate para conseguir a libertação daquele escravo.
Cristo se tornou nosso parente, ao encarnar-se, para conseguir nossa libertação
da escravidão do pecado. Qual foi o preço de resgate? Nós teríamos que pagar os
pecados com a nossa morte, se não fosse a redenção por Cristo. I Pedro 1.18,19,
o escravo resgatado deve glorificar a Deus no seu corpo, porque pertence ao que
pagou o preço do resgate. I Coríntios 6.19-20; João 8.32-34; Romanos 3.24;
Gálatas 3.13; 4.5; Êxodo 21.20.
2. Rei dos
reis.
Jesus como
ungido de Deus exerce três ofícios: Profeta, sacerdote e rei. Jesus Cristo é o
rei dos reis porque Ele é filho de Deus. Isaias 9.7; Lucas 1.32,33: Atos
2.33-36. Cristo exerce toda autoridade no céu e na terra. Mateus 28.18. Quando
as pessoas são rebeldes, Cristo os vence; quando são obedientes, Ele reina
sobre eles. Quando o inimigo de Deus e dos homens os ataca, pode-se contar com
a vitória, pela confiança em Cristo, porque ele defende o seu povo dos ataques
do inimigo. I João 4.4 A autoridade absoluta de Cristo hoje é reconhecida
somente pelos crentes, Mateus 13.24-30; Lucas 17.21; Romanos 14.17; Colossenses
s 1.13, mas quando Ele voltar em glória e poder. Todos irão reconhecer que Ele
é Deus filho, o todo poderoso. Daniel 4.25; 2.34; Efésios 1.20-22. De forma
definitiva. Mateus 7.21; 13.24-30; Lucas 22.29; Filipenses 2.9-11; II Timóteo
4.18; II Pedro 1.11.
3. Senhor
dos senhores.
As lições
que ora estamos encerrando tem o escopo de apresentar Jesus Cristo como
verdadeiro Deus e verdadeiro homem. João 1.1-14, a natureza divina de Cristo
não foi criada, mas é eterna; Jesus Cristo é Deus filho, por isso é igual ao
Pai em poder e glória. Segundo os estudiosos o segundo nome da divindade que
aparece na Bíblia é Senhor, que descreve Deus na sua relação com os homens, e
significa “Eu sou o que sou”. Êxodo 3.13-14, Jesus em essência é Deus,
portanto, é eternamente o mesmo.
Moisés
falou do Deus único e verdadeiro quando disse: “Pois o Senhor, vosso Deus, é o
Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e temível”.
Deuteronômio 10.17. João falou da vitória do mesmo Deus: “Pelejarão eles contra
o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos senhores e o Rei dos
reis”. Apocalipse 17.14. O ensino das Escrituras sobre Jesus mostra claramente
a divindade de Jesus. Da mesma maneira que podemos chamar o Pai de Senhor ou
Deus podemos aplicar este nome a Jesus Cristo. João 20.28; Isaias 9.6.
Jesus
Cristo, corretamente visto como Deus merece a nossa obediência e adoração. As
ordens dele devem ser obedecidas. Mateus 28.20. Ele é digno de receber louvor.
Apocalipse 5.12. O próprio Pai mandou que os anjos adorassem o filho Jesus.
Hebreus 1.6.
CONCLUSÃO
Jesus é o
Rei dos reis e Senhor dos senhores. Quando Ele entrou em Jerusalém o povo tirou
suas veste se as espalharam pelo caminho e aclamavam: Bendito é o Rei que vem
em nome do Senhor, o Rei de Israel. De que dinastia de reis foi Jesus? Ele não
utilizou um cavalo, mas um jumentinho. Um cavalo é símbolo de guerra, porém o
jumento é símbolo de paz. Jesus veio ao mundo como Príncipe de paz, para
dar-nos a paz. Quando Jesus nasceu, coros de anjos proclamaram que Ele é o
príncipe da Paz. “Glória a Deus nas alturas e Paz na terra”. O mesmo fez com o
rei Jeú quando foi declarado rei; as
pessoas também tiravam as suas vestes e colocavam por onde Jesus havia de passar. Uma prova clara de que Jesus veio como rei e
entrou na cidade como rei. Sem dúvidas o Reino de Jesus Cristo não é deste
mundo; é um Reino celestial é o Reino de Deus que será totalmente regido por
Jesus Cristo quando de sua segunda volta gloriosa. Graças a Ele nós já nos
tornamos cidadãos desse Reino, e Cristo tem se tornado Nosso Senhor e Rei.
Jesus Cristo voltará a esta terra como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Pelo
que podemos viver com alegria e muita esperança no seu regresso para reinar
eternamente como Rei absoluto.
Apóstolo.
Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante.
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