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quarta-feira, 8 de junho de 2016

SENHOR PARA ONDE IREI SEM TI...


                                            SENHOR PARA ONDE IREI SEM TI...
[...] Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. (João 6.68)

O evangelho de João é um dos quatro evangelhos sinóticos da bíblia sagrada, mais precisamente na ordem bíblica é o quarto, sendo os outros: Mateus, Marcos e Lucas; o quarto evangelho (João) pouco tempo depois de publicado foi juntado aos três evangelhos sinóticos, e a partir desse fato os evangelhos começaram a circular como uma coletânea, e não mais em documentos separados, deixara de ser utilizado em rolos e passou a ser em códice que é similar ao livro que conhecemos hoje.
O objetivo do quarto evangelho é o que está exatamente expresso no capítulo 20, versículo 30 do mesmo, ou seja, o objetivo é que as futuras gerações tenham relatos de Cristo e que através desses relatos eles venham fortalecer na fé e crer em Jesus, pois a própria palavra de Deus nos diz que devemos crer em Deus como estão nas sagradas escrituras.
Esse evangelho nos traz cronologicamente o legado que Cristo nos deixou: o início de seu ministério, a revelação de Deus ao mundo, a revelação do pai aos seus discípulos, em breves palavras São João nos mostra que na vida e ministério de Jesus de Nazaré a glória de Deus foi revelada de maneira única e perfeita.
Mesmo eles sabendo que Jesus não estava falando de forma literal o versículo 53 do capítulo seis de João, foi motivo de escândalo entre os judeus, pois eles não conseguiam entender o real significado das palavras, pois é abominável pela lei mosaica a ingestão de sangue, então não haveria vida eterna desse meio, diante desses fatos cabe muito bem os ensinamentos do apóstolo Paulo, “a palavra da cruz é loucura para os que perecem”. Mas nós não somos alcançados pela lei e sim pela graça:
Sabemos, contudo, que ninguém se justifica pela prática da lei, mas somente pela fé em Jesus Cristo. Também nós cremos em Jesus Cristo, e tiramos assim a nossa justificação da fé em Cristo, e não pela prática da lei. Pois, pela prática da lei, nenhum homem será justificado. (Gálatas 2, 16).
A nossa verdadeira justificação só pode ser encontrada naquele que se despiu de sua glória e fez-se maldição em uma cruz (Gl. 6.13).
O versículo sessenta a diante do capítulo seis diz que muitos dos discípulos de Jesus quando ouviram que suas palavras eram duras de ser ouvidas se escandalizaram e murmuravam muito, não é diferente da nossa contemporaneidade, muitos buscam ouvir palavras que “massageiem” seu ego, e quando a palavra é semelhante a um dedo na ferida, alguns para não dizer uma boa parte fazem cara feia, e começam a descrer nas palavras de exortação do profeta.
Já no versículo sessenta e seis, muitos que aparentavam ser discípulos já não andavam mais com Jesus, eram discípulos enquanto Jesus fazia milagres, enquanto Jesus “massageava” o ego deles, quando eles viram que as palavras eram muito duras abandonaram a Cristo. Não é muito diferente dos dias atuais, muitos estão indo à igreja ver milagres, ter bênçãos materiais, receber dons espirituais, mas quando a palavra de Deus “aperta” ou coloca o “dedo na ferida” muitos abandonam a igreja, porque querem ouvir coisas que alimenta o seu eu.
Sobram somente doze discípulos e Jesus pergunta: “Porventura, quereis também vós outros retirar-vos? ” E Pedro responde: “Senhor para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus. ” Isso demonstra que ainda existem remanescentes que aceitam ouvir a verdade, será que os doze acharam as palavras do Mestre duras? Hipoteticamente podemos dizer que sim, porém palavras de vida eterna, como porta-voz dos doze discípulos Pedro queria dizer: Mestre! Eu posso achar duro te servir, eu posso achar duro te seguir; mas eu quero o que tu tens para me dar, e o que tu tens é vida eterna.
Você pode estar se perguntando; quais serão as vantagens de herdar a vida eterna? Vamos ler Ap. 21.4, “[...] e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram”, João queria mostrar aqui, que tudo de ruim já passou, Cristo vai enxugar todas as nossas lágrimas, todos os nossos sofrimentos, não vai apagar todos os nossos pecados, porque isso já foi apagado na cruz do calvário. Agora você deve estar se perguntando; o que farei para herdar tudo isso, Ap. 21.7 diz: “O vencedor herdará estas coisas[...]”.  Você se considera vencedor? Vamos ver o que o apóstolo Paulo falou sobre isso:
Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor. (Rm. 8:37-39)
Então se você está em Cristo você é vencedor, e se não estiver, corra logo para Ele, pois ele tem as palavras de vida eterna.
Você pode estar dizendo, mas eu pequei tanto que nem tenho justificação para seguir a Cristo, todavia em romanos 8:33. Diz que: quem te justifica é Deus; e você também deve estar se perguntando, no entanto se eu seguir a Cristo eu vou ser perseguido por todos, em romanos 8:31. Diz que: se Deus é por nós quem será contra nós? Mas você também deve estar dizendo que a ama o mundo e ama fazer o que a carne deseja, romanos 8:7-8 te diz:
Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.
Podemos te garantir que nenhuma condenação haverá para ti, se você resolver seguir a Cristo, pois:
Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. (Rm. 8:1)
As palavras que você ouviu agora são palavras duras, porém são de vida eterna, então volte ou venha para Cristo enquanto há tempo, pois um dia a morte pode vir sobre você e será tarde, Deus é amor, Deus é misericórdia, mas também Deus é justiça...
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante.



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