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domingo, 3 de abril de 2016

QUAL A DIFERENÇA EM LOUVAR E ADORAR?


                                  QUAL A DIFERENÇA EM LOUVAR E ADORAR?
Introdução
I Coríntios 10:31 – “Portanto quer comais, quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus”.
Conceitos (Aurélio)
· Adoração: “Culto a uma divindade; Culto, reverência, veneração”.
· Louvor: “Glorificação, exaltação”.
Observa-se que há uma diferença importante entre estes dois conceitos. Embora o conceito de Adoração esteja intimamente ligado à divindade, o Louvor não possui necessariamente esta finalidade. Talvez por isto hoje, ao falar-se sobre Música na Igreja, fale-se tão pouco em Adoração, conceito que vem sendo substituído por Louvor.
Hoje vamos falar apenas sobre o Louvor a Deus, confundindo-o com Adoração. Para que os dois conceitos possam estar fundidos, os seguintes requisitos devem ser preenchidos:
1. O Louvor tem que ser dirigido única e exclusivamente a Deus.
2. Deve partir de um coração plenamente consciente de sua condição diante de um Deus supremo, perfeito e santo. Não há adoração sem humildade e consagração.
3. Toda arte, técnica e gosto humanos tem que estar absolutamente consagrados, para que possam ser apresentados diante de um Deus supremo, perfeito e santo.
Salmos 95:6 – “Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor que nos criou”
I – O Que Cantar?
Texto Base: Salmos 100 – “Celebrai com júbilo ao Senhor, todos os moradores da Terra. Servo ao Senhor com alegria, e apresentai-vos a ele com canto … Porque o Senhor é bom, e eterna a Sua misericórdia; e a Sua verdade se estende de geração a geração”.
Quando apresentamos um hino de Adoração na Igreja, a quem ele se destina? Teoricamente dizemos que o estamos apresentando a Deus, ou no mínimo em Seu louvor (o que são coisas diferentes).
Sendo verdade o que dizemos, como justificar os critérios pelos quais selecionamos nossos “hinos”?
– Gosto desse
– Acho “bonito”
– Agrada à Igreja
– “Me sinto” bem ao ouvi-lo
Não deveria o gosto de Deus ser considerado em primeiro lugar? Dedicamos a Deus os hinos, mas o excluímos na hora de escolhê-los. É como dar um presente sem levar em consideração o gosto do presenteado.
Muitas vezes Deus, seu gosto e sua glória são lembrados apenas no momento da justificativa, de forma a manter as aparências.
Os mais antigos criticam os jovens pelos ritmos presentes em seus cânticos, mas escolhem melodias carregadas de emotividade, como era a música popular de seu tempo. Nosso gosto não é um padrão confiável.
Como será a música no Céu? É melhor que tentemos nos acostumar com ela aqui.
II – Como Cantar?
Texto Base: Salmos 47:7 – “Pois Deus é o Rei de toda a Terra; cantai louvores com inteligência”.
Como cantar diante de um Deus que recebe o louvor de todo o Universo incontaminado, a quem os anjos oferecem o mais perfeito louvor?
– Nosso canto deve ser o mais puro e perfeito possível.
– Nenhum traço de sensualidade ou teatralidade deve contaminá-lo.
– Não devemos usar o mesmo estilo interpretativo usado pelo mundo (jazz, cabaret, blues, rock, samba, canção, ópera, etc).
– Qualquer tipo de acréscimo é indesejável (ornatos, glissandos, etc).
– A linha que separa o bom gosto do ridículo é muito tênue. Evitar qualquer tipo de excesso.
– Tudo que chame a atenção para o cantor e suas habilidades estará desviando a atenção da mensagem. Quem é mais importante: o cantor ou a mensagem?
Serviço Cristão, pág. 66 – “Os alunos que aprendem a cantar com melodia e clareza, suaves hinos evangélicos, podem muito bem agir como cantores evangelistas. … Tal ministério é genuína obra missionária.”
Gostaria de destacar neste texto as palavras com melodia e clareza. Muitos hoje cantam de tal forma que quase não se entende as palavras do texto musical (clareza). Às vezes também tantos ornamentos, melismas, “voltinhas” e sons estranhos são incluídos, que a melodia ou a letra ficam prejudicadas em sua compreensão. Também tem sido procurados tipos especiais de voz ou de interpretação (rouquidão, vogais muito abertas ou fechadas, voz estridente, etc) que podem ser chamadas de tudo, menos de melodiosas.
III – Uma Música Para Cada Ocasião
Há cânticos para diversas ocasiões, e devemos usar de sabedoria ao selecioná-los.
– Hinos para o culto
– Hinos para reuniões jovens
– Hinos evangelísticos
– Cânticos para reuniões sociais.
Nem todos os hinos que se encontram no hinário servem para o culto, assim como nem todos são adequados para um encontro jovem ou um acampamento.
Levar em consideração o espírito que deve reinar em cada ocasião. A solenidade e santidade do culto não devem ser perturbadas, o que não significa que hinos alegres não possam ser usados.
Que tipo de música ouvir em casa? É nestes momentos que desenvolvemos nosso gosto musical, que invariavelmente traremos para dentro da igreja.
– Selecione o tipo de música que você ouve, seja aquela que você compra (discos, CDs, fitas), seja aquela que lhe é imposta pelos meios de comunicação (rádio, TV, etc). Não exite em mudar de canal ou estação se necessário.
– Nem todos os discos, CDs ou fitas que são encontrados no SELS são recomendáveis. Use os joelhos, o cérebro e os ouvidos (nessa ordem) ao selecionar as músicas que você usará para compor o seu caráter. O coração não é bom conselheiro nesta hora, e deve ser usado em último lugar.
– Nem toda música popular é pecado, embora algumas o sejam. Considere se ouvi-la não prejudica sua carreira cristã.
– Lembre-se que seu caráter (seus gostos e inclinações) são uma das poucas coisas que irão desta Terra para o Céu. Deus não transformará seu caráter para trasladá-lo. Se ele não se ajustar ao Céu, você não estará lá.
– Sua salvação está envolvida nisto.
Mente, Caráter e Personalidade, Vol. I, pág. 316 – “Sinto-me alarmada ao testemunhar por toda a parte a frivolidade de jovens, moços e moças, que professam ter a verdade. Parece que Deus não está em suas cogitações. Tem a mente cheia de tolices. Sua conversa não passa de um falar vazio, frívolo. Tem ouvido agudo para a música, e Satanás sabe que órgãos excitar, animar, absorver e encantar a mente, de modo que Cristo não seja desejado. Falta o anseio espiritual da alma, a busca do conhecimento divido e de crescimento na graça.”
IV – Um Cântico Novo
Salmos 33:3 – “Cantai-lhe um cântico novo; tocai bem e com júbilo”.
Que cântico novo seria este, senão o cântico de um novo coração, transformado segundo a vontade de Deus?
Salmos 96:6 – “Adorai o Senhor na beleza da Sua Santidade”...
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante


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