ESTUDO
SOBRE DEMÔNIOS QUE ATUAM EM NOSSAS MENTES QUANDO ENCONTRA BRECHAS...
Por que a vida mental do
cristão é tão assediada pelos espíritos malignos? Porque os crentes dão a esses
a oportunidade de atacá-los. É importante que todos entendam claramente que o
diabo pode atacar a mente de uma pessoa. A experiência de muitos cristãos
confirma isso. A área que os espíritos malignos preferem atacar é a faculdade
mental, pois ela tem uma afinidade especial com eles. Ela escapou parcial ou
totalmente da soberania do homem e veio a ficar sob a ordem satânica. Da mesma
forma, essas potestades podem ligar ou desligar os pensamentos de alguém
conforme os desejos deles, menosprezando completamente as ideias da vítima.
Embora a cabeça do crente ainda esteja ligada a ele, a soberania dele sobre ela
foi suplantada por outro. E por mais que ele proteste, pouco pode ser
corrigido. Sempre que alguém dá oportunidade aos espíritos malignos, não pode
mais seguir a própria vontade. Tem de obedecer à vontade de outro.
Assim que um indivíduo
cede terreno na mente, perde a soberania sobre esta. Isso também indica que,
agora, os espíritos malignos ocupam a faculdade mental dele. Se esses espíritos
não tivessem atacado sua mente, ele continuaria no controle de tudo. Poderia
pensar ou parar de pensar sem dificuldade, conforme seu querer. Devido a essa
afinidade entre a mente e os maus espíritos, o cristão frequentemente abre
caminho para eles. O terreno que essas potestades conquistam concede - lhes
autoridade para operarem na mente do crente sem impedimento. Por isso, tenhamos
consciência do seguinte: a mente do homem pertence ao homem.
Sem sua permissão, o
inimigo não tem poder para usá-la. A menos que o homem voluntariamente entregue
(sabendo ou não) sua mente aos espíritos malignos, eles não têm o direito de se
intrometer na sua liberdade.
Isso não significa que
essas forças malévolas nunca nos tentem em nosso pensamento (isso é
inevitável). Contudo, ao exercitar nossa vontade, fazendo oposição ao
pensamento tentador, este cessará imediatamente. O problema de muitos cristãos
hoje é que mesmo resistindo conscientemente, o pensamento continua vulnerável.
E não deveria ser assim. Isso é uma firme indicação de que os espíritos
malignos estão operando nele. O fator mais crítico em relação à atividade
perversa deles é a concessão do terreno a eles. Sem isso, eles não podem
operar. O limite da operação deles depende da quantidade de espaço que lhes
cedemos. É no órgão do pensamento que o cristão fornece território aos
espíritos malignos, e é dali que eles operam. Falando de modo geral, são seis
os tipos de terreno que podemos ceder ao inimigo. Vamos examinar cada um deles
agora mais detidamente.
1. Uma mente não renovada. A carne
seguidamente fornece base para as operações do inimigo. Se a mente do homem não
for renovada quando seu espírito é regenerado, ele expõe grande território às
maquinações do espírito maligno. Embora muitos crentes tenham a mentalidade
mudada por ocasião da conversão, os olhos do seu coração, uma vez cegados por
Satanás, ainda não foram iluminados inteiramente e podem continuar tapados em
muitas áreas. Esses cantos escuros são os antigos centros de operação dos
espíritos malignos. Embora impedidos em grande parte, eles não foram eliminados
e, assim, continuam a fornecer as bases para a operação das hostes invisíveis
da impiedade.
Os exércitos do diabo
encobrem cuidadosamente seus feitos. Se o cristão permanecer carnal, eles irão
introduzir nele noções que aparentemente concordam com seu temperamento e suas
avaliações, levando-o a crer que tudo isso é seu pensamento natural. Sabedoras
de que essa mente não renovada constitui sua melhor oficina de trabalho, as
forças do inimigo empregam todo artifício para manter o crente na ignorância,
impedindo-o de buscar a renovação da sua mente. Esse tipo de entrega de terreno
é bastante comum entre os cristãos. E se estes cedessem apenas nele, o
sofrimento do intelecto e da memória não seria tão severo; mas existem ainda
outros tipos.
2. Uma mente incorreta. Todos os pecados
fornecem território ao adversário. Se um filho de Deus alimenta um pecado no
coração, está cedendo a mente aos espíritos satânicos para que eles a usem.
Visto que todos os pecados têm origem nas potestades das trevas, o crente não
tem como resistir a tais poderes que estão por trás de quaisquer pecados que
ele permita que continuem em sua mente. O período que ele admite a permanência
de pensamentos pecaminosos em seu coração é exatamente o tempo em que os
espíritos malignos continuarão operando. Todos os pensamentos impuros, maus,
injustos ou de orgulho fornecem base para a atividade desses espíritos. Se o
filho de Deus permitir que tais pensamentos permaneçam, encontrará dificuldade
em resistir na próxima vez em que eles surgirem, porque os poderes das trevas
já asseguraram uma área em sua mente.
Além dos pensamentos
pecaminosos, existem muitos outros impróprios que oferecem base de operação ao
inimigo. Frequentemente, as hostes de Satanás introduzem uma ideia na mente do
cristão. Se ele a aceitar, essa noção terá conquistado um terreno para operar
nela. Toda teoria não provada, pensamento vão ou de origem desconhecida,
palavras ouvidas ao acaso ou uma frase que lemos inadvertidamente, constituem
terreno que damos ao inimigo como base futura para operações. O adversário pode
assim encher uma pessoa com preconceitos, a fim de levá-la, pelo engano, a se
opor à verdade de Deus e a abraçar muitas heresias.
3. Interpretar mal a verdade de Deus. Os
crentes raramente têm consciência de que fornecem terreno ao inimigo toda vez
que aceitam uma mentira dos espíritos malignos. Se os seguidores de Deus
aceitam ou, erradamente, interpretam como sendo natural, ou causado por eles
mesmos, algo que esses espíritos colocam em seu corpo, circunstâncias ou
trabalhos, estão lhes cedendo um terreno precioso para suas abomináveis
realizações. Quando abraçamos uma mentira, damos terreno para que os elementos
satânicos continuem operando. Se, erroneamente, aceitarmos esses fenômenos como
sendo originados em nós mesmos, daremos a autorização para que eles permaneçam
em nossa vida. Apesar de os espíritos malignos obterem essa permissão por meio
do engano, ela fornece um lugar para a operação deles.
Por outro lado, muitos
cristãos interpretam mal as verdades de Deus. Ignorando o verdadeiro sentido de
haverem morrido com Cristo, da consagração, do mover do Espírito Santo, e assim
por diante, concebem no coração interpretações inexatas dessas verdades e,
consequentemente, prejudicam a si mesmos. Os espíritos malignos aproveitam essa
oportunidade e comunicam aos cristãos seu entendimento e interpretação errada
das verdades divinas.
Eles planejam de acordo
com o entendimento errado do crente e este julga que essas coisas são de Deus,
ignorando que são apenas uma imitação feita pelos tais espíritos, fundamentadas
no seu mal entendimento.
4. Aceitação de sugestões. Inúmeras são
as sugestões que as hostes de Satanás plantam na mente do cristão,
principalmente ideias com respeito às suas circunstâncias e seu futuro. Elas
gostam de dar-lhe profecias, predizendo o que será feito dele e o que lhe
acontecerá. Se ele não tiver consciência da origem de tais predições, e
permitir que elas permaneçam em sua mente, os espíritos malignos, na hora
certa, atuarão em suas circunstâncias para provocarem tudo aquilo que profetizaram.
Talvez o crente já espere
por isso, sem ter conhecimento de que tudo foi planejado pelos poderes
inimigos. Eles simplesmente elaboram um pensamento na forma de profecia, depois
o plantam na mente do cristão para ver se ele vai aceitá-la ou rejeitá-la. Se a
mente dele não oferecer objeção, e até mesmo aprovar a profecia, os espíritos
da impiedade terão conquistado um lugar para realizar o que planejaram. O
cumprimento das palavras dos adivinhos é baseado inteiramente nesse princípio.
Ocasionalmente, o adversário injeta declarações proféticas com respeito ao
corpo do cristão, predizendo, por exemplo, fraqueza ou doença. Se ele aceitar
esse pensamento, ficará realmente enfermo e fraco. Ele pensa que está doente de
verdade.
Os que possuem
conhecimento científico concluem que se trata de uma doença psicológica.
Contudo quem tem discernimento espiritual sabe que isso acontece simplesmente
porque a pessoa aceitou a sugestão de um espírito maligno. Desse modo, concedeu
terreno para que ele criasse a situação. Quantas das doenças chamadas naturais
e psicológicas são, na realidade, maquinações desses espíritos. Quando um
cristão não repele os pensamentos que têm origem nos espíritos malignos, ele
lhes concede base para que atuem em sua vida.
5. Uma mente vazia. Deus criou o homem
com uma mente que deve ser utilizada: "... é o que ouve a palavra e a
compreendi'" (Mt 13.23). O Senhor quer que o homem compreenda sua palavra
com o intelecto, de onde a mensagem passa à emoção, à vontade e ao espírito.
Uma mente vivida é, portanto, um obstáculo à obra dos espíritos malévolos. Um
dos principais alvos desses espíritos é conduzir a mente da pessoa a um estado
de vazio interior, estabelecendo ali um verdadeiro vácuo. As potestades do
inimigo empregam o engano ou a força para transformar a faculdade mental do
cristão numa entidade vazia. Elas sabem que, enquanto sua cabeça estiver vazia,
ele não poderá pensar. Elas o despojaram de lodo raciocínio e sentido e o
levaram a aceitar, sem questionar, os ensinos malignos, a despeito da natureza
ou consequência deles.
O cristão deve exercitar a
mente, pois o exercício dela constitui uma enorme desvantagem para os espíritos
malignos. Tanto é que eles são compelidos a exercitar sua força total para
tentar esvaziá-la. Só quando a mente funciona de forma normal é que o cristão
está apto a discernir as revelações sobrenaturais absurdas e as várias
insinuações nela implantadas, e também a reconhecer que são de origem
demoníaca.
Uma mente vazia constitui
uma base para o maligno atuar, todas as revelações e noções que entram numa
cabeça vazia emanam de fontes inimigas. Se o cristão não utilizar seu órgão de
pensamento, descobrirá como os espíritos malignos estão ansiosos para ajudá-lo
a pensar!
6. Uma mente passiva. Em termos gerais, a
mente vazia difere bastante da passiva. A diferença é que, enquanto a mente
vazia é aquela que não é usada, a passiva fica à espera de alguma força
exterior para ativá-la. Encontra-se um passo além da mente vazia.
Ser passivo é se abster de
mover-se por si mesmo e deixar que elementos exteriores o façam. Um cérebro
passivo não pensa por si mesmo, mas permite que uma força estranha pense por
ele. A passividade reduz o homem a uma máquina.
A mente que se encontra em
um estado passivo é muito vantajosa para os espíritos malignos, porque lhes
oferece a oportunidade de ocupar também a vontade e o corpo do crente. Assim
como a mente obscurecida é facilmente enganada por não saber o que está fazendo
e para onde está indo, assim também a passiva acha-se vulnerável ao ataque,
visto não ter nenhuma sensibilidade. Se alguém permitir que sua cabeça cesse de
pensar, pesquisar, decidir e de examinar sua experiência e ação à luz da
Bíblia, está praticamente convidando Satanás a invadir sua mente e enganá-lo.
Muitos dos filhos de Deus,
em seu desejo de seguir a direção do Espírito Santo, acham que não precisam
avaliar investigar e julgar à luz da Palavra todos os pensamentos que
aparentemente vêm do Senhor. Pensam que ser guiado pelo Espírito é estar morto
para si mesmo e obedecer toda noção e impulso do cérebro.
Seguem principalmente as
ideias que surgem depois de um período de oração. Por isso, procuram deixar a
mente passiva durante e depois da oração. Interrompem o fluxo dos próprios
pensamentos e outras atividades mentais a fim de se prepararem para receber os
"pensamentos de Deus". O resultado é que se tornam duros e
inflexíveis, sem raciocínio, e adotam práticas severas, obstinadas e
irracionais. Eles ignoram vários fatos.
Primeiro, a oração não
transforma nossos pensamentos comuns em espirituais.
Segundo, ficar esperando
pensamentos divinos durante e após a oração é abrir a mente às operações dos
espíritos malignos que tentam imitar as de Deus.
Terceiro, a direção do
Senhor ocorre na intuição, que é do espírito, e não na mente, que é da alma.
Não são poucos os crentes que procuram treinar a si mesmos para alcançarem uma
mente passiva. Estão ignorando a vontade de Deus que não deseja que o homem
seja passivo, mas que coopere ativamente com ele. Eles induzem a si mesmos a
não pensar, a fim de receberem os pensamentos divinos. Não entendem que, se
eles mesmos não estão usando o cérebro, o Senhor também não o usará nem
introduzirá nele seus pensamentos.
O princípio de Deus é que
os homens, pela própria vontade, controlem todo o seu ser, e trabalhe junto com
ele. Somente o diabo se aproveita da mente passiva, impedindo que o homem a
controle. Deus não deseja que os homens recebam sua revelação como autômatos;
os espíritos inimigos é que almejam isso.
Toda passividade é
proveitosa para esses, pois prazerosamente tiram vantagem da insensatez e da
inércia do povo de Deus, para operar em sua mente...
Bispo. Capelão/Juiz.
Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante.
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