ESTUDO BÍBLICO CRISTÃO
VIVENDO EM UNIÃO...
Afinal
qual deva ser o procedimento ético de um Ministro do evangelho aio lidar com a
mídia evangélica?
O que a Bíblia diz sobre este assunto? Vejamos:
(V.1) OH! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união.
(V.2) É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes.
(V.3) Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o SENHOR ordena a bênção e a vida para sempre ( 133 de Sl).
O Salmista Davi faz referência à união fraterna. O verso 1 expressa o desejo do salmista para com o seu povo.
Ele faz referência a um ‘viver em união’, diferente de estar unidos ou reunidos. Ele qualifica esta ‘vida’ em união de boa e suave.
No verso 2 o salmista compara a união ao óleo precioso “É Com o óleo precioso...”. A qual óleo precioso o salmista faz referência?
Ø Existem pessoas de todos os tipos ao nosso redor:
1. A complexada tem necessidade de diminuir quem está em sua volta para ser valorizada; o que é dos outros nunca tem valor;
2. A perfeita, somente ela está certa;
3. A orgulhosa; a super estrela, ela é a boa, o resto não vale nada;
4. A que se julga o centro do universo;
5. A de boa lábia, mesmo que esteja errada, convence a todos que está certa;
6. A que não reconhece seus erros, sempre se justifica;
7. A que entende tudo ao contrário, você tem que dar mil explicações;
8. A rejeitada, ela é sempre a vítima;
9. A falsa intelectual demonstra que conhece todos os assuntos, mas no fundo é leiga, não sabe nada;
10. A superior, todos tem que servi-la;
11. A que dá a última palavra, não aceita estar errada em hipótese alguma;
12. A mentirosa mente e não fica vermelha, ou seja, acredita na mentira;
13. A medrosa concorda com tudo, não dá a sua opinião para não se expor;
14. A esperta, sempre tira proveito dos outros;
15. A egoísta, só pensa nela;
16. A covarde, nunca assume nada;
17. A falsa, que te elogia, mas no íntimo te odeia;
18. A traidora, que se faz de amiga para expor a intimidade do outro;
19. A interesseira, somente busca seus interesses;
20. A fofoqueira adora destilar seu veneno, promovendo a contenda;
21. A fingida se faz de coitada para tirar proveito;
22. A trapaceira finge estar do seu lado, para te apunhalar depois;
23. A invejosa quer sempre ocupar a posição do outro;
24. A que gosta de se aparecer, só ajuda para estar em evidência;
25. A esperta; fala bonito, impressiona, mas não põe a mão na massa;
26. A crítica vê defeito em tudo, somente o que ela faz é bom.
27. A desconfiada arregala os olhos e desconfia de todos;
28. A autoritária ditadora, tudo tem que ser feito do jeito dela, não sabe ouvir outras pessoas;
29. A exibicionista tem que estar em evidência, senão adoece;
30. A venenosa deturpa tudo para que haja discórdia;
31. A grosseira, não sabe conversar, sempre ofende e agride com suas palavras;
32. A escandalosa adora dar show para chamar atenção, adora um barraco;
Como podemos perceber é difícil conviver; todos nós temos defeitos, mas a sábia Bíblia diz:
Ø Suportai-vos uns aos outros.
Suportar significa aguentar, aturar, tolerar.
Deus, conhecendo a estrutura e o coração do homem, nos deu este conselho para que nós consigamos conviver em sociedade.
Temos que constantemente procurar nos avaliar e consequentemente melhorar nosso comportamento para que possamos conviver como cidadãos civilizados.
Somos seres sociais, temos que saber conviver, respeitar as diferenças e aceitar todos os tipos de pessoas.
É difícil, mas não é impossível. Temos que ter paciência, sabermos ouvir, perdoar, entender o próximo, não levar por mal o que as pessoas falam não dar crédito a fofocas, procurar sempre saber a verdade, pois, muitas vezes nos passam informações deturpadas, somente para ver o circo pegar fogo.
Temos que verificar em qual perfil acima nos enquadramos e procurarmos mudar nosso comportamento. Toda aprendizagem requer mudança.
O importante é nos esforçarmos para convivermos da melhor forma possível.
Enfim, somos todos de uma mesma família, somos irmãos, filhos do Rei Jesus e temos que ter bons relacionamentos.
As dissensões entre os crentes, as discórdias tem causado divisões, e às vezes até por assuntos sem a menor importância. Alguns sentem prazer em subestimar os outros, julgando ser mais santos, formando questiúnculas por coisas banais, mas a união é importante:
A. União faz dos crentes um exemplo para o mundo cooperando para que as pessoas se aproximem do Senhor;
B. A União ajuda-nos a cooperar conforme a vontade do Pai, antecipando assim, um pouco do prazer que teremos no céu;
C. A União promove um renovo revigorando nosso ministério, porque sendo ela como o óleo precioso e fresco, ameniza as tensões, os estresses, não deixando que o diabo coloque sua mão no meio e tire de nós a energia proporcionada pelo Espírito Santo, e assim, uma vez unida, seremos fortalecidos para desempenhamos o santo ministério que Deus nos confiou, que é o de promover o fortalecimento do seu reino entre os homens.
"Mas as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça" (Is 59.2).
A falta de união promove a divisão, e essa divisão somente acontece quando há falta de conversão e pecado entre os santos do Senhor – o pecado ofende a Deus – forma uma parede entre Deus e o homem, e essa parede tem seu alicerce fundamentado na divisão entre os salvos; cujas bases, chegam a ter a aparência de firmes, todavia, sendo estas arquitetadas pelo diabo, jamais subsistirão às "intempéries" da oração, do jejum e da união do povo de Deus.
"Mas, conhecendo ele os seus pensamentos, disse-lhes: Todo reino dividido contra si mesmo será assolado; e a casa dividida contra si mesma cairá" (Lc 11.17 )
Esse movimento de ofensas, deboches e ridicularizações que os "apologéticas" de muitos blogs estão realizando hoje contra outros que são radicais em preservar a família e os valores cristãos é uma vergonha para o meio evangélico e, certamente, entristecem o Senhor Jesus, que ensinou o amor sobre qualquer coisa. Ele deu exemplos de postura ética e respeito até para discordar dos Seus opositores.
Parece que muitos irmãos não conseguiriam aprender isso ainda com Ele... E o resultado é esse "bate-boca gospel" que estamos vendo aí.
E o pior: alguns acreditam que são os detentores do saber e acabam se tornando arrogantes e prepotentes.
Estragados pela apologética que deveria lhes tornar defensores do Santo Evangelho, não das próprias convicções.
Na verdade, estamos vendo uma tirania virtual por parte de muitos "blogs apologetas" que atacam aqueles de quem eles discordam e atacam aqueles que discordam deles também. Mas que apologia é essa que maltrata, envergonha e humilha?
Parece mais um verdadeiro ringue de vale-tudo gospel virtual...
Embora este texto aludir sobre a resposta de Jesus às acusações hostis feitas pelos fariseus, em uma confusão por eles formada por não compreenderem o poder de Deus na expulsão dos demônios, deduzimos a grosso modo que: tudo quanto se divide contra si mesmo será assolado, ou seja, arrasado, devastado e arruinado, e que um lar onde cônjuges e filhos estão divididos jamais subsistirá, e assim, de igual modo acontece na Igreja de Deus.
Esta prática, que se tornou comum na Igreja que estava em Corinto, Paulo a abomina e de forma veemente exorta conforme consta em sua primeira carta a essa Igreja: 1Co 11:17-22 –
"Nisto, porém, que vou dizer-vos, não vos louvo, porquanto vos ajuntais, não para melhor, senão para pior. Porque, antes de tudo, ouço que, quando vos ajuntais na igreja, há entre vós dissensões; e em parte o creio.
E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós. De sorte que, quando vos ajuntais num lugar, não é para comer a Ceia do Senhor.
Porque, comendo, cada um toma antecipadamente a sua própria ceia; e assim um tem fome, e outro se embriaga. Não tendes, porventura, casas para comer e para beber? Ou desprezais a igreja de Deus e envergonhais os que nada têm? Que vos direi? Louvar-vos-ei? Nisso não vos louvo".
1 Co 1:12-13 "Quero dizer, com isso, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo. Está Cristo dividido? Foi Paulo crucificado por vós? Ou fostes vós batizados em nome de Paulo"?
(3.4) "Porque, dizendo um: Eu sou de Paulo; e outro: Eu, de Apolo; porventura, não sois carnais"?
( 12.25) "Para que não haja divisão no corpo, mas, antes, tenham os membros igual cuidado uns dos outros".
( 12.27) "Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular".
É sabido que os orientais costumeiramente se perfumavam, ungindo-se, em tempos de festas e alegria.
Não estar ‘ungido’ representava tristeza profunda "Enviou Joabe a Técoa, e tomou de lá uma mulher e disse-lhe: Ora, finge que estás de luto; veste roupas de luto, e não te unjas com óleo, e sê como uma mulher que há já muitos dias está de luto por algum morto" ( 2Sm 14:2 ).
O ‘óleo de alegria’ era um bem precioso no passado “E, estando ele em Betânia, assentado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher, que trazia um vaso de alabastro, com ungüento de nardo puro, de muito preço, e quebrando o vaso, lho derramou sobre a cabeça” ( Mc 14:3 ), com um significado especial "Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com ungüento" ( Lc 7:46 ).
A comparação que o salmista estabelece não é com o ‘óleo da alegria’, antes ele compara a união ao óleo da unção que era de uso exclusivo dos sacerdotes “É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes” (v. 2).
O óleo da unção após ser derramado sobre a fronte do sacerdote escorria sobre a barba até atingir a orla do manto sacerdotal.
A união fraternal é comparável ao óleo ‘sagrado da unção’ que era utilizado na unção dos sacerdotes e dos utensílios da tenda da congregação ( Ex 30:31). O óleo era composto das principais especiarias da época ( Ex 30:23), feito por um artista perfumista ( Ex 30:25 ).
Enquanto o óleo da unção era proibido ao povo ( Ex 30:33 ), a união fraternal não é vetada. Embora a união tenha o mesmo valor que o óleo da unção, dela todos deviam e podiam utilizarem sem restrição alguma.
O salmista compara a união ao orvalho do monte Hermom, que descia sobre os montes da preciosa Sião ( Dt 3:8 ; Js 12:1 ). O monte Hermom atinge uma altitude de 2.814 metros, tendo o cume coberto de neve, enquanto as terras ao redor são causticantes em decorrência do sol de verão, nomeado também de monte sagrado ou monte nevado.
O orvalho proveniente do monte Hermom acabava por contemplar todos os montes em redor, característica que tornou possível o salmista utilizá-lo como comparativo a união.
Temos dois elementos: o óleo da unção que, depois de derramado sobre o sacerdote, abrangia o seu corpo e vestes, e o orvalho do monte Hermom, que se expandia sobre os montes em redor (v. 2 , 3 a).
“... porque ali o SENHOR ordena a bênção e a vida para sempre” A chave para interpretação deste salmo encontra-se na última afirmação do salmista. Somente após respondermos: ‘onde o Senhor ordena a bênção? De qual bênção o salmista trata? O que é bênção e vida para sempre? Que tipo de união é preciosa?’, compreenderemos a proposta deste salmo.
Ø Bênção
Após a queda Deus determinou que a mulher tivesse filhos com dores, e o homem, por sua vez, obtivesse o seu sustento com dores "E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida" ( Gn 3:17 ).
A determinação divina vinculou o trabalho como meio de obtenção de seu sustento diário e bens deste mundo “No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás" ( Gn 3:19 ).
O homem precisamente comerá e viverá daquilo que trabalhar a terra, pois a terra por si só produzirá cardos e espinhos. O sustento do homem é a retribuição pelo seu trabalho.
Enquanto que o sustento diário e os bens materiais que o homem adquire nesta vida são concedidos como retribuição pelo seu labor, a bênção de Deus é de graça e concedida a todos que O busca "A bênção do SENHOR é que enriquece; e não traz consigo dores" ( Pv 10:22 ).
Somente a bênção do Senhor torna o homem pleno. As riquezas deste mundo são adquiridas pelo homem através do labor e dores, no entanto, a riqueza que o homem adquire de Deus não resulta do seu trabalho, antes graciosamente Deus lhe concede.
Deus estipulou que o homem haveria de comer do fruto do seu trabalho. O apóstolo Paulo alertou que, aqueles que buscam riquezas deste mundo traspassariam suas almas com muitas dores "Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores" ( 1Tm 6:10 ).
Diante do exposto, é certo que a bênção que o Senhor ordena não diz do sustento diário ou bens materiais, pois se assim fosse Deus invalidaria a Sua própria palavra. Até mesmo o Cristo não se furtou à determinação divina, pois ao ser encarnado, o Verbo de Deus se sujeito as mesmas fraquezas e obrigações "Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum" ( Is 53:3 ).
Digo isto porque em nossos dias é comum propagarem a idéia de que tudo é bênção de Deus. Muitos prometem e profetizam bênçãos como emprego, casa, carro e casamento.
É comum apresentarem um veículo como ‘bênção’ de Deus, mas esquecem que a bênção de Deus não acrescenta dores tais como um carnê, impostos, combustível, pedágios e assaltos. Esquece que o vizinho, que não serve a Deus, também adquire casa, carro, emprego, etc., e nem por isso é participante da bênção que verdadeiramente enriquece.
Observe o que diz o apóstolo Paulo: "O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus" ( Fp 4:19 ).
Todas as necessidades dos cristãos serão supridas por Deus, segundo as suas riquezas, EM GLÓRIA, por intermédio de Cristo Jesus. Ele não prometeu riquezas, antes suprirá as necessidades, em glória, por Cristo Jesus. Por quê? Porque Ele não invalidará a sua palavra, visto que o homem comerá todos os dias da sua vida o que a terra produzir segundo o trabalho de quem a lavrar com dores.
Ø De qual bênção trata o salmista Davi?
Porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre! Ali, onde? O “ali” do salmista aponta especificamente para Sião!
O salmista faz referência à cidade de Sião, Jerusalém, a cidade do grande Deus "GRANDE é o SENHOR e mui digno de louvor, na cidade do nosso Deus, no seu monte santo" ( Sl 48:1 ). Sião pertence ao grande Senhor.
Ela é a cidade de Deus, estabelecida sobre um dos montes que recebem do orvalho que vem do monte Hermom.
Por que Sião é o lugar que o Senhor ordena a bênção? Por que de Sião haveria de vir o salvador "E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, E desviará de Jacó as impiedades" ( Rm 11:26 ).
Quando apontou para Sião como sendo o lugar que o Senhor ordena a bênção, o salmista não tinha em mente carros, cavaleiros, mulheres e reinos, antes visava a bênção da salvação. De Sião viria o Libertador.
De lá viria redenção que desviará de Jacó as impiedades. De Sião veio o Senhor Jesus que tira o pecado do mundo!
Carros, cavaleiros, reinos e mulheres são conquistados através da força do seu trabalho, porém, a salvação somente através d’Aquele que viria de Sião.
O homem se sustém de pão adquirido com dores, porém, a bênção da vida eterna só é possível através das palavras que saem da boca de Deus ( Mt 4:4 ).
Somente em tais palavras se adquire a bênção e a vida para sempre ( Jo 4:14 ). É o Senhor que concede a bênção e a vida eterna. A salvação do Senhor é a verdadeira riqueza, pois diz de bens eternos que não acrescenta dores.
O Senhor ordena a sua bênção somente sobre os que obedecem a sua palavra. E, qual bênção o homem espera alcançar de Deus? A bênção da salvação "A salvação vem do SENHOR; sobre o teu povo seja a tua bênção" ( Sl 3:8 ).
Basta esperar em Deus porque é Ele quem trabalha para prover o homem de bênçãos eternas "Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nele espera" ( Is 64:4 ).
Com relação ao labor diário é da alçada do homem prover o seu próprio sustento, mas com relação à salvação o homem deve esperar n’Aquele que trabalha em seu favor.
Em nossos dias muitos querem inverter os papéis. Com relação ao sustento diário querem que Deus lhes dê o sustento, o que contraria a determinação divina dada no Éden ( Gn 3:19 ), e dizem ‘viver da fé’.
Quanto à salvação, querem fazer a ‘obra do Senhor’, sendo que expressamente Deus diz: "Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão?
E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me atentamente, e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura “ ( Is 55:2 ).
Aquele que ouve atentamente a voz do Senhor, que diz: “Crede naquele que Ele enviou” ( Jo 5:38), se deleitará com alegria com a obra que o Senhor realizará. Muitos desejam e outros dizem que realizam a ‘obra de Deus’.
Fazem como os ouvintes de Jesus, ficam se perguntando como realizar a obra de Deus “Disseram-lhe, pois: Que faremos para executarmos as obras de Deus?" ( Jo 6:28 ).
A obra que Deus é fazer com que os homens creiam no enviado por ele "Jesus respondeu, e disse-lhes: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou" ( Jo 6:29 ). Ora, é impossível o homem realizar a obra de Deus, visto que a sua obra consiste em convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo.
A multidão que foi atrás de Jesus queria saber como realizar a obra de Deus, porém, esperavam Deus realizasse o que foi determinado a todos os homens fazerem “Jesus respondeu-lhes, e disse: Na verdade, na verdade vos digo que me buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes” ( Jo 6:26 ).
Jesus demonstra saber qual a intenção da multidão que o seguia: buscavam ser saciados com pão, e não porque creram em sua palavra. Jesus alerta para que qualquer que queira segui-lo, que o buscasse (trabalho) pela comida que permanece para a vida eterna, e não pelo pão diário “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque a este o Pai, Deus, o selou” ( Jo 6:27 ).
Ø O que o Senhor ordena como bênção?
Que bênção o Senhor prometeu a Davi, seu servo? Prometeu abençoar a casa de Davi para que ela permanecesse para sempre "Sê, pois, agora servido de abençoar a casa de teu servo, para permanecer para sempre diante de ti, pois tu, ó Senhor DEUS, o disseste; e com a tua bênção será para sempre bendita a casa de teu servo" ( 2Sm 7:29 ).
Por que a casa do salmista seria bendita? Porque a salvação do Senhor, que viria de Sião, surgiria como um renovo através de sua descendência “Quando teus dias forem completos, e vieres a dormir com teus pais, então farei levantar depois de ti um dentre a tua descendência, o qual sairá das tuas entranhas, e estabelecerei o seu reino.
Este edificará uma casa ao meu nome, e confirmarei o trono do seu reino para sempre. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; e, se vier a transgredir, castigá-lo-ei com vara de homens, e com açoites de filhos de homens.
Mas a minha benignidade não se apartará dele; como a tirei de Saul, a quem tirei de diante de ti. Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será firme para sempre “ ( 2Sm 7:12 -16).
Do mesmo modo que o orvalho do monte Hermom alcança os montes em redor, a mesma bênção ( Gn 22:18 ), estabelecida no monte denominado de ‘O Senhor proverá’ ( Gn 22:14 ), propagou-se até chegar ao monte Sião na linhagem de Davi ( Rm 11:26 ), e dali a bem-aventurança alcançou os confins da terra através do Descendente prometido.
Abraão alcançou a bênção do Senhor porque obedeceu "E em tua descendência serão benditas todas as nações da terra; porquanto obedeceste à minha voz" ( Gn 22:18 ); "A bênção, quando cumprirdes os mandamentos do SENHOR vosso Deus, que hoje vos mando" ( Dt 11:27 ).
Qualquer que queira ser participante da bênção que Abraão alcançou necessita obedecer a voz do Senhor, pois é dela que advém a bênção a todas as nações da terra, ou seja, através do Descendente, que é Cristo, o Filho de Davi.
A palavra que ordena a bênção é clara: “Ó VÓS, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão?
E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me atentamente, e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura. Inclinai os vossos ouvidos, e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, dando-vos as firmes beneficências de Davi” ( Is 55:1 -3).
Basta ‘obedecer’ como fez o crente Abraão que todos os homens será participantes da mesma bênção prometida a Davi, proveniente do Descendente, que é Cristo. Basta ouvir atentamente que receberá vida eterna. Fará parte de uma aliança perpétua, pois adquirirá da mesma firme bênção concedida a Davi: co-herdeiro com o Descendente.
Ø União fraternal
De qual união o salmista fez referência?
É comum à maioria das religiões apregoarem união na família, na nação, na igreja (como instituição) e no mundo. Para tanto apontam o altruísmo, a tolerância, a simpatia e o acordo.
Sabemos que a harmonia é imprescindível para o convívio em qualquer seguimento social, porém, a união que o salmista fez referência neste salmo diz de bons relacionamentos humanos?
Antes de responder, observe o que o apóstolo Paulo destaca: "Não que a palavra de Deus haja faltado, porque nem todos os que são de Israel são israelitas" ( Rm 9:6 ).
Ou seja, nem todos os que pertenciam ao povo de Israel eram de fato irmãos.
Todos de Israel eram descendentes de Abraão, porém, nem todos eram de fato filhos de Abraão “Nem por serem descendência de Abraão são todos filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência” ( Rm 9:7 ).
De que união o salmo 133 trata: da união dos descendentes da carne de Abraão, ou da união pertinente aos filhos de Deus? O que é bom e suave? Bom e suave é ter fardo e jugo de filho!
O Cristo recomendou que aprendessem d’Ele, porque Ele era manso e humilde de coração "Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve" ( Mt 11:29 -30).
Todos aqueles que tomam o jugo de Cristo e aprendem d’Ele, recebem de Deus poder para ser feito filho de Deus ( Jo 1:12 -13). O salmo 133 fala especificamente da união pertinente aos filhos de Deus!
‘Quão bom’ levar o fardo de filho! Quão ‘suave’ é ter o jugo de filho! Tudo isto é proporcionado aos que receberam a bênção e a vida eterna do Senhor (v. 3b), todos quantos se unem ao Descendente.
Ora, o salmista nos informa através do verso 3, parte ‘b’ que ‘em Sião’ o Senhor ordena a bênção, concedendo-lhes vida para sempre. Ora, a bênção de Sião é concedida aos filhos, e os filhos são aqueles que compartilham da vida para sempre, ou seja, que ‘vivem em união’, que ‘vivem em Deus’.
O apóstolo João fala desta união: "O que vimos e ouvimos isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo" ( 1Jo 1:3 ).
O apóstolo Paulo contendeu com Barnabé "E tal contenda houve entre eles, que se apartaram um do outro. Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre" ( At 15:39 ), e, apesar de se apartarem um do outro, contudo ‘viviam’ em união. Como pode ser isto?
‘Viver em união’ transcende a idéia do convívio social amistoso. Quando Paulo e Barnabé aceitaram a Cristo, tornaram-se nova criatura, por estarem em Cristo ( 2Co 5:17 ).
O fato de estarem ‘em Cristo’ é o que determina o ‘viver em união’. Ambos, Paulo e Barnabé, eram filhos de Deus pela fé em Cristo, e a contenda que houve entre eles não desfez a união perfeita em Cristo.
A Paz que Cristo concede não é conforme a paz do mundo ( Jo 16:33 ), pois a paz de Cristo só é possível n’Ele ( Jo 16:33 ).
Cristo não veio resolver a falta de paz que há no mundo, antes veio estabelecer a paz entre Deus e os homens. Quanto ao mundo é pertinente a aflição, e, portanto, resta aos que tem paz com Deus não se atemorizar.
Do mesmo modo, a união que Cristo promove não é conforme a união que o mundo busca estabelecer.
Enquanto o mundo busca promover um bom convívio social através de valores tais como: religiosidade, altruísmo, tolerância, simpatia e o acordo, a mensagem de Cristo é: "Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada" ( Mt 10:34 ).
Como o cristão sabe que não possui neste mundo possessão permanente ( Hb 10:34 ), no que depender dele, se possível, que tenha paz com todos os homens ( Rm 12:18 ).
Tendo a certeza que Deus cerca os seus filhos de todos os bens "Ora, o mesmo SENHOR da paz vos dê sempre paz de toda a maneira.
O Senhor seja com todos vós" ( 2Ts 3:16 ), àqueles que temem o Senhor têm possessão permanente "Para que faça herdar bens permanentes aos que me amam, e eu encha os seus tesouros" ( Pv 8:21).
A Sabedoria que vem do alto é que enriquece! ( Pv 8:20 ; Pv 10:22 ).
Após compreender a que se refere o Salmo 133, fica o aviso da Sabedoria: “Agora, pois, filhos, ouvi-me, porque bem-aventurados serão os que guardarem os meus caminhos.
Ouvi a instrução, e sede sábios, não a rejeiteis. Bem-aventurado o homem que me dá ouvidos, velando às minhas portas cada dia, esperando às ombreiras da minha entrada. Porque o que me achar, achará a vida, e alcançará o favor do SENHOR. Mas o que pecar contra mim violentará a sua própria alma; todos os que me odeiam amam a morte “ ( Pv 8:32 -36).
Aqueles que receberam a bênção e a vida para sempre do Senhor que veio de Sião são os que vivem em união ( Sl 133:1 e 3).
Nos dias atuais, considerando serem estes os dias do fim dos tempos. Dias em que o mundo se divide em opiniões – lares divididos – políticos divididos, para esses (políticos) quanto pior, melhor – nações divididas, e sempre com leis e idéias piores, a incoerência impera;
As coisas sempre foram assim, mas, não tão acentuada como hoje. Quando alguém se une (não generalizando) com o principal objetivo de promover o mal.
A política enfraquece e só não vai à falência por ser o meio de Deus através dos homens administrar o mundo, neste caso, os políticos, queiram ou não, eles são mordomos de Deus. A família é desvalorizada, ultrajada, mas, também subsiste por ser instituição divina.
E esta praga chamada de divisão tem penetrado também no seio da “igreja” através dos que mais se projetam para a sociedade.
Inescrupulosos, não medem palavras para se dirigir ao público através dos veículos de comunicação e nem mesmo através da televisão – discutem casos que promovem o escândalo, a falta de decoro clerical, como se não bastasse a falta de decoro parlamentar.
Retrato fiel de uma pocilga onde os artiodátilos – suíno, quando as fêmeas criam dez ou mais filhotes e elas mesmas se rolam sobre eles os matando, quando não os comem vivos, ou seja, criam muito, mas, matam a maioria.
Face a isto, urge a necessidade do "Criador" estar atento à criação, para não tomar prejuízo, considerando o instinto irracional do animal.
Na política quando a falta de decoro acontece, o infrator paga pelas conseqüências - são envergonhados através da mídia, enfim, sofre as infrações pelos atos praticados.
Mas quando se trata de "pastores" "bispos" e até mesmo "apóstolos" todo o detrimento fica por conta da Igreja - do reino de Deus na terra - são irredutíveis, peremptórios
- donos da razão - se corrompem com políticos inescrupuloso em troca de emprego para familiares. Estando estes na mira da Receita Federal, por enriquecimento ilícito - estes "ministros" estão também na mira da Palavra de Deus:
(Mt 13:41) "Mandará o Filho do Homem os seus anjos, e eles colherão do seu Reino tudo o que causa escândalo e os que cometem iniqüidade".
(Mt 16:23) "Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens".
(Mt 18.7) "Ai do mundo, por causa dos escândalos. Porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem"!
O que a Bíblia diz sobre este assunto? Vejamos:
(V.1) OH! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união.
(V.2) É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes.
(V.3) Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o SENHOR ordena a bênção e a vida para sempre ( 133 de Sl).
O Salmista Davi faz referência à união fraterna. O verso 1 expressa o desejo do salmista para com o seu povo.
Ele faz referência a um ‘viver em união’, diferente de estar unidos ou reunidos. Ele qualifica esta ‘vida’ em união de boa e suave.
No verso 2 o salmista compara a união ao óleo precioso “É Com o óleo precioso...”. A qual óleo precioso o salmista faz referência?
Ø Existem pessoas de todos os tipos ao nosso redor:
1. A complexada tem necessidade de diminuir quem está em sua volta para ser valorizada; o que é dos outros nunca tem valor;
2. A perfeita, somente ela está certa;
3. A orgulhosa; a super estrela, ela é a boa, o resto não vale nada;
4. A que se julga o centro do universo;
5. A de boa lábia, mesmo que esteja errada, convence a todos que está certa;
6. A que não reconhece seus erros, sempre se justifica;
7. A que entende tudo ao contrário, você tem que dar mil explicações;
8. A rejeitada, ela é sempre a vítima;
9. A falsa intelectual demonstra que conhece todos os assuntos, mas no fundo é leiga, não sabe nada;
10. A superior, todos tem que servi-la;
11. A que dá a última palavra, não aceita estar errada em hipótese alguma;
12. A mentirosa mente e não fica vermelha, ou seja, acredita na mentira;
13. A medrosa concorda com tudo, não dá a sua opinião para não se expor;
14. A esperta, sempre tira proveito dos outros;
15. A egoísta, só pensa nela;
16. A covarde, nunca assume nada;
17. A falsa, que te elogia, mas no íntimo te odeia;
18. A traidora, que se faz de amiga para expor a intimidade do outro;
19. A interesseira, somente busca seus interesses;
20. A fofoqueira adora destilar seu veneno, promovendo a contenda;
21. A fingida se faz de coitada para tirar proveito;
22. A trapaceira finge estar do seu lado, para te apunhalar depois;
23. A invejosa quer sempre ocupar a posição do outro;
24. A que gosta de se aparecer, só ajuda para estar em evidência;
25. A esperta; fala bonito, impressiona, mas não põe a mão na massa;
26. A crítica vê defeito em tudo, somente o que ela faz é bom.
27. A desconfiada arregala os olhos e desconfia de todos;
28. A autoritária ditadora, tudo tem que ser feito do jeito dela, não sabe ouvir outras pessoas;
29. A exibicionista tem que estar em evidência, senão adoece;
30. A venenosa deturpa tudo para que haja discórdia;
31. A grosseira, não sabe conversar, sempre ofende e agride com suas palavras;
32. A escandalosa adora dar show para chamar atenção, adora um barraco;
Como podemos perceber é difícil conviver; todos nós temos defeitos, mas a sábia Bíblia diz:
Ø Suportai-vos uns aos outros.
Suportar significa aguentar, aturar, tolerar.
Deus, conhecendo a estrutura e o coração do homem, nos deu este conselho para que nós consigamos conviver em sociedade.
Temos que constantemente procurar nos avaliar e consequentemente melhorar nosso comportamento para que possamos conviver como cidadãos civilizados.
Somos seres sociais, temos que saber conviver, respeitar as diferenças e aceitar todos os tipos de pessoas.
É difícil, mas não é impossível. Temos que ter paciência, sabermos ouvir, perdoar, entender o próximo, não levar por mal o que as pessoas falam não dar crédito a fofocas, procurar sempre saber a verdade, pois, muitas vezes nos passam informações deturpadas, somente para ver o circo pegar fogo.
Temos que verificar em qual perfil acima nos enquadramos e procurarmos mudar nosso comportamento. Toda aprendizagem requer mudança.
O importante é nos esforçarmos para convivermos da melhor forma possível.
Enfim, somos todos de uma mesma família, somos irmãos, filhos do Rei Jesus e temos que ter bons relacionamentos.
As dissensões entre os crentes, as discórdias tem causado divisões, e às vezes até por assuntos sem a menor importância. Alguns sentem prazer em subestimar os outros, julgando ser mais santos, formando questiúnculas por coisas banais, mas a união é importante:
A. União faz dos crentes um exemplo para o mundo cooperando para que as pessoas se aproximem do Senhor;
B. A União ajuda-nos a cooperar conforme a vontade do Pai, antecipando assim, um pouco do prazer que teremos no céu;
C. A União promove um renovo revigorando nosso ministério, porque sendo ela como o óleo precioso e fresco, ameniza as tensões, os estresses, não deixando que o diabo coloque sua mão no meio e tire de nós a energia proporcionada pelo Espírito Santo, e assim, uma vez unida, seremos fortalecidos para desempenhamos o santo ministério que Deus nos confiou, que é o de promover o fortalecimento do seu reino entre os homens.
"Mas as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça" (Is 59.2).
A falta de união promove a divisão, e essa divisão somente acontece quando há falta de conversão e pecado entre os santos do Senhor – o pecado ofende a Deus – forma uma parede entre Deus e o homem, e essa parede tem seu alicerce fundamentado na divisão entre os salvos; cujas bases, chegam a ter a aparência de firmes, todavia, sendo estas arquitetadas pelo diabo, jamais subsistirão às "intempéries" da oração, do jejum e da união do povo de Deus.
"Mas, conhecendo ele os seus pensamentos, disse-lhes: Todo reino dividido contra si mesmo será assolado; e a casa dividida contra si mesma cairá" (Lc 11.17 )
Esse movimento de ofensas, deboches e ridicularizações que os "apologéticas" de muitos blogs estão realizando hoje contra outros que são radicais em preservar a família e os valores cristãos é uma vergonha para o meio evangélico e, certamente, entristecem o Senhor Jesus, que ensinou o amor sobre qualquer coisa. Ele deu exemplos de postura ética e respeito até para discordar dos Seus opositores.
Parece que muitos irmãos não conseguiriam aprender isso ainda com Ele... E o resultado é esse "bate-boca gospel" que estamos vendo aí.
E o pior: alguns acreditam que são os detentores do saber e acabam se tornando arrogantes e prepotentes.
Estragados pela apologética que deveria lhes tornar defensores do Santo Evangelho, não das próprias convicções.
Na verdade, estamos vendo uma tirania virtual por parte de muitos "blogs apologetas" que atacam aqueles de quem eles discordam e atacam aqueles que discordam deles também. Mas que apologia é essa que maltrata, envergonha e humilha?
Parece mais um verdadeiro ringue de vale-tudo gospel virtual...
Embora este texto aludir sobre a resposta de Jesus às acusações hostis feitas pelos fariseus, em uma confusão por eles formada por não compreenderem o poder de Deus na expulsão dos demônios, deduzimos a grosso modo que: tudo quanto se divide contra si mesmo será assolado, ou seja, arrasado, devastado e arruinado, e que um lar onde cônjuges e filhos estão divididos jamais subsistirá, e assim, de igual modo acontece na Igreja de Deus.
Esta prática, que se tornou comum na Igreja que estava em Corinto, Paulo a abomina e de forma veemente exorta conforme consta em sua primeira carta a essa Igreja: 1Co 11:17-22 –
"Nisto, porém, que vou dizer-vos, não vos louvo, porquanto vos ajuntais, não para melhor, senão para pior. Porque, antes de tudo, ouço que, quando vos ajuntais na igreja, há entre vós dissensões; e em parte o creio.
E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós. De sorte que, quando vos ajuntais num lugar, não é para comer a Ceia do Senhor.
Porque, comendo, cada um toma antecipadamente a sua própria ceia; e assim um tem fome, e outro se embriaga. Não tendes, porventura, casas para comer e para beber? Ou desprezais a igreja de Deus e envergonhais os que nada têm? Que vos direi? Louvar-vos-ei? Nisso não vos louvo".
1 Co 1:12-13 "Quero dizer, com isso, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo. Está Cristo dividido? Foi Paulo crucificado por vós? Ou fostes vós batizados em nome de Paulo"?
(3.4) "Porque, dizendo um: Eu sou de Paulo; e outro: Eu, de Apolo; porventura, não sois carnais"?
( 12.25) "Para que não haja divisão no corpo, mas, antes, tenham os membros igual cuidado uns dos outros".
( 12.27) "Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular".
É sabido que os orientais costumeiramente se perfumavam, ungindo-se, em tempos de festas e alegria.
Não estar ‘ungido’ representava tristeza profunda "Enviou Joabe a Técoa, e tomou de lá uma mulher e disse-lhe: Ora, finge que estás de luto; veste roupas de luto, e não te unjas com óleo, e sê como uma mulher que há já muitos dias está de luto por algum morto" ( 2Sm 14:2 ).
O ‘óleo de alegria’ era um bem precioso no passado “E, estando ele em Betânia, assentado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher, que trazia um vaso de alabastro, com ungüento de nardo puro, de muito preço, e quebrando o vaso, lho derramou sobre a cabeça” ( Mc 14:3 ), com um significado especial "Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com ungüento" ( Lc 7:46 ).
A comparação que o salmista estabelece não é com o ‘óleo da alegria’, antes ele compara a união ao óleo da unção que era de uso exclusivo dos sacerdotes “É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes” (v. 2).
O óleo da unção após ser derramado sobre a fronte do sacerdote escorria sobre a barba até atingir a orla do manto sacerdotal.
A união fraternal é comparável ao óleo ‘sagrado da unção’ que era utilizado na unção dos sacerdotes e dos utensílios da tenda da congregação ( Ex 30:31). O óleo era composto das principais especiarias da época ( Ex 30:23), feito por um artista perfumista ( Ex 30:25 ).
Enquanto o óleo da unção era proibido ao povo ( Ex 30:33 ), a união fraternal não é vetada. Embora a união tenha o mesmo valor que o óleo da unção, dela todos deviam e podiam utilizarem sem restrição alguma.
O salmista compara a união ao orvalho do monte Hermom, que descia sobre os montes da preciosa Sião ( Dt 3:8 ; Js 12:1 ). O monte Hermom atinge uma altitude de 2.814 metros, tendo o cume coberto de neve, enquanto as terras ao redor são causticantes em decorrência do sol de verão, nomeado também de monte sagrado ou monte nevado.
O orvalho proveniente do monte Hermom acabava por contemplar todos os montes em redor, característica que tornou possível o salmista utilizá-lo como comparativo a união.
Temos dois elementos: o óleo da unção que, depois de derramado sobre o sacerdote, abrangia o seu corpo e vestes, e o orvalho do monte Hermom, que se expandia sobre os montes em redor (v. 2 , 3 a).
“... porque ali o SENHOR ordena a bênção e a vida para sempre” A chave para interpretação deste salmo encontra-se na última afirmação do salmista. Somente após respondermos: ‘onde o Senhor ordena a bênção? De qual bênção o salmista trata? O que é bênção e vida para sempre? Que tipo de união é preciosa?’, compreenderemos a proposta deste salmo.
Ø Bênção
Após a queda Deus determinou que a mulher tivesse filhos com dores, e o homem, por sua vez, obtivesse o seu sustento com dores "E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida" ( Gn 3:17 ).
A determinação divina vinculou o trabalho como meio de obtenção de seu sustento diário e bens deste mundo “No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás" ( Gn 3:19 ).
O homem precisamente comerá e viverá daquilo que trabalhar a terra, pois a terra por si só produzirá cardos e espinhos. O sustento do homem é a retribuição pelo seu trabalho.
Enquanto que o sustento diário e os bens materiais que o homem adquire nesta vida são concedidos como retribuição pelo seu labor, a bênção de Deus é de graça e concedida a todos que O busca "A bênção do SENHOR é que enriquece; e não traz consigo dores" ( Pv 10:22 ).
Somente a bênção do Senhor torna o homem pleno. As riquezas deste mundo são adquiridas pelo homem através do labor e dores, no entanto, a riqueza que o homem adquire de Deus não resulta do seu trabalho, antes graciosamente Deus lhe concede.
Deus estipulou que o homem haveria de comer do fruto do seu trabalho. O apóstolo Paulo alertou que, aqueles que buscam riquezas deste mundo traspassariam suas almas com muitas dores "Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores" ( 1Tm 6:10 ).
Diante do exposto, é certo que a bênção que o Senhor ordena não diz do sustento diário ou bens materiais, pois se assim fosse Deus invalidaria a Sua própria palavra. Até mesmo o Cristo não se furtou à determinação divina, pois ao ser encarnado, o Verbo de Deus se sujeito as mesmas fraquezas e obrigações "Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum" ( Is 53:3 ).
Digo isto porque em nossos dias é comum propagarem a idéia de que tudo é bênção de Deus. Muitos prometem e profetizam bênçãos como emprego, casa, carro e casamento.
É comum apresentarem um veículo como ‘bênção’ de Deus, mas esquecem que a bênção de Deus não acrescenta dores tais como um carnê, impostos, combustível, pedágios e assaltos. Esquece que o vizinho, que não serve a Deus, também adquire casa, carro, emprego, etc., e nem por isso é participante da bênção que verdadeiramente enriquece.
Observe o que diz o apóstolo Paulo: "O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus" ( Fp 4:19 ).
Todas as necessidades dos cristãos serão supridas por Deus, segundo as suas riquezas, EM GLÓRIA, por intermédio de Cristo Jesus. Ele não prometeu riquezas, antes suprirá as necessidades, em glória, por Cristo Jesus. Por quê? Porque Ele não invalidará a sua palavra, visto que o homem comerá todos os dias da sua vida o que a terra produzir segundo o trabalho de quem a lavrar com dores.
Ø De qual bênção trata o salmista Davi?
Porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre! Ali, onde? O “ali” do salmista aponta especificamente para Sião!
O salmista faz referência à cidade de Sião, Jerusalém, a cidade do grande Deus "GRANDE é o SENHOR e mui digno de louvor, na cidade do nosso Deus, no seu monte santo" ( Sl 48:1 ). Sião pertence ao grande Senhor.
Ela é a cidade de Deus, estabelecida sobre um dos montes que recebem do orvalho que vem do monte Hermom.
Por que Sião é o lugar que o Senhor ordena a bênção? Por que de Sião haveria de vir o salvador "E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, E desviará de Jacó as impiedades" ( Rm 11:26 ).
Quando apontou para Sião como sendo o lugar que o Senhor ordena a bênção, o salmista não tinha em mente carros, cavaleiros, mulheres e reinos, antes visava a bênção da salvação. De Sião viria o Libertador.
De lá viria redenção que desviará de Jacó as impiedades. De Sião veio o Senhor Jesus que tira o pecado do mundo!
Carros, cavaleiros, reinos e mulheres são conquistados através da força do seu trabalho, porém, a salvação somente através d’Aquele que viria de Sião.
O homem se sustém de pão adquirido com dores, porém, a bênção da vida eterna só é possível através das palavras que saem da boca de Deus ( Mt 4:4 ).
Somente em tais palavras se adquire a bênção e a vida para sempre ( Jo 4:14 ). É o Senhor que concede a bênção e a vida eterna. A salvação do Senhor é a verdadeira riqueza, pois diz de bens eternos que não acrescenta dores.
O Senhor ordena a sua bênção somente sobre os que obedecem a sua palavra. E, qual bênção o homem espera alcançar de Deus? A bênção da salvação "A salvação vem do SENHOR; sobre o teu povo seja a tua bênção" ( Sl 3:8 ).
Basta esperar em Deus porque é Ele quem trabalha para prover o homem de bênçãos eternas "Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nele espera" ( Is 64:4 ).
Com relação ao labor diário é da alçada do homem prover o seu próprio sustento, mas com relação à salvação o homem deve esperar n’Aquele que trabalha em seu favor.
Em nossos dias muitos querem inverter os papéis. Com relação ao sustento diário querem que Deus lhes dê o sustento, o que contraria a determinação divina dada no Éden ( Gn 3:19 ), e dizem ‘viver da fé’.
Quanto à salvação, querem fazer a ‘obra do Senhor’, sendo que expressamente Deus diz: "Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão?
E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me atentamente, e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura “ ( Is 55:2 ).
Aquele que ouve atentamente a voz do Senhor, que diz: “Crede naquele que Ele enviou” ( Jo 5:38), se deleitará com alegria com a obra que o Senhor realizará. Muitos desejam e outros dizem que realizam a ‘obra de Deus’.
Fazem como os ouvintes de Jesus, ficam se perguntando como realizar a obra de Deus “Disseram-lhe, pois: Que faremos para executarmos as obras de Deus?" ( Jo 6:28 ).
A obra que Deus é fazer com que os homens creiam no enviado por ele "Jesus respondeu, e disse-lhes: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou" ( Jo 6:29 ). Ora, é impossível o homem realizar a obra de Deus, visto que a sua obra consiste em convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo.
A multidão que foi atrás de Jesus queria saber como realizar a obra de Deus, porém, esperavam Deus realizasse o que foi determinado a todos os homens fazerem “Jesus respondeu-lhes, e disse: Na verdade, na verdade vos digo que me buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes” ( Jo 6:26 ).
Jesus demonstra saber qual a intenção da multidão que o seguia: buscavam ser saciados com pão, e não porque creram em sua palavra. Jesus alerta para que qualquer que queira segui-lo, que o buscasse (trabalho) pela comida que permanece para a vida eterna, e não pelo pão diário “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque a este o Pai, Deus, o selou” ( Jo 6:27 ).
Ø O que o Senhor ordena como bênção?
Que bênção o Senhor prometeu a Davi, seu servo? Prometeu abençoar a casa de Davi para que ela permanecesse para sempre "Sê, pois, agora servido de abençoar a casa de teu servo, para permanecer para sempre diante de ti, pois tu, ó Senhor DEUS, o disseste; e com a tua bênção será para sempre bendita a casa de teu servo" ( 2Sm 7:29 ).
Por que a casa do salmista seria bendita? Porque a salvação do Senhor, que viria de Sião, surgiria como um renovo através de sua descendência “Quando teus dias forem completos, e vieres a dormir com teus pais, então farei levantar depois de ti um dentre a tua descendência, o qual sairá das tuas entranhas, e estabelecerei o seu reino.
Este edificará uma casa ao meu nome, e confirmarei o trono do seu reino para sempre. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; e, se vier a transgredir, castigá-lo-ei com vara de homens, e com açoites de filhos de homens.
Mas a minha benignidade não se apartará dele; como a tirei de Saul, a quem tirei de diante de ti. Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será firme para sempre “ ( 2Sm 7:12 -16).
Do mesmo modo que o orvalho do monte Hermom alcança os montes em redor, a mesma bênção ( Gn 22:18 ), estabelecida no monte denominado de ‘O Senhor proverá’ ( Gn 22:14 ), propagou-se até chegar ao monte Sião na linhagem de Davi ( Rm 11:26 ), e dali a bem-aventurança alcançou os confins da terra através do Descendente prometido.
Abraão alcançou a bênção do Senhor porque obedeceu "E em tua descendência serão benditas todas as nações da terra; porquanto obedeceste à minha voz" ( Gn 22:18 ); "A bênção, quando cumprirdes os mandamentos do SENHOR vosso Deus, que hoje vos mando" ( Dt 11:27 ).
Qualquer que queira ser participante da bênção que Abraão alcançou necessita obedecer a voz do Senhor, pois é dela que advém a bênção a todas as nações da terra, ou seja, através do Descendente, que é Cristo, o Filho de Davi.
A palavra que ordena a bênção é clara: “Ó VÓS, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão?
E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me atentamente, e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura. Inclinai os vossos ouvidos, e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, dando-vos as firmes beneficências de Davi” ( Is 55:1 -3).
Basta ‘obedecer’ como fez o crente Abraão que todos os homens será participantes da mesma bênção prometida a Davi, proveniente do Descendente, que é Cristo. Basta ouvir atentamente que receberá vida eterna. Fará parte de uma aliança perpétua, pois adquirirá da mesma firme bênção concedida a Davi: co-herdeiro com o Descendente.
Ø União fraternal
De qual união o salmista fez referência?
É comum à maioria das religiões apregoarem união na família, na nação, na igreja (como instituição) e no mundo. Para tanto apontam o altruísmo, a tolerância, a simpatia e o acordo.
Sabemos que a harmonia é imprescindível para o convívio em qualquer seguimento social, porém, a união que o salmista fez referência neste salmo diz de bons relacionamentos humanos?
Antes de responder, observe o que o apóstolo Paulo destaca: "Não que a palavra de Deus haja faltado, porque nem todos os que são de Israel são israelitas" ( Rm 9:6 ).
Ou seja, nem todos os que pertenciam ao povo de Israel eram de fato irmãos.
Todos de Israel eram descendentes de Abraão, porém, nem todos eram de fato filhos de Abraão “Nem por serem descendência de Abraão são todos filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência” ( Rm 9:7 ).
De que união o salmo 133 trata: da união dos descendentes da carne de Abraão, ou da união pertinente aos filhos de Deus? O que é bom e suave? Bom e suave é ter fardo e jugo de filho!
O Cristo recomendou que aprendessem d’Ele, porque Ele era manso e humilde de coração "Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve" ( Mt 11:29 -30).
Todos aqueles que tomam o jugo de Cristo e aprendem d’Ele, recebem de Deus poder para ser feito filho de Deus ( Jo 1:12 -13). O salmo 133 fala especificamente da união pertinente aos filhos de Deus!
‘Quão bom’ levar o fardo de filho! Quão ‘suave’ é ter o jugo de filho! Tudo isto é proporcionado aos que receberam a bênção e a vida eterna do Senhor (v. 3b), todos quantos se unem ao Descendente.
Ora, o salmista nos informa através do verso 3, parte ‘b’ que ‘em Sião’ o Senhor ordena a bênção, concedendo-lhes vida para sempre. Ora, a bênção de Sião é concedida aos filhos, e os filhos são aqueles que compartilham da vida para sempre, ou seja, que ‘vivem em união’, que ‘vivem em Deus’.
O apóstolo João fala desta união: "O que vimos e ouvimos isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo" ( 1Jo 1:3 ).
O apóstolo Paulo contendeu com Barnabé "E tal contenda houve entre eles, que se apartaram um do outro. Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre" ( At 15:39 ), e, apesar de se apartarem um do outro, contudo ‘viviam’ em união. Como pode ser isto?
‘Viver em união’ transcende a idéia do convívio social amistoso. Quando Paulo e Barnabé aceitaram a Cristo, tornaram-se nova criatura, por estarem em Cristo ( 2Co 5:17 ).
O fato de estarem ‘em Cristo’ é o que determina o ‘viver em união’. Ambos, Paulo e Barnabé, eram filhos de Deus pela fé em Cristo, e a contenda que houve entre eles não desfez a união perfeita em Cristo.
A Paz que Cristo concede não é conforme a paz do mundo ( Jo 16:33 ), pois a paz de Cristo só é possível n’Ele ( Jo 16:33 ).
Cristo não veio resolver a falta de paz que há no mundo, antes veio estabelecer a paz entre Deus e os homens. Quanto ao mundo é pertinente a aflição, e, portanto, resta aos que tem paz com Deus não se atemorizar.
Do mesmo modo, a união que Cristo promove não é conforme a união que o mundo busca estabelecer.
Enquanto o mundo busca promover um bom convívio social através de valores tais como: religiosidade, altruísmo, tolerância, simpatia e o acordo, a mensagem de Cristo é: "Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada" ( Mt 10:34 ).
Como o cristão sabe que não possui neste mundo possessão permanente ( Hb 10:34 ), no que depender dele, se possível, que tenha paz com todos os homens ( Rm 12:18 ).
Tendo a certeza que Deus cerca os seus filhos de todos os bens "Ora, o mesmo SENHOR da paz vos dê sempre paz de toda a maneira.
O Senhor seja com todos vós" ( 2Ts 3:16 ), àqueles que temem o Senhor têm possessão permanente "Para que faça herdar bens permanentes aos que me amam, e eu encha os seus tesouros" ( Pv 8:21).
A Sabedoria que vem do alto é que enriquece! ( Pv 8:20 ; Pv 10:22 ).
Após compreender a que se refere o Salmo 133, fica o aviso da Sabedoria: “Agora, pois, filhos, ouvi-me, porque bem-aventurados serão os que guardarem os meus caminhos.
Ouvi a instrução, e sede sábios, não a rejeiteis. Bem-aventurado o homem que me dá ouvidos, velando às minhas portas cada dia, esperando às ombreiras da minha entrada. Porque o que me achar, achará a vida, e alcançará o favor do SENHOR. Mas o que pecar contra mim violentará a sua própria alma; todos os que me odeiam amam a morte “ ( Pv 8:32 -36).
Aqueles que receberam a bênção e a vida para sempre do Senhor que veio de Sião são os que vivem em união ( Sl 133:1 e 3).
Nos dias atuais, considerando serem estes os dias do fim dos tempos. Dias em que o mundo se divide em opiniões – lares divididos – políticos divididos, para esses (políticos) quanto pior, melhor – nações divididas, e sempre com leis e idéias piores, a incoerência impera;
As coisas sempre foram assim, mas, não tão acentuada como hoje. Quando alguém se une (não generalizando) com o principal objetivo de promover o mal.
A política enfraquece e só não vai à falência por ser o meio de Deus através dos homens administrar o mundo, neste caso, os políticos, queiram ou não, eles são mordomos de Deus. A família é desvalorizada, ultrajada, mas, também subsiste por ser instituição divina.
E esta praga chamada de divisão tem penetrado também no seio da “igreja” através dos que mais se projetam para a sociedade.
Inescrupulosos, não medem palavras para se dirigir ao público através dos veículos de comunicação e nem mesmo através da televisão – discutem casos que promovem o escândalo, a falta de decoro clerical, como se não bastasse a falta de decoro parlamentar.
Retrato fiel de uma pocilga onde os artiodátilos – suíno, quando as fêmeas criam dez ou mais filhotes e elas mesmas se rolam sobre eles os matando, quando não os comem vivos, ou seja, criam muito, mas, matam a maioria.
Face a isto, urge a necessidade do "Criador" estar atento à criação, para não tomar prejuízo, considerando o instinto irracional do animal.
Na política quando a falta de decoro acontece, o infrator paga pelas conseqüências - são envergonhados através da mídia, enfim, sofre as infrações pelos atos praticados.
Mas quando se trata de "pastores" "bispos" e até mesmo "apóstolos" todo o detrimento fica por conta da Igreja - do reino de Deus na terra - são irredutíveis, peremptórios
- donos da razão - se corrompem com políticos inescrupuloso em troca de emprego para familiares. Estando estes na mira da Receita Federal, por enriquecimento ilícito - estes "ministros" estão também na mira da Palavra de Deus:
(Mt 13:41) "Mandará o Filho do Homem os seus anjos, e eles colherão do seu Reino tudo o que causa escândalo e os que cometem iniqüidade".
(Mt 16:23) "Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens".
(Mt 18.7) "Ai do mundo, por causa dos escândalos. Porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem"!
Bispo.
Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante
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