VIÚVA DE SEREPTA, EXEMPLO DE HUMILDADE E
FÉ...
Sarepta era uma pequena cidade costeira fora das fronteiras de
Israel, pertencia ao domínio de Sidon e era governada por pagãos. Por toda
região, no reinado de Acabe, houve uma grande seca. Por três anos e seis meses
nem uma gota sequer de água caiu do céu. Esta seca, fora predita pelo profeta
Elias, que perseguido por corruptos governantes, se refugia junto ao ribeiro de
Querite. Elias ficou em Querite, sendo sustentado pelos corvos até o riacho
secar. Deus cuidou de Elias para que não morresse de fome, já que não podia
andar livremente pela região, o lugar e as circunstâncias que vivia o profeta,
eram incomuns. Ninguém sabia seu paradeiro, a não ser Deus.
Certo dia Elias acorda e não vê corvos, nem
comida, nem água. O riacho havia secado. Ele precisava partir, algo novo lhe
esperava. Quem ordena que o riacho seque é o próprio Deus que lhe aponta um
novo caminho, nova direção: “Levanta-te, vai para Sarepta, que é de Sidom, e
habita ali; eis que eu ordenei ali a uma viúva que te sustente” I Rs 17:9.
Quando “o riacho” seca, é hora de recomeço.
Chegando a Sarepta, a porta da cidade, está uma viúva, apanhando gravetos. Não
era lenha, eram gravetos. Lenha é para fogo alto. Gravetos, para pequeninas
chamas, que rapidamente se tornam em brasa, sinal de pouca comida. Elias,
cansado da viagem, cumprimenta a mulher e lhe pede um pouco de água e também
pão: “Não tenho comida em casa, só um punhado de farinha e um pouco de azeite,
vês, só peguei dois gravetos, vou prepará-lo para mim e meu filho para que
comamos e morramos” I Rs 17:12
A reação de Elias, diante da confissão da viúva, é inusitada. Ele pede que o alimento seja dado primeiramente para ele, assim Deus multiplicaria o azeite e a farinha até a chegada da chuva. Sem questionar, a mulher obedece e a Palavra do Senhor se cumpre, dando-lhe fartura de víveres.
A reação de Elias, diante da confissão da viúva, é inusitada. Ele pede que o alimento seja dado primeiramente para ele, assim Deus multiplicaria o azeite e a farinha até a chegada da chuva. Sem questionar, a mulher obedece e a Palavra do Senhor se cumpre, dando-lhe fartura de víveres.
A viúva de Sarepta não entregou apenas as
primícias da refeição para Deus, mas tudo que tinha. Os gravetos se
multiplicaram em sua casa. A noticia se espalhou e logo vieram pedintes. Muitas
outras pessoas foram alimentadas. Ali estava, uma viúva solitária, em
território pagão, falando do Deus de Israel e de suas maravilhas. E ela nem era
do povo escolhido! Jesus, disse que muitas viúvas havia em Israel na época da
grande fome, mas apenas a uma das viúvas, foi enviada providência. Lc 4:25.
A fé de uma gentia moveu o coração de Deus. Israel
era tão populoso, uma vida, representa uma porta tão estreita... Onde estariam
os judeus? Adorando a Baal? Se curvando a Jezabel, Acabe? Esperando que estes
lhes trouxessem chuva? Estariam murmurando? Ao contemplar essa passagem
Bíblica, temo pela Igreja. Teríamos a mesma fé da mulher que atraiu Elias até
Sarepta? Estaria a igreja hoje como os judeus da época de Elias?
No apanhar dos gravetos, a viúva de Sarepta, teve um
encontro com o Deus de Israel, a quem ela buscava e temia. Sua vida estava por
um fio, se Elias não tivesse chegado, a morte a alcançaria. Como está sua vida?
Chegou ao limite dos gravetos? Entregue os poucos que lhe restam para Deus,
confie e Ele lhe dará vida, em abundância. Não entregue sob medida, mas por
inteiro. Saiba que para Deus, não existe distância, barreira ou circunstância,
tudo que Ele quer é um coração que lhe adore, com todas as forças. Ele mesmo
removera "a fome", multiplicará “o azeite e a farinha”...
Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e
Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante
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