TODO O CRISTÃO QUE TEM O ESPÍRITO
SANTO DEVE ESTÁ PRONTO PARA MORRER OU PARA PREGAR...
Atos 1.1-14 e 2.1-47
INTRODUÇÃO
1. Visitei várias
igrejas nos Estados Unidos, Canadá e Europa que são chamadas “igrejas mortas”.
Estão mortas porque deixaram a fonte da vida. Sem o Espírito Santo a igreja
morre. Sem o Espírito não há vida na igreja.
2. É possível a igreja
hoje ser revestida com o poder do Espírito Santo? É possível sermos revigorados
pelo poder do alto? É possível sermos tomados de uma profunda convicção de
pecado e uma intensa sede de Deus?
3. Ao longo da
história, várias vezes, Deus visitou o seu povo: a igreja primitiva, Valdenses,
Reforma, Morávios, Puritanos, Missões, Avivamentos.
4. Vamos observar
algumas verdades importantes do texto em apreço: A igreja estava com as portas
fechadas, com medo dos judeus. Jesus estava ausente. Os discípulos estavam em
crise. Hoje estamos também assim: cheios de tensões, fechados, com medo,
acovardados. Precisamos, também, de experimentar o derramamento do Espírito Santo.
I. A PROMESSA DO
ESPÍRITO SANTO – V. 4-8
1. O derramamento do
Espírito é uma promessa do Pai – 1:4
• O profeta Joel já
havia profetizado: “E acontecerá depois que derramarei do meu Espírito sobre
toda carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão,
e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei
o meu Espírito naqueles dias” (Jl 2:28,29).
• O derramamento do
Espírito quebra a barreira do preconceito sexual, etário e social. • Jesus
disse que enviaria o outro Parácleto, o Espírito Santo, para estar para sempre
conosco. Jesus reafirma a promessa, quando Deus derramaria água sobre o sedento
e torrentes sobre a terra seca.
2. O derramamento do
Espírito é resultado de uma espera obediente – 1:4
• os discípulos
deveriam permanecer na cidade até que fossem revestidos de poder (Lc 24:49).
Talvez o último lugar que gostariam de ficar fosse Jerusalém, o palco de queda
e fracasso na vida deles. Mas o cenário do fracasso deve ser o lugar da
restauração.
• É mais fácil sair do
que ficar. É mais fácil ser um ativista do que depender de Deus. É mais fácil
confiar em nossa força do que no poder do Espírito Santo. Mas a ordem é
capacitação do alto antes de ação na terra. Ilustração: A igreja do Evangelho
Pleno em Seul – O pastor gasta 70% do seu tempo orando e meditando na Palavra.
3. O derramamento do
Espírito é resultado da expectativa de uma vida de poder – 1:5,8; Lc 24:49
• O batismo com o
Espírito Santo deu-se no Pentecoste, quando o Espírito veio para estar para
sempre com a igreja. Agora, todos nós que cremos, somos batizados pelo Espírito
Santo, no corpo de Cristo. Com o batismo do Espírito, veio também o
revestimento de poder.
• Devemos igualmente
esperar uma vida de poder. O evangelho é o poder de Deus. O Reino de Deus
consiste não de palavras, mas de poder. Foi essa sede de poder do alto que
levou os homens santos de Deus a clamar. Ilustração: A reunião de oração do
clube santo, na rua Aldersgate Street no dia 1/1/1738.
O evangelista Moody foi
abordado por duas mulheres da igreja Metodista Livre. Estamos orando por você,
disseram elas. Moody começa também a orar. Logo veio sua gloriosa experiência
em Nova York. Ele disse que não trocaria esse enchimento do Espírito ainda que
lhe dessem em troca o mundo inteiro.
• Mas poder para que?
a) Poder para sacudir o
jugo do medo
b) Poder para tirar os
olhos da especulação para a ação (At 1:6-8)
c) Poder para morrer
(At 1:8)
d) Poder para perdoar
(At 1:8)
e) Poder para ir além
fronteiras (At 1:8)
f) Poder para para pregar
(At 1:8).
II. A BUSCA DO ESPÍRITO
SANTO – 1:14
1. Havia unanimidade em
oração – “Todos”
• Quando Jesus fez a
promessa do derramamento do Espírito, a igreja não duvidou. Não colocou em
segundo plano. Não deixou para depois. Todos os 120 discípulos buscaram um
lugar de oração. Eles tinham uma só alma. Um só propósito: buscar o poder do
alto.
2. Havia perseverança
na oração – “perseveravam”
• Hoje, temos ânimo
para começar uma reunião de oração, mas não temos fibra para continuar. É fácil
ter entusiasmo quando as circunstâncias são favoráveis. Mas Deus busca em nós
persistência.
Atos 1:14 disse: “Como
esperar o Pentecoste se nem ainda fomos despertados para orar? Primeiro, vem a
igreja toda, unânime, perseverando em oração, só depois vem o Pentecoste”.
Estudem as Escrituras. Estudem a história da
igreja e vejam se há um só exemplo de despertamento espiritual sem ser
precedido por oração!
Elias orou 7 vezes. A
chuva desceu porque Elias subiu. Ele não desistiu, enquanto não viu o sinal da
chuva torrencial de Deus descendo sobre a terra seca. Precisamos ser
despertados para oração.
Os discípulos oravam 10
dias. Poderiam ter orado um mês, um ano. Eles deveriam ficar em Jerusalém até
que…
3. Havia concordância
na oração – “Todos, perseveravam, unânimes em oração”
• Havia um só coração,
uma só alma, um só clamor, uma só direção. A igreja estava unida pela mesma
causa. Havia concordância entre os discípulos.
• Hoje há ajuntamento,
mas pouca comunhão; há orações, mas pouca concordância; muita coreografia, mas
pouco quebrantamento; muito movimento, mas pouca adoração; muita agitação, mas
pouco louvor; muita verborragia, mas pouca unção.
• Ilustração: A
restauração da Romênia em 1989 quando a igreja se uniu em oração.
• Jesus disse que dois
na terra concordarem sobre qualquer coisa, isso lhes será concedido.
III. O DERRAMAMENTO DO
ESPÍRITO SANTO – 2:1-12
1. O derramamento do
Espírito Santo foi um fenômeno celestial – 2:1-4
O Pentecoste não foi
algo produzido, ensaiado, fabricado. Algo do céu verdadeiramente aconteceu. Foi
incontestável, irresistível. Foi soberano, ninguém pôde produzi-lo. Foi eficaz,
ninguém pôde desfazer os seus resultados. Foi definitivo: ele veio para ficar
para sempre com a igreja.
a) O derramamento do
Espírito veio como um SOM – Não foi barulho, algazarra, falta de ordem,
histeria, mas um som do céu. O Pentecoste foi audível, verificável, público,
reverberando sua influência na sociedade. Esse impacto atraiu grande multidão
para ouvir a Palavra.
b) O derramamento do
Espírito veio como um VENTO – O vento é símbolo do Espírito Santo. O vento é
livre – ele sopra onde quer. O vento é soberano – ele sopra irresistivelmente.
O vento é misterioso – ninguém sabe donde vem nem para onde vai.
c) O derramamento do
Espírito veio em línguas como de FOGO – O fogo também é símbolo do Espírito
Santo. O fogo ilumina, purifica, aquece e alastra.
d) O derramamento do
Espírito produziu o fenômeno das línguas – Pentecoste foi o oposto de Babel. Lá
as línguas eram ininteligíveis. Aqui, não há necessidade de interpretação. Lá
eles enalteciam seus próprias nomes. Aqui eles falam as grandezas de Deus.
2. O derramamento do
Espírito nos prova que os milagres abrem portas para o evangelho, mas não é o
próprio evangelho – v. 7, 12,13
• Três foram as reações
ao milagre do derramamento do Espírito Santo:
a) Ceticismo – v. 12
b) Preconceito – v. 7
c) Zombaria – v. 13
O milagre em si não
pode transformar a multidão, mas atraiu essa mesma multidão para ouvir a
Palavra de Deus. Quando Pedro começou a pregar, o coração do povo começou a derreter.
Naquele dia o apelo não partiu do pregador, mas do auditório.
3. O derramamento do
Espírito traz uma experiência pessoal de enchimento do Espírito Santo – 2:4
• Aqueles discípulos já
eram salvos. Por três vezes Jesus havia deixado isso claro (Jo 13:10; 15:3;
17:12). Paulo declarou: “Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é
dele” (Rm 8:9). Jesus disse que quem não nascer da água e do Espírito não pode
entrar no Reino (Jo 3:5). Jesus já havia soprado sobre eles o Espírito Santo
(Jo 20:22).
• Mas a despeito de
serem regenerados pelos Espírito e de receberem o selo do Espírito, eles ainda
não estavam cheios do Espírito. Uma coisa é ter o Espírito, outra é ser cheio
do Espírito. Uma coisa é ter o Espírito presente, outra é ter o Espírito presidente.
Você que tem o Espírito, está cheio do Espírito? Ilustração: O missionário
presbiteriano John Hyde.
• A experiência da
plenitude é pessoal (At 2:3-4). Logo que eles ficaram cheios do Espírito
começaram a falar as grandezas de Deus (v. 11). Sempre que alguém estava cheio
do Espírito começava a pregar (Atos 1:8; 2:4,11,14,41; 4:8,29-31; 6:5,8-10;
9:17-22; 1 Ts 1:5; 1 Co 2:4).
IV. A PREGAÇÃO NO PODER
DO ESPÍRITO SANTO – 2:14-41
1. Uma pregação
Cristocêntrica na sua essência
a) A morte de Cristo
(v. 23) – A cruz não foi um acidente, mas parte do plano eterno de Deus. A cruz
não foi uma derrota para Jesus, mas a sua exaltação. Foi na cruz que Jesus
conquistou para nós redenção e desbaratou com o inferno. Cristo não foi para a
cruz porque Judas o traiu, os judeus o entregaram, Pilatos o sentenciou e os
soldados o pregaram. Eles foi à cruz pelo plano do Pai. Ele foi por amor.
b) A ressurreição de
Cristo (v. 24,32) – Não adoramos um Cristo morto, mas o Jesus vitorioso sobre o
pecado, a morte e o diabo.
c) A exaltação de
Cristo (v. 33) – Jesus voltou ao céu triunfantemente e assentou-se no trono.
Ele reina. Ele vai voltar.
d) O senhorio de Cristo
(v. 36) – Jesus é o Senhor e diante dele deve se dobrar todo joelho. O
ministério do Espírito Santo é o ministério de HOLOFOTE – exaltar Jesus.
2. Uma pregação eficaz
quanto ao seu propósito – 2:37
• A pregação de Pedro
explodiu como dinamite no coração da multidão. Foi um sermão atingido. Pedro
não pregou para agradar nem para entreter. Ele foi direto ao ponto. Pôs o dedo
na ferida. Não pregou diante do auditório, mas ao auditório. No verso 23 Pedro
diz: “Vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos”.
A pregação precisa ser direta, confrontadora.
Ela precisa gerar a agonia do arrependimento.
3. Uma pregação clara
em suas exigências v. 2:38
• Antes de falar de
perdão, Pedro falou de culpa. Antes de falar de redenção, falou de pecado.
Antes de falar de salvação, mostrou que eles estavam perdidos.
• Não há salvação sem
arrependimento. Ninguém entra no céu sem antes saber que é um pecador. Pedro se
dirigiu a um grupo extremamente religioso, mas que precisava se arrepender para
ser salvo.
Hoje, a pregação do arrependimento está
desaparecendo dos púlpitos. Precisamos nos arrepender da nossa falta de
arrependimento.
4. Uma pregação
específica quanto à promessa – v. 38
• Duas promessas são
feitas ao arrependido: uma ligada ao passado e outra ao futuro: remissão de
pecados e dom do Espírito Santo. Depois que somos salvos, então podemos ser
cheios do Espírito. Primeiro o povo se volta para Deus de todo o coração, com
choro, jejuns, rasgando o coração; depois o Espírito é derramado.
5. Uma pregação
vitoriosa quanto aos resultados – v. 41
• Quando há poder na
pregação, vidas são salvas. A pregação de Pedro não apenas produziu conversões
abundantes, mas também frutos permanentes.
• Eles não somente
nasceram, mas também cresceram na graça de Jesus (At 2:42-47). Ao serem
convertidas, elas foram batizadas. Integraram-se na igreja e perseveraram.
Criaram raízes. Amadureceram. Fizeram outros discípulos e a igreja tornou-se
irresistível.
V. A VIDA CHEIA DO
ESPÍRITO SANTO – 2:42-47
1. Uma igreja cheia do
Espírito Santo tem compromisso com a Palavra de Deus – v. 42
Eles tinham prazer de estudar a Palavra. Eles
tornaram-se crentes firmes nas Escrituras. Eles perseveravam na doutrina dos
apóstolos.
2. Uma igreja cheia do
Espírito tem prazer na vida de oração – v. 42.
Uma igreja cheia do Espírito ora com fervor e
constância. É impossível ser uma pessoa cheia do Espírito e não ter vida de
oração.
3. Uma igreja cheia do
Espírito tem profunda comunhão – v. 42,44,45,46
Uma igreja cheia do Espírito é um lugar onde
os irmãos se amam profundamente. Eles gostavam de estar juntos (v. 44). Eles
partilhavam seus bens (v. 45). Eles gostavam de estar na igreja (v. 46) e
também nos lares (v. 46b). Havia um só coração e uma só alma.
4. Uma igreja cheia do
Espírito que adora a Deus com entusiasmo – v. 47
Uma igreja cheia do
Espírito canta com fervor. Ela louva a Deus com entusiasmo. Ela louva a Deus de
todo o coração e bane do seu meio toda murmuração.
5. Uma igreja cheia do
Espírito teme a Deus e experimenta os seus milagres – v. 43
Uma igreja cheia do
Espírito é formada por um povo cheio de reverência. Ela tem compreensão da santidade
de Deus. Ela se curva diante da majestade de Deus. Ela
tem a agenda aberta
para as soberanas intervenções de Deus. Ela crê nos milagres de Deus.
6. Uma igreja cheia do
Espírito é uma igreja que tem a simpatia dos homens e a bênção do crescimento numérico
por parte de Deus – v. 47
Essa igreja é simpática, amável. Ela é sal e
luz. Ela é perfume de Cristo. Ela é carta de Cristo. Ela é boca de Deus e
monumento da graça de Deus no mundo.
• Essa igreja tem
qualidade e também quantidade. Ela cresce para o alto e também para os lados.
Ela tem vida e também números.
CONCLUSÃO
1. Você é um crente
cheio do Espírito Santo? Você é um crente de oração? Você tem falado das
grandezas de Deus? Você tem experimentado o poder de Deus? Você tem pregado a
palavra de Deus?
2. Hoje, você pode
transbordar. Jesus prometeu: “Quem crer em mim, como diz a Escritura, rios de
água viva fluirão do seu interior”.
3. Você quer tomar posse
hoje dessa vida superlativa...
Bispo. Capelão/Juiz
Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante.
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