LÍNGUA MALDITA DE ALGUNS CRENTES...
1ª medida – Tropeço:
v.2 “Porque todos tropeçaram em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar,
é perfeito varão capaz de refrear também todo o corpo”
A primeira medida da
língua é um tropeço ou obstáculo pequeno que pode fazer a pessoa tombar ao
chão. Interessante que ninguém tropeça num grande bloco de granito, mas pequena
brita pode fazer cair por terra. A língua é um tropeço quando falamos algo que
poderia ficar sem dizer.
Antes de falar a pessoa
sabe que pode guardar sua língua. Contudo, depois que solta a fala, não tem
como retornar de volta. Semelhante a quem joga sabão sobre o chão molhado é
preciso tomar cuidado com quem fala demais porque é escorregadio e perigoso.
Você já tropeçou em sua
língua?
Guarde as palavras
somente para quando for necessário!
2ª medida - Freio: v.3
“Ora, se pomos freio na boca dos cavalos, para nos obedecerem, também lhes
dirigimos o corpo inteiro”
A segunda medida da
língua é o freio ou o momento em que a pessoa tem que começar a se esforçar
para soltar mais a língua, como se esticasse o órgão para conseguir falar. É
neste ponto que o ‘sinal vermelho’ acende e a consciência tem a última
oportunidade de parar o erro que começou. Se não frear agora, pode se tornar
como um carro desgovernado morro abaixo.
A bíblia nos adverte
para não ser “como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e
cabrestos são dominados; de outra sorte não te obedecem” (Salmos 32.9). Uma
característica de fofoqueiros é não ter freios na boca. Vive sempre fazendo
perguntas para colher informações sobre os outros e sempre tem uma novidade pra
contar.
Você já tentou em frear
sua língua?
Resista a vontade de
falar!
3ª medida - Leme: v.4
“Observai, igualmente, os navios que, sendo tão grandes e batidos de rijos
ventos, por um pequeníssimo leme são dirigidos para onde queira o impulso do
timoneiro”
A terceira medida é
comparada ao pequeno leme de um grande navio. A função do leme é guiar a
direção correta. Isso mostra que o que falamos direciona nossas vidas.
Quem fala muito de
futebol, quem conversa muito com política, televisão e tantos outros assuntos,
acaba se envolvendo demasiadamente com o que fala, pois “a boca fala do que
está cheio o coração” (Mateus 12.34).
O fofoqueiro,
entretanto não tem direção em sua vida. Vive querendo conduzir a vida alheia.
Com isso acaba seguindo os passos errados das pessoas que persegue.
Como você tem guiado
sua língua?
O que você fala conduz
a sua vida!
4ª medida - Fogo: v.5,6
“Assim, também a língua, pequeno órgão, se gaba de grandes coisas. Vede como
uma fagulha põe em brasas tão grande selva! Ora, a língua é fogo; é mundo de
iniqüidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina
o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana,
como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno”
A quarta medida é
comparada a uma fagulha de fogo que pode provocar grande destruição. Uma
palavra é algo tão pequeno como uma fagulha, mas pode ter consequências
incontroláveis. As palavras são como uma caixa de fósforo que guarda o fogo e
depois de acesos os palitos não se pode mais conter seus efeitos.
Quando você sente
aquela vontade de falar o que vêm na ‘ponta da língua’ este fogo está se acendendo
e quando você solta a palavra, o fogo consome quem estiver perto.
Você já sentiu a língua
queimar com vontade de falar?
Cuidado para não
provocar incêndios!
5ª medida - Indomável:
v.7,8 “Pois toda espécie de feras, de aves, de répteis e de seres marinhos se
doma e tem sido domada pelo gênero humano; a língua, porém, nenhum dos homens é
capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero”
A quinta medida da
língua é ‘indomável’. Pense bem, se já passou pelas medidas do tropeço e caiu;
do freio e não se controlou; do leme e não se guiou e do fogo e não se conteve,
quando chega aqui a língua já não tem controle mais.
O texto declara que
todos os animais são domáveis, contudo a língua não tem sido domada pelo ser
humano. A arte de domar animais exige paciência e muito treinamento. Do mesmo
modo, para domar a língua é preciso se treinar, colocar limites e se esforçar
muito.
Uma estratégia que
aconselho para domar a língua é cantar um hino de louvor, meditando na letra de um cântico para se
distrair e tentar esquecer o que deseja falar e mudar de assunto assim que
possível com uma “palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para
saberdes como deveis responder a cada um” (Colossenses 4.6).
Você tem domado sua
língua?
Adestre sua boca para
falar somente o que edifica!
6ª medida - Fonte:
v.10,11 “De uma só boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não é
conveniente que estas coisas sejam assim. Acaso, pode a fonte jorrar do mesmo
lugar o que é doce e o que é amargoso?”
A sexta medida se compara
a uma fonte. A fonte é onde brota água. Esta se mistura facilmente e absorve
sabor. Desta maneira, não há meio termo. Ou é boa ou ruim, pois “um pouco de
fermento leveda toda a massa” (Gálatas 5.9).
O profeta Eliseu certa
vez curou uma fonte de água amarga jogando um pouco de sal (II Reis 2.21).
Muitas vezes nossas palavras estão faltando este ‘sal da terra’ que cura para
temperar nossas palavras. Falar do Evangelho e compartilhar a Palavra é uma
maneira garantida de manter a boca ocupada com coisas edificantes.
A água depois que sai
da fonte não retorna nunca mais. Assim também é a palavra que sai da boca e
nunca mais tornará de volta. Então é preciso muito cuidado antes de falar, pois
depois de dito e ouvido, os efeitos surgirão naturalmente.
Que tipo de palavras
têm fluído de sua boca?
Procure dizer palavras
que edificam quem ouve!
7ª medida - Fruto: v.12
“Acaso, meus irmãos, pode a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos?
Tampouco fonte de água salgada pode dar água doce”
A sétima medida da
língua mostra que nossas palavras dão fruto. Cada semente dá um tipo de fruto e
no seu tempo. Então devemos ter muito cuidado com as palavras que estamos
plantando porque certamente colheremos de acordo com elas. E “não vos enganeis:
de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará”
(Gálatas 6.7). Quem semeia confusão colhe contenda. Quem semeia bênção colhe
edificação.
O fofoqueiro vive
semeando contendas, espalhando conversas que cruzam e aumentam passando de um
por um até a confusão estar formada. Depois o fofoqueiro se faz de vítima e diz
que não entendeu ou desmente tudo.
O que você tem semeado
e colhido?
Semeie bênçãos para
colher vitórias!
Cuidado com a língua!
Tiago 4.11,12
Para a língua há uma
solução. Guardá-la na boca. Cada um cuide de sua vida. Deus deu a cada um dois
ouvidos e uma só boca para que “seja pronto para ouvir, tardio para falar”
(Tiago 1.19).
Além disso devemos orar
pedindo “SENHOR, livra-me dos lábios mentirosos, da língua enganadora” (Salmos
12.2) e “põe guarda, SENHOR, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios”
(Salmos 141.3).
Se você fosse medir sua
língua a qual destas medidas chegaria?
1ª medida – Tropeço:
está tropeçando em suas palavras?
2ª medida - Freio:
precisa se controlar mais?
3ª medida – Leme: falta
guiar melhor o que diz?
4ª medida – Fogo: está
acendendo incêndios?
5ª medida – Indomável:
não tem mais limites?
6ª medida – Fonte: tem
jorrado vida ou morte?
7ª medida – Fruto: tem
colhido bênçãos ou confusão?
Consagre seus lábios
para ser usado pelo Senhor!
Se algum homem achar
que é adorador formal...
Alguém talvez imagine
ser devoto, e estar plenamente dedicado a Deus. Talvez faça até mesmo algumas
obras justas, parecendo aos seus próprios olhos como sendo adorador que empenha
todo o coração. Contudo, pode haver uma grave falha na sua conduta — falha que
poria seriamente em dúvida sua afirmação de ser cristão. Todo o modo de vida do
cristão deve harmonizar-se com a “palavra” da verdade. Isso deve vir do
coração, não ser mera aderência a certas formalidades ou a uma rotina
prescrita. O que realmente vale é a avaliação que Deus faz dele, não a sua
própria. (1 Cor. 4:4)
Contudo não refrear a
sua língua...
O defeito sério que
Tiago menciona aqui é não se controlar a língua quanto a falar o que é mau.
Isto incluiria conversa caluniosa, crítica, declarações irrefletidas, lisonjas,
raciocínios enganosos, e assim por diante. Não importa qual o pretexto, sua
maneira de falar o condena como hipócrita. Os fariseus eram justos aos seus
próprios olhos, mas com a língua lisonjeavam, mentiam, procuravam a sua própria
glória e falavam mal dos que consideravam inferiores. (Mar. 12:38-40; João
7:47, 48; veja Romanos 3:10-18.)
Mas prosseguir
enganando seu próprio coração...
Considerar-se alguém
justo aos seus próprios olhos resulta em enganar a si mesmo. O cristianismo
requer que os membros de nosso corpo, inclusive a língua, sejam controlados.
‘Todo pensamento deve ser trazido ao cativeiro e feito obediente ao Cristo.’ (2
Cor. 10:5) Portanto, quem pensa que está vivendo como cristão e ainda assim
deixa sua língua ser desenfreada, para o prejuízo de outros ou seu próprio,
engana-se a si mesmo. Ele pode ter muitas aptidões, e até mesmo zelo e
benevolência externa. Mas ele realmente não reconhece o que significa ser
cristão. (1 Cor. 13:1-3) Ninguém que ainda se entrega a alguma prática que
desonra a Deus pode ser servo devoto Dele. Tiago diz mais sobre a língua, no
capítulo 2.
A forma de adoração de
tal homem é fútil...
Visto que há um grande
defeito na conduta dele, sua adoração não é aceitável ao Senhor. Não é
realmente adoração de Deus, mas apenas formalismo, contaminado pela falta de
controle da língua. Tal suposta adoração é maculada, impura, e, portanto, fútil
ou vã. Veja Ageu 2:14, onde o profeta mostra que a negligência de Israel quanto
à reconstrução do templo tornou todas as suas obras impuras do ponto de vista
de Deus. Eles tinham uma forma de adoração, mas ela não era de valor algum aos
olhos de Javé.
A forma de adoração que
é pura e imaculada do ponto de vista de nosso Deus e Pai é esta...
A referência feita é à
adoração que Deus encara como “pura”, limpa, santa e “imaculada”, sem mancha de
qualquer maldade. Além de ser o Deus dos cristãos, Javé é também seu Pai,
porque os gerou por meio de Seu Espírito, para serem seus filhos. Tiago não
procura dar uma definição plena da verdadeira adoração, com todos os seus
requisitos; ele não está dizendo que cuidar das viúvas e dos órfãos, e
manter-se imaculado do mundo, é tudo o que esta envolvido na verdadeira
adoração. Ele está mostrando que o genuíno serviço prestado a Deus é mais do
que uma formalidade, cumprida segundo regras fixas, mas que ele atinge o
coração, incluindo a pessoa inteira e envolvendo tudo na sua vida, inclusive
compadecimento com os outros e amor a eles. (1 João 3:18)
Cuidar dos órfãos e das
viúvas na sua tribulação...
Um sinal distintivo dos
verdadeiros cristãos é a preocupação ativa com os necessitados, inclusive os
órfãos e as viúvas, que amiúde se encontram entre os afligidos que sofrem
tribulação. (Gál. 2:10) O cristão deve estar disposto e ansioso de ir em
auxílio deles. A dádiva cristã com a motivação correta é de grande valor aos
olhos de Deus (2 Cor. 9:6-15; Heb. 6:10; 13:16) Deus revela-se como Protetor do
menino órfão de pai e da viúva. (Deu. 10:17, 18; Sal. 68:5)
Desde o começo, a
primitiva congregação cristã tomou interesse especial em fazer provisões para
as viúvas. (Atos 6:1-6) Jesus mostrou na parábola das ovelhas e dos cabritos
que o amor e o serviço bondosos presta-los aos mínimos dos irmãos de Cristo que
estiverem em necessidade fornece uma base para um julgamento favorável. (Mat.
25:35, 36, 45) O apóstolo Paulo admoestou: “Realmente, então, enquanto tivermos
tempo favorável para isso, façamos o que é bom para com todos, mas
especialmente para com os aparentados conosco na fé.” (Gál. 6:10; 1 João
3:14-18; Tia. 2:14-17) A preocupação com os de condição humilde e necessitados
inclui também falar consoladoramente com a consolação que as Escrituras provêem.
Isto se mostrará espiritualmente edificante. (1 Tes. 5:14; 2 Cor. 1:3-5)
E manter-se sem mancha
do mundo...
O “mundo” aqui, como em
muitos outros lugares da Bíblia, refere-se aos homens em geral, que não servem
a Deus, mas que ‘jazem no poder do iníquo’. (1 João 5:19) O cristão deve
distinguir-se do mundo, visto que não deve fazer parte dele. (João 17:14)
Devemos refrear-nos da violência e da corrução do mundo, não participando de
sua política divisória, de seu nacionalismo ou de suas tramas injustas. Também,
não podemos ser cristãos genuínos se adotarmos alguma atitude, conversa ou
conduta em desacordo com a vontade de Deus.
Adotar um proceder
paralelo ao do mundo, fazendo as coisas injustas dele mesmo sem ter associação
direta com as pessoas do mundo, seria igualmente corruto aos olhos de Deus.
Ainda ficaríamos maculados e manchados pelo mundo. (Rom. 12:2) Deve-se ter em
mente que tal coisa é possível até mesmo na congregação, conforme Paulo
advertiu a Timóteo: “Ora, numa casa grande não há só vasos de ouro e de prata,
mas também de madeira e de barro, e alguns para fim honroso, mas outros para
fim sem honra. Portanto, se alguém se mantiver livre destes últimos, será vaso
para fim honroso, santificado, útil para o seu dono, preparado para toda boa obra.
Por isso, foge dos desejos pertinentes à mocidade, mas empenha-te pela justiça,
pela fé, pelo amor, pela paz, ao lado dos que invocam o Senhor dum coração
puro.” (2 Tim. 2:20-22)...
Bispo. Capelão/Juiz.
Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante
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