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segunda-feira, 2 de junho de 2014

O PROFETA OSEIAS ENTRE O AMOR E O ARREPENDIMENTO...


                           O PROFETA OSÉIAS ENTRE O AMOR E O ARREPENDIMENTO...
Oséias pregou no oitavo século a.C., durante os últimos anos do reino de Israel (o reino do norte no período do reino dividido). Ele usou a figura da própria família como pano de fundo para as mensagens de Deus. A mulher de Oséias se tornou adúltera, e teve filhos com seus amantes. Apesar de tudo que Oséias fez para mostrar o seu amor, ela o traiu repetidas vezes.
Oséias, representando Deus, fez de tudo para trazer a sua esposa de volta. Mas, somente depois de estragar a vida e perder basicamente tudo que tinha, ela chegou a se reconciliar com o marido fiel. Ela se envolveu tanto no pecado que achou quase impossível abandoná-lo para voltar ao marido.
No livro de Oséias, Deus fala ao coração de sua amada mas infiel Israel (2:14). Como um jovem tentando conquistar o coração de uma moça, Deus atrai a sua esposa traidora e tenta ganhar o amor dela. Ele mostra seu desejo de casar de novo com ela, prometendo cuidar dela como um marido dedicado.
Esta reconciliação não seria fácil. Mesmo depois de voltar para casa, Israel ficaria um bom tempo sem alguns dos privilégios de comunhão com o Senhor (3:3-5). Deus exigia o arrependimento e seus frutos para poder entrar em plena comunhão com o seu povo. Quando se trata de arrependimento e reconciliação, o livro de Oséias é de grande valor. Usando o capítulo 14, observaremos alguns pontos importantes sobre o arrependimento do homem e a reconciliação com Deus.
O arrependimento que Deus pede:
Voltar para Deus (14:1). Às vezes, pessoas reconhecem problemas e até erros na vida, mas ainda não voltam ao Senhor. Judas Iscariotes tentou fugir de Deus, cometendo suicídio, quando deveria ter voltado para Jesus, pedindo perdão (Mateus 27:3-5).
Reconhecer o próprio pecado (14:1). A tendência de muitas pessoas é jogar a culpa em outros ("eles me fizeram...") ou nas próprias circunstâncias ("aconteceu..."). A volta ao Senhor exige que a pessoa assuma o que fez, reconhecendo o seu pecado.
Falar palavras de arrependimento (14:2). Obviamente, o pecador que volta ao Senhor deve mostrar frutos do arrependimento (Mateus 3:8). Mas, também, deve falar palavras de arrependimento, confessando o seu pecado (veja 1 João 1:9; Tiago 5:16).
Pedir perdão (14:2). O pecado ofende. Todos os pecados são ofensas contra Deus. Alguns magoam outras pessoas (familiares irmãos em Cristo, vizinhos, colegas, etc.) Precisamos pedir perdão às pessoas ofendidas (Atos 8:21-23; Lucas 17:3-4).
Oferecer serviço e sacrifício ao Senhor (14:2). O pecador purificado deve exaltar o nome do Senhor (veja Salmo 51:13-17).
Abandonar outras "soluções" (14:3). Israel precisava deixar a sua confiança em: (a) Alianças com outros povos (Assíria, Egito, etc.); (b) Força militar (cavalos); (c) Falsos deuses (obra das nossas mãos). Nós, também, temos de recusar qualquer solução aos problemas espirituais que não seja de Deus.
Confiar exclusivamente em Deus (14:3). Ele é o único Deus e aquele que mostra misericórdia ao órfão.
Se Israel se arrependesse da maneira descrita nesses primeiros três versículos, Deus perdoaria da forma apresentada nos versículos 4 a 8:
Curar a infidelidade de Israel (14:4). A traição traz consequências e sequelas. Como um marido que perdoa e aceita de volta a sua esposa infiel, Deus age para curar Israel.
Ele ama o arrependido (14:4). O amor de Deus é incompreensível aos homens. Depois de tudo que Israel fez, ele tomou a nação de novo como a sua esposa e mostrou o seu amor para com ela (veja 2:14-20; 11:8-11; Ezequiel 16; João 3:16).
Ele ajuda o arrependido a crescer e a produzir fruto (14:5). Jesus perdoou e aceitou Pedro depois deste o negar e lhe deu grandes responsabilidades no reino (João 21:15-17). Paulo pediu a ajuda de Marcos depois de tê-lo rejeitado (2 Timóteo 4:11; Atos 15:37-39). Deus prepara o servo arrependido para o seu papel no reino do Senhor.
Ele aperfeiçoa o arrependido para que este possa mostrar a sua beleza espiritual e ajudar outros (14:6-7).
Ele não trata o arrependido como os ídolos o fariam (14:8). Os ídolos são impotentes e não trazem nenhum benefício real à pessoa. Deus acolhe o arrependido e cuida dele!
Oséias nos instrui sobre o arrependimento e a reconciliação...

Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ênfase e Divindades Dr. Edson Cavalcante

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