O CORDEIRO PERFEITO...
O projeto de Deus para
a vida do homem é muito simples. A figura que Deus sempre usou desde os
primeiros dias foi a do Cordeiro; a ênfase sempre foi ao Cordeiro. Quando Deus falou
com Caim e Abel, Ele queria uma dádiva. Caim oferece o fruto da terra, Abel
oferece o cordeiro.
O texto está
relacionado com Abraão e Isaque. Abraão já idoso, casado com Sara também idosa,
e um dia Deus promete um filho ao casal. Nasceu o menino Isaque. Algum tempo
depois, Deus pede a Abraão que sacrifique Isaque. Aquilo foi um fato notório
que marcou não só a vida de Abraão, mas de todo o povo de Israel até os nossos
dias. Era seu único filho e Deus lhe pediu para que o sacrificasse.
A pergunta feita por
Isaque: – ”Onde está o cordeiro?”
No momento que Abraão
sobe com Isaque para imolá-lo ao Senhor, Isaque diz: ”A lenha e o fogo estão
aqui, o altar está pronto, mas onde está o cordeiro para o holocausto?”
Em todos os momentos do
projeto de Deus para o homem, nos momentos mais decisivos, a figura do Cordeiro
estava sempre em evidência, não só no texto que lemos. Quando Jacó vai oferecer
alguma coisa a seu pai, enquanto Esaú, que tinha o direito da primogenitura foi
para longe buscar uma caça para fazer o guisado que o ” velho ” Isaque queria,
a mãe de Jacó diz para ele ir depressa apanhar o cordeiro ( estava no quintal,
no redil ) para que matemos o Cordeiro.
A figura do cordeiro
usada por Deus
Na experiência de
Abraão com Isaque, observamos a figura do Cordeiro. Isto significa Deus
marcando o homem na sua individualidade, ou seja, Deus e o homem
individualmente. Num segundo momento, desta vez com Jacó, notamos mais uma vez
a presença do Cordeiro, no entanto como simbologia para a transmissão da herança
patriarcal: Isaque estava transmitindo para Jacó a herança do patriarcado.
A terceira experiência
na qual podemos observar a presença do cordeiro é quando da saída do povo de
Deus do Egito, após cativeiro de 400 anos naquelas terras. E veio a orientação:
“mata o Cordeiro, coloca o sangue na verga e nos umbrais das portas e coma o
Cordeiro”: aqui está a orientação a respeito do Cordeiro. Israel já era um povo
liberto, mas era necessário o Cordeiro. A figura do Cordeiro vem se solidificar
quando Jesus vem ao mundo e é visto e apontado por João Batista no Jordão
quando ele diz: – “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. O
Cordeiro foi morto. Jesus veio ao mundo, morreu na cruz e estabeleceu uma nova
ordem de coisas.
Agora há salvação para
o homem, todos os que aceitassem, que participassem do Cordeiro, quando Jesus
pega o pão e o vinho e usa a figura desses elementos para simbolizar Sua morte
até que Ele viesse. Aqui já é a instituição da Igreja, da universalidade, do
Evangelho, a graça do Senhor derramada sobre o mundo para salvar o homem e o
entendimento de que Deus usa a figura do Cordeiro em todos os instantes para
marcar a vida daqueles que ele ama.
”Onde está o cordeiro?”
A Igreja está entrando
em seu terceiro milênio. Embora a contagem feita pelo homem não seja precisa,
neste momento o que interessa para a Igreja é que ela tem toda a compreensão de
que o relógio de Deus marca com precisão um momento que é da Igreja: o momento
em que Jesus vai buscá-la; é a saída da Igreja deste mundo. Não estamos
determinando dia ou hora, mas Jesus fala de uma geração que não passará, e é a
geração dos fatos que tem acontecido nas últimas décadas.
A Igreja vai sair deste
mundo? Vai ser arrebatada? Sim, claro. Todos os profetas, apóstolos e o próprio
Jesus, apontaram para este acontecimento, mostraram que o lugar da Igreja não é
aqui. O arrebatamento é o projeto de Deus para o homem. Mas ainda fica a
pergunta: ”Onde está o Cordeiro?”
Abraão era a marca da
obediência, da fé que ia se instituir para a eternidade, que levaria o homem a
conhecer a salvação através de Jesus (o Cordeiro). Na vida de Jacó a marca era
a herança patriarcal (Abraão, Isaque, Jacó). E mais tarde na bênção da saída do
povo de Israel do Egito. Nesse momento a marca não deveria ser esquecida jamais,
ou seja, o sangue do Cordeiro na verga das portas e também como alimento da
família; Israel era agora um povo liberto, uma grande nação, um povo com
identidade que ia para sua própria terra.
Jesus veio ao mundo (o
Cordeiro), o tempo passou, a luta da Igreja transcorreu em diversas épocas e
agora se prepara para o arrebatamento. As evidências e os sinais estão
presentes, mas onde está o Cordeiro? Será que está nos grandes ajuntamentos,
nas liturgias, nas dispersões, nas máscaras que o homem faz para enganar? O
Cordeiro está com aqueles que estão ouvindo Sua voz!
Quem está ouvindo a voz
do Cordeiro?
O apóstolo Paulo
escreve que ao toque da última trombeta a Igreja será arrebatada. Então conhecer os toques da trombeta é fundamental
para a Igreja que vai subir. O toque será ouvido individualmente A Igreja
(Obra) está mostrando uma coisa diferente que o mundo não pode mostrar porque é
necessário que ela ouça e esteja sintonizada e em condições de ouvir o toque da
trombeta.
A Palavra diz que nos
momentos finais a trombeta tocará. Os sinais estão aí, o primeiro, o segundo e
o terceiro toques ninguém ouviu, mas o quarto toque a Igreja tem que estar
atenta para ouvir, pois este toque está relacionado com a eternidade, com o
encerramento do projeto de Deus com a Igreja aqui no mundo.
Mas como ouvir a
trombeta? Onde está o Cordeiro? Nos tempos do Velho Testamento a trombeta era
feita do chifre do carneiro. Para a confecção do instrumento, era necessário
que o carneiro (Cordeiro) estivesse morto. Fazendo uma analogia com os dias
atuais, quem não conhece o sacrifício de Jesus, quem não tem experiência com a
morte e ressurreição dEle, não vai ouvir o toque da trombeta. Não é
simplesmente ir à igreja, ouvir um louvor ou uma mensagem mas, sim, ouvir o som
da eternidade, difícil de ser ouvida num mundo conturbado como hoje.
O toque da trombeta
Para ouvir o toque da
trombeta é necessário estar identificado com a morte do Cordeiro, saber porquê
Jesus morreu e ressuscitou, ter experiência com este fato, saber que Ele veio
para derramar Seu sangue, que para nós significa o derramamento de Seu Espírito
(VIDA) sobre nós.
A mesma experiência que
Abraão teve quando ia imolar Isaque, pois o Cordeiro estava ali presente vivo.
A experiência de Jacó que também tem a presença do Cordeiro vivo no quintal
(obediência). A experiência do povo na saída do Egito o Cordeiro estava
presente em cada família. Agora, na saída da Igreja o Cordeiro está presente.
A Igreja tem que estar
preparada, em vigilância. Será apenas um toque, como “num abrir e fechar de
olhos”. O toque da trombeta está identificado com a morte do Cordeiro, pois
para a fabricação do instrumento era necessário que o carneiro (Cordeiro)
estivesse morto. Em seguida o chifre era levado ao fogo para retirada das
impurezas internas e externas como restos de carne e odor, caracterizado hoje
como o cheiro de morte (pecado).
A forma do chifre era modificada duas vezes:
primeiro para ser limpo. E em seguida, para ser usado, o sacerdote fazia um
orifício para a passagem do ar que deveria ser proporcional ao tamanho do
chifre. Fazendo uma alusão aos dias de hoje, isto significa a preparação do
homem para ser usado como trombeta de Deus.
Deus retira os
vestígios do pecado do homem limpando-o por dentro e por fora, e o molda como
servo Seu. E como é o toque da trombeta? A trombeta é o próprio Cordeiro, o
sopro é do Espírito, o som é a Palavra do Pai. O Cordeiro está na Trindade
presente no meio da Igreja, o orifício é o canal que liga o coração do homem à
eternidade de Deus. Deus fala e o homem reconhece a voz do Espírito Santo.
Só a Igreja conhece o
som da trombeta
Israel usava as
trombetas para vários tipos de anúncios ao povo por meio de toques curtos,
prolongados e alternados entre outros. Como os toques eram como códigos, o
inimigo não conhecia de modo nenhum o significado do som que a trombeta ecoava.
O toque da trombeta
ainda hoje é o mesmo. Mas somente quem estiver afinado, sintonizado com o
Cordeiro vai ouvir a trombeta, seja o toque de recuar, avançar, preparar para a
guerra etc. A Obra do Espírito vive este exercício diariamente. O toque da
trombeta, a voz do Pai através do Cordeiro que dá o sopro da vida (Seu
Espírito), os dons espirituais são códigos usados pelo Senhor para falar com
Sua Igreja. Este é o momento mais extraordinário da vida da Igreja.
Deus usa o homem como a
Sua trombeta, e por isso a palavra diz: “…se separares o precioso do vil, serás
a boca de Deus ” (a limpeza do chifre). Quando nós começamos a entender isso,
constatamos que se o cheiro da morte saiu, agora vem o sopro da vida (a morte
do Cordeiro. A ressurreição tem que estar na vida da Igreja).
Este é o anúncio feito
pela Igreja (a trombeta é a boca de Deus) dos momentos solenes e especiais.
Onde está o Cordeiro? Será que Ele está em sua casa? Na sua vida? Na
obediência? Nos lugares incertos do homem? Nas badalações? Nas festas profanas?
Onde está o Cordeiro? Quantos estão preparados nesta hora?
Vivemos um momento
profético. Diz a Palavra que: “…o sopro da boca do Senhor enganará o
adversário”. O inimigo não sabe o momento da vinda do Senhor porque ele não
conhece os sinais (códigos).
Os códigos estão sendo
emitidos todos os dias no meio da Igreja. O momento é de definição pessoal,
pois a trombeta está pronta para ser usada. A Igreja conhece o código da trombeta,
que é a Revelação, é aquilo que para muitos é um mistério nesta última hora. O mundo e o dono do mundo
não vão ouvir porque não conhecem os mistérios da Igreja.
A Igreja sabe que o
Cordeiro está presente quando existe obediência; ou num momento de dificuldade,
aflição e até mesmo num momento de libertação...
Bispo. Capelão/Juiz.
Mestre e Doutor em Ênfases e Divindades Dr. Edson Cavalcante
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