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segunda-feira, 30 de junho de 2014

CIUME O DESTRUIDOR DE RELACIONAMENTOS...


                              CIUME O DESTRUIDOR DE RELACIONAMENTOS...
..Idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, CIÚMES, iras, discórdias, dissensões, facções…” Gálatas 5:20 CIÚMES !
Olha que interessante essa palavra.
No grego o vocábulo “zelos” , que pode ser encontrada traduzida por “emulações” ou “contendas”, porém, tem um sentido, digamos, positivo que é “zelo” ou “ardor”. O que muitos, que aceitaram a Jesus, desconhecem é que o Espírito Santo anseia por nós com ciúmes” – Tiago 4:5. Por desconhecerem a profundidade de tal verdade, vivem uma vida muitas vezes de amores com as coisas mundanas. Isso para Deus é adultério, então Ele afirma que a amizade do mundo é inimizade com Deus – Tiago 4:4 Existem outros tipos de ciúmes. Digamos um desejo intenso pela vantagem pessoal, tendo em vista a degradação das realizações e qualidade dos outros.
O ciúme invariavelmente se manifesta na, ou através da, inveja. Será muito difícil vê-los separados. Naturalmente a inveja é uma forma maligna de egoísmo, e, na maioria das vezes, deseja-se o mal ao próximo.
A equação é simples: Se eu sinto ciúmes por algo que não posso ter, alimento a inveja que passa a desejar que o possuidor perca o que possui.
Lembra-se daquelas duas mulheres que disputavam uma criança, que se apresentaram diante de Salomão ? A que não era mãe verdadeira disse: “Nem meu, nem teu, seja dividido” – I Reis 3:26. Ficou claro que o ciúme e a inveja tinham tomado conta daquela mulher para agir de tal maneira.
Outro exemplo bem claro na Palavra é a parábola do filho pródigo. O irmão teve ciúmes e isso foi o início de suas dificuldades. Lucas 15:25-30.
E o ciúme de um cônjuge?
É estranho que o ciúme geralmente venha acompanhar um intenso amor entre as pessoas. Já observou que ele cega tanto as pessoas, que, às vezes, tal pessoa toma a atitude de matar, eliminar, banir definitivamente uma vida, ao invés de ter controle sobre tal sentimento ?
Alguém já disse que o ciúme é o mau cheiro do amor. Será mesmo ?
Olhe só o termo no hebraico é “qinah” e aparece por 41 vezes no Velho Testamento.
Mas o que há de curioso ou que nos chama a atenção?
É curioso a Palavra chamá-lo de “espírito de ciúmes” – Números 5:14. Ora, se a Palavra diz que é um espírito, devemos evitá-lo e também, evitar a ação dele sobre nossas vidas…
Eu creio que fica evidente a ação de um espírito maligno, agindo diretamente sobre pessoas que deixam se enredar por esse ciúme negativo que mistura amor com egoísmo.
Se fossemos listar, teríamos “n” casos para relatar, onde A sentiu ciúmes de B e acabou destruindo um relacionamento, uma família, e até mesmo heranças. Rapidamente o que era amor, é infecionado pelo ciúme e imediatamente se transforma em ódio.
Quero colocar um parágrafo aqui que o irmão em Cristo, Takayoshi, escreveu sobre o ciúme no relacionamento conjugal :
“O ciúme de que trata a Bíblia é oriunda do sentimento de propriedade. Propriedade no sentido de ser próprio, ser parte de um todo de forma indivisível. Tal e qual nossos braços ou mãos são nossa propriedade, e jamais poderíamos dispor deles. Jamais poderíamos dá-los ou emprestá-los a outrem. Compreende o que quero dizer?
O segundo tipo é oriundo da arrogância ou da insegurança. Da arrogância quando um dos cônjuges trata o outro como uma coisa preciosa, como uma propriedade qualquer cujo egoísmo não deixa ser vista ou tocada por outrem. As pessoas a quem amamos (ou pelo menos pensamos que amamos) não nos pertencem. Muito pelo contrário. Nós é que pertencemos às pessoas que amamos. Somos capazes de deixar a pessoa a quem amamos ser feliz, …mesmo que seja ao lado de outro alguém ?”.
É claro que um relacionamento baseado na Palavra, onde ambos os cônjuges assumiram seus compromissos segundo a vontade de Deus, dificilmente sofrerão agruras assim.
Finalizando, podemos dizer que o ciúme e a inveja se manifestam no ser humano, pois este é, ou pode ser essencialmente egocêntrico.
Amar consiste em deixar de lado o egocentrismo e a dureza de coração. O apóstolo Paulo escreveu à igreja de Corinto, que o amor NÃO arde em ciúmes e nem ultrapassa seus legítimos direitos.
Por que dar espaço para ação desse espírito de ciúme ?
Vamos dar espaço ao amor, que tem origem divina, pois Deus É amor, e portanto, É um antídoto para todo sentimento humano e negativo que possa querer permear o coração humano.
Tire a dureza de coração, de qualquer coração e verá que não haverá limites para amar, perdoar, restaurar e viver em liberdade… liberdade que só Deus pode dar…porque Ele É amor…

Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ênfase e Divindades Dr. Edson Cavalcante

domingo, 29 de junho de 2014

A CADA DIA SOU MAIS GRATO A TI MEU SENHOR...


                            A CADA DIA SOU MAIS GRATO A TI MEU SENHOR...
 Seja grato Deus ontem, hoje e amanhã (Lucas 17.11-19)
Síntese: Muitos pessimistas acham que a comemoração de aniversário é uma contagem regressiva, pois é o mesmo que celebrar um ano a menos de vida. Porem encontrei uma definição mais bíblica que diz que, “Fazer aniversário é olhar para trás com gratidão e para frente com fé”. Isso é gratidão, ou seja, o reconhecimento por um benefício recebido. Todos nós devemos viver em gratidão. Devemos ser gratos pelas nossas vidas. Mas devemos ser gratos a quem?
Lucas 17.11-19 (NVI)
Contexto Imediato: Jesus está indo para Jerusalém quando encontra pela divisa entre Samaria eGaliléia 10 leprosos. Cura todos, porem só um volta para lhe agradecer. Mais uma vez um estrangeiro, um samaritano, serve de exemplo para o povo de Deus.
Idéia Central do Texto: Uma vez que a cura da lepra era esperada como sinal messiânico, Jesus prova ser o próprio Cristo que não faz acepção de pessoas.
Tese do Sermão: Devemos ser gratos a Deus.
Propósito Específico: Fazer com que todos tenham um sentimento de gratidão por tudo que Deus fez por nós, principalmente pela salvação.
Título: Seja grato a Deus ontem, hoje e amanhã
ser gratos, pois Deus atende aquele que clama. Um bom exemplo disso esta na passagem de Lucas 17.11-19 (NVI) que nos relata a cura de dez leprosos.
1.      Porque Deus atende aquele que clama (Vs. 11-13)
A caminho de Jerusalém, Jesus passou
Oração Interrogativa: Mas por que devemos ser gratos a Deus?
Oração de Transição: Devemos pela divisa entre Samaria e Galiléia. Ao entrar num povoado, dez leprosos dirigiram-se a ele. Ficaram a certa distância e gritaram em alta voz: ‘Jesus, Mestre, tem piedade de nós!’ ”.
No texto de Lucas 9.22 Jesus anuncia a seus discípulos que morreria e ressuscitaria após três dias. No verso 44 ele volta a falar sobre sua morte a seus discípulos e já no verso 51 inicia uma longa jornada até Jerusalém. O texto de Lucas 17.11 nos diz que Jesus continuava a sua viagem até Jerusalém, local onde cumpriria a sua missão, ou seja morrer numa cruz (Lucas 20.46). Pelo meio do caminho, entre Samaria e Galiléia Jesus entra em uma aldeia cujo o nome não é mencionado. Talvez porque o que realmente importa aqui são os moradores desta aldeia. Mas quem são estes moradores?
Tudo indica que nesta aldeia morava um grupo de pessoas atacadas pela doença da lepra, ou seja, aquilo que hoje conhecemos como hanseníase. As vítimas viviam em uma espécie de comunidade. Isso porque segundo a lei (Levítico 13.14) eram considerados impuros e ficavam separados da população em geral, pois “A lepra se tornou um tipo de pecado, asqueroso, propagador e incurável”.[1] A alimentação era regrada, a condições de higiene precárias e a aparição de outras doenças e até depressão era algo presente nestes locais. Assim viviam com a esperava de receber somente uma visita, “A morte era a visitante e libertadora mais constante, pois ali havia doenças que seguiam seus cursos fatais…”.[2]O sofrimento e a humilhação era algo constante, pois “O leproso não podia manter relações com as pessoas sãs…e devia gritar de longe: ‘imundo, sujo’, sempre que alguém se aproximava dele, Lv 13.45”.[3] Este era um alerta ao desavisados que não podiam se aproximar da aldeia.
Algo me chamou muito atenção no verso 13, pois os leprosos gritaram: “Jesus, Mestre, tem piedade de nós!” ao invés de gritar: “imundo, sujo”. Diferente do que era comumente realizado, os leprosos pediram por piedade, ou seja, pediram ajuda. Podemos pensar que estes leprosos só queriam um pouco de dinheiro ou alimento, mas antes de pedirem por auxilio disseram: “Mestre”. Isto deixa claro que reconheciam quem era Jesus. Provavelmente já tinham ouvido sobre ele e sobre a sua grande compaixão por todos em precisão. Aqueles homens já não tinham mais esperança de cura. A única coisa palpável que tinham era a certeza da morte que eliminaria toda a dor e sofrimento. Porem Jesus mesmo de longe se tornou a nova esperança. Sabiam que Jesus participava do problema de todos os que sofriam os mais diferentes males. Sabiam que aquele que por ali passava curava movido por sua misericordia e não para ostentar-se.
A necessidade nos faz buscar a Deus. A dor, vazio interior,           doenças ou qualquer outro tipo de sofrimento faz com que deixemos de lado todo orgulho e soberba e clamemos por ajuda a Deus que nos atende sem nada nos cobrar. Você está vivendo um momento difícil em sua vida? Está enfrentando problemas financeiros, familiares ou até mesmo de saúde como enfrentavam os leprosos? Se sua resposta foi sim, clame a Deus, pois ele atende aquele que o clama com humildade. A morte talvez é a sua esperança, mas saiba que Jesus é a esperança de vida. Saiba que ele é mais do que um viajante que passou neste mundo, pois Jesus é o próprio caminho que nos tira da aldeia do pecado.
Oração de Interrogativa: Reconheço a minha necessidade e já clamei por ajuda, mas ainda não fui auxiliado. Por que?
Oração de Transição: Porque Deus atende aquele que obedece.
2.      Porque Deus atende aquele que obedece (Vs. 14-16)
“Ao vê-los, ele disse:‘Vão mostrar-se aos sacerdotes’. Enquanto eles iam, foram purificados. Um deles, quando viu que estava curado, voltou, louvando a Deus em alta voz. Prostrou-se aos pés de Jesus e lhe agradeceu. Este era samaritano”. (Verso 14-16)
Era procedimento normal depois da cura da lepra a apresentação aos sacerdotes como observamos em Levítico 14.2-3: “Esta será a lei do leproso no dia da sua purificação: será levado ao sacerdote, E o sacerdote sairá fora do arraial, e o examinará, e eis que, se a praga da lepra do leproso for sarada”. Porem estes homens foram ordenados da seguinte forma por Jesus: “Vão mostrar-se aos sacerdotes”. Observamos Jesus dar uma ordem aos leprosos sem que antes estes estivessem curados. Não conheciam eles a lei? Claro que conheciam a lei. Podemos dizer até que já eram especialistas no assunto. Por que então se dirigiram ao encontro dos sacerdotes? Em obediência a Jesus, pois provavelmente já tinham ouvido falar de suas curas e conheciam a sua reputação. Sabiam que fazendo o que Jesus ordenou seriam atendidos.
Ryle diz que: “… quando somos obedientes, obtemos auxílio”.[4] A obediência dos leprosos foi a chave para o bem. “Sempre faremos bem em obedecer, como dóceis crianças, ao preceitos de Cristo” diz Ryle em seu comentário.[5] Deus se alegra em ver as suas criaturas vivendo em obediência aos propósitos inicias da criação. Muitos clamam no momento de precisão e dor, mas não fazem aquilo que Deus ordena. Como um pai poderá agradar um filho que o desobedece constantemente? Agrada-lo nesta na desobediência não é certo e nem mesmo didático. Se presenteamos os nossos filhos quando se comportam de forma incorreta ensinamos paralelamente que aquilo é o certo. Só presenteamos os nossos filhos quando merecem. Mas esta obedediência deve ser interior e não exterior, ou seja, deve ser espontânea e não religiosa.
No verso 16 o escritor ênfatisa: “Este era samaritano”.  Algo chamou muita a atenção de Lucas, pois somente um dos obedientes retornou para agradecer, e este era um samaritano e não um judeo. Para entendermos isso precisamos fazer uma breve definição dos samaritanos.
Quando o Reino do Norte foi derrotado de vez pelos assírios, em 721 a.C., vários judeos foram levados ao exílio e vários estrangeiros trazidos a Samaria (2 Reis 17.24). Consequentemente estes estrangeiros se casaram com os israelitas dando origem aos samaritanos. Esta mistura ia além do âmbito físico, pois religiosamente estes samaritanos possuíam caracteristicas semelhantes, mas não as mesmas dos judeos. Um bom exemplo disso era o templo que possuiam que não se situava em Jerusalém, pois o Monte Gerizim era para eles o verdadeiro local de adoração e não Jerusalém. Para os judeos eles eram contaminados fisicamente assim como religiosamente não fazendo parte do povo de Deus. A inimizada era aberta entre estes eles. Esta rivalidade continuou no tempo de Jesus. Mas como Jesus via estas distições? Para Deus havia diferença entre estes povos? Eram os judeus melhores do que os samaritanos aos olhos de Deus?
Jesus disse: “Vós sois os que vos declarais justos perante os homens, mas Deus conhece os vossos corações; porque aquilo que é altivo entre os homens é uma coisa repugnante à vista de Deus” (Lucas 16.15). Sabemos que muitos judeus obedeciam a lei, mas de forma exterior, pois não entendiam que a lei foi criada para o homem e não o homem para a lei. Os judeus eram como aquela criança que come espinafre porque querem ser obediente aos seus pais, mas que na verdade detesta espinafre. Come resmungado e se queixando e no fim pensa, “fui obediente”. Deus jamais considerará as suas boas ações como obediência, a não ser que isso seja realizada com alegria. A obediência nasce internamente, ou seja, procede do coração. O samaritano não era judeu, mas diferente dos outros nove leprosos voltou para agradecer, pois foi obediente ao seu coração. Ele deixou para ver os sacerdotes um pouco mais tarde, pois deveria cumprir o grande mandamento: “Amarás, pois, o SENHOR teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças” (Dt 6.5).
Oração de Interogação: Existe outro motivo para a minha gratidão a Deus?
Oração de Transição: Sim, pois Deus atende aquele que reconhece o seu filho.
3.      Deus atende aquele que reconhece o seu filho (Verso 17-19)
“Jesus perguntou: ‘Não foram purificados todos os dez? Onde estão os outros nove?’ Não se achou nenhum que voltasse e desse louvor a Deus, a não ser este estrangeiro?” Então ele lhe disse: “Levante-se e vá; a sua fé o salvou”.
Observamos no primeiro ponto que todos os leprosos estavam dispostos a implorar por ajuda, mas nem todos estavam dispostos a louvar a Deus. Jesus realizou perguntas retóricas por estar “…profundamente preocupado com o fato de que seu pai celestial não recebeu o louvor que lhe correspondia”.[6] Isso não quer dizer que os outros não estivessem gratos pela cura, pelo contrário aquilo era o que mais queriam que acontessese. Todos criam em Deus e na possibilidade de uma cura miraculosa, “…pois do contrário, não teriam atendido às instruções de Jesus”.[7] Porem “A fé precisa constar algo mais do que crença no poder de Deus, para operar milagres”.[8] O samaritano reconheceu Jesus como sendo algo maior do que um “mestre”.
Certo homem encontrou-se com um amigo, que era um grande e reconhecido poeta, e pediu-lhe:
-Olá, meu amigo… Que bom encontrá-lo. Estava pensando justamente em você. Vou vender o meu sítio, que você conhece tão bem. Poderia redigir para mim o anúncio do jornal? O poeta, prontamente, apanhou o papel e escreveu:
“Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeiro. A casa banhada pelo sol nascente oferece a sombra tranqüila das tardes, na varanda“.
- Ficou ótimo, meu amigo. Eu sabia que ninguém poderia fazer um anúncio melhor que você. Obrigado. Meses depois, os dois se reencontraram e o poeta perguntou ao homem se já havia conseguido vender o sítio. Ele então respondeu:
- Nem pense mais nisso, meu amigo. Quando cheguei em casa e li o anúncio para a minha esposa, descobrimos que somos donos de um pequeno paraíso.
Este homem só reconheceu que morava em um paraíso depois que seu olhos foram abertos pela poesia. Assim também aconteceu com o samaritano que ao perceber que estava curado “Prostrou-se aos pés de Jesus”. Esta expressão quer dizer “encurvar-se com rosto em terra” e normalmente é associada à adoração a Deus. A atitude do samaritano expressa mais do que uma demonstração de amor, respeito ou gratidão por alguém. Amo minha esposa, mas nem por isso me curvo com o rosto no chão quando para demostrar isso. Tenho respeito pelo meu chefe, mas não me lanço no chão quando estou diante dele. Sou grato por tudo que meus pais fizeram por mim durante toda minha vida, mas nunca me prostrei diante deles. A ação do samaritano significava reconhecer Jesus como senhor. Por isso Jesus disse ao samaritano: “Levante-se e vá; a sua fé o salvou”.
Por causa da compaixão de Deus, seu único filho nos foi enviado a este mundo para pagar a nossa dívida. Para nos limpar da lepra chamada pecado. A morte de Jesus Cristo na cruz é o motivo que leva a ser grato, pois não merecíamos este favor de Deus. Por isso devemos ser gratos a Deus, pois Ele nos dá tudo o que precisamos. Você já reconheceu a sua necessidade de receber o perdão? Já clamou a Deus por salvação? Muitos reconhecem Jesus como Senhor de suas vidas. Reconhecem Jesus como o filho de Deus que veio ao mundo para resgatar os pecadores das mãos de Satanás. Mas esse reconhecimento deve ser mais do que palavras. Observamos isso claramente em Isaías 29.13: “Este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens”. Você tem vivido em gratidão e adoração? Tem demonstrado isso através de sua própria vida?
Conclusão
Nada pior do que uma pessoa ingrata. Você talvez conheça alguém assim. Você talvez até seja uma pessoa ingrata. Mas observamos que temos muitos motivos para sermos gratos.
Uma mulher fazia compras numa feira-livre, quando um comerciante deu uma laranja para a sua filha. Querendo demonstrar para o feirante que havia ensinado seus filhos a serem agradecidos, a mãe perguntou à criança:
- Como é que se diz, minha filha?
- Descasca! – respondeu a menina.
Essa garota mesmo tendo sido ensinada sobre a importância do agradecimento continuava ingrata. Você pode ter entendido quais são os três maiores motivos de nossa gratidão a Deus, mas se não os reconheces, não passará de uma pessoa ingrata. Para que isso aconteça:
Reconheça que esta doente: Muitos acham que não precisam de Deus por terem saúde plena, um família estruturada ou por ter muitos bens materiais. Mas na verdade todos nós somos como leprosos para Deus. Como assim, leprosos? Bem a Bíblia diz que que todos nós somos pecadores e para Deus o pecado é como uma doença que contamina todo a alma do individuo.
Reconheça que precisa de Deus: Os leprosos estavam afastados de todos e de tudo, vivendo como lixos humanos. Isso porque o leproso era considerado como morto. O homem anda afastado de Deus por conta do pecado vivendo uma vida pobre e miserável. Para Deus o pecador pode até estar vivo fisicamente, mas morto espiritualmente.
Reconheça que Jesus é a única ajuda: Somente o humilde pede por ajuda. Os leprosos clamaram por compaixão, pois tinham a plena noção de que precisavam de ajuda. Você já pediu a ajuda de Deus ou ainda acha que não precisa de auxilio? Tiago 4.10 nos dá a seguinte certeza sobre a humildade: “Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará”...

Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ênfase e Divindades Dr. Edson Cavalcante

sábado, 28 de junho de 2014

BOM É VIVER EM HARMONIA COM OS IRMÃOS...


                                   BOM É VIVER EM HARMONIA COM OS IRMÃOS...
“Aquele que diz que está na luz, e odeia a seu irmão, até agora está em trevas. Aquele que ama a seu irmão está na luz, e nele não há escândalo. Mas aquele que odeia a seu irmão está em trevas, e anda em trevas, e não sabe para onde deva ir; porque as trevas lhe cegaram os olhos” (I Jo 2.9-11)
Quantos textos podemos ler sobre Unidade na Palavra! São inúmeros! Muita ênfase foi dada a esse assunto, por ser ele algo difícil de se tratar no meio do Corpo de Cristo. Deixa-me já alertá-lo e dizer que todas as famílias têm problemas e dificuldades em seus relacionamentos, mas  uma coisa é quase certa: ninguém nos ama mais do que aqueles que são da nossa família. Irmãos até podem discordar uns dos outros, mas nunca podem deixar que a comunhão seja quebrada. João, o Apóstolo do Amor, nos ensina tanto sobre isso. Ele diz:
“Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama a seu irmão permanece na morte. Qualquer que odeia a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele. Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos. Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade” (I Jo 3.14-18)
Quando penso em unidade, penso na Trindade Santa e na Família como instituição de Deus. Deus é um Deus Trino, em Perfeita Unidade e harmonia. Quando Ele criou a família, Ele colocou nela um pouco da sua semelhança: unidade de propósitos e harmonia de almas. Pai, mãe e filhos deveriam viver os sonhos de Deus para a família, caminhando juntos no mesmo propósito sobre a Terra.
Mas quando penso em unidade, penso também no Reino e quando penso no Reino, penso na Igreja de Cristo! Foi a Igreja quem recebeu as “chaves do Reino” e é ela quem tem o poder de ligar e de desligar a terra no céu (Mt 16.19).
A Igreja foi criada por Deus para caminhar num propósito profético e quando ela não vive em unidade, ela não consegue ser parte deste propósito. Esta já era uma das “preocupações” de Jesus e isto é bem evidente na Sua oração sacerdotal. Ele orou ao Pai pelos Seus discípulos: “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um. Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim” (Jo 17.21-23).
Há muitas desculpas sendo dadas para não vivermos em união com os nossos irmãos em Cristo. Muitas pessoas, por serem tão arrogantes e orgulhosas, dão desculpas diversas para não obedecerem a vontade de Deus. Algumas desculpas que ouço:
“Não consigo gostar dessa pessoa”
“Somos muito diferentes”
“Tenho pensamentos diferentes”
“Fui maltratado e até humilhado”
“Essa pessoa “parece” arrogante”
“Ouvi um “não” dessa pessoa”
“Essa pessoa não supera minhas expectativas”
“Essa pessoa não concorda comigo em quase nada”
No fundo, tudo isso é fruto de um coração orgulhoso, preconceituoso e desobediente. A unidade não tem nada a ver com amizade, com  o “ser igual”  ou com identificação de sentimentos, mas tem a ver com uma escolha diária de viver em comunhão, caminhando num mesmo propósito com aqueles que são nossos irmãos, filhos do mesmo Pai Celestial.
As discordâncias nunca podem ser motivo para o afastamento. Ninguém é obrigado a ser amigo íntimo de ninguém, pois a amizade é algo que acontece naturalmente, sem precisar forçar nada. Mas a unidade é algo que nos leva a amarmos,  até mesmo, àqueles que não merecem ser amados e a sujeitarmo-nos uns aos outros, no temor do Senhor.
“Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união” (Sl 133.1)
O Apóstolo Paulo nos diz: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros” (Rm 12.10), mas infelizmente, há pessoas que só se esforçam por honrar aos seus líderes espirituais ou aos seus chefes de profissão. Não! Não devemos honrar as pessoas por interesses ou pelo que vamos conquistar através deste relacionamento. O Apóstolo Pedro nos instrui, dizendo: “Honrai a todos” (I Pe 2.17). Precisamos nos disciplinar e nos esforçarmos para vivermos bem com todos, pois JUNTOS, FAZEMOS A DIFERENÇA.
Este tem sido o lema do nosso ministério para 2011 e precisamos cuidar, pois onde declaramos palavras proféticas, é onde satanás vai nos tentar para nos envergonhar, a fim de mostrar que aquilo que declaramos não tem poder em nossas vidas. Infelizmente, o inimigo quase sempre consegue “atingir” a mente dos mais fracos, daqueles que não estão usando o “capacete da salvação”. Como diz meu esposo: “tem muita gente querendo pisar em serpentes e escorpiões, como Jesus disse que faríamos, mas com os pés descalços”. Muitos estão declarando palavras proféticas, mas sem usar a ARMADURA DO ESPÍRITO descrita em Efésios 6.
Pode ser a pessoa mais talentosa da Igreja, mais inteligente e mais diplomada, que se não vive em unidade, está vivendo em trevas! A Palavra nos mostra que não devemos ter comunhão com quem vive nas trevas ou com aqueles que estão brincando com as coisas de Deus ou até mesmo, tentando prejudicar o Corpo de Cristo. Essas pessoas precisam de serem amadas por nós, mas nem sempre a unidade será possível. Já com os irmãos em Cristo, por mais “imperfeitos” e frágeis que sejam, precisamos caminhar lado a lado, em comunhão e amor.
“VANTAGENS” DE QUEM VIVE EM UNIDADE:
Viver uma vida boa e suave – Sl 133.1
Viver uma vida de unção – Sl 133.2
Viver uma vida de refrigério – Sl 133.3
Viver coberto pelas bênçãos do Senhor – Sl 133.3b
Poder ter alguém que chora conosco nas nossas lutas e se alegra conosco em nossas vitórias – Rm 12.15
Aprender a cada dia a ser bondoso para com os outros – Ef 4.2
Não estar sozinho – I Co 12 e 14
O ministério de um indivíduo é respaldado pelo do outro – Ef 4.11-16
A  REALIDADE DE QUEM NÃO VIVE EM UNIDADE COM SEUS IRMÃOS:
Vive em trevas. Deus é luz, e quem não anda em unidade, não vive na luz, mas está em trevas – I Jo 2.9-11
Está enfermo espiritualmente, pois a Palavra diz que os que viviam separados da comunhão com as pessoas, eram os leprosos – Lv 13.45-46
É egoísta e orgulhoso. A Bíblia diz que o egoísta busca o seu próprio isolamento – Pv 18.1
Não marca a História: Ninguém que se isola, chega longe. Pode ir mais rápido, mas não vai mais longe. Há um pensamento maligno dizendo que “se as águias voam sozinhas, os ‘ungidos” também vão andar sozinhos”. Lembre-se de que as ovelhas vão sempre juntas, e vão sob os cuidados do pastor – Rt 1
Está fora do propósito. Quem se isola está correndo o risco de sair para fora do Corpo de Cristo e quem está fora do Corpo, está fora do propósito profético de Deus para a sua vida.  Lembre-se do Filho Pródigo e da Ovelha que se perdeu. Eles saíram do propósito buscando uma vida de independência do aprisco e da casa do Pai – Lc 15
Não é fácil viver em unidade, porque apesar de sermos filhos de Deus, somos pessoas individuais, com personalidades diferentes, mas precisamos viver em comunhão, num mesmo propósito, se queremos ver o Reino de Deus se estendendo por todas as nações da terra. Deixo para você, um tremendo conselho deixado pelo Apóstolo Paulo:
“Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões; antes sejais unidos em um mesmo pensamento e em um mesmo parecer” (I Co 1.10)...

Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ênfase e Divindades Dr. Edson Cavalcante

sexta-feira, 27 de junho de 2014

IGREJAS QUE NÃO TEM OBRA SOCIAL, NÃO É IGREJA, PASTORES AJUDEM OS NECESSITADOS...


IGREJA QUE NÃO TEM OBRA SOCIAL, NÃO É IGREJA, PASTORES AJUDEM OS NECESSITADOS...
I Co. 9.7
 Leitura Bíblica em Classe: I Co. 9.6-12
 Objetivo: Mostrar que a ajuda aos necessitados é um grande privilégio e responsabilidade que Deus concede a cada crente.
INTRODUÇÃO
Paulo instrui a igreja de Corinto em relação ao cuidado com os necessitados. Na aula de hoje, veremos, a princípio, que a contribuição é uma doutrina genuinamente bíblica. Em seguida, aprofundaremos a questão da contribuição em I Co. 16. Ao final, apresentaremos algumas sugestões para contribuição cristã para os necessitados.
1. A CONTRIBUIÇÃO BÍBLICA
A palavra grega “koinonia” significa não apenas “comunhão”, ela abrange também o sentido de “contribuição”, da “partilha de bens”. Desde o princípio da igreja, no capítulo 6 de Atos, está registrado que havia necessidade de cuidar das viúvas da igreja de Jerusalém. Compreendemos, assim, que esse princípio de partilha de bens era bastante comum nos primórdios da igreja (At. 2.44,45, 4.34,35). Essa, entretanto, não era uma prática apenas dos crentes de Jerusalém. Os cristãos de Antioquia compartilharam suas bênçãos materiais com os de Jerusalém (At; 11.27-30). Por causa da perseguição romana, os crentes judeus ficaram em situação de pobreza extrema. Isso mostra que nem sempre a prosperidade é resultante de pecado ou desobediência à Palavra de Deus. Ciente dessa realidade, Paulo mostrou preocupação com os crentes necessitados (O Co. 16.1; II Co. 9.12; At. 24.17; Rm. 15.25,26; II Co. 8.1). A contribuição aos necessitados era, sobretudo, um ato de amor e prova de genuína espiritualidade. Quando as contribuições partiam de igrejas gentílicas, era um sinal evidente de fraternidade, principalmente para alguns cristãos judeus que tratavam os gentios com desdém. Por isso, o apóstolo mostra interesse que os próprios contribuintes entregassem pessoalmente as ofertas aos irmãos necessitados (I Co. 16.3,4).
2. PRINCÍPIOS PARA A CONTRIBUIÇÃO CRISTÃ EM I CO. 16
As contribuições não eram apenas de uma igreja, mas de todas aquelas que haviam sido fundadas por Paulo (II Co. 8.1; 9.2). Para tanto, a cada primeiro dia da semana - com certa regularidade - cada um dos crentes - individualmente - e independentemente da condição financeira, deveria se dispor a contribuir, de acordo com as possibilidades, e esse dinheiro coletado deveria ser bem administrado (v.2). A contribuição para os irmãos necessitados deveria ser feita com liberalidade, pois o que semeia pouco também pouco ceifará (II Co. 9.6; Gl. 6.7). Mas para que seja válida, a contribuição precisa ser feita com alegria, “não com tristeza ou por necessidade, porque Deus ama ao que dá com alegria” (II Co. 9.7). Ninguém deva ser constrangido a doar, é estabelecido, nesse ensinamento, o princípio da generosidade, motivado pelo Espírito Santo (Rm. 12.8). Aqueles que assim o fazem demonstram confiança no Senhor, cientes que Ele “é poderoso para tornar abundante em vós toda graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda suficiência, superabundeis em toda boa obra” (II Co. 9.8; Rm. 8.32). Um dos princípios apresentados por Paulo nessa coleta é o da lisura. Por isso Paulo queria que os próprios irmãos entregassem a oferta aos crentes de Jerusalém, ainda que ele tivesse interesse de acompanhá-los, o que veio a acontecer (Rm. 15.25; II Co. 1.16). Ciente da tentação que o dinheiro pode causar, e a fim de evitar falatórios, não apenas uma pessoa deveria fazer a entrega da contribuição, um grupo de pessoas confiáveis (v. 3).
3. RECOMENDAÇÕES GERAIS QUANTO A CONTRIBUIÇÃO
Os cristãos devem doar não apenas aqueles que fazem parte da igreja. Os de fora também precisa ser alvo da liberalidade eclesiástica (16.1). Não é fácil ser generoso com alguém que nunca vimos antes. Ainda que alguns digam que os olhos não vêem o que o coração não sente, a Bíblia ensina que devemos ser graciosos também com aqueles que estão distantes e que desconhecemos, mais que isso, que são nossos inimigos. É evidente que, de acordo com o ensinamento bíblico, os membros da casa devam ter prioridade (I Tm. 5.8). Devemos fazer o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé (Gl. 6.10). Aqueles que precisam devam ser claros em suas petições, e, principalmente, éticos. Os pastores, desde que com fins apropriados, e principalmente, bíblicos, não devam ter vergonha de pedir dinheiro à igreja. E essa, por sua vez, precisa saber que mais bem-aventurado é dar que receber (At. 20.35). Uma igreja que tem recursos financeiros tem a responsabilidade de ajudar os pobres e reconhecer que tal ato é adoração. Faz parte do culto divino o momento da contribuição, seja com os dízimos, ofertas e contribuições aos necessitados. Quem recebe deve demonstrar gratidão a Deus e aqueles que contribuíram (Fp. 4.18). Muitos veem com os cestos vazios, mas esquecem de voltar para agradecer. A contribuição financeira não deve ser casual, mas sistemática e proporcional ao ganho individual. Quem administra as contribuições deva ser transparente a fim de não causar escândalo e para não perder a credibilidade.
CONCLUSÃO
Há uma estória interessante que ilustra a condição de muitos crentes da atualidade. Conta-se que um mendigo passou na residência de três pessoas e pediu-lhes ajuda. A primeira era espírita, a segunda, católica, e a terceira, evangélica. Cada uma dessas delas tinha apenas um pão e deu uma resposta diferente ao mendigo. Quando o mendigo pediu algo para comer, o espírita, por acreditar na evolução do espírito pelas caridades, deu todo o pão e ficou com fome. Ao chegar à casa do católico, por via das dúvidas, já que não tinha certeza da salvação se pela fé ou pelas obras, resolveu dividir o pão ao meio, comeu a metade e deu a outra ao mendigo. Ao chegar à casa do evangélico, o mendigo nada recebeu, o irmão disse que “iria orar por ele”, pois só tinha um pão e iria comê-lo. Afinal, pensou ele, sou salvo pela graça, não pelas obras, conforme está escrito em Ef. 2.8,9. O irmão estava parcialmente correto, pois, de fato, somos salvos pela graça, por meio da fé. Ele, porém, esqueceu-se do versículo 10, que diz que fomos criados para as boas obras. Em suma, não fazemos boas obras para sermos salvos, mas porque já somos salvos...

Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em ênfase e Divindades Dr. Edson Cavalcante

quinta-feira, 26 de junho de 2014

TODOS SÃO LEPROSOS ATÉ ENCONTRA O MESTRE , ELE NOS PURIFICA ...


                   TODOS SÃO LEPROSOS ATÉ ENCONTRA O MESTRE, ELE NOS PURIFICA...
Introdução
É bom estar perto de Cristo:
•          Sinais acontecem.
•          Impossíveis acontecem.
•          Vidas são restauradas.
•          A Palavra de Deus é revelada de uma forma poderosa.
Grandes multidões o seguiam por onde ele ia.
Ainda hoje ele é alguém que atrai as multidões:
•          Programas evangélicos parecem estar em alta.
•          Muitas igrejas estão crescendo rapidamente.
•          Falar que somos cristãos não nos faz diferentes da maioria em nosso país.
Transição
Neste texto muitas pessoas estavam perto de Cristo, mas alguém provou algo diferente da grande maioria. Qual foi a experiência desta pessoa? Ele provou de algo realmente diferente? Por que só ele provou deste algo diferente?
A seguir trataremos de três importantes aspectos deste encontro especial baseados em três paralelos que serão apresentados.
1) Vale a pena ir além da multidão.
Primeiro paralelo,
Multidão X Leproso
A multidão, ou seja, grande parte das pessoas, gostava de ficar perto dele.
Diziam…esse homem é especial… ele multiplica pães, cura, tem uma palavra poderosa; mas eles não passavam disso. Eles não se arriscavam; não passavam deste ponto.
Já o leproso, se arriscou a ir além dos limites da multidão.
Foi até o Cristo, adorou, confessou sua incapacidade, se arriscou.
Ousou ser diferente da maioria.
A multidão experimentou algo sim… um milagre diante dela
Mas o leproso experimentou algo muito maior. O milagre aconteceu em sua própria vida.
•          Aqueles que se atrevem a chegar a Jesus como o leproso são curados. Esses experimentam de algo muito maior que a multidão.
•          Nas igrejas nós continuamos tendo esses dois tipos de pessoas, as que ficam nos limites da multidão e os que ousam ir além. Onde estamos nós?
•          A multidão é a maioria, mas os que se atrevem são os que mudam a história! Estes mudam a história de suas vidas e também a história do mundo.
Como tem sido a sua história? Mesmice no meio da multidão ou novidades poderosas devido à ação de Cristo na sua vida?
2) Vale a pena ser tocado por Cristo.
Segundo paralelo,
Jesus X Lepra
A lepra destrói a pessoa (fisica/emocionalmente).
Jesus restaura.
A lepra desumaniza a pessoa (devido ao desprezo dos outros em relação a este).
Jesus restaura a humanidade e a dignidade. O leproso foi restaurado na sua sociedade, família, amigos…
A lepra fazia com que a pessoa se tornasse como um nojento onde ninguém poderia estar perto ou tocar.
Jesus vem e toca no leproso. O amor dele era maior que a lepra! Jesus revela o amor de Deus.
Devemos estar conscientes de uma verdade:
TODOS SOMOS “LEPROSOS”, MAS NEM TODOS ASSUMIMOS ISSO!
•          Muitas vezes nos achamos melhores que os outros, mas a realidade é que temos nossas vidas tomadas de uma lepra chamada pecado!
•          Todos estamos debaixo do pecado; mas não gostamos de lembrar disso (usamos de desculpas como: nasci na igreja, todo domingo vou ao culto, já aceitei Jesus…).
•          Jesus uma vez disse que veio para os doentes…mas cabe a nós nos reconhecermos como doentes.
Não se preocupe com a seriedade da sua “lepra”, pois esse Cristo vai te tocar e te restaurar. Ele não tem nojo de vc, ele te ama, e quer te tocar.
Mas vc quer ser tocado por ele? Quer ir além do ponto que a maioria vai? Está disposto a apresentar suas feridas? Por que escondê-las de Jesus?
Essa lepra pode ter outras formas ou sintomas… falta de esperança, falta de paz, falta de alegria… mas um simples toque de Cristo pode nos curar de toda lepra.
Que tal ousar ir além da multidão, se entregar a Cristo e ser tocado por ele? Nosso Deus te ama e está disposto a te curar de toda a lepra.
3) Vale a pena viver a vida que Cristo nos oferece.
Terceiro paralelo,
Vida de leproso X Vida nova em Cristo
Vida de Leproso: Era uma vida que não valia a pena ser vivida.
Vida em Cristo: É uma vida verdadeira e abundante.
Vida de leproso: Vida sem esperanças de melhoras.
Vida em Cristo: Por Cristo ser a nossa esperança e ele tudo pode, a nossa esperança é real e presente dia a dia.
Vida do leproso: sem paz.
Vida em Cristo: Por ele ser a nossa paz, temos paz dia após dia.
3.1.      Cristo não veio para nos propor uma nova religião, mas sim para nos dar vida verdadeira.
•          Ser um religioso apenas muitas vezes não vale a pena… nesta situação temos as cargas do mundo e da religião somadas.
•          É possível estarmos a muito tempo dentro da igreja e ainda não termos sido tocados por Cristo. Presenciamos milagres, curas, vidas e relacionamentos restaurados, mas apenas fazemos parte de uma multidão observadora.
•          A proposta de Cristo é uma proposta de vida abundante em Deus, através dele. Isso não quer dizer que você não terá tribulações, mas mesmo em meio a tribulações você terá vida abundante, esperança, paz, consolo…pois Cristo está com você, ao seu lado.

Aqueles que vão além da multidão, se entregam a Cristo verdadeiramente, passam a viver uma vida que vale a pena, muito além da religiosidade da maioria.
Concluindo,
O verso 4 diz:
“Disse-lhe então Jesus: Olha, não o digas a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e fazer a oferta que Moisés ordenou, para servir de testemunho ao povo”.
As nossas vidas têm sido um testemunho de Cristo? Nossas vidas têm impactado outras vidas com a vida abundante de Cristo?
Se a resposta é não, talvez precisemos de um encontro íntimo com Cristo hoje!
Vidas tocadas por Cristo testemunham do poder e amor de Deus, mesmo que sem palavras.
Quem sabe hoje é o dia para sairmos da multidão, apresentarmos nossa lepra a Cristo, sermos tocados por ele para que possamos ser testemunhas vivas da graça e do amor de Deus.
Qual é sua resposta a Cristo hoje?
De um passo de fé hoje e seja transformado...

Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ênfase e Divindades Dr. Edson Cavalcante

quarta-feira, 25 de junho de 2014

A SABEDORIA DO REI SALOMÃO...


                                                 A SABEDORIA D O REI SALOMÃO...
Provérbios 3.13-18
INTRODUÇÃO
1.      No decorrer da história da filosofia encontramos várias definições para o que seja sabedoria:
a.       Para os filósofos sofistas a sabedoria “era considerada como um conhecimento que podia ser ensinado bem como adquirido.”
b.      Para Sócrates, a sabedoria “consistia no fato de que ele sabe que não sabe de nada.”
c.       Os estoicos entendiam que a sabedoria era a convergência da teoria com a prática. Para ele “sabedoria é o conhecimento realizado.”
d.      “Para o judaísmo rabínico, sabedoria e erudição bíblica são essencialmente idênticas.”
2.      No contexto do Antigo Testamento a sabedoria assume sua definição a partir da relação homem-revelação de Deus. Desse modo, a sabedoria “depende da reta conduta em obediência à vontade de Deus.” Quando o homem obedece ao que Deus revelou em sua palavra ele encontra sabedoria para vida.
3.      Ser sábio não significava ter um aglomerado de conhecimento, mas fazer uso do conhecimento que se pode ter de Deus na vida. Foi com esse entendimento que Tiago ensinou: “A sabedoria, porém, lá do alto é, primeiramente, pura; depois, pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento” (Tiago, 3:17). É por meio de boas ações que a sabedoria de Deus se revela nessa vida.
4.      Um cristão sábio vive em obediência à vontade de Deus. A fonte de sua sabedoria se encontra na revelação de Deus em sua palavra. Não é por meio de seus juízos que adquire sabedoria, mas dos juízos que Deus faz das coisas dessa vida. Por isso,  o salmista disse: “O temor ao Senhor é o princípio da sabedoria...” (Salmos, 111:10)
5.      A sabedoria de Deus é uma benção na vida daqueles que a encontram. Ele nos faz viver como Deus sonhou que vivêssemos. No sonho de Deus todos os seus filhos viveriam sob a sua benção.
Daí surge uma pergunta: como a sabedoria de Deus abençoa o homem que a possui?
I. A sabedoria de Deus torna o homem feliz (v. 13)
1. O sábio Salomão enquadrou a vida do sábio, como um homem feliz. Feliz porque ele sabe como conduzir a sua vida. Pois, a felicidade estar na condução que fazemos da nossa vida e não num lugar específico. O homem que vive sabiamente se conduz bem nessa existência.
2. Grande parte dos males que enfrentamos nessa vida provém da nossa falta de sabedoria na condução da nossa vida. Somos afligidos pelas nossas escolhas mau tomadas. Ferimos aqueles que estão a nossa volta porque não sabemos o que dizer e como dizer. Se pudéssemos nos conduzir sabiamente seríamos felizes.
3. Tiago nos consola, dizendo: “Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos da liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida” (Tiago, 1:5). Deus concede sabedoria ao crente pedinte que deseja direção para sua vida. Em Cristo está a nossa sabedoria (Colossenses, 2:2,3).
4. A sabedoria de Deus põe ordem em nossas desavenças com Deus e com os nossos irmãos. Não há como haver felicidade sem harmonia com Deus e nossos irmãos. Assim com a sabedoria de Deus em nós podemos ser felizes. 
II. A sabedoria de Deus é riqueza para o homem que a encontra (v.14)
1. As riquezas dos bens materiais não podem ser comparadas a riqueza que tem aquele que encontra o caminho da sabedoria. A riqueza material trás consigo preocupação, a riqueza da sabedoria de Deus, paz de espírito; a riqueza material não garante a vida, a sabedoria de Deus, vida eterna.
2. O próprio Salomão nos exorta a usar os nossos bens na aquisição da sabedoria, ele diz: “O princípio da Sabedoria é: Adquire a sabedoria; sim, com tudo o que possuis, adquire o entendimento” (Provérbios, 4:7). É tolice achar que na abundância de bens há necessariamente sabedoria de Deus. Precisamos enriquecer o nosso espírito com a vontade de Deus.
3. O homem que encontra sabedoria tem o seu espírito satisfeito. Pois encontrou é verdadeiramente rico, pois não lhe falta nada (1 Timóteo, 6:6).
III. A sabedoria de Deus dá prazer ao homem (v.17)
1. Salomão julga a sabedoria como “caminhos deliciosos”. A sabedoria de Deus não é uma carga que o sábio leva, mais uma fonte de prazer. O insensato não se deleita na sabedoria de Deus. Para ele a sabedoria de Deus é louca, pois não segue os critérios terrenos. A sabedoria desse mundo é relativa, todavia, a de Deus é absoluta e satisfaz o coração.
2. O homem que vive para Deus recebe prazer. Ao final de sua vida, Salomão disse: “Deus dá sabedoria, conhecimento e prazer ao homem que lhe agrada” (Eclesiastes, 2:26). A sabedoria e o prazer andam juntos. Não se pode encontrar gozo no Senhor sem que haja sabedoria.
CONCLUSÃO
1.      A sabedoria de Deus é uma benção imensurável na vida do homem sábio. Nada nesse mundo pode ser negociado por ela. Pois nela está a felicidade, a riqueza e o prazer que Deus reservou para os que encontram a sua sabedoria.
2.      Portanto, busquemos o bem mais precioso dessa vida: a sabedoria de Deus. Sabendo que se pedirmos Deus nos concederá por meio do seu Espírito. Amém...

Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ênfase e Divindades Dr. Edson Cavalcante

terça-feira, 24 de junho de 2014

SETE MOTIVOS QUE PODE LEVA O CRISTÃO A SE DESVIAR DA PRESENÇA DE DEUS...


SETE MOTIVOS QUE PODE  LEVA O CRISTÃO A SE DESVIAR DA PRESENÇA DE DEUS...
A cada ano milhares de brasileiros se convertem e ingressam numa igreja evangélica. Mas, também, a cada ano, muitos abandonam suas igrejas, fazendo-as parecer um imenso corredor: muitos entrando pela porta da frente; um bom tanto deles saindo pela porta dos fundos.
Conversando com os “desviados” (é assim que nós os chamamos), ouvimos diversas explicações. Alguns dos motivos apresentados até que são relevantes; outros, porém, são meras desculpas. Mas, no fundo nós sabemos que “... nada pode nos separar do amor de Deus“; em outras palavras, nada é suficientemente forte para afastar da casa de Deus um verdadeiro filho de Deus.
Este fenômeno, no entanto, não é novo. Se considerarmos que a igreja cristã nasceu na manhã da Páscoa, no dia da ressurreição de Jesus, então, à tarde daquele mesmo dia ela já tinha dois “desviados”. Leia atentamente o relato bíblico:
“Naquele mesmo dia, dois deles estavam de caminho para uma aldeia chamada Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios (+ ou - 12 km). E iam conversando a respeito de todas as coisas sucedidas. Aconteceu que, enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e ia com eles. Os seus olhos, porém, estavam como que impedidos de o reconhecer. Então, lhes perguntou Jesus: Que é isso que vos preocupa e de que ide tratando à medida que caminhais? E eles pararam entristecidos. Um, porém, chamado Cleopas, respondeu, dizendo: És o único, porventura, que, tendo estado em Jerusalém, ignora as ocorrências destes últimos dias? Ele lhes perguntou: Quais? E explicaram: O que aconteceu a Jesus, o Nazareno, que era varão profeta, poderoso em obras e palavras, diante de Deus e de todo o povo, e como os principais sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Ora, nós esperávamos que fosse ele quem havia de redimir a Israel; mas, depois de tudo isto, é já este o terceiro dia desde que tais coisas sucederam. É verdade também que algumas mulheres, das que conosco estavam, nos surpreenderam, tendo ido de madrugada ao túmulo; e, não achando o corpo de Jesus, voltaram dizendo terem tido uma visão de anjos, os quais afirmam que ele vive. De fato, alguns dos nossos foram ao sepulcro e verificaram a exatidão do que disseram as mulheres; mas não o viram. Então, lhes disse Jesus: Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura, não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito
constava em todas as Escrituras. Quando se aproximavam da aldeia para onde iam, fez ele menção de passar adiante. Mas eles o constrangeram, dizendo: Fica conosco, porque é tarde, e o dia já declina. E entrou para ficar com eles. E aconteceu que, quando estavam à mesa, tomando ele o pão, abençoou-o e, tendo-o partido, lhes deu; então, se lhes abriram os olhos, e o reconheceram; mas ele desapareceu da presença deles. E disseram um ao outro: Porventura, não nos ardia o coração, quando ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras? E, na mesma hora, levantando-se, voltaram para Jerusalém, onde acharam reunidos os onze e outros com eles, os quais diziam: O Senhor ressuscitou e já apareceu a Simão! Então, os dois contaram o que lhes acontecera no caminho e como fora por eles reconhecido no partir do pão”. Lucas 24.13-35
Aos que abandonaram suas igrejas ou estão pensando em fazê-lo, quero dizer-lhes as mesmas palavras de Jesus àqueles dois discípulos a caminho de Emaús: Vocês são LOUCOS E DUROS DE CORAÇÃO! Sei que estas palavras são pesadas, mas é exatamente isto que significa a frase de Jesus: “Néscios e tardos de coração para crer...”.
LOUCOS E DUROS DE CORAÇÃO!
Porque Jesus foi tão severo com eles? Porque seus motivos para abandonar a igreja eram banais e fruto de seus corações endurecidos.
 Inacreditavelmente, estes mesmos motivos podem ser encontrados nas conversas com os “desviados”.
As palavras de Cleopas e de seu companheiro de viagem revelam-nos toda a verdade de seus corações. Vamos analisar o texto? Vemos ver quais motivos levaram estes dois a fazer tal loucura?
1o Motivo:   Dar ouvidos à conversa fiada – vs. 13-14
Para que alguém se converta e una-se a uma igreja evangélica, muitas pessoas, de muitas igrejas diferentes, colaboram para isso: Um lhe fala de Jesus pela primeira vez, outro lhe entrega alguma literatura, alguém ora por ele e com ele, outro o socorre numa hora de aflição, alguém o convida, outro o traz ao templo, e assim por diante.
No entanto, quando alguém chega a se afastar do Caminho, geralmente é pelas mãos de uma única pessoa. Muitas vezes pelas mãos de alguém que ele conheceu na própria igreja e que se fez seu amigo. Alguém que conversa muito ele, mas, ao invés de encorajá-lo, como recomendam as Escrituras, leva-o a se desviar.
Repare no texto bíblico:
“Naquele mesmo dia, dois deles estavam de caminho para uma aldeia chamada Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios. E iam conversando a respeito de todas as coisas sucedidas”.
O que havia em Emaús? Nada! Emaús era uma aldeia tão pequena e inexpressiva, em termos históricos, que só sabemos que ela existiu por causa deste relato bíblico; mas, mesmo que Emaús fosse uma grande cidade, o quê poderia haver lá que fosse mais importante que a notícia da ressurreição? Nada! Absolutamente, nada!
A verdade é que, enquanto a igreja estava reunida lá em Jerusalém, tentando assimilar os últimos acontecimentos e esclarecer o sumiço do corpo de Jesus, estes dois discípulos estavam voltando para sua antiga vidinha, lá em Emaús. Abandonaram a igreja.
Por quê? Por vários motivos e um deles foi por causa de conversa fiada, pois, como o texto bíblico relata, eles “... iam conversando” pelo caminho.
O texto bíblico não diz quem desviou quem, mas, como a repreensão de Jesus foi muito severa e somente o nome de um deles é citado, não corremos muito risco em afirmar que Cleopas era o conversador e, o outro, aquele que lhe deu ouvidos.
Ter amigos na igreja é muito saudável e recomendável, mas, cuide-se, há muitos “Cleopas” em nosso meio; pessoas mal resolvidas em sua fé em Nosso Senhor Jesus, pessoas que querem sair da igreja, mas, como seus motivos são meras desculpas, precisam de alguém que lhe dê ouvidos, alguém que concorde com ele e, de preferência, que saia da igreja junto com ele, para que ele se senta menos mal e culpado.
2o Motivo:   Cegueira espiritual – vs. 15-16
O texto fala de uma espécie de “cegueira espiritual”. Repare.
“Aconteceu que, enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e ia com eles. Os seus olhos, porém, estavam como que impedidos de o reconhecer”.
Eles estavam tão compenetrados em si mesmos, tão envolvidos em suas próprias desculpas e justificativas, tão convictos em sua discussão, que nem puderam notar que era o Cristo ressurreto que caminhava com eles.
Imaginem o ridículo da situação. Iremos ver, logo adiante, que eles não aceitaram a notícia da ressurreição. Provavelmente estavam dizendo: Esta coisa de ressurreição é coisa de louco! É histerismo coletivo! E, ali ao seu lado, estava aquele de quem eles estavam falando.
Observe outra coisa muito interessante: eles (que estavam cegos) julgaram-se mais informados que o próprio Cristo: “És o único, porventura, que, tendo estado em Jerusalém, ignora as ocorrências destes últimos dias?”.
As pessoas que abandonam o Caminho encontram-se em condições espirituais semelhantes, isto é, cegos. Estão tão preocupadas consigo mesmos que, literalmente, se tornam incapazes de perceber a realidade. Pior que isso, além de estarem cegas, acreditam que são as únicas que enxergam. Enchem o peito de razão, mas, fazem papel de ridículos ao discutirem temas sobre os quais não tem o menor conhecimento e ao classificarem como fanáticos ou histéricos os que ficaram firmes em suas igrejas.
3o Motivo:   Tristeza – vs. 17
“Então, lhes perguntou Jesus: Que é isso que vos preocupa e de que ide tratando à medida que caminhais? E eles pararam entristecidos”
Porque eles estavam tristes? Pela morte de Jesus, é claro!
Mas, também, pela injustiça praticada pelas autoridades (Como puderam colocar Jesus e Barrabás lado a lado?).
Pela ingratidão do povo de Israel (Como puderam escolher Barrabás?).
E, pelos problemas do grupo de Jesus (Como é que Pedro, que era tão valente, não morreu de vergonha por negar o Mestre três vezes? E quanto aos demais, não se acovardaram também, deixando o Cristo padecer sozinho? E as mulheres, então, que na hora da crucificação até que foram valentes, mas, agora, vêm com esta história de que viram e conversaram com anjos, parecendo loucas, alucinadas?).
Estavam tristes por muitos motivos. Por isso não puderam suportar a pressão. A Bíblia diz que “... a alegria do Senhor é a nossa força”. Crente triste é crente fraco! E, quando estamos fracos, temos a tendência de nos isolarmos, de fugir, de virar a mesa, de abandonar a carreira da fé.
Cuide-se, meu irmão. Não se entristeça! Nem com as autoridades, nem com a ingratidão do povo e, muito menos ainda, com sua igreja, pois todas as igrejas do mundo são iguais: são formadas por seres humanos fracos e frágeis; valentes numa hora, covardes noutra; maravilhosos num instante, desprezíveis noutro; inspiradores em certas atitudes, desastrosos em outras.
É verdade que nenhuma igreja pode viver em pecado alegando que “... toda igreja tem problemas, que nenhuma é perfeita” e não fazer nada para mudar esta situação. Se uma igreja admite isso (e a maioria admite) é porque está reconhecendo que tem problemas. Logo, tem a obrigação de dar uma parada e fazer um conserto com Deus, senão, certamente é falsa e hipócrita.
Por outro lado, no entanto, nenhum crente tem o direito de ficar triste por causa dos problemas de sua igreja, a ponto de abandoná-la. Deve, sim, orar, jejuar e promover a santidade do seu grupo, com paciência e amor. Muito amor! Se, depois de agir assim, sua igreja insistir em permanecer no pecado, então chegou a hora de pedir a Deus licença para sair em busca de um outro lugar para adorar. Porém, jamais ficar sem igreja.
4o Motivo:   Saudosismo – vs. 19
“És o único, porventura, que, tendo estado em Jerusalém, ignora as ocorrências destes últimos dias? Ele lhes perguntou: Quais? E explicaram: O que aconteceu a Jesus, o Nazareno, que era varão profeta, poderoso em obras e palavras”.
Jesus falou diversas vezes que iria voltar para o Pai e que seus discípulos iriam fazer obras maiores do que as que ele fez, mas, mesmo assim estes dois abandonaram a Igreja, pois aquele “... que era varão profeta, poderoso em obras e palavras...” havia morrido. Jesus já era. Estava morto. Suas obras pertenciam ao passado.
O dicionário define saudosismo como culto ao passado. Este é um dos principais motivos pelos quais muitas abandonam suas igrejas: Eles vivem do passado. Ah! No tempo daquele outro pastor, sim, a gente via o poder de Deus. Ah! Antigamente a Igreja orava mais, buscava mais a presença de Deus. Ah! No tempo dos apóstolos é que havia poder. Ah! No tempo de Jesus... E, assim vão caminhando e se distanciando, sem entender que o poder de Deus está à disposição de todo aquele que se santifica e que Deus se manifesta hoje em dia no meio do seu povo com a mesma graça e misericórdia de outrora.
É interessante observar que foi exatamente no momento do maior dos milagres de todos os tempos, a ressurreição, que este dois pensava que o poder de Deus havia cessado.
 Meu irmão, você acha que sua Igreja anda sem poder? Cuidado! Pode ser que você esteja virando as costas e esteja perdendo de ver as maravilhas de Deus. Mas, se for mesmo verdade que sua igreja anda assim, meio sem poder, não a abandone nesta hora difícil. Seja você aquele que vai iniciar um incêndio espiritual ali. Dedique-se ao estudo da Palavra de Deus, à oração e ao jejum, às boas obras e ao amor fraternal. Pague o preço. Não use isto como desculpa, pois, pode ser que quem está frio e sem poder seja você mesmo.
5o Motivo:   Perda da esperança – vs. 20-21
“Ora, nós esperávamos que fosse ele quem havia de redimir a Israel; mas, depois de tudo isto, é já este o terceiro dia desde que tais coisas sucederam”.
Naquela época os defuntos eram colocados em cavernas e não enterrados, como fazemos hoje em dia, e a morte era oficialmente confirmados somente após três dias do sepultamento. Tudo isso para evitar que alguém fosse enterrado vivo, pois não tinham como diagnosticar os casos de morte aparente. Mas, depois de três dias, a morte era decretada e acabava-se qualquer raio de esperança dos amigos e parentes.
Cleopas e seu amigo haviam depositado todas as suas esperanças em Jesus, mas ele morreu. E, após três dias do seu sepultamento, suas esperanças se foram.
Muitas pessoas abandonam suas igrejas porque perderem a esperança. Toda igreja passa por crises e nestas épocas, ao invés de procurar levantar o moral dos membros, muitos se apresentam como profetas, “Profetas-Só-De-Coisas-Ruins”, sempre anunciando que “há uma nuvem escura sobre a Igreja”, que Deus “está pesando a mão”, que "há pecado na igreja", tec, e tal.
Desconhecem a história da Igreja Cristã, que já passou por verdadeiras crises e superou cada uma delas, pois “Maior é o que está em nós, que aquele que está no mundo”. Esquecem que “... em Cristo, somos mais que vencedores”.
As coisas andam feias em sua Igreja? Arregace as mangas e ajude aqueles poucos que ainda estão lutando. Se você parar de reclamar, já está ajudando. Mas, se resolver colocar a mão na massa, a coisa vai!
Mesmo que sua Igreja já tenha morrido, Deus a pode ressuscitar, pois, no dicionário de Deus não consta a palavra IMPOSSÍVEL.
A esperança é a última que morre, mas, quando morre, mata o homem.
Cuide-se para não perder a esperança! Olhe sua Igreja com olhos espirituais; procure ver o que ela será pela graça de Deus e não sua situação atual.
6o Motivo:   Decepção – vs. 21
“Ora, nós esperávamos que fosse ele quem havia de redimir a Israel; mas, depois de tudo isto, é já este o terceiro dia desde que tais coisas sucederam”.
Quantas vezes Jesus afirmou que seu reino não é deste mundo? Ele deixou claro que não veio para formar um exército, para ser o governador ou o rei de uma nação, para criar uma dinastia ou qualquer destas coisas que os poderosos tanto apreciam. Apesar disto, os apóstolos pensavam que Jesus iria ser coroado e enfrentar os romanos e “redimir” (libertar) Israel.
Havia, é claro, um interesse pessoal em cada um deles, para acreditar nisso. Como amigos íntimos do Mestre, certamente eles seriam nomeados generais, ministros, secretários. Imagine um grupo de pescadores analfabetos nomeados para os altos escalões do novo governo, o governo de Jesus. Fantástico, não é mesmo?
 Mas, eles estavam confusos. Jesus nunca disse isso, nunca lhes deu qualquer esperança neste sentido.
Ora, a Bíblia diz que quem crê em Jesus jamais será confundido. O quê aconteceu com os apóstolos, para ficaram tão confusos?
 Eles deixaram de ouvir as palavras de Jesus e passaram a acreditar em suas próprias ambições e devaneios.
Muitas pessoas abandonam suas Igrejas quando se decepcionam com alguma coisa. Mas, como chegam a este ponto?
Quando deixam de ouvir as verdades de Deus para ouvir seus próprios corações. Quando enganam a si mesmos, afirmando e acreditando que Deus lhes prometeu alguma coisa, quando, no fundo, eles estão apenas tentando satisfazer suas ambições pessoais.
A Bíblia diz que só há um mediador entre Deus e os homens, Jesus. Porém, infelizmente, muitos se decepcionam porque deixam de procurar em Jesus as respostas para suas vidas e vão atrás de certos “homens e mulheres de Deus”, mendigando oração e em busca de “revelação”.  Passam a dar ouvidos aos profetas e profetizas de plantão. Passam a dar mais valor a sonhos, visões e sinais, que à presença de Deus e seus ensinos.
Outros evangélicos organizam suas vidas função de suas Igrejas e de seus líderes, de tal forma que abandonam a família, os amigos, o estudo, o autodesenvolvimento, o laser, etc. Então, num belo dia, suas Igrejas e seus líderes traem sua confiança, e a decepção vem à cavalo. Daí, não dá mais para segurar a barra. O único jeito de enfrentar a realidade é... Bem, é fugindo dela. Abandonando tudo.
 Decepcionado? A culpa é sua, se acreditou em suas próprias ambições e se organizou sua vida em função de homens e Igrejas.
Jesus nunca decepcionou alguém que tenha organizado sua vida em favor dele.
É hora de reconhecer os erros, para não cair mais.
7o Motivo: Falta de fé, descrença – vs. 22-25
“... mas, depois de tudo isto, é já este o terceiro dia desde que tais coisas sucederam. É verdade também que algumas mulheres, das que conosco estavam, nos surpreenderam, tendo ido de madrugada ao túmulo; e, não achando o corpo de Jesus, voltaram dizendo terem tido uma visão de anjos, os quais afirmam que ele vive. De fato, alguns dos nossos foram ao sepulcro e verificaram a exatidão do que disseram as mulheres; mas não o viram”.
Quase que dá para ouvir o tom de desprezo deles em relação ao testemunho das mulheres, quando se referiram a elas como "algumas mulheres"Não eram apenas algumas mulheres. Eram mulheres bem conhecidas do grupo. Mulheres respeitadas, que tinham nome e sobrenome. Mulheres que apoiaram o ministério de Jesus todo o tempo, não só financeiramente, mas, principalmente, com o serviço de suas próprias vidas. Mas, nada disso tinha qualquer valor para Cleopas e seu companheiro. Imediatamente, eles desqualificaram o testemunho delas, por serem apenas mulheres.
Mas, sua descrença não parou por aí. Descreram, também, do testemunho dos homens (De fato, alguns dos nossos foram ao sepulcro e verificaram a exatidão do que disseram as mulheres; mas não o viram). À primeira vista parece que o testemunho dos homens os deixou propensos a crer, mas, não!  Se tivessem crido no testemunho daqueles verdadeiros servos de Deus, JAMAIS TERIAM IDO EMBORA para Emaús.
Descreu da própria ressurreição, apesar dela ter sido apregoada por Jesus.
Em resumo, descreram das mulheres, dos homens e do poder de Deus. Não é à toa que a repreensão de Jesus foi tão severa.
Um dos motivos que levam as pessoas a abandonar suas igrejas é quando elas passam a agir de modo semelhante.
 É verdade que nas igrejas têm muita gente exagerada, doidas para dar um “tremendo testemunho”, tentando impressionar, para conquistar o respeito do grupo.
 Por outro lado, no entanto, há os casos verdadeiros. Testemunhos verídicos, comedidos, isentos de exageros. Pessoas que, de fato, têm experimentando uma dose maior da graça de Deus.
Como diferenciar o falso do verdadeiro? A Bíblia nos ensina a agir com prudência, sobriedade e discernimento.
Alguém certa vez disse: Para quem quer crer, nenhuma prova é preciso; para quem não quer crer, nenhuma prova basta.
 Seja crente, de verdade. Seja sábio e prudente, mas crente.  Jamais acredite em tudo; jamais duvide de tudo.
O crente vive pela fé e não por preconceitos.
Por ser que, neste ponto desta mensagem, você já tenha compreendido porque abandonou sua ou porque está pensando em fazê-lo. A pergunta que vem a seguir é natural: E agora, como voltar? Como sentir de novo a mesma alegria que eu sentia no início?
Eu estaria mentindo, se lhe dissesse que é fácil voltar ou recuperar a alegria do primeiro amor. Não é nada fácil; mas não é impossível. Vou fazer uma lista dos eventos que motivaram aqueles dois a voltar correndo para Jerusalém:
a) Jesus foi atrás deles;
b) Jesus ouviu suas queixas;
c) Jesus falou aos seus corações:
 “E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras”, de tal modo que seus “corações ardiam”;
d) Eles convidaram Jesus a entrar em sua casa;
e) Jesus restaurou a comunhão (no partir do pão);
f) Jesus abriu seus olhos (tirou a cegueira espiritual);
g) Eles voltaram correndo para Jerusalém.
 Note que, dos sete eventos que os culminaram na volta deles, somente dois foram de iniciativa humana; quanto aos demais, foram de iniciativa e Jesus.
 Em outras palavras: Se Deus não tiver misericórdia de sua vida, você jamais conseguirá voltar à sua igreja ou jamais conseguirá voltar a sentir a mesma alegria do início.
 Meu conselho é que você dobre seu joelho e clame em alta voz:
 Jesus, por favor, venha me buscar!
E, quando algum irmão ou pastor o procurar e lhe convidar para ir a um culto, vá! E, se o seu coração começar a arder, ao ouvir a Palavra de Deus, convide Jesus a entrar em seu coração e ficar com você nesta “noite fria” que se instalou em seu espírito.
Aceite o perdão de Deus (coma do pão que Jesus lhe der) e...
VOLTE PARA SUA IGREJA.
 Se não for possível nem recomendável voltar para sua igreja, peça a Deus para lhe mostrar seu novo lugar de adoração.
Não seja LOUCO E DURO DE CORAÇÃO!
Seja crente!
 Crê somente...

Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ênfase e Divindades Dr. Edson Cavalcante