SENHOR QUERO JUSTIÇA...
Pensar nesse tema é ser
automaticamente, conduzido ao sermão do monte em Mateus 5: 6, que diz: “Bem
aventurados os que têm fome e sede de justiça, por que serão fartos”.
Não podemos falar de
justiça, baseados nesse texto, sem antes tratarmos dos termos que estão
diretamente ligados a ela, mas que a antecedem:
Bem aventurados: esse
termo é muito citado, porém, não totalmente conhecido e vivido por muitos
filhos de Deus. Significa basicamente ser feliz, mas como a própria felicidade
tem sido banalizada, mal entendida e confundida com ter as coisas, a
infelicidade tem dominado a vida de muitos. Ser feliz no conceito de Jesus é
algo bem mais profundo e tem haver com o interior do ser humano. Para o Mestre
a plenitude da felicidade é independente de ter ou não qualquer “coisa”, mas
ser alguma coisa ou alguém, ou mesmo ter em si valores que realmente tem valor,
até mesmo pelo fato de Jesus fazer essa ligação direta entre justiça e
felicidade. Alguém que nunca apareceu nos relatos bíblicos sorrindo, mas sempre
revelou plenitude de paz e alegria, pois viveu para promover a justiça de Deus
na Terra. Entendemos que a infelicidade de muitos pode estar conectada com a
falta de fome e sede de justiça e não com a falta de sorrisos ou bens
materiais.
Fome e sede: essas são
necessidades básicas para sobrevivência de qualquer ser vivo. Sem a ingestão de
líquidos ou alimentos é impossível que se conserve a vida biológica, mas tão
prejudicial quanto ausência de alimento ou liquido é a contaminação daquilo que
se ingere. Às vezes, o desespero da fome e da sede pode levar pessoas a comerem
lixo, por isso é que não basta ter fome e sede, mas é necessário ter fome e
sede dos alimentos que trarão vida e não morte. Ter fome e sede de justiça e
não de injustiça, ou de violência ou vingança pessoal, mas fome de Deus e da
sua justiça.
Justiça: agora podemos
falar mais claramente do termo e tema mais desafiador do texto que é justiça.
Justiça significa dar a cada um o que lhe é de direito. A Bíblia nos ensina que
Deus é Justo Juiz, portanto dará a cada um segundo suas obras. O texto nos
desafia a ter sede dessa justiça ou desse juízo divino. Ter sede de Justiça é
ter desespero pela presença e pela manifestação da justiça de Deus para que
cada um tenha seus direitos respeitados. A fome e sede de justiça deve nos
conduzir a duas atitudes ou nos levar a responder diante da realidade e dos
desafios de duas formas:
Primeiro não sendo
indiferente diante das injustiças, pois se tem algo difícil de não demonstrar
ou de esconder é quando estamos com fome ou com sede. Então não deveríamos ser
indiferentes quando assistimos qualquer tipo de injustiça. Fome e sede que gera
essa revolta santa nos profetas que preferem perder a cabeça, como João
Batista, a ficarem calados e serem coniventes com qualquer tipo de erro, pecado
ou injustiça de qualquer tipo.
Em segundo lugar a fome
e a sede de justiça devem nos conduzir a alguma atitude que possamos de alguma
forma, promover qualquer tipo de mudança para revelar que a vontade do Deus
justo está se manifestando. Seja através da oração de um coração desesperado,
de uma palavra profética de confronto, de um voto consciente ou ainda de
qualquer resposta prática que contribua para manifestação dessa Justiça de
Deus.
Concluímos, portanto
que a plenitude da felicidade ou que os verdadeiramente bem aventurados são
aqueles que pelo desespero de veem a justiça de Deus se manifestando se
posicionam com todas as suas forças para promovê-la...
BISPO/JUIZ. MESTRE E
DOUTOR EM ÊNFASE E DIVINDADES DR.EDSON CAVALCANTE
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