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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

NÃO DESISTA DE SEUS FILHOS, MESMO AFASTADOS DA IGREJA, NAS DROGAS OU NA PROSTITUIÇÃO, ELES SÃO HERANÇA DE DEUS...


NÃO DESISTA DE SEUS FILHOS, MESMO AFASTADOS DA IGREJA, NAS DROGAS OU NA PROSTITUIÇÃO, ELES SÃO HERANÇA DE DEUS...
“Então Rispa, filha de Aiá, pegou um pano de saco e o estendeu para si sobre uma rocha. Desde o início da colheita até cair chuva do céu sobre os corpos, ela não deixou que as aves de rapina os tocassem de dia, nem os animais selvagens à noite. Quando Davi foi informado do que Rispa, filha de Aiá, concubina de Saul, havia feito.” 2 Samuel 21:10-11
Esses dias vi uma cena chocante no jornal de nossa cidade, a foto de uma mãe agarrada ao seu filho já adulto que estava na praça querendo se drogar, e a mãe apertava o seu corpo ao dela clamando: Meu filho, não se acabe nas drogas, saia desse meio de destruição!
    Esse ato desesperador daquela mãe me fez lembrar da vida de Rispa, como mãe amorosa, e totalmente devotada a sua família. É sobre Rispa que passarei a discorrer nessa mensagem.
   A narrativa bíblica que fala da vida de Rispa, seu comportamento, sua atitude frente às muitas lutas que passou na vida, demonstra que tipo de mulher ela era.
   Rispa era uma mulher bonita que atraia os olhos de todos os homens que passavam. Concubina (escrava) do Rei Saul, teve com ele dois filhos Armoni e Mefibosete, eles foram criados no palácio real. Rispa conheceu a glória de gerar dois príncipes e a viver sustentada e honrada pelas benesses, promovida pelo reinado de Saul.
 Mas um dia o rei Saul, pai de seus filhos é perseguido e morre. Começa na vida de Rispa, o período de dificuldade, escassez, perdas, e fugas. Ela experimentou o período de deserto e exploração.
 Houve um tempo de fome que perdurou por três anos e atingiu Israel durante a primeira metade do reinado de Davi, em Jerusalém. Acreditava-se que esta calamidade aconteceu por causa de “Saul e da sua casa sanguinária. Desrespeitando a aliança que havia entre Israel e os gibeonitas, onde Israel deveria protegê-los, Saul matou os gibeonitas“. Os gibeonitas não eram israelitas, mas o restante dos amorreus, que Saul perseguiu de dentro de Israel. Então, o rei Davi consultou-os sobre como o grande mal que Saul causou a eles poderia ser reparado. Eles responderam que só a morte da descendência de Saul poderia amenizar o grande mal. E assim foi feito Davi concordou em entregar a eles os dois filhos de Rispa e cinco dos filhos de Merabe, filha mais velha de Saul, que ela tivera à Adriel. Os gibeonitas os condenaram à morte, e penduraram seus corpos no santuário em Gibeá.
 Então Rispa tomou seu lugar sobre a rocha de Gibeá, e por seis meses observou os corpos suspensos de seus filhos, para impedi-los de ser devorado pelas feras e aves de rapina, até serem finalmente levados para baixo e enterrados por David (2 Samuel 21:13).
 O AMOR LEVADO AO EXTREMO DE UMA MÃE
  Rispa possuía como herança seus dois filhos. Deles nasceriam os netos e sua posteridade seria concretizada. Mas um dia por ordem do rei Davi, seus filhos foram sacrificados para que a maldição sobre Israel fosse extipada.
 Você pode imaginar essa cena: Armoni e Mefibosete, sendo levados pelos guardas, e Rispa chorando e gritando pelos filhos. A morte estava atravessando sua alma. Mas Rispa decide enfrentá-la, não abandonando seus filhos no tempo que eles mais precisaram da presença da mãe, no tempo da morte.
   Essa forma de lidar com as agruras da vida nos faz lembrar Maria, mãe de Jesus, quando muitos o abandonaram, ela estava presente, uma mãe amorosa e sofredora ficou ao pé da cruz. João 19:25-27
 Nunca desista de seus filhos eles precisam de você em todas as horas, principalmente quando a vida apresenta suas dificuldades.
 Ao ver seus filhos mortos, Rispa, em grande desespero tomou a decisão de não abandonar seus corpos, pois sabia que em pouco tempo seriam dilacerados pelas aves e pelas feras do campo. Ela pegou seu pano de saco e montou vigília dia e noite, enxotando as bestas feras, protegendo assim os corpos de seus filhos, mesmo quando em decomposição. Ela não se afastou.
 Seis meses, se passaram, e Rispa, fraca, débil, sem tomar banho, permanecia em sua vigília. Seu ato longe de causar desaprovação daquela comunidade, trouxe um tempo de grande reflexão e comoção social.
     Rispa é o símbolo da mãe, amorosa, persistente, despojada, lutadora. Que decide lutar até ao extremo, movida pelo amor de mãe, que quando sente seus filhos arrancados de seus braços, decide lutar  para protegê-los, mesmo na morte,  não se deixando vencer, nem dando prazer as bestas feras.
 Sua atitude é um exemplo às nações da expressão do amor sacrificial. Era como se dissesse: por vocês meus filhos, jamais deixarei que as aves de rapina consumam seus corpos ainda que estejam mortos.
   Quais são as aves de rapina que tentam destruir nossos filhos: Vícios das drogas, prostituição, namoros libertinos, vida libertina, rebeldia, más companhia. Etc.
   Infelizmente muitos pais abandonam seus filhos ainda vivos, deixando-os para serem dilacerados pelas bestas feras desta vida. Uma vergonha! Mas ainda a tempo de mudança de comportamento. II Cor 6:2
AS RECOMPENSAS RECEBIDAS PELO AMOR
   O ato de amor extremo de Rispa pelos seus filhos comove o Rei dos Reis, o Senhor Todo Poderoso, mandando chuva na terra, e comove o coração do rei Davi, dando dignidade aqueles filhos, concedendo que fossem enterrados junto a seu pai.
A chuva de bênção sobre a terra (do Céu) “…Desde o início da colheita até cair chuva do céu sobre os corpos..”
1.           O ato singular de Rispa, seu sacrifício, sua dor, seu sofrimento gera bênção a toda uma nação, fazia mais de três anos que a terra não recebia a chuva. A repreensão de Deus trouxe a escassez, mas o sacrifício trouxe a chuva e com chuva a bênção da provisão.
 Deus aceitou o sacrifício dos filhos de Rispa e abençoou a terra de Israel.
 2.   Honrada pelo rei. (da terra).
“Quando Davi foi informado do que Rispa, filha de Aiá, concubina de Saul, havia feito, ele mandou recolher os ossos de Saul e de Jônatas, tomando-os dos cidadãos de Jabes-Gileade. (Eles haviam roubado os ossos da praça de Bete-Seã, onde os filisteus os tinham pendurado, no dia em que mataram Saul no monte Gilboa.) Davi trouxe de lá os ossos de Saul e de seu filho Jônatas, que foram recolhidos dentre os ossos dos que haviam sido executados. Enterraram os ossos de Saul e de Jônatas no túmulo de Quis, pai de Saul, em Zela, na terra de Benjamim, e fizeram tudo o que o rei ordenou. Depois disso, Deus respondeu as orações em favor da terra de Israel. “2 Samuel 21:11-14
   Os filhos de Rispa, Armoni e Mefibose, receberam uma sepultura digna ao lado seu avô, Quis, seu pai rei Saul e seu irmão Jonatas.
 O AMOR DE DEUS POR NÓS É EXTREMO
“Ora, antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim. “ João 13:1
 O amor de Deus por seus filhos é semelhante ao de Rispa que é levado ao extremo. “Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores.” Romanos 5:8
 O filho unigênito do Pai, foi crucificado por amor aos pecadores.  Jesus morreu para que a terra fosse abençoada com salvação. “Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, deu-nos vida juntamente com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões — pela graça vocês são salvos.” Efésios 2:4-5
  Jesus é a própria água viva que desceu dos céus para trazer vida a humanidade. ”No último e mais importante dia da festa, Jesus levantou-se e disse em alta voz: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”. João 7:37-38
 Deus nos dará o galardão pelo reconhecimento da perseverança, do amor e da dedicação devotado ao seu reino e a sua palavra. ”Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.” Hebreus 11:6.
 Na maioria das vezes, nós não entendemos os desígnios de Deus. Porque aqueles rapazes tiveram que ser sacrificados de forma tão desumana? Porque o sacrifício de Jesus foi tão duro? Hoje, sabemos que havia propósitos por detrás desses acontecimentos. E mesmo em grande tristeza, o amor pode ser exaltado e conhecido. Muitas lições puderam ser tiradas deles e atitudes puderam ser reexaminadas. A nação de Israel pode contemplar até que ponto o amor de uma mãe pode ser medido e as nações puderam conhecer o amor sem igual de Deus por essa humanidade, na morte salvadora de Jesus...

BISPO/JUIZ.MESTRE E DOUTOR EM ÊNFASE E DIVINDADES DR.EDSON CAVALCANTE

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