PESCADORES DE HOMENS OU PEIXEIROS...
(Lucas 5:1-11)
Introdução: Hoje é muito
comum vermos dentro das Igrejas, que se dizem serem pentecostais, Pastores que
deviam conduzir com responsabilidade o Rebanho do SENHOR, maltratando as
ovelhas e afastando cada vez mais elas do aprisco, Pastores que deviam
estenderem e alargarem as redes (PALAVRA DE DEUS) , para pescarem almas para o
REINO DE DEUS, sendo verdadeiros peixeiros, (VENDENDORES) de almas, não tem
ELES a menor responsabilidade e respeito pelas ovelhas que JESUS colocou em
suas mãos. O Profeta Jeremias no Capitulo 23, Versículos do 1 ao 5, o SENHOR
exorta dizendo AI dos Pastores que tratam mau ao meu rebanho, agora meditemos
na mensagem de deus abaixo:
Onde quer que Jesus
fosse, ele sempre arrastava uma multidão atrás dele. A mensagem dele era
profunda, surpreendente, diferente e mais autoritária do que o ensino dos
líderes religiosos dos judeus. Até mesmo os guardas enviados para prender Jesus
voltaram sem trazê-lo, dizendo, “Jamais alguém falou como este homem”
(João 7:32-46).
“Assentando-se,
ensinava do barco as multidões” (5:1-3). Jesus aproveitava qualquer situação
como palco para ensinar a quem quer que o escutasse. Ele ensinou durante a
recepção de um casamento (João 2:1-11), enquanto caminhava pela seara (6:1-5;
cf. Mateus 12:1-8; Marcos 2:23-28), nas sinagogas (4:16; etc.), nos montes
(Mateus 5:1-2; Marcos 13:3-5; etc.), ou em qualquer outro lugar onde havia
pessoas.
Em Lucas 5, Jesus se
encontrava à beira-mar, seguido de perto pelo povo. É possível que algumas
destas pessoas o estivessem seguindo desde Nazaré, onde ele pregou na sinagoga
e afirmou que ele mesmo estava cumprindo alguns trechos messiânicos do livro de
Isaías! (veja 4:14-30). Outras pessoas talvez viessem de Cafarnaum, onde Jesus
operou curas milagrosas e expulsou muitos demônios (4:31-41). Ainda outras
poderiam ter vindo das cidades da Judéia, onde Jesus havia anunciado “o evangelho
do reino de Deus” (4:42-44). Por causa de tudo que viram e ouviram,
estavam agora “ao apertá-lo...para ouvir a palavra de Deus” (5:1).
E, conforme o seu costume, Jesus os ensinou.
“Faze-te ao largo” (5:4). Depois de
ensinar a multidão, Jesus tornou o foco de seu ensino ao grupo de seus próprios
discípulos. Há necessidade tanto de ensino público como de ensino particular.
Às multidões, Jesus lançava a base de instrução do evangelho do reino de Deus,
como no famoso “sermão do monte” (veja Mateus 5:1 - 7:29). Nas horas que ele
passava mais a sós com um número menor de seus discípulos, ele desvendava
alguns dos mistérios mais profundos da vontade de Deus (veja, por exemplo,
Marcos 4:10-20). Estes homens em particular já haviam decidido que iriam seguir
Jesus (veja João 1:35-42). Agora, porém, Jesus os chamou para segui-lo de uma
forma especial, o que faria com que ele pudesse os tornar em seus apóstolos.
Por isso, ele os separou da multidão, a fim de instrui-los mais íntima e
profundamente por meio de uma parábola “ativa” de pesca, na qual eles mesmos
teriam a participação principal.
“Lançai as vossas
redes para pescar” (5:4).
Pedro, André, Tiago e João eram pescadores profissionais, ganhando as suas
vidas na carreira que aprenderam e praticaram neste mesmo lago. Neste dia em
que Jesus chegou para ensiná-los, eles já haviam passado a longa noite anterior
numa tentativa frustrada de pesca. Quando Jesus pediu que colocassem as redes
na água novamente, Simão Pedro reagiu rapidamente, dizendo, “Mestre,
havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos...” (5:4). Afinal, quem
era este carpinteiro para ensinar quatro pescadores como pescar? Ele obviamente
não sabia que era melhor pescar de noite, e não de dia! Ele obviamente não
sabia que os peixes estavam em outra parte do lago, já que Pedro e os outros
profissionais haviam pescado a noite inteira sem sequer encontrá-los nesta região!
Porém, Pedro já
conhecia a Jesus. Foi este carpinteiro que Pedro viu expulsar um demônio da
sinagoga em Cafarnaum usando apenas a sua palavra (4:36). Depois, foi este
mesmo carpinteiro que havia curado a sogra dele e muitas outras pessoas
(4:38-41). Por conhecer Jesus e o poder de sua palavra, Pedro se segurou no
meio de sua objeção e disse, “sob tua palavra lançarei as redes” (5:5).
“Apanharam grande
quantidade de peixes” (5:6). Quando Pedro deixou de confiar na sua própria
experiência e na sua própria sabedoria, ele escutou a Jesus, e o resultado foi
surpreendente! Apanharam tantos peixes que as redes estavam prestes a se romper
(5:6). Por causa da enorme quantia de peixes, Pedro e André pediram a ajuda de
seus sócios, Tiago e João (5:7). E quando estes vieram, encheram os dois barcos
“a ponto de quase irem a pique”! (5:7)
“Senhor, retira-te de
mim, porque sou pecador” (5:8). A reação de Pedro indica claramente que ele
acreditava estar na presença do Divino. Séculos antes, quando o Senhor apareceu
a Isaías para comissioná-lo à sua missão, o profeta teve uma reação semelhante,
dizendo: “ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros,
habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o
Senhor dos Exércitos!” (Isaías 6:5). À vista do milagre desta pesca –
algo como nenhum destes pescadores profissionais jamais havia presenciado –
Simão Pedro se prostrou aos pés de Jesus, o adorando.
“Não temas; doravante
serás pescador de homens” (5:10-11). Certamente, presenciar um milagre era algo
apavorante. Mas Jesus, acalmando seu discípulo Pedro, explicou o sentido
verdadeiro desta parábola da qual participavam. Da mesma forma que haviam sido
treinados para pescar peixes, se seguissem as instruções de Jesus ele iria
treiná-los para “pescar” homens. Admirados com o poder da palavra de Jesus,
“deixando tudo, o seguiram” (5:11).
Observações gerais acerca de “pescar”
homens
O trabalho
importantíssimo de pregar o evangelho ao mundo não terminou com a morte de
Jesus e seus apóstolos. De fato, Jesus disse que a morte e a ressurreição dele
eram apenas etapas no plano de Deus para a salvação. Uma outra etapa necessária
seria a pregação destas boas novas “a todas as nações, começando de
Jerusalém” (veja 24:44-47). Portanto, este trabalho continuará até que
o Senhor volte. Então, o que aprendemos daquele dia sobre a pregação do
evangelho?
A “pesca” se faz por
rede, e não por isca e anzol (5:4-6). Muitas pessoas praticam a “pregação
do evangelho” como se fossem pescadores com anzóis. Preparam uma “isca” para
atrair o maior número de pessoas – e quando estas enfiam o anzol nas suas
bocas, dificilmente se desprendem. Muitos prometem “riquezas” ou “bençãos” aos
que frequentam as suas igrejas e pagam os dízimos com fidelidade. Outros
oferecem “curas” ou “descarrego”, e ainda outros dizem ser os únicos que
entendem a palavra da verdade. Com tanta isca por aí, ouvir o “evangelho” acaba
sendo apenas uma busca pelo que parece bem aos próprios ouvidos (veja 2 Timóteo
4:3-4).
Mas Jesus ensinava a
pregação do evangelho na imagem de uma rede. Certa vez, falando acerca do reino
do céu, ele disse: “é... semelhante a uma rede, que lançada ao mar,
recolhe peixes de toda espécie. E, quando já está cheia, os pescadores
arrastam-na para a praia e, assentados, escolhem os bons para os cestos e os
ruins deitam fora. Assim será na consumação do século: sairão os anjos, e
separarão os maus dentre os justos...” (Mateus 13:47-49). A questão não
é de “atrair” as pessoas com doutrinas e grandes promessas. Antes, o que é
necessário é de lançar a mesma rede do evangelho sobre todos, sabendo que “é
o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê...” (Romanos
1:16).
Deste modo, não cabe
ao “pescador” decidir onde e quando irá “pescar” e nem mesmo qual “isca” irá
usar. Quem prega o evangelho deve pregar a todo tempo e “a toda criatura”
(Marcos 16:15; veja também 2 Timóteo 4:1-2). Se todo o evangelho for
pregado, ele irá arrastar os homens, assim como peixes numa rede. Repare que
este foi o trabalho do apóstolo Paulo, que explicou: “Antes de tudo, vos
entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo
as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as
Escrituras” (1 Coríntios 15:3-4). Ele simplesmente decidiu nada saber
entre eles, "senão a Jesus Cristo e este crucificado” (1
Coríntios 2:2).
A “pesca” terá
sucesso apenas se for “sob a... palavra” de Jesus (5:5). Como os
pescadores aprenderam, Cristo é a chave. Sem ele, nada pescaram, embora usassem
todo o seu esforço e recursos. Com ele, num único lançamento da rede, pescaram
infinitamente mais de que já haviam visto. A nossa experiência, as nossas
idéias, as nossas maneiras de alcançar o mundo perdido não são nada sem ele.
Pessoas influentes e até igrejas inteiras têm feito programas “em nome de
Jesus” que nada têm a ver com ele e que não ajudam a ninguém no sentido de
escapar do pecado (veja Mateus 7:21-23; 23:15; Colossenses 2:20-23).
Jesus disse: “Ide,
portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e
do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos
tenho ordenado” (Mateus 28:19-20). Assim, cristãos não são pessoas que
aprenderam todos os pormenores da doutrina de Cristo. Cristãos são pessoas que,
ao ouvirem o evangelho de Jesus, se submetem a obedecê-lo em tudo. As pessoas
convertidas no dia de Pentecostes, por exemplo, pouco sabiam das doutrinas
específicas dadas à igreja. Afinal, muitas destas doutrinas ainda não haviam
sido reveladas. Portanto, após mostrarem seu arrependimento e serem batizadas,
estas pessoas recém-convertidas “perseveravam na doutrina dos
apóstolos...” (Atos 2:37-42). Mais tarde, os apóstolos iriam
encorajá-los, dizendo “desenvolvei a vossa salvação...” (Filipenses
2:12), “desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno
leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para
salvação...” (1 Pedro 2:2), “crescei na graça e no conhecimento
de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo...” (2 Pedro 3:18), e muitas
outras exortações semelhantes.
Ser “pescador de
homens” exige uma mudança de “profissão” (5:10-11). Não obstante o que fazem
para ganhar a vida, cristãos deveriam ter como profissão principal lançar a
rede do evangelho. Quando fazemos compras, devemos lançar a rede. Na escola, no
trabalho, ou no lazer, devemos lançar a rede, “de sorte que somos
embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio”
(2 Coríntios 5:20)...
BISPO/JUIZ.PHD.THD.DR.EDSON
CAVALCANTE
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