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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

A ORAÇÃO DE HABACUQUE...



                                                   A ORAÇÃO DE HABACUQUE ...
Oração pela Inadvertência dos Povos
O terceiro capítulo do livro de Habacuque apresenta uma notável diferença de estilo literário em relação aos capítulos anteriores. Percebe-se claramente que se trata de um salmo, um “cântico de advertência em tom de lamento” (v. 1). A majestade de Deus e sua soberania são aqui maravilhosamente apresentadas, o Eterno Todo-Poderoso, Juiz de Toda a Terra, causa pânico nos seus adversários e temor nos seus seguidores.

I. Um Cântico, Uma Confissão.
1.            Lamento sobre “Sigionote” = Transgredir pelo erro, pecar (v. 1).
TEB – “Oração do profeta Habacuque. No tom das lamentações.”
Referem-se a um senso moral de transgressão, que conseqüentemente traz a lume os pecados dos transgressores, judeus e caldeus. Essa transgressão sofre, então, uma advertência em forma de canto.
2.            Ouvi Senhor, e temi. “Senhor, eu ouvi a tua fama e temi” (v. 2a).
“Senhor, ouvi falar da tua fama; tremo diante dos teus atos, Senhor”.
Tratam da fama do Senhor, ou das notícias que fizeram com que o profeta tivesse medo, notícias do juízo de Deus sobre Judá por meio dos caldeus e sobre os próprios caldeus. Obviamente não podemos afirmar que o temor do profeta se restringe ao juízo sobre os transgressores, mas ao temor à onipotência e soberania de Deus, que indica não só reverência, mas também fé na atuação do Juiz do Universo.

II. Um Testemunho, Uma Esperança.
1.            No meio dos anos, reaviva e realiza (v. 2b).
O testemunho dos feitos do Senhor suscita em Habacuque o desejo de ver o grande Iahweh completando sua obra na história. Deus reavivaria sua atividade visível em Israel e a concluiria no meio dos anos (na plenitude dos tempos Gl 4.4), por meio de Jesus Cristo, nosso redentor.
2.            Mesmo na ira, sê misericordioso (v. 2c).
Habacuque sabia que seu povo, Judá, precisava ser disciplinado, o que aconteceria pela mão dos babilônios. Ainda sim, conhecendo bem o seu Deus, pede que mesmo na disciplina o Senhor use de misericórdia, pois ele sabe que “horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hb 10.31). Deus pode nos livrar das mãos dos homens, porém, quem nos livrará das mãos de Deus?

III. Um Justo Juiz, Uma Sentença.
1.            Deus vem de Temã, e do monte Parã vem o Santo (v. 3a).
O monte Parã se localiza no deserto de Tema, uma zona montanhosa ao norte do Sinai, onde acamparam os israelitas na sua marcha para a terra prometida (Nm 10.11-12) O Senhor vem da região do Sinai, isto é, do lugar onde ele se revelou ao seu povo e lhe deu a conhecer a sua lei. Do solo do pacto vem um Deus justo, O Santo, aplicar a sentença sobre os culpados. Deus avança pelo sudoeste da Palestina, região donde vêm também as tempestades. Sua aproximação é descrita sob o aspecto de uma nuvem de tempestade
2.            A sua glória e o seu louvor enchem a terra (v. 3b).
Quando o Santo se põe em marcha, a sua glória cobre os céus e, em paralelismo, sua majestade enche a terra.
3.            Deus resplandecente, detentor de todo o poder (v. 4, 5a)
A glória de Deus é como o brilho do sol, Ele tem em si mesmo um brilho inacessível que subjuga as trevas, removendo qualquer dúvida de que ele é o Senhor, Todo-Poderoso, inigualável. Esse brilho é o seu poder, poder que está detido em suas mãos; de seus punhos procede a sua força e somente ele pode utilizá-lo.
4.            Peste e pestilência o acompanham, é hora do juízo (v. 5)
Peste e pestilência procedentes de Deus personificam e representam seu juízo. A dor, o pranto, o ranger de dentes, são conseqüências da desobediência a um Deus puro e santo. Após passar e aplicar seu juízo a terra ainda sofre a febre da passagem do Senhor.
5.            Parou e mediu a terra, os montes são abatidos (v. 6)
Um lance de seu olhar medindo os méritos humanos mostra que são todos faltosos diante de si, comprova seu direito soberano de julgar e atribuir juízo aos homens. Nem os grandes montes que povoam a terra por milhares de anos resistem à eternidade de Deus, toda sua obra se dobra e se despedaça ante sua grandiosidade, ante sua majestade. Seus caminhos é que são eternos.
6.            Cusã e Midiã tremem (v. 7)
Depois de serem medidas por Deus, depois de receberem o veredicto de culpadas, Cusã e Mídia são tomadas de pavor, pois nada poderá livrá-las das mãos do Altíssimo.

Deus disciplina Israel, mas tem misericórdia de seu povo escolhido, porém, a disciplina para os que estão longe da sua graça nunca termina. Os povos que oprimiram Israel desde o princípio da sua jornada pagarão um alto preço por tocarem no povo “ungido do Senhor”, da mesma forma pagarão alto preço os que se mantiverem afastados de sua verdade, zombando e blasfemando contra o criador. Com mão forte Iahweh executará sua sentença, com pavor e poder aterrorizará os seus inimigos levando-os à plena destruição.

"Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (GL 6:7).

Deus abençoa a todos...
BISPO/JUIZ.PHD.THD.DR.EDSON CAVALCANTE

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