Introdução ao Livro de Hebreus
Não Desista!
Quem trocaria um lustroso carro
novo por outro velho e enferrujado, ou um refulgente anel de diamante por uma
peça de bijuteria pretejada? Somente uma pessoa insensata faria negócios como
esses! O livro de Hebreus foi escrito para pessoas que estavam em perigo de
fazer exatamente tal troca assim. Eram cristãos pensando em deixar seu
relacionamento com Cristo para voltar a viver sob a Lei de Moisés. O escritor
de Hebreus estava determinado a mostrar aos seus leitores que escolha idiota
seria essa!
O autor de Hebreus não se
identificou pelo nome, no livro. Ele conhecia Timóteo (13:23) e possuía sólido
entendimento do Velho Testamento. Muitos estudantes da Bíblia acreditam que foi
Paulo quem escreveu Hebreu, mas outros argumentam que esse autor não era um dos
apóstolos (veja 2:3). Provavelmente, o máximo que podemos concluir com certeza
é que o autor era inspirado.
Em vista do tema do livro, é
improvável que o autor tivesse deixado de mencionar a destruição do templo, no
ano 70 d.C., se esse evento tivesse ocorrido ao tempo da escrita. Uma vez que
ele não citou esse evento para apoiar seus argumentos (veja 10:25 para uma
possível referência), podemos aceitar que ainda não tivesse acontecido, e uma
data próxima de 65 d.C. pode ser aceita para a escrita de Hebreus.
Hebreus foi escrito claramente
para ouvintes conhecedores das Escrituras do Velho Testamento e, especialmente
dos rituais de sacrifícios da Velha Lei. É evidente que os leitores pretendidos
eram judeus cristãos (por exemplo, 3:1; 4:14-16). Eles tinham sofrido alguma
perseguição, como resultado de sua fé e alguns, provavelmente desanimados por
suas tribulações ou em dúvida sobre seu compromisso com Cristo, estavam
pensando em voltar para o judaísmo. Outros já tinham deixado de reunir-se com
seus irmãos (10:19-39). Como no caso da identidade do autor, não podemos dizer
com certeza onde estas pessoas viviam, mas muitos estudantes da Bíblia
favorecem Jerusalém ou Roma como possíveis destinos para a epístola (veja
13:24).
Como foi sugerido no início deste
artigo, o tema de Hebreus é a superioridade de Jesus Cristo. O autor argumenta
que Jesus é superior aos anjos, Moisés, Josué e Arão (capítulos 1, 3, 4 e 7,
respectivamente). Não somente Jesus é um Legislador e Sumo Sacerdote superior,
mas sua aliança é superior à Aliança Mosaica (capítulos 8-10). De fato,
“melhor” é a palavra chave do livro (1:4; 7:22; 8:6, etc.)!
Perguntas para estudar:
1. O escritor de Hebreus se
identifica? Não, mas suspeita de ser Paulo de Tarso.
2. Hebreus foi escrito
provavelmente antes ou depois da destruição do templo, em 70 d.C.? Antes, 65
d.C.
3. Hebreus foi escrito para
cristãos judaicos ou cristãos gentios? Cristãos judaicos.
4. De acordo com Hebreus, Jesus é
superior a quais pessoas? Anjos, Moisés, Josué e Arão.
5. Qual é a palavra chave de
Hebreus? Superioridade de Jesus Cristo.
Estudo Textual: Hebreus 1:1-14
Jesus: Superior aos Anjos
No monte da transfiguração, a voz
que vinha da nuvem confirmou a Pedro, Tiago e João que Jesus é o Filho amado de
Deus e que devemos ouvir a Ele, em vez de Moisés ou Elias (Mateus 17:1-8). O
escritor de Hebreus afirma o mesmo ponto, logo no começo de sua epístola. Ele
observa que, enquanto Deus usou vários métodos e indivíduos para levar sua
palavra à humanidade, no passado, seu porta-voz durante estes “últimos dias” é
seu Filho (Hebreus 1:2). O apóstolo Pedro afirmou que estamos vivendo nos
últimos dias, quando identificou os acontecimentos de Pentecostes (Atos
2:16-17) como o cumprimento da profecia de Joel a respeito desses dias. Esta
afirmação sobre a autoridade de Jesus tem importantes implicações para aqueles
que desejam justificar suas práticas religiosas dando ouvidos a Moisés, isto é,
apelando para a lei de Moisés em busca de autoridade.
O tema de Hebreus é a
superioridade de Jesus Cristo. Jesus não é só um outro porta-voz; Ele é muito
superior em natureza aos profetas que o precederam. Ele não é somente Criador e
Redentor (Hebreus 1:2-3); Ele é também Divindade. Ele não é a mesma pessoa que
o Pai, mas ele é a “expressão exata” do Pai e, assim, participa da natureza
eternal do Pai!
O restante do capítulo é dedicado
a demonstrar que Jesus é também superior aos anjos. Ele obteve um “mais
excelente nome” do que eles (1:4). “Nome” se refere mais ao caráter e à posição
do que à palavra pela qual alguém é chamado.
O autor de Hebreus usa o silêncio
de Deus para afirmar seu ponto. Ele cita afirmações divinas a respeito da
posição de Jesus e então pergunta se Deus jamais disse tal coisa de qualquer
dos anjos (1:5). A questão é obviamente retórica; Deus nunca se dirigiu a
nenhum dos anjos como seu Filho. Pode então, qualquer dos anjos assumirem a
posição de Filho de Deus, uma vez que Deus não os proibiu de fazê-lo?
Certamente que não! O argumento do escritor de Hebreus depende da premissa de
que o silêncio de Deus é proibitivo, não permissivo: um princípio importante
para todos nós que procuramos a aprovação de Deus em nossas vidas. O escritor
usa o mesmo tipo de argumento (do silêncio de Deus) nos versículos 13-14.
A comparação entre Jesus e os
anjos continua quando o escritor de Hebreus observa que os anjos são espíritos
servidores, que adoraram o Filho durante sua encarnação (1:6-7,14). Jesus,
contudo, é um Monarca cujos anos não findarão, isto é, Ele é um ser eterno.
Perguntas para estudar:
1. Através de quem Deus fala
conosco, nestes dias? Jesus Cristo
2. É Jesus um ser criado ou
eterno como o Pai? Eterno como o Pai
3. É alguma coisa divinamente
autorizada pelo simples fato de que Deus não a proibiu? Qualquer dos anjos assumirem a posição de
Filho de Deus.
4. É Jesus superior aos anjos em
natureza, posição ou ambos? Sim, porque Ele é Deus.
Estudo Textual: Hebreus 2:1-18
Jesus: Feito como seus Irmãos
O primeiro capítulo de Hebreus
afirma, claramente, a superioridade de Jesus sobre profetas e anjos. Em vista
deste fato, o autor ressalta a necessidade de prestar atenção à mensagem dada
pelo Senhor (2:1) e confirmada por Deus através de milagres (2:4). Ele defende
esta ideia usando uma forma de argumento que aparecerá várias vezes, em seu
livro. Aqueles que desobedeceram à lei entregue pelos anjos (a Lei de Moisés)
foram justamente punidos. Desde que Jesus é superior aos anjos, é ainda mais
certo que a desobediência de sua lei será punida (2:2-4). Esta forma de
argumento é, às vezes, chamada “do secundário para o principal”, isto é, o
ponto é apresentado do caso menos importante para o caso mais importante.
Os primeiros quatro versículos
também introduzem outro padrão encontrado neste livro. Enquanto o autor
argumenta de um modo muito lógico, ele interrompe periodicamente seu raciocínio
com advertências aos seus leitores. Ele escrevia aos cristãos que estavam
pensando em voltar ao judaísmo. Há cinco advertências, como estas, espalhadas
através de todo o livro (2:1-4; 3:7-4:13; 5:11-6:20; 10:19-39; 12:25-29). Estas
advertências são duras e mostram que é possível para os cristãos serem
condenados eternamente se abandonarem o Senhor (veja especialmente 6:4-6 e
10:26-29).
O escritor cita Salmo 8 (2:6-8),
uma passagem que observa que o homem foi criado um pouco mais baixo do que os
anjos. Este fato, provavelmente, levantou uma questão na mente de seus
leitores. Se Jesus é superior aos anjos, por que ele tomou a forma de um homem,
que foi feito inferior aos anjos?
A resposta a esta pergunta é
encontrada no papel redentor que Jesus desempenha. O homem precisa de um
mediador entre Deus e si mesmo. Porque Jesus sofreu e foi tentado como são os
homens neste mundo, ele pode, portanto, ajudar os homens como um misericordioso
e fiel Sumo Sacerdote (2:17-18).
O autor de Hebreus voltará ao
assunto do sumo sacerdócio de Jesus para uma extensa discussão, mais tarde
neste livro. Neste capítulo, contudo, ele afirma que Jesus tinha que se tornar
como seus irmãos, de modo a servir como Sumo Sacerdote. Ele tinha que tomar um
corpo humano para experimentar a morte por todos os homens. Através de sua
morte e ressurreição, ele derrotou Satanás, que tem o poder da morte (2:14).
Ele tinha que se tornar como os homens, isto é, partilhar da carne e do sangue
(2:14), porque dá ajuda aos homens, e não aos anjos (2:16). Deus seja louvado
por termos um Sumo Sacerdote que entende nossa situação!
Perguntas para estudar:
1. Como Deus testificou a
mensagem da salvação?
2. Pode-se obedecer ao evangelho
e, mais tarde, deixar o Senhor e perder-se eternamente?
3. Por quem Jesus morreu?
4. Como Jesus é plenamente
qualificado para ajudar os homens?
Estudo Textual: Hebreus 3:1-4:16
Um Descanso Permanece
No capítulo 1 de Hebreus, o autor
afirmou que Jesus é superior tanto aos outros profetas de Deus como aos anjos.
Ele continua sua afirmação no capítulo três, observando que Jesus é superior
até mesmo a Moisés! Os judeus tinham muito respeito por Moisés, porque ele
recebeu a velha lei de Deus e o escritor de Hebreus reconhece sua fidelidade.
Mas Jesus é superior até mesmo a Moisés, do mesmo modo que o construtor de uma
casa tem mais honra do que a casa que ele constrói (3:3), assim como o filho do
dono da casa é superior a um servo daquela casa (3:1-6). De fato, é sua casa! O
escritor fala da igreja (3:6- “qual casa somos nós”; veja também 1 Timóteo
3:15). Mais tarde, no livro, o escritor estenderá este argumento da
superioridade de Jesus, observando que sua aliança é também superior àquela
dada através de Moisés (capítulos 9 e 10).
Os cristãos, contudo, precisam
guardar “firme até ao fim”(3:6). É este comentário do autor que introduz o
segundo trecho de advertência do livro (veja também 2:1-4; 5:11-6:20; 10:19-39;
12:25-29). Ele cita o Salmo 95:7-11 para introduzir a descrença e o fracasso de
Israel, o povo escolhido por Deus, no passado. O restante do capítulo 4 é
dedicado a advertir seus leitores a não repetirem o erro de Israel, em se
afastar de Deus (4:11).
A Israel foi prometida um
descanso, mas a nação não herdou esse descanso. O autor afirma que eles não
poderiam entrar no descanso prometido por causa da descrença (3:19), por causa
da desobediência (3:18). Por que Israel foi forçado a peregrinar no deserto?
Descrença ou desobediência? Ambos: sua descrença resultou em sua desobediência
(4:6)! É possível para o povo escolhido por Deus, nestes dias, afastar-se do
Deus vivo, ao endurecer-se através do engano do pecado (3:12-14).
O autor observa que o descanso
prometido ainda permanece (4:1, 9)! Aqueles a quem ele foi prometido inicialmente
não o herdaram; eles morreram nas peregrinações no deserto. Mesmo quando a
nação de Israel entrou finalmente na terra de Canaã, o descanso ainda
permaneceu (4:8); de outro modo o salmista não teria escrito muitos anos depois
da conquista de Canaã como se o descanso permanecesse (Salmos 95:7; Hebreus
4:6-9). O descanso que agora permanece não é a terra física de Canaã, nem mesmo
o dia do sábado; é o próprio céu!
O capítulo três começa chamando
nossa atenção para os papéis de Jesus como Apóstolo e Sumo Sacerdote. O
capítulo 4 termina encorajando o cristão a conservar-se firme na sua confissão
e apelar para seu Sumo Sacerdote, por auxílio no tempo da necessidade
(4:14-16).
Perguntas para estudar:
1. Jesus é considerado digno de
mais glória do que quem?
2. O descanso prometido ainda
permanece?
3. É possível para um cristão não
entrar no descanso prometido?
4. Existem coisas que podemos
esconder de Deus?
Estudo Textual: Hebreus 5:1 -
6:20
Diligente até o Fim
Jó clamou em seu desespero: “Não
há entre nós árbitro que ponha a mão sobre nós ambos?” (Jó 9:33). Jó percebeu
que não era capaz de falar diretamente com Deus, por causa de sua majestade, e
sentiu agudamente a falta de um mediador ou árbitro. O autor de Hebreus,
contudo, observa que temos um mediador entre nós e Deus. Ele é nosso Sumo
Sacerdote Jesus Cristo.
Jesus foi indicado pelo Pai para
ser sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque (veja Gênesis 14); ele não se
deu essa honra (Hebreus 5:5-10). Há um grande contraste, contudo, entre os
sacerdotes levíticos e Jesus Cristo. Todo sumo sacerdote levítico poderia
verdadeiramente simpatizar com a situação difícil dos homens pecadores, porque
todo sacerdote era, ele mesmo, culpado de pecado (Hebreus 5:1-3). Assim sendo,
ele tinha que primeiro oferecer sacrifício por seus próprios pecados e então
podia fazer intercessão pelo restante do povo (veja Levítico 16). Jesus foi
tentado, como nós somos, mas sem pecar. Ele foi obediente ao Pai e assim se
tornou o autor da salvação eterna de todos aqueles que o obedecem.
Quando o autor se prepara para
continuar sua discussão do sacerdócio de Melquisedeque mais adiante, ele
percebe que seus leitores não estão preparados para entender tais assuntos.
Eles têm sido cristãos por tempo suficiente para que sejam espiritualmente maduros,
isto é, sejam capazes de ensinar outros mas, em vez disso, deixaram de crescer
em conhecimento e experiência (5:11-14). Assim, eles são capazes de entender
somente as coisas simples do evangelho, o “leite” da palavra.
Todos os cristãos começam suas
vidas espirituais como “bebês” em Cristo, mas precisam crescer para amadurecer
(6:1). Permanecer um infante espiritual pode resultar em afastar-se de Cristo
(6:4-6). O cristão que rejeita Jesus está na realidade agindo justamente como
aqueles que realmente crucificaram Jesus! Ele crucifica Jesus de novo e o
envergonha abertamente. Se um cristão rejeita Cristo, que mais o evangelho
oferece para levá-lo ao arrependimento?
O Escritor de Hebreus, contudo,
estimula seus leitores, observando que ele não pensa que eles estejam em tal
estado. Mas espera que eles continuem nos trabalhos que tinham iniciado
(6:9-12). Mas que garantia têm os cristãos de que, depois que tiverem
trabalhado diligentemente e suportado as tribulações pacientemente serão, de
fato, salvos da eterna destruição? O autor cita o exemplo de Abraão, a quem
Deus fez uma promessa (6:13-17). Quando Abraão pacientemente suportou, obteve o
cumprimento da promessa, porque a palavra de Deus é imutável. O exemplo de
Abraão é um forte encorajamento para aqueles que estão agora confiantes em que
Deus lhes dará a vida eterna, como ele prometeu àqueles que o obedecem (Hebreus
5:9).
Perguntas para estudar:
1. Estavam os cristãos hebreus
crescendo espiritualmente?
2. É possível a um cristão
afastar-se de Cristo?
3. Quem é um exemplo do fato que
Deus mantém suas promessas?
Estudo Textual: Hebreus 7:1-28
Jesus: Um Sumo Sacerdote Superior
O autor de Hebreus identificou
Jesus como sumo sacerdote de acordo com a ordem de Melquisedeque, tanto no
capítulo 5 como no 6. Mas quem é Melquisedeque? Por que Jesus é um sacerdote
segundo a ordem de Melquisedeque, em vez da ordem levítica?
No capítulo 7, o autor responde a
ambas as questões. Melquisedeque aparece na história bíblica durante apenas um
curto período (veja Gênesis 14:18-20). Porque a Bíblia não registra seu
nascimento, morte nem mesmo sua genealogia, Melquisedeque parece ser de
natureza eterna, como o Filho de Deus. Ele é identificado como sendo tanto o
rei de Salém como sacerdote do Deus Altíssimo.
O autor deseja demonstrar a
superioridade do sacerdócio de Jesus sobre o de Arão e, assim, ele afirma a
superioridade de Melquisedeque sobre Levi. Ele o faz, em parte, observando que
Melquisedeque abençoou Abraão (o menor é abençoado pelo maior) e que Abraão,
que tinha as promessas, pagou dízimo a Melquisedeque. Num sentido figurado,
Levi, descendente de Abraão, também pagou dízimo a Melquisedeque, através de
Abraão.
Mas por que outra ordem de
sacerdócio, segundo Melquisedeque era necessária? A resposta é que o sacerdócio
levítico não era adequado (7:11,27). Nem a Jesus era permitido ser sacerdote
segundo a ordem de Levi. Os sacerdotes vinham da tribo de Levi, mas Jesus era
da tribo de Judá (7:13-14). A lei de Moisés nada dizia sobre homens de Judá se tornar
sacerdotes e, assim, isso era proibido. O homem não deve ir além do que Deus
autorizou.
Para que Jesus fosse um
sacerdote, o sacerdócio tinha que ser mudado. Desde que o sacerdócio e a lei de
Moisés estavam intimamente ligados, se o sacerdócio for mudado, então a lei
também precisa ser mudada (7:12,18-19). Aqueles que querem viver sob a lei de
Moisés, hoje em dia, desligam-se do sacerdócio de Jesus porque ele não pode ser
sacerdote sob essa lei! O sacerdócio de Jesus é, então, uma garantia de que uma
lei (ou aliança) melhor foi estabelecida (7:20-22).
Por que alguém haveria de querer
voltar à Velha Lei e ao sacerdócio levítico? Jesus é um Sumo Sacerdote
superior. Ele foi feito sacerdote pelo poder de uma vida infindável, e não
através de um mandamento carnal (a Lei de Moisés). Diferente dos sacerdotes
levíticos, que eram incapazes de continuar a servir por causa da morte, Jesus
vive sempre para fazer intercessão por nós. Jesus foi feito sacerdote através
do imutável juramento de Deus.
Os sacerdotes levíticos eram
fracos porque pecavam assim como os homens pelos quais eles faziam intercessão.
Jesus, contudo, é santo, imaculado e separado dos pecadores. Ele não tem que
fazer oferenda por si mesmo, como os sacerdotes levíticos tinham que fazer. De
muitas maneiras, Jesus é verdadeiramente o sumo sacerdote superior!
Perguntas para estudar:
1. Como Melquisedeque é
semelhante a Jesus?
2. Por que Jesus é incapaz de ser
um sacerdote sob a lei de Moisés?
3. O silêncio de Deus autoriza
alguma coisa?
4. O sacerdócio de Jesus é
garantia do quê?
Estudo Textual: Hebreus 8:1-13
Uma Aliança Melhor
O trabalho do sacerdote é fazer
as oferendas e sacrifícios no santuário (Hebreus 8:3). Como nosso Sumo
Sacerdote celestial, Jesus também serve num santuário, mas este é um santuário
que não foi feito por mãos humanas, como o foi o tabernáculo. Jesus é, não
somente superior aos profetas do Velho Testamento, aos anjos, a Moisés e a
Aarão, mas é também um melhor sumo sacerdote, que ministra num santuário
melhor. Ele é o mediador de uma aliança melhor estabelecido sobre melhores
promessas (8:2, 6).
Alguns dos destinatários
originais de Hebreus estavam pensando em retornar ao judaísmo. O autor de
Hebreus quer que eles entendam como seria tolo deixar uma aliança melhor para
retornar a uma imperfeita. Se o primeiro pacto tivesse sido infalível, não
teria havido necessidade de outro (8:7). Até mesmo o santuário associado com a
Lei de Moisés, o tabernáculo construído no Monte Sinai, era apenas uma cópia e
uma sombra do santuário celestial.
O que estava errado com a aliança
feita com Israel no Monte Sinai? Realmente, nada havia de errado com o pacto em
si; ele cumpria as funções que Deus pretendia. Ele identificava o pecado,
encorajava a santidade entre o povo escolhido de Deus e apontava aos homens em
direção a Cristo e à graça de Deus. O escritor de Hebreus nota que a falha
estava realmente no povo de Deus, e não na aliança (8:8-9). Um homem poderia
ser declarado justo sob a Velha Lei se a guardasse perfeitamente, nunca violando
um único preceito (Levítico 18:4-5). Mas o povo de Israel não guardava a lei de
Deus e assim ela se tornou um instrumento de morte espiritual para ele (Romanos
7:10-13). Mas Deus deu ao homem a esperança, prometendo através do profeta
Jeremias que ele faria um novo pacto com seu povo.
Um indivíduo se tornava parte do
povo de Israel pelo nascimento físico e era circuncidado no oitavo dia como
sinal da aliança. Mais tarde, quando o menino tinha idade bastante para
entender, era-lhe ensinada a lei com a esperança de que ele decidisse
obedecê-la. A lei de Moisés foi escrita em tábuas de pedra, mas muitos
israelitas não escreveram a lei de Deus em seus corações.
O novo pacto, contudo, é
diferente, como Jeremias profetizou. É ensinado às pessoas primeiro e elas se
tornam parte da nação escolhida de Deus somente depois de aceitarem as
condições para se tornarem parte dessa nação (Hebreus 8:11). Elas serão
verdadeiramente o povo de Deus porque sua lei estará escrita em seus corações.
Todos na casa espiritual de Israel (a igreja) conhecem o Senhor porque ninguém
pode se tornar parte da nação eleita sem primeiro conhecer o Senhor!
Mas a nova aliança é diferente de
outra maneira. O perdão estaria disponível através do sacrifício de Jesus
Cristo (8:12). Não haveria mais necessidade de sacrifícios anuais no Dia da
Expiação como a lei de Moisés exigia (veja Levítico 16). Jesus, o sacrifício
perfeito, precisou oferecer a si mesmo somente uma vez. Por que haveríamos de
querer voltar ao velho e imperfeito, quando Deus providenciou um pacto novo e
melhor, com um melhor Sumo Sacerdote?
Perguntas para estudar:
1. Como um indivíduo se tornava
parte da nação física de Israel?
2. A circuncisão carnal era uma
garantia de uma vida de obediência a Deus?
3. Sob a nova aliança, o que vem
primeiro: o conhecimento ou a cidadania na nação espiritual de Deus?
Estudo Textual: Hebreus 9:1-28
Um Ministério Mais Excelente
Sob a Lei de Moisés, o povo de
Israel tinha um santuário (o tabernáculo) e um sumo sacerdote que servia como
um intercessor pelo povo diante de Deus. O autor de Hebreus já identificou
Jesus Cristo como nosso Sumo Sacerdote, um ministro do tabernáculo verdadeiro
(4:14; 8:1-2). No capítulo nove, o escritor discute o serviço de Jesus no
tabernáculo verdadeiro.
O livro de Êxodo registra a
construção do tabernáculo (capítulos 25-30). Era basicamente uma tenda
elaborada e dividida em duas salas por um véu. A sala maior era chamada o Santo
Lugar e a menor era chamada Santo dos Santos. Cada sala tinha seus próprios
móveis e o escritor de Hebreus menciona brevemente essas peças (9:1-5).
Os sacerdotes do Velho Testamento
entravam diariamente no Santo Lugar, executando o seu serviço. Mas somente o
sumo sacerdote podia entrar no Santo dos Santos. Uma vez por ano, no Dia da
Expiação, o sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos com o sangue de um
touro, por seus próprios pecados e, novamente, com o sangue de um bode, pelos
pecados do povo (9:6-7). Ele pegava este sangue e o aspergia sobre o
propiciatório, a cobertura da arca da aliança, oferecendo-o a Deus. Era no
Santo dos Santos que um homem podia chegar à presença de Deus, mas somente o
sumo sacerdote era capaz de entrar e era exigido que se defumasse a sala com
incenso, antes de entrar! Leia Levítico 16 para ver uma descrição completa do ritual
que o sumo sacerdote seguia no Dia da Expiação.
O véu que separava o Santo Lugar
do Santo dos Santos simbolizava o fato que o caminho à presença de Deus ainda
não estava aberto para a humanidade. Quando Jesus morreu na cruz, o véu entre o
Santo Lugar e o Santo dos Santos foi rasgado (Mateus 27:51). Este foi o modo de
Deus mostrar que o acesso a sua presença era agora disponível a todos, através
do sacrifício de Jesus (veja Hebreus 6:19-20; 10:19-22)!
Como os sumos sacerdotes do Velho
Testamento, Jesus ofereceu sangue na presença de Deus, porém Jesus ofereceu seu
próprio sangue, derramado na cruz, e ofereceu-o no verdadeiro tabernáculo, o
próprio céu (9:12, 24-26).
O autor de Hebreus já identificou
Jesus como Mediador de uma aliança melhor (8:6). Agora ele explica que o sangue
de Jesus alcança até os pecados sob a primeira aliança, a Lei de Moisés (9:15).
As coisas do tabernáculo do Velho Testamento eram purificadas com o sangue de
animais, mas Jesus ofereceu um sacrifício melhor, que pode verdadeiramente obter
a redenção do pecado. Ainda que os sumos sacerdotes do Velho Testamento
oferecessem sangue todos os anos pelos pecados do ano anterior, Jesus entrou no
céu, na presença de Deus, uma vez por todas (9:12, 27-28).
Perguntas para estudar::
1. Sob a Lei de Moisés, onde o
homem se encontrava com Deus?
2. O que os sumos sacerdotes do
Velho Testamento levavam para o Santo dos Santos?
3. Onde Jesus foi para oferecer
seu sangue na presença de Deus?
4. Quantas vezes Jesus se
oferecerá como sacrifício?
Estudo Textual: Hebreus 10:1-39
Entremos Ousadamente no Santo dos
Santos
Do que precisa o pecador? Ele
precisa ser perdoado e purificado da culpa por seus pecados. Mas o perdão
requer um sacrifício que seja capaz de satisfazer as exigências da justiça. A lei
de Moisés não podia prover um sacrifício como esse. Sob aquela lei, o sangue
dos animais era oferecido a Deus, mas o autor de Hebreus observa que tal sangue
“não podia tirar meus pecados” (10:4,11). A repetição constante desses
sacrifícios era uma lembrança contínua de que não eram adequados à remissão de
pecados (10:1-3). Contudo, esses sacrifícios de animais eram “sombras” do
sacrifício perfeito que seria oferecido por Jesus (10:1).
Deus não se alegrava com os
sacrifícios oferecidos sob a lei de Moisés, no sentido em que eles eram
inadequados para pagar a pena pelos pecados cometidos. Jesus, contudo, veio a
este mundo e foi totalmente obediente ao Pai (10:9). Como resultado, ele foi
capaz de oferecer a si mesmo, isto é, uma vida imaculada pelo pecado, como um
sacrifício perfeito. Diferente dos sacrifícios do Velho Testamento, Jesus
ofereceu a si mesmo uma única vez, porque seu sacrifício garantia a remissão
dos pecados (10:10-12,14,18).
Sob a lei de Moisés, somente ao
sumo sacerdote era permitido entrar na parte do tabernáculo conhecida como o
Santo dos Santos, e ele tinha que ser cerimonialmente purificado antes que
pudesse entrar na presença de Deus ali. O sacrifício de Jesus tornou possível
para nós nos aproximarmos de Deus, e finalmente entrar ousadamente no próprio
céu, purificados pelo sangue de Jesus Cristo de todos os nossos pecados
(10:19-22; veja 9:24-26).
É importante que nos encorajemos
uns aos outros para permanecermos firmes em nossa esperança de entrar na
presença de Deus no céu. O Senhor deseja que os cristãos se reúnam regularmente
de modo a encorajar uns aos outros ao amor e às boas obras. O escritor de
Hebreus observa que alguns cristãos tinham parado de se reunir com os outros
santos (10:23-25).
Se nós, que fomos santificados
pelo sangue de Jesus através de nossa obediência ao evangelho, mais tarde
rejeitarmos seu sacrifício e retornarmos ao mundo ou mesmo à lei de Moisés, o
que mais ficará como sacrifício pelo pecado? Absolutamente nada! Quando os
israelitas rejeitavam a lei de Moisés, o castigo era certo (10:28). O que fará
Deus com aqueles que rejeitam o sacrifício perfeito de Jesus, seu Filho
unigênito? O castigo será ainda mais certo e horrível (10:26-31).
Temos que permanecer fiéis até o
fim, apesar da perseguição e tribulação. Os cristãos que receberam primeiro
esta epístola tinham sofrido no passado; o escritor inspirado encoraja-os a não
desistir para que possam receber a promessa (10:32-36). Mais uma vez ele afirma
não somente que é possível afastar-se de Cristo, mas também que essa pessoa
será perdida (10:39).
Perguntas para estudar:
1. Podem os sacrifícios de
animais tirar nossos pecados?
2. Por que Jesus teve que se
oferecer apenas uma vez?
3. Por que os cristãos precisam
encontrar-se?
4. É possível a quem foi
santificado pelo sangue de Jesus mais tarde calcar aos pés o Filho de Deus?
Estudo Textual: Hebreus 11:1-40
Fé Obediente
Palavras de encorajamento podem
ajudar uma pessoa a se comportar bem, mas um bom exemplo é ainda mais poderoso.
O autor de Hebreus concluiu o capítulo 10 observando que ele só viverá pela fé
(Habacuque 2:4), o tipo de fé que leva uma pessoa a perseverar na obediência ao
Senhor até o fim. Somente então se receberá a recompensa prometida (Hebreus
10:35-39). No capítulo 11 ele ilustra esse tipo de fé observando os exemplos de
homens e mulheres do Velho Testamento.
A fé nos permite esperar aquelas
coisas que não podemos ver (11:1; veja Romanos 8:24). Se não podemos ver aquilo
em que temos esperança, como saber que isso existe ou que o receberemos? A função
da fé é que ela substitui a prova objetiva da coisa na qual temos esperança. O
autor ilustra o papel da fé quando ele observa que cremos que o universo foi
criado pela palavra de Deus porque as Escrituras revelam esse fato e temos
confiança na veracidade tanto de Deus como de sua palavra.
Começando com Abel, o escritor
cita exemplos específicos de fé. Mas o autor não está escrevendo sobre fé
“morta” (Tiago 2:26); em cada caso ele observa que foi a obediência a Deus que
resultou da fé (11:4-31). Por exemplo:
- Abel... Ofereceu... mais
excelente sacrifício (11:4)
- Enoque... Agradou a Deus (11:5)
- Noé... Aparelhou uma arca
(11:7)
- Abraão... Obedeceu, peregrinou,
ofereceu (11:8,9,17)
- Moises... Celebrou a Páscoa
(11:28)
- Os israelitas... Capturaram
Jericó (11:30)
Os exemplos de fé obediente são
muito numerosos para serem todos listados e, assim, o autor conclui mencionado
em geral alguns dos modos pelos quais os indivíduos tinham obedecido a Deus,
apesar das provações envolvidas (11:32-38).
Cada uma destas pessoas não
somente creu que Deus existia, mas creu nas promessas que ele fez (11:6).
Algumas delas perceberam que não receberiam essas promessas durante sua vida,
mas assim mesmo confiaram em Deus e agiram de acordo (11:13-16,22,35).
O autor conclui o capítulo afirmando
que, apesar da sua fé impressionante, todas essas pessoas esperaram o
cumprimento da promessa, isto é, a vinda do Messias e de seu reino (11:39).
Seus leitores, que já estavam gozando das bênçãos espirituais em Cristo,
precisavam imitar a fé daquelas pessoas do Velho Testamento!
Perguntas para estudar: 1. Como
os antigos conseguiram um bom testemunho?
2. Neste capítulo, o que sempre
acompanhou a fé?
3. Como Noé demonstrou sua fé?
4. Quem ofereceu seu filho
unigênito em obediência a Deus?
Estudo Textual: Hebreus 12:1-29
Corramos a Corrida
O escritor de Hebreus completou
seu argumento principal no capítulo dez. Nos capítulos anteriores ele
demonstrou a superioridade de Jesus sobre os profetas do Velho Testamento, os
anjos, Moisés e Arão. Ele demonstrou a natureza do sacerdócio de Jesus e a
eficácia do seu sacrifício. Ele também apresentou argumentos para mostrar que a
lei de Moisés tinha sido removida. Tendo reassegurado os hebreus de que eles
estavam certos em abraçar Jesus, ele agora usa a figura de uma corrida para
exortá-los a perseverar em sua vocação (12:1-4).
No capítulo onze ele citou os
muitos exemplos de fé obediente, ou perseverança. Todas aquelas pessoas são
testemunhas do fato de que a corrida pode ser vencida (12:1). O autor também
encoraja seus leitores a “correr a corrida” com seus olhos fixos em Jesus, estimulando
sua paciência no sofrimento (12:2-3a). Os hebreus estavam em perigo de ficarem
cansados e desencorajados, ainda que não tivessem sofrido tanto como Jesus
(12:3-4).
Os hebreus são advertidos a não
serem desencorajados pela disciplina do Senhor, mas antes se lembrarem do
propósito dela (12:5, 10b-11). O autor observa a relação da punição com a
condição de filho. A punição é um sinal de filiação; sua ausência indica que
não se é filho (12:7-8). A punição não é agradável, mas desde que o castigo é
geralmente aceito quando vem de pais carnais que cometem enganos, ele argumenta
para chegar à mais certa conclusão de que os cristãos devem aceitar a punição
de seu Pai celestial, que não comete tais enganos (12:9-11). Em vez de
abandonar a corrida, isto é, voltar ao judaísmo, os hebreus precisam fazer
esforços renovados para terminar a corrida (12:12-13).
O autor manda que os hebreus
estejam em guarda para que nenhum deles acredite que possa gozar das bênçãos de
Deus pela simples associação com o povo de Deus, em vez de ser por uma vida de
fé e obediência (12:15; Deuteronômio 29:14-29). Estes cristãos precisavam
também ter o adequado respeito pelas vantagens espirituais oferecidas pela nova
aliança, em vez de seguirem o exemplo de Esaú que não teve nenhum cuidado com
os privilégios espirituais (12:16-17; 10:29; Gênesis 25:29-34; 27:1-40).
Na verdade, os hebreus “não
tinham que chegar” a um pacto entregue com impressionantes manifestações
físicas (12:18-21; Êxodo 19:20), isto é, a lei de Moisés, mas antes a um pacto
com superiores privilégios espirituais (12:22-24).
O autor completa o capítulo doze
com a última das maiores advertências do seu livro (12:25-29). Não há
escapatória para aqueles que desafiam Deus, rejeitando sua palavra.
Perguntas para estudar:
1. Qual figura o autor usa para
ilustrar a necessidade de perseverança?
2. A quem o Senhor castiga?
3. O que fez Esaú que demonstrou
seu desinteresse pelas coisas espirituais?
4. O que é que “não pode ser
abalado?”
Estudo Textual: Hebreus 13:1-25
Com Jesus Fora do Acampamento
Nos primeiros doze capítulos de
Hebreus, o raciocínio do autor é muito lógico e bem encadeado, cada ponto
levando ao próximo. Contudo, no capítulo treze, seu argumento é completado e
parece que ele junta num só grupo uma série de exortações sem relação.
Em 13:1 e 3, os hebreus são
exortados a continuar a mostrar seu amor fraternal, especialmente na forma de
benevolência com os prisioneiros, que frequentemente eram forçados a depender
de amigos para satisfazer suas necessidades. O autor também encoraja o costume
da hospitalidade, afirmando que nem sempre se sabe as bênçãos que podem
resultar (13:2; veja Gênesis 18:1-8, 22; 19:1). Ele adverte contra a imoralidade
sexual e a ganância, observando que o Senhor prometeu nunca abandonar os
cristãos (13:4-6).
Alguns dos seus leitores estavam
pensando em retornar ao judaísmo, mas o escritor encoraja-os a considerar o
resultado da fé daqueles que lhes ensinaram a Palavra de Deus. Ele garante aos
seus leitores que eles podem esperar o mesmo prêmio por uma fidelidade
semelhante, porque Jesus é imutável (13:7-8).
Em 13:10-14, o escritor faz uma
breve exortação baseada no sistema sacrificial do Velho Testamento. A expressão
“comer do altar” (13:10) se refere ao fato que aos sacerdotes levíticos era
permitido comer partes de alguns dos sacrifícios oferecidos. Contudo, os
sacerdotes não comiam da oferenda pelo pecado (Levítico 16:27); os corpos dos
animais oferecidos no Dia da Expiação eram queimados fora do acampamento. O
autor identifica Jesus como uma oferenda pelo pecado, observando que ele sofreu
fora do acampamento (Jesus foi crucificado fora da cidade de Jerusalém). Para
comer (gozar das bênçãos) desta oferenda perfeita pelo pecado deve-se sair do
acampamento (deixar o judaísmo), um ato que envolveria alguma censura
(13:12-13). Tal censura poderia significar pouco para aquela mente que está
posta num lar celestial afinal (13:14). O ponto do autor é, claramente, que
aqueles que desejam viver sob a Lei de Moisés não gozam as bênçãos do
sacrifício de Cristo!
O serviço de um sacerdote é
oferecer sacrifícios (5:1). Desde que os cristãos são sacerdotes espirituais (1
Pedro 2:5, 10) com Jesus como seu sumo sacerdote, eles precisam oferecer
sacrifícios espirituais a Deus. O escritor identifica alguns destes sacrifícios
(13:15-16; veja também Romanos 12:1).
Tendo recordado a seus leitores
seus mestres do passado (13:7) e advertido sobre as “doutrinas estranhas,” o
autor ordena-lhes que obedeçam aqueles que presentemente olham por suas almas,
isto é, os presbíteros (13:17).
Ele conclui pedindo-lhes suas
orações (13:18-19) e oferecendo uma oração por eles (13:20-21).
BISPO/JUIZ.PHD.THD.DR.EDSON CAVALCANTE
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