ESTUDO SOBRE A VERDADEIRA HISTÓRIA DE JOSÉ NO EGITO
Existem muitas histórias relatadas na Bíblia que demonstram claros exemplos de fé para as nossas vidas. Uma das mais famosas e impressionantes dessas histórias está no final do livro de Gênesis: a história de José, filho de Jacó.
Não podemos negar que é uma história famosa, ao menos no meio cristão. Vítima da inveja de seus irmãos, José chega a ser vendido como escravo e é levado ao Egito. Lá, José acaba sendo preso injustamente, mas passado um tempo considerável é liberto e se torna o Primeiro Ministro do Egito ao interpretar um obscuro sonho do Faraó e prever, com isso, a fome que viria para essa civilização. É uma história que mostra a providência divina para aqueles que acreditam em Deus.
Porém, a bíblia é alvo de muita polêmica, e como você pode ver nas outras matérias do blog, o livro de Gênesis é o mais questionado. Esse livro, assim como também todo o Pentateuco, é julgado por alguns historiadores, conhecidos como minimalistas, como plenamente mítico, tendo sido escrito por judeus anônimos, na época em que encerrou-se o exílio na Babilônia, por volta de 400 a.C. Ora, se isso for verdade, então a história de José, por mais empolgante que seja, seria um mito também... Cabe a nós perguntarmos, então: a história de José é factual ou somente uma bela epopéia? Ou melhor: HOUVE UM JOSÉ NO EGITO?
A seguir veremos um interessante estudo tomado por base em análises do site "Arqueologia bíblica".
É muito simples a análise para sabermos se a história de José é um relato histórico ou se foi escrita após o exílio babilônico. Basta pegarmos alguns pontos-chave da história e ver qual se aproxima mais com o que sabemos sobre o Antigo Egito na época em que José teria vivido e com o que sabemos sobre a época de 400 a.C., onde teria sido escrito supostamente o Pentateuco. Um ponto que inicialmente podemos analisar é a questão das "moedas" com os quais José foi vendido como escravo por seus irmãos.
A seguir veremos um interessante estudo tomado por base em análises do site "Arqueologia bíblica".
ANALISANDO AS MOEDAS
É muito simples a análise para sabermos se a história de José é um relato histórico ou se foi escrita após o exílio babilônico. Basta pegarmos alguns pontos-chave da história e ver qual se aproxima mais com o que sabemos sobre o Antigo Egito na época em que José teria vivido e com o que sabemos sobre a época de 400 a.C., onde teria sido escrito supostamente o Pentateuco. Um ponto que inicialmente podemos analisar é a questão das "moedas" com os quais José foi vendido como escravo por seus irmãos.
Para se provar, então, que a história de José foi forjada tardiamente na Babilônia, seria de se esperar que a Bíblia dissesse um valor entre 30 e 50 moedas de prata, já que esse era preço dos escravos no auge da era Babilônica, e não 20 moedas como as Sagradas Escrituras dizem... Mesmo que a história tenha tido pequenas modificações posteriores, o texto é um fato real ocorido quase 1.200 anos antes do cativeiro babilônico, como é o caso de Moisés em Deuteronômio 34:1-5 que descreve a morte de Moisés (que provavelmente não foi escrito por ele, já que mortos não falam nem escrevem, a não ser que eles não estejam realmente "mortos").
OUTROS ESCRAVOS SEMITAS
A respeito da empregação de escravos semitas no Egito, o que para alguns pode parecer etranho, existe um papiro datando de 40 anos após o tempo de José, encontrado em Luxor e localizado hoje no museu da Universidade Brooklyn, com uma lista de 79 escravos que serviam na casa de um rico comerciante Egipício, tal como Potifar. Ao que tudo indica, aproximadamente 45 nomes são da região sírio-palestina, e soam como legitimamente hebreus, como Shiphrah e Menachem...
Isso indica que o uso de empregados domésticos de origem semítica era muito comum no Egito. Logo, por que não ter existido um escravo semita chamado José?
DE ESCRAVO A GOVERNADOR
Para muitos também pode parecer estranho, ou improvável, o que aconteceu com José: um hebreu e escravo assumissiu um cargo tão elevado no Antigo Egito, principalmente o de primeiro-misnistro. Mas existem achados que comprovam que não era tão raro um semita sendo primeiro-ministro. Em meados de 1980, em Saqqara, os arqueólogos acharam a tumba de um ex-primeiro-ministro do Baixo Egito, durante o reinado de Akenaton, chamado Apael, que é um nome semita e não egípcio.
De qualquer forma, mesmo que um primeiro-ministro egípcio tivesse um nome totalmente egípcio, ele poderia ter sido hebreu, como aconteceu com José. Em Gênesis 41:45 diz que depois que José virou primeiro-ministro, faraó colocou nele um nome totalmente Egípcio: Zafenate-Panéia.
QUEM FOI O FARAÓ?
De acordo com a Bíblia, o Faraó do tempo de José teve um sonho que o perturbou em absoluto, onde mostrava sete vacas gordas que eram devoradas por sete vacas magras, e sete espigas de milho secas comiam sete espigas de milho boas.(Gn 41:1-36).
Essa imagem parece fazer referência à deusa Hathor que era representada por uma vaca celestial. Ela era um dos símbolos mais importantes do antigo Egito, pois, entre outras coisas, também era o símbolo da alimentação...
A respeito do sonho, José trouxe a seguinte interpretação á Faraó: as sete vacas gordas representavam sete anos de fartura e as sete vacas magras representavam sete anos de seca que viriam ao Egito.
É um fato que a Bíblia guarda profundo silêncio a respeito do nome dos faraós do Egito na época de José e Moisés. Segundo o Doutor e Pastor Rodrigo P. Silva, talvez isso se deva ao fato do pentateuco seguir as regras dos escribas egípcios (já que Moisés foi educado na cultura Egípcia e Hebreia), pois em tempos mais antigos, o faraó era geralmente, mas não sempre, chamado apenas de faraó, como se fosse seu nome próprio. Mais tarde, tal prática foi abolida e dentre os escribas tornou-se quase obrigatória a identificação do faraó quando se fosse escrever um documento, para que fosse guardada para a posterioridade.
E a bíblia acompanha esta mudança e começa a identificar o nome do faraó, como, por exemplo, o faraó Neco (Jr 46:2), faraó Hofra (Jr 44:30) etc. Isso também é um indício de que a história de José não poderia ter sido forjada tardiamente no exílio Babilônico, como propõem os minimalistas, pois do contrário teria a menção do nome dos faraós da época.
E a bíblia acompanha esta mudança e começa a identificar o nome do faraó, como, por exemplo, o faraó Neco (Jr 46:2), faraó Hofra (Jr 44:30) etc. Isso também é um indício de que a história de José não poderia ter sido forjada tardiamente no exílio Babilônico, como propõem os minimalistas, pois do contrário teria a menção do nome dos faraós da época.
ANALISANDO OS SETE ANOS DE FOME E FARTURA
De acordo com a Bíblia, o Faraó do tempo de José teve um sonho que o perturbou em absoluto, onde mostrava sete vacas gordas que eram devoradas por sete vacas magras, e sete espigas de milho secas comiam sete espigas de milho boas.(Gn 41:1-36).
Essa imagem parece fazer referência à deusa Hathor que era representada por uma vaca celestial. Ela era um dos símbolos mais importantes do antigo Egito, pois, entre outras coisas, também era o símbolo da alimentação...
A respeito do sonho, José trouxe a seguinte interpretação á Faraó: as sete vacas gordas representavam sete anos de fartura e as sete vacas magras representavam sete anos de seca que viriam ao Egito.
E pela arqueologia, o que podemos dizer sobre os sete anos de fome e fartura?
Existem muitas curiosidades relacionadas a esses sete anos. Pra começar, os arqueólogos encontraram um documento estranho sobre uma época de escassez, conhecida como marco, pedra ou estela da fome, descoberta na Ilha de granito Sehel, Assuan. As inscrições procedem dos dias de Ptolomeu V, mas narra um acontecimento ocorrido de 2.500 a 2.700 anos antes, no reinado do faraó Djoser, que governou de 2630-2611, durante a 3ª dinastia. Dizia o seguinte:
"Eu choro sobre o meu trono, todos no palácio estão em angústia... porque Hapi (o Nilo identificado em forma humana) tem falhado em sua tarefa. Num período de 7 anos, o grão se tornou escasso e secou... todo homem está roubando seu semelhante.. as crianças choram... o coração dos velhos está carente... os templos estão fechados, os santuários cobertos de pó. Todos estão em desgraça".
Continuando a análise bíblica, José sugeriu ao Faraó que fossem guardados mantimentos durante os sete anos de fartura, para estarem prontos para os sete anos de fome. Existe algum fato arqueológico que indica estocagem de mantimentos para um tempo de fome que se seguiria no Egito?
Werner Keller diz que existe uma descoberta que foi encontrada pelo egiptólogo alemão Heinrich Brugsch. Este texto retrata um período de fome muito parecida com a história bíblica de José. Este texto, foi escrito por um certo Baba, que foi governador da cidade de El-kab, sul de Tebas, que viveu durante a 17ª dinastia, que segundo a cronologia do Norte, seria a 16ª dinastia. Esse período, poderia ser parte do tempo em que José governou o Egito.
O texto diz que "o que o governador hebreu fez pelo seu país, Baba fez pela sua cidade", segundo as orientações de José. O texto relata:
"Eu recolhi o milho, como um amigo do deus da colheita. E quando a fome chegou, castigando (a terra) por muitos anos, eu distribuí o milho para a cidade durante os anos que a fome durou".
Com certeza este relato é muito parecido com o texto bíblico de Gn 41:29-37.
A TUMBA DE JOSÉ: TERIA SIDO DESCOBERTA?
"Um série de escavações, conduzidas desde 1966 por Manfred Beitak, encontraram a provável tumba temporária de José no Egito, antes que seus ossos fossem levados com o povo hebreu na saída do Egito (Êxodo 13:19). O sítio abriga os restos da antiga Avaris (hoje Tell el-Dab’a). O esquema do sítio parece indicar uma vila formada principalmente por ovinocultores, que viviam em paz no Egito. O que Bietak descobriu foi bastante sugestivo: dentro da tumba havia uma estátua quebrada de cor amarela, com os cabelos presos na forma de um cogumelo (indicativos claros da origem semita do indivíduo)... Em sua mão ele trazia o cetro do faraônico especial, que nos leva a supor que se tratava de alguém muito importante no Egito, provavelmente o primeiro-ministro do rei...
Infelizmente não podemos ainda afirmar, para longe de qualquer questionamento, que essas sejam realmente a casa e a tumba real do patriarca José. Não obstante, há vários indícios que apontam nessa direção e não podemos descartar a possibilidade de ter encontrado aqui em Tell el-Dab’a a confirmação arqueológica da morada de José e sua família nas terras do Egito."(Escavando a Verdade, págs. 90 e 91, Cap. Seria José?).
CONCLUSÃO
Nós temos um enxame de evidências bíblicas; dentre elas podemos citar a Gênese bíblica (o relato da criação), de Sansão, da Arca de Noé, do profeta Daniel, da Torre de Babel, do Êxodo, de Jezabel (e consequentemente do profeta Elias) e podemos acrescentar ainda á essa lista, também, José do Egito.
Portanto, finalizo esse artigo com uma citação interessante do site"Arqueologia Bíblica":
"Hoje, os achados arqueológicos tem cada vez mais comprovado a veracidade da Bíblia e suas histórias. Diante de tantos argumentos, como ainda existem pessoas que tentam achar qualquer erro para criticar ao invés de crer pela fé? A Bíblia possui erros de tradução, pois tudo que nela se encontra foi escrito por mãos humanas e ao passar dos anos seu sentido pôde ter sofrido modificações, porém, são sagradas e foram inspiradas por Deus.
José, perceverou nos tempos de provação e venceu porque teve fé. De mero sonhador, Deus o fez intérpetre de sonhos, esse dom Divino, salvou faraó e o povo do Egito da fome, ajudou seu pai e irmãos, tornando seu sonho realidade. Acredite na Bíblia. Acredite que Deus é soberano, para Deus não há impossíveis, para Deus não há causa perdida, para Deus não há sonho morto, para Deus todas as coisas são possíveis."
BISPO/JUIZ.PHD.THD.DR.EDSON CAVALCANTE
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