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sábado, 31 de março de 2012
DEUS MULTIPLICARÁ AS TUAS VITÓRIAS...
Deus Multiplicará As Tuas Vitórias e Conquistas
Texto (Js. 1:9) "Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o Senhor teu Deus é contigo, por onde quer que andares"
Introdução
Quando Deus fala, Ele cumpri com as suas palavras. Ele é um Deus de vitórias… O Senhor é um Deus de grandes conquistas. Veremos nesta mensagem algumas características na vida de Josué que agradou ao Senhor e como resultado Deus o abençoou grandemente.
Prima Característica
TENHA DISPOSIÇÃO, A TUA VITÓRIA, VAI DEPENDER DAS TUAS ATITUDES DIANTE DE DEUS.
(Js. 1:2) “dispõe-te, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel” Josué estava completamente desanimado, sem ação, pasmo, sem saber o que fazer diante da situação. Ele estava muito preocupado, quem sabe naquele momento ele esta pensado: Como que eu vou conquistar esta terra? Olha talvez você esteja vivendo momentos de conflitos em sua vida. Quem sabe, neste exato momento você esta ai pensando, como eu vou conseguir vencer esta barreira, esta situação que esta tirando a sua paz. Você não consegue ter noites tranqüilas, você não consegue repousar, porque, ao deitar no seu leite, na sua cama, os seus pensamentos te conduzem somente para os problemas. Você não tem mais força e disposição para enfrentar esta situação. Quero lhe dizer uma coisa: Deus falou para Josué (Dispõe-te, agora, passa este Jordão) Deus Ele está no controle da sua vida, receba esta PALAVRA DE VITÓRIA… Tenha disposição, levanta-te agora, erga a sua cabeça, Deus vai fazer uma grande obra em sua vida… Você vai passar este Jordão, não se renda não, não fique pensando que tudo esta perdido, não olhe somente para as lutas, para as dificuldades, para as aflições, mais ousa a voz do Senhor que fala contigo, Ele vai te dar vitória… Deus vai multiplicar as vitórias e conquistas em sua vida… Este tempo difícil vai passar, você vai vencer em nome de Jesus… Você vai vencer este grande Jordão, Deus está te conduzindo por caminhos que você vai olhar, e você vai contemplar que verdadeiramente o Senhor é contigo… Tenha bom ânimo, as vitórias serão multiplicadas em sua vida. Tenha disposição, as tuas vitórias vão depender das tuas atitudes diante do Senhor.
Segunda Característica
SEJA FORTE E CORAJOSO, NÃO SE RENDA DIANTE DOS PROBLEMAS
(Js. 1:6) "Esforça-te, e tem bom ânimo; porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria" Deus tem muito prazer na vida do servo corajoso. O Senhor falou para Josué se forte e corajoso. Olha você não deve ficar com medo, pois, é assim que o inimigo quer te ver. O medo faz com que a pessoa fique imobilizada, paralisada, sem ação. O medo vai gerar em você um bloqueio mental. Uma pessoa que vive nestas condições ela praticamente deixa de viver. O Senhor não quer te ver assim não, por isso, seja forte, e enfrente o problema de frente. Não fuja não se isole, não recue mais se coloque na posição de um vencedor, e os vencedores não desistem jamais, os vencedores enfrentam as adversidades de cabeça erguida. Deus vai multiplicar as suas vitórias e te fará um grande conquistador.
Terceira Característica
CONFIA NO SENHOR, NÃO TEMAS, OBEDEÇA A SUA VOZ, QUANDO ELE FALA, A VITÓRIA É CERTA
(Js. 1:9) "Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o SENHOR teu Deus é contigo, por onde quer que andares" Deus falou para Josué não temas, esforça-te e tem bom ânimo, não te espante porque Eu Sou contigo. Josué venceu porque ele não se entregou, porque ele obedeceu à voz do Senhor. Não sei o que você esta passando, como está a sua vida, qual é o tamanho da sua luta, das suas dificuldades. Olha, o Senhor esta falando com você agora. Não temas eu vou te dar vitória. Você tem que confiar em Deus, você tem que acreditar que Deus é capaz de te fazer de você um vencedor. Ah! Mais pastor o senhor não sabe nenhum pouco do que eu estou passando. Eu olho para todos os lados e me vejo sozinha e me vejo sozinho. Tem horas que eu penso que não vou conseguir vencer. Estou desanimado, estou sem forças, não tenho se quer vontade de fazer mais nada. Deus não quer te ver assim não, o Senhor Ele não que te ver deste jeito, O Senhor Ele não quer te ver assim, jogado pelos cantos, desanimado, triste, perplexo, abatido, fraco e com medo. Ele não quer te ver assim, porque está não é uma característica e também não é uma posição de um servo vencedor. Tenha bom ânimo, não temas, esforça-te, porque o Senhor fará grandes obras em sua vida “… Ouça a voz do Senhor, confia nele e tudo ele fará em sua vida. Deus quer te abençoar, ele quer multiplicar as tuas vitórias e conquistas… Quando Ele fala, as vitórias são certas… recebe ai aonde você esta, receba a tua vitória… Deus vai te fazer um vencedor, você vai vencer todos os obstáculo, todas as dificuldades caíram por terra, à vitória é certa… Não temas, tende bom ânimo, esforça-te o Senhor é contigo por onde quer que tu andares, as bênçãos e as vitórias e as conquistas se multiplicarão em todas as áreas da sua vida. Deus fará prosperar os seus caminhos e vocês verão a glória de Deus. A vitória é certa… Eu profetizo em nome de Jesus a multiplicação na sua vida: Sentimental, espiritual, financeira, conjugal. Deus vai multiplicar as bênçãos e vocês verão a glória do Senhor descer sobre você e encher toda a sua casa, grande será a sua vitória.
Conclusão
Se você ainda não está vivendo uma vida de vitórias, então, se prepare para viver e desfrutar do melhor que Deus tem pra você. Mais pra isto acontecer, tenha disposição, a tua vitória vai depender da sua atitude diante do Senhor. Não temas, seja forte e corajoso, não se renda diante dos problemas. Confia no Senhor, obedeça a sua voz, quando Ele fala, a vitória é certa...
BISPO/JUIZ.DR.EDSON CAVALCANTE
sexta-feira, 30 de março de 2012
DEUS DA VINGANÇA...
Deus tomará vingança dos que não obedecem ao Evangelho do Senhor Jesus Cristo
Parabéns! Parabéns! Hoje é o seu dia, que dia mais feliiiiiiiiiiiiiz! Sim, hoje é o seu aniversário. Mais uma primavera, hein... Data especial merece comemoração especial. Como é bom ser lembrado. Você acorda diferente, há uma expectativa de quantas manifestações de carinho há de receber. Aí, você fica sabendo que prepararam uma festa pra você, à noite. Caramba! Uma festa só para você! Amigos, familiares e filhos. Que máximo!
As horas, então, parecem propositadamente não querer passar. Você mal pode esperar para estar com o seu povo e ser celebrado por ele. O que será que ele preparou?, você pensa. Pouco importa, só o fato de ser lembrado já valeu. Tic tac tic tac tic tac... Chega a noite. Enfim, poder rever seu queridos e jubilar com eles! Parece ser inesquecível. Estão todos na sua casa... família grande... uma benção. Na sua entrada, aquela recepção! Palmas, coro, gritam o seu nome e você todo emocionado! Te beijam, te abraçam, te dão presentes... que sensação! Como sempre, vão chegando também os "atrasildos", mas, nada que tire sua alegria. Parabéns pra lá e pra cá, até que alguém começa a discursar sobre suas qualidades. Discurso inflamado acompanhado de palmas e assobios. Todos ouvem atentamente, quando começam a gritar teu nome em concordância com aquela palavra.
Neste momento, alguém começar a rodopiar, outro começa a pular, outro começar a urrar e outro começa a sacolejar. De início, você até acha engraçado, mas, um de seus filhos começar a rir sem parar. Enquanto outros dois giram, giram, giram, giram, giram, giram... Seus amigos do trabalho (visitantes) se entreolham sem entender nada... Você, constrangido, já não sabe o que fazer. Parecem alcoolizados ou sob efeito de substâncias entorpecentes porque dão impressão de estarem fora de si. Sem graça, alguns de seus amigos vão embora diante daquela cena dantesca: seus próprios filhos, rolando ao chão rindo e grunhindo... Que papelão! Um misto de raiva e vergonha te sobe à mente. Quando todos já foram embora, recobrados da consciência você ouve eles dizerem que tudo foi por sua causa. Para teu louvor, afinal a festa era pra você. Estavam cheios de tua alegria. Estavam em êxtase pela tua presença, de tal modo que não deu pra segurar; assim, a "culpa" é sua porque você, no fundo no fundo, quis assim. Você - pondo uma das mãos na testa - exclama: eu???
Prezado leitor, esta narrativa te lembra alguma coisa? Tu, na posição de aniversariante, gostarias de receber uma festa assim? Por que será que o cristão moderno presta um culto segundo seus próprios gostos e não de acordo com o gosto dAquele para o qual o culto é prestado? Curioso. Ao se presentear, normalmente, toma-se o cuidado de se conhecer a personalidade da pessoa a fim de se comprar algo que provavelmente ela gostará. Isto chama-se zelo. Por que então repetir e insistir no erro?
Odeio, desprezo as vossas festas, e as vossas assembléias solenes não me exalarão bom cheiro.E ainda que me ofereçais holocaustos, ofertas de alimentos, não me agradarei delas; nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais gordos. Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas violas. Amós 5.21-24
O profeta Amós pregava a um povo próspero, rico, bonito e pecaminoso! Errante na adoração e cheio de si mesmo. Praticavam uma Lei (?) segundo seus próprios desejos carnais, resultado de suas imaginações e sua natureza errante.
Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações. Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo em tristeza. Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará. Tg 4.8-10.
O apóstolo Tiago preocupou-se em repreender a negligência dos ditos cristãos. Ele ressaltava a prática da vida cristã e a observância da Lei no comportamento e não apenas no discurso.
Meu caro leitor, atentai para o evangelho que te pregam! Conjecturas não servem como parâmetro de nada. Biblicidade é condição primaz do que pega um microfone para apregoar a inerrante Palavra do Senhor. Atentai para manifestações justificadas como um "mover" do Espírito Santo. Olhai para a Igreja de Atos dos apóstolos. Cuidai para não entristecer o doce Consolador colocando sobre ele uma "culpa" que não lhe cabe.
Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus. 1Co 10.31.
Não escolha, pergunte a Ele. Ó Senhor, o que tu desejas? Como queres que te glorifiquemos, qual é a tua vontade? Não, não confie no teu tato, no teu feeling e todo lixo humano dito como estratégico para tratar de coisas santas e puras da casa do D'us de Israel! Limpemo-nos o coração! Choremos e arrependamo-nos enquanto ainda é dia e a noite não chegou... Chamamos a imundicíe produzida por nossa alma como "voz de deus"... fabricamos um evangelho adaptável às nossas abominações e dizemos no final dele, amém! Se somos o povo mais feliz da terra, por vezes somos os mais dissimulados também. Lascivos, depravados, negligentes, negociadores, mercadores de bençãos, manipuladores... cegados pela carne, deliciamo-nos com os costumes da terra... contemplamos e suspiramos por Babilônia.
Que pai ficaria feliz com um filho assim? Bajuladores! Paizinho, ó paizinho... como se isso fosse aplacar a ira de um D'us irado! Evangelho moderno, pregação moderna, pecado antigo! Voltemos ao Evangelho de Jesus Cristo. O mundo passará, tuas vaidades, tua razão, infantilidade... tua meninice, tua maquinação, teus artifícios, teu ponto de vista... mas a Verdade, mas a palavras do Eterno não hão de passar.
Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra. Os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam pelas mãos deles, e o meu povo assim o deseja; mas que fareis ao fim disto? Jr 5.30-31
Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Diligentemente respigarão os resíduos de Israel como uma vinha; torna a tua mão, como o vindimador, aos cestos. A quem falarei e testemunharei, para que ouça? Eis que os seus ouvidos estão incircuncisos, e não podem ouvir; eis que a palavra do SENHOR é para eles coisa vergonhosa, e não gostam dela. Por isso estou cheio do furor do SENHOR; estou cansado de o conter; derramá-lo-ei sobre os meninos pelas ruas e na reunião de todos os jovens; porque até o marido com a mulher serão presos, e o velho com o que está cheio de dias. E as suas casas passarão a outros, como também as suas herdades e as suas mulheres juntamente; porque estenderei a minha mão contra os habitantes desta terra, diz o SENHOR. Porque desde o menor deles até ao maior, cada um se dá à avareza; e desde o profeta até ao sacerdote, cada um usa de falsidade. E curam superficialmente a ferida da filha do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz. Porventura envergonham-se de cometer abominação? Pelo contrário, de maneira nenhuma se envergonham, nem tampouco sabem que coisa é envergonhar-se; portanto cairão entre os que caem; no tempo em que eu os visitar, tropeçarão, diz o SENHOR. Assim diz o SENHOR: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos nele. Também pus atalaias sobre vós, dizendo: Estai atentos ao som da trombeta; mas dizem: Não escutaremos. Portanto ouvi, vós, nações; e informa-te tu, ó congregação, do que se faz entre eles! Ouve tu, ó terra! Eis que eu trarei mal sobre este povo, o próprio fruto dos seus pensamentos; porque não estão atentos às minhas palavras, e rejeitam a minha lei. Jr 6.9-19...
BISPO/JUIZ.DR.EDSON CAVALCANTE
quinta-feira, 29 de março de 2012
APRENDENDO COM GIDEÃO
Lições da vida de Gideão
Depois da morte de Josué, o povo de Israel passou por mais de três séculos nos quais "não havia rei em Israel; cada um fazia o que achava mais reto" (Juízes 17:6; 21:25). Durante esse período, se repetia várias vezes o mesmo ciclo: Œ O povo obedecia a Deus por algum tempo e, depois, afastou-se dele. Ž Como alerta ao povo rebelde, Deus permitia que um inimigo o oprimisse. Quando o povo se arrependia e pedia libertação, Deus mandava juízes para livrá-lo das mãos dos inimigos.‘ O povo resgatado servia ao Senhor durante o resto daquela geração, assim começando, de novo, o ciclo. Gideão foi o quinto dos juízes ou libertadores, apresentado em Juízes, capítulos 6, 7 e 8. Da vida dele, podemos aproveitar muitas lições valiosas.
Homem valente ou homem tímido?
Os midianitas oprimiram os israelitas por sete anos. Eles subiam cada ano e tomavam os produtos alimentícios dos campos e todos os animais dos hebreus. Para sobreviver, os israelitas escondiam alimentos do inimigo. Gideão estava preparando comida para escondê-la quando o Anjo do Senhor apareceu. Imagine este homem, trabalhando com medo do inimigo, quando ele ouviu as palavras do Anjo: "O Senhor é contigo, homem valente" (Juízes 6:12). Pela resposta de Gideão, parece que ele nem pensou no significado da frase "homem valente". Ele entrou diretamente numa discussão com o anjo sobre a presença de Deus. Ele não entendeu como Deus, estando com o povo, deixaria Israel sofrer. Deus continuou a conversa, desafiando Gideão a resolver o problema. Já que ele duvidou da presença de Deus, devia ir na sua própria força (Juízes 6:14). Isso não! Gideão, agora, sentiu tão incapaz que procurou uma saída da missão dada por Deus. Ele explicou que era uma pessoa pequena de uma família insignificante de uma tribo pouco importante. Gideão não veio ao Senhor como homem valente. Deus ia fazer dele um líder corajoso.
A força verdadeira do servo do Senhor não vem de si mesmo, e sim de Deus. Ninguém é forte o bastante para resolver seus próprios problemas sozinho, especialmente quando falamos sobre nosso problema principal: o pecado. Dependemos de Deus e de sua graça (Efésios 2:8-9). Paulo disse: "tudo posso naquele que me fortalece" (Filipenses 4:13). Os homens valentes, hoje em dia, são aqueles que confiam no Senhor.
"Eu estou contigo"
Nas conversas com Gideão, Deus afirmou sua presença repetidas vezes. Primeiro, ele afirmou por palavras: "Já que eu estou contigo, ferirás os midianitas como se fossem um só homem" (Juízes 6:16). Segundo, ele afirmou por sinais. Antes da primeira missão de Gideão, Deus lhe deu um sinal impressionante. O Anjo do Senhor causou subir fogo para consumir a oferta de Gideão. Enquanto pessoas faziam ofertas ao Senhor todos os dias, era muito raro o próprio Senhor mandar o fogo para as consumir. Antes de sua segunda missão, Gideão recebeu mais três sinais. Deus deixou o orvalho molhar uma porção de lã sem molhar a terra em volta dela (Juízes 6:36-38). Na noite seguinte, ele fez ao contrário, deixando a lã seca no meio de terra molhada (Juízes 6:39-40). Nas vésperas da batalha, Deus permitiu que Gideão ouvisse uma conversa entre dois soldados midianitas, confirmando a sua vitória iminente (Juízes 7:9-15). Terceiro, Deus afirmou sua presença através de promessas cumpridas, principalmente no livramento do povo pela mão de Gideão (Juízes 6:16; 7:7,22; 8:10-12). As demonstrações de Deus foram convincentes. Gideão foi convertido!
A maior bênção imaginável é a presença do Senhor em nossas vidas. Quando Jesus veio ao mundo para habitar ou fazer seu tabernáculo entre os homens (João 1:14), foi lhe dado o nome Emanuel, "Deus conosco" (Mateus 1:23). No final da sua missão terrestre, ele foi preparar um lugar para nós na presença de Deus (João 14:1-4). Ele prometeu fazer morada naqueles que o amam (João 14:23).
A missão começa em casa
Uma vez que Deus chamou a atenção de Gideão, ele lhe deu a sua primeira missão: destruir os ídolos do próprio pai e fazer um altar ao Senhor no mesmo lugar (Juízes 6:25-26). Gideão levou dez homens consigo e cumpriu o mandamento do Senhor na mesma noite. Os vizinhos ficaram irados, mas o pai de Gideão entendeu o significado de seu ato e o defendeu. Um "deus" que não consegue se defender contra um punhado de homens não merece defesa pelos homens. Parece que Joás, pai de Gideão, foi o segundo convertido nessa história.
A nossa missão, como a de Gideão, começa em casa. Tanto no Velho como no Novo Testamento, Deus destaca as nossas responsabilidades em relação à própria família. Filhos devem obedecer e honrar aos pais (Efésios 6:1-3). Maridos e esposas devem amar um ao outro (Efésios 5:25; 1 Pedro 3:7; Tito 2:4-5). Pais devem instruir os filhos, criando-os na disciplina e admoestação do Senhor (Deuteronômio 6:6-7; Efésios 6:4). Um dos alvos de cada servo de Deus é de influenciar sua família para servir ao Senhor (Josué 24:15).
Deus dá a vitória
Chegou o dia da grande batalha (Juízes 7). Gideão conduziu seu exército de 32.000 israelitas para o campo de conflito contra 135.000 midianitas. Sua desvantagem militar era de 4 contra 1! Deus não deixou Gideão entrar na batalha com este número de soldados. Em duas etapas, ele diminuiu a força militar de Israel. Primeiro, 22.000 voltaram para casa, e os midianitas ficaram com uma vantagem de 13,5 contra 1. Na segunda etapa, Deus mandou embora mais 9.700 israelitas, deixando Gideão com apenas 300 soldados. Para vencer o inimigo, cada soldado israelita teria que vencer 450 do inimigo!
Deus, na sua perfeita sabedoria, tinha um propósito bem definido nesta redução das forças militares de Israel. Ele mandou seu exército à batalha com uma desvantagem tão grande que ninguém poderia dizer: "A minha própria mão me livrou" (Juízes 7:2). Usando uma estratégia que não fez nenhum sentido, em termos militares, a pequena banda de israelitas venceu o exército dos midianitas.
Até hoje, muitas pessoas não aprenderam esta lição. Confiam em números, achando que grandes multidões são evidência da aprovação de Deus. Dependem de estratégias e táticas humanas e carnais para alcançar alvos de crescimento de igrejas. E, no fim, se gabam em seus relatórios, destacando os grandes feitos de homens. Muitos missionários e outros líderes religiosos, como os midianitas, confiam nos grandes números e nas táticas humanas (igrejas promovendo atividades não espirituais para aumentar sua freqüência, ensinando mensagens diluídas que parecem mais relevantes aos seus ouvintes carnais do que a mensagem da cruz, destacando edifícios impressionantes para atrair pessoas que não aceitariam a chamada simples de um Salvador humilde, etc.)
Mas, os verdadeiros servos de Deus não desviarão para tais caminhos errados. "Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do SENHOR!" (Jeremias 17:5). "Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo" (Gálatas 6:14). "Se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Romanos 8:31).
Rejeição daqueles que ficaram em cima do muro
Gideão e sua banda de homens cansados perseguiram os midianitas (leia Juízes 8:1-21). Quando os soldados israelitas passaram nas cidades de Sucote e Penuel, eles pediram pão. Os homens dessas cidades não mostraram coragem para tomar uma atitude durante a batalha. Com medo de ofender os reis dos midianitas, eles recusaram ficar em pé com os homens de Deus. Só depois da batalha, quando baixar a poeira, apoiariam os servos do Senhor.
A decisão desses homens mostrou uma preocupação política ao invés de convicção espiritual. Pensaram mais na influência de homens importantes do que na palavra do Senhor. Gideão não aceitou tal postura. Ele voltou às mesmas cidades e castigou os covardes que recusaram apoiar os servos do Senhor na hora da batalha.
Gerações antes, Josué chamou o povo para tomar uma decisão para Deus e contra os falsos deuses (Josué 24:14-16). Séculos depois, Elias desafiou o povo indeciso com estas palavras: "Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o. Porém, o povo nada lhe respondeu" (1 Reis 18:21).
Hoje, muitas pessoas religiosas que alegam ser discípulos de Cristo demonstram a mesma covardia. Definem suas posições doutrinárias e práticas pelo vento de opiniões. Entendem mais de IBOPE do que de fé, mais de tradição do que de verdade, e mais de partidos do que de convicções. Paulo mostrou que o cristão deve sempre definir a sua posição pela palavra de Deus, e não pela opinião da maioria: "Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo" (Gálatas 1:10).
Bons homens tropeçam
Apesar de sua ilustre carreira militar, Gideão não era perfeito. O povo lhe agradeceu com um presente: argolas de ouro do despojo da batalha. Gideão usou o ouro para fazer uma estola sacerdotal que ele colocou na cidade dele. Não sabemos a intenção dele, mas os resultados são evidentes. O povo usou aquela estola como um tipo de ídolo, e logo iniciou o próximo ciclo de apostasia. Leia o relato em Juízes 8:22-35.
Devemos aprender desse erro. Às vezes, bons homens nos ajudam a sair da confusão religiosa, como Gideão ajudou os israelitas a saírem da idolatria. Esses homens podem nos ajudar em muitos sentidos, mostrando como respeitar a palavra de Deus em tudo que fazemos. Mas, eles ainda são homens. Da mesma forma que Gideão tomou o primeiro passo de volta à idolatria, bons homens hoje podem tropeçar e conduzir outros, de volta, à confusão religiosa. É uma ironia triste que, ao longo da História, muitos movimentos religiosos que começaram com tentativas de sair dos sistemas errados de denominações humanas resultaram na criação de novas denominações, com suas próprias tradições e falhas humanas. O fato que alguém nos ajudou no passado não garante que sempre nos conduzirá no caminho de Deus. Paulo mostrou que bons exemplos ajudam somente quando seguem a Cristo (1 Coríntios 11:1), e disse: "Julgai todas as coisas, retende o que é bom; abstende-vos de toda forma de mal" (1 Tessalonicenses 5:21-22).
Conclusão: a grandeza de Gideão
Gideão será lembrado eternamente como exemplo de fé (veja Hebreus 11:32). A grandeza desse homem não se encontra na sua força física, nem na sua inteligência, nem na sua auto-confiança. A Bíblia não comenta sobre sua aparência física nem sobre seu jeito de falar. Gideão se destacou na História, não por ser um grande homem, mas por ter um grande Deus. Deus é capaz de transformar os fracos, os tímidos e os abatidos para dar grandes vitórias ao seu povo. Como Gideão disse: "O Senhor vos dominará" (Juízes 8:23)...
BISPO/JUIZ.DR.EDSON CAVALCANTE
O QUE VC TEM DE MELHOR PARA DEUS...
Dê agora o seu melhor para Deus
“Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade antes que venham os dias maus e diga: não tenho prazer neles.” (Eclesiastes 12:1)
Introdução
"Joãozinho tinha um saco de bolinhas de gude que ele gostava muito. Um dia quando ele encontrou sua amiga, a Mariazinha, ela lhe contou que havia ganhado um saco de balas, como Joãozinho gostava muito de balas ele pediu pra ela trocar com ele, as balas pelas bolinhas. O Joãozinho foi buscar as bolinhas em casa para trocar logo, mas quando ele chegou à sua casa viu algumas bolinhas que ele não poderia se desfazer, então ele pegou as suas melhores bolinhas e as guardou, depois trocou com a Mariazinha as outra bolinhas de gude pelas suas balas. Depois o Joãozinho ficou inquieto em casa, ele pensava: “Será que ela não guardou as suas melhores balas também”.
Muitas vezes em nossas vidas agimos igualmente o Joãozinho, queremos receber o melhor, mas não damos o nosso melhor. Com Deus isso não é diferente, queremos receber dEle as melhores bênçãos, as melhores casas, os melhores carros, os melhores empregos. Mas, será que estamos dando o nosso melhor para Deus? Devemos dar o nosso melhor a Deus que é a nossa vida.
1. Davi entregou o curso da sua vida a Deus. (Sl. 23:1)
Davi deu o seu melhor para Deus que foi a sua completa dedicação da sua vida a Deus. Davi nesse Salmo se compara a uma ovelha ao declarar que havia entregado a direção da sua vida a Deus. Sabemos que uma ovelha frequentemente se perde devido a sua despreocupação e Davi como havia sido pastor de ovelhas na sua mocidade sabia muito bem disso, ele sabia que as ovelhas se importam apenas com o que comem não sabendo aonde vão, preocupando-se apenas com a próxima moita de capim. Devemos nos submeter à vontade de Deus assim como fez Davi, não importando onde Ele nos leve, mesmo que para nós pareça que é um lugar ruim Deus conhece o que é melhor (Sl. 23:4).
2. Davi foi escolhido por Deus para ser o rei de Israel (Sm. 16: 1, 16)
Por causa da sua entrega total ao Senhor Davi foi escolhido para ser o rei de Israel antes de seus irmãos, que eram aparentemente melhores do que ele. Até Samuel se confundiu achando que seria ungido Eliabe o ungido. Mas Deus não escolhe por aparência, Deus escolhe aquele que se entrega a Ele.
3. Um outro exemplo de entrega a Deus foi o de seu filho Jesus (Mc. 14:36)
Jesus desde a sua mocidade se entregou a Deus (Lc. 2:52). Em tudo foi tentado, mas jamais pecou (Hb. 4:15). Jesus é o maior exemplo de compromisso e entrega a Deus de toda a escritura, Ele dedicou sua vida a servir Deus, para que Ele pudesse cumprir a sua missão aqui na terra que era a de morrer pela humanidade.
4. Por causa da sua entrega e dedicação, Jesus conseguiu vencer (Ap. 3:21)
Por causa da sua entrega à Deus, o seu compromisso em cumprir sua missão. Jesus conseguiu vencer o mundo e todas as lutas que vieram à sua frente. Por isso ele declarou que se sentou
5. Quando nos dedicamos verdadeiramente a Deus, Ele nos abençoará.
Quando nos entregamos a Deus e dedicamos o nosso melhor a Ele, Ele com certeza nos dará o seu melhor. Devemos dedicar a nossa vida a servir Deus, dando a Ele o nosso melhor, a melhor adoração, a melhor pregação, o melhor servir, quando damos a Ele o nosso melhor Ele com sua justiça absoluta nos dará o Seu melhor. Devemos como Davi e Jesus fizeram entregar os nossos caminho a Deus, pois os caminhos dEle são mais altos que os nossos (Is. 55:9)...
BISPO/JUIZ.DR.EDSON CAVALCANTE
“Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade antes que venham os dias maus e diga: não tenho prazer neles.” (Eclesiastes 12:1)
Introdução
"Joãozinho tinha um saco de bolinhas de gude que ele gostava muito. Um dia quando ele encontrou sua amiga, a Mariazinha, ela lhe contou que havia ganhado um saco de balas, como Joãozinho gostava muito de balas ele pediu pra ela trocar com ele, as balas pelas bolinhas. O Joãozinho foi buscar as bolinhas em casa para trocar logo, mas quando ele chegou à sua casa viu algumas bolinhas que ele não poderia se desfazer, então ele pegou as suas melhores bolinhas e as guardou, depois trocou com a Mariazinha as outra bolinhas de gude pelas suas balas. Depois o Joãozinho ficou inquieto em casa, ele pensava: “Será que ela não guardou as suas melhores balas também”.
Muitas vezes em nossas vidas agimos igualmente o Joãozinho, queremos receber o melhor, mas não damos o nosso melhor. Com Deus isso não é diferente, queremos receber dEle as melhores bênçãos, as melhores casas, os melhores carros, os melhores empregos. Mas, será que estamos dando o nosso melhor para Deus? Devemos dar o nosso melhor a Deus que é a nossa vida.
1. Davi entregou o curso da sua vida a Deus. (Sl. 23:1)
Davi deu o seu melhor para Deus que foi a sua completa dedicação da sua vida a Deus. Davi nesse Salmo se compara a uma ovelha ao declarar que havia entregado a direção da sua vida a Deus. Sabemos que uma ovelha frequentemente se perde devido a sua despreocupação e Davi como havia sido pastor de ovelhas na sua mocidade sabia muito bem disso, ele sabia que as ovelhas se importam apenas com o que comem não sabendo aonde vão, preocupando-se apenas com a próxima moita de capim. Devemos nos submeter à vontade de Deus assim como fez Davi, não importando onde Ele nos leve, mesmo que para nós pareça que é um lugar ruim Deus conhece o que é melhor (Sl. 23:4).
2. Davi foi escolhido por Deus para ser o rei de Israel (Sm. 16: 1, 16)
Por causa da sua entrega total ao Senhor Davi foi escolhido para ser o rei de Israel antes de seus irmãos, que eram aparentemente melhores do que ele. Até Samuel se confundiu achando que seria ungido Eliabe o ungido. Mas Deus não escolhe por aparência, Deus escolhe aquele que se entrega a Ele.
3. Um outro exemplo de entrega a Deus foi o de seu filho Jesus (Mc. 14:36)
Jesus desde a sua mocidade se entregou a Deus (Lc. 2:52). Em tudo foi tentado, mas jamais pecou (Hb. 4:15). Jesus é o maior exemplo de compromisso e entrega a Deus de toda a escritura, Ele dedicou sua vida a servir Deus, para que Ele pudesse cumprir a sua missão aqui na terra que era a de morrer pela humanidade.
4. Por causa da sua entrega e dedicação, Jesus conseguiu vencer (Ap. 3:21)
Por causa da sua entrega à Deus, o seu compromisso em cumprir sua missão. Jesus conseguiu vencer o mundo e todas as lutas que vieram à sua frente. Por isso ele declarou que se sentou
5. Quando nos dedicamos verdadeiramente a Deus, Ele nos abençoará.
Quando nos entregamos a Deus e dedicamos o nosso melhor a Ele, Ele com certeza nos dará o seu melhor. Devemos dedicar a nossa vida a servir Deus, dando a Ele o nosso melhor, a melhor adoração, a melhor pregação, o melhor servir, quando damos a Ele o nosso melhor Ele com sua justiça absoluta nos dará o Seu melhor. Devemos como Davi e Jesus fizeram entregar os nossos caminho a Deus, pois os caminhos dEle são mais altos que os nossos (Is. 55:9)...
BISPO/JUIZ.DR.EDSON CAVALCANTE
quarta-feira, 28 de março de 2012
ALIANÇA COM DEUS...
“Este cálice é a nova aliança no meu sangue”
INTRODUÇÃO:
A palavra aliança é muito conhecida na bíblia e aparece 299 vezes entre o velho e novo testamento. No novo testamento ela vem do grego “diatheke” que é traduzido por aliança ou por testamento. A idéia da aliança é conhecida. O velho testamento retrata a aliança que Deus fez com seu povo através da Lei e o novo testamento retrata a aliança que Deus fez com pessoas individualmente através de Jesus Cristo. Falamos que aliança simboliza acordo, tratado, contrato, união entre duas partes. O que em geral não falamos é que aliança na verdade é apenas a casca, a exterioridade, a parte de fora. Aliança é a maneira de materializarmos sentimentos, convicções, e se observarmos de um modo geral, a aliança é a maneira materializarmos a fidelidade que temos para com Deus e que ele tem para conosco.
A aliança é a casca: a fidelidade é a essência.
A aliança só existe quando há fidelidade a Deus. Por isso que não podemos resumir nossa aliança com Deus através apenas de exterioridade: discursos, serviços ou atividade. A aliança é ter uma vida santa diante de Deus.
ILUSTRAÇÃO: Quando o carro está muito sujo a gente escreve com o dedo: lave-me. Algumas pessoas espiritualmente escrevem em nossa vida: santifica-te.
Para entendermos exatamente o que significa uma aliança com Deus em sua essência, é importante verificarmos o que o velho testamento diz, pois desde aquela época Deus já manifestava a necessidade de uma aliança e tentou estabelecer uma aliança com o povo.
O PRINCÍPIO DE UMA ALIANÇA COM DEUS
(Êxodo 19:5,6,8)
“Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha; vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel. Então, o povo respondeu à uma: Tudo o que o SENHOR falou faremos. E Moisés relatou ao SENHOR as palavras do povo.”
Deus no monte Sinai estava falando ao povo um pouco antes de lhes transmitir os dez mandamentos ou decálogo. Deus vai falar algo maravilhoso sobre a aliança. Se o povo guardasse (fidelidade) a aliança seria transformado em:
A Propriedade peculiar de Deus – A palavra hebraica sugere algo muito precioso que alguém reserva para si com um carinho especial;
O Povo especial – “dentre todos os povos”;
O Reino de sacerdotes – idéia escatológica, demonstra a idéia de Deus já naquela época de que todos tivéssemos acesso direto a Deus através de Jesus Cristo;
A Nação santa – a idéia de santo no velho testamento é de algo separado do uso comum e profano. Algo exclusivo para Deus.
Deus constituiu uma aliança porque através dela queria transformar um povo. No novo testamento a idéia é a mesma. 1 Pedro 2:9 vai dizer exatamente que:
“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;”
A aliança que Deus faz é para nos transformarmos em povo de Deus, raça eleita por Deus, nação santa. Deus quer fazer uma aliança contigo para te abençoar. Ilustração: Ray Stedman pregava na Califórnia. Quando chegou ao templo havia bem na escadaria um bêbado dormindo. Ele o convidou para participar do culto mas o bêbado dizia que se sentiria mal entre pessoas tão santas e puras. Depois de muita insistência o pastor foi e naquela noite pregou sobre o pecado. Em determinado momento do sermão pediu para pessoas que no passado tivessem praticado determinados pecados levantassem a mão: adultério, roubo, mentira, bebida, etc… Depois do culto o homem foi se despedir do pastor e esse lhe perguntou: você gostou do culto? Ao que o homem respondeu: adorei, esse pessoal todo é da minha turma! Então Ray explicou: eram. Agora foram lavados pelo sangue de Jesus Cristo.
Temos algumas outras características sobre esta aliança:
A ALIANÇA SIGNIFICA QUE NÓS PODEMOS CONTAR SEMPRE COM DEUS
(DEUTERONÔMIO 4:30,31)
“Quando estiveres em angústia, e todas estas coisas te sobrevierem nos últimos dias, e te voltares para o SENHOR, teu Deus, e lhe atenderes a voz, então, o SENHOR, teu Deus, não te desamparará, porquanto é Deus misericordioso, nem te destruirá, nem se esquecerá da aliança que jurou a teus pais.”
Quando estiveres em angústia, diz Deus, e todas estas coisas te sobrevierem (referência a sofrimento e castigo de Deus): ele não se esquecerá da aliança. Só que isso implica em atender a voz de Deus e voltar para Deus. Com certeza ele será misericordioso. Ter uma aliança significa estar seguro e poder contar sempre com Deus.
Ilustração: É difícil quando somos traídos por alguém. O pastor Jim Ellif, um dos preletores do congresso da Fiel de 1999 contava que foi traído por um irmão muito querido. Foi conversar com aquele irmão ao que este respondeu: eu nunca disse que você poderia contar comigo. Contou porque quis. Bem, Deus deixa claro: vocês podem contar comigo sim. Eu sou o Deus de vocês…
A ALIANÇA IMPLICA EM RELACIONAMENTO COM O SENHOR (DEUTERONÔMIO 7:6-9)
“Porque tu és povo santo ao SENHOR, teu Deus; o SENHOR, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra. Não vos teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o SENHOR vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o SENHOR vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito. Saberás, pois, que o SENHOR, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e cumprem os seus mandamentos;”
Deus recorda verdades para conosco:
Ele nos escolheu;
Ele nos amou;
Ele cumpriu suas promessas libertando seu povo;
Ele é fiel.
CONCLUSÃO
Em todos os casos notamos algo importante: Deus faz a sua parte em sua aliança. E nós? Fomos exortados a voltarmos para Deus, escutarmos sua voz, obedecermos. O que Deus espera de nós? O que faremos em relação a sua aliança? Em Êxodo 19:8 vimos a resposta que o povo deu a Deus:
“Então, o povo respondeu à uma: Tudo o que o SENHOR falou faremos. E Moisés relatou ao SENHOR as palavras do povo.”
Que haja hoje em seu coração a vontade e decisão de obedecer a Deus e assim cumprir a sua aliança...
BISPO/JUIZ.DR.EDSON CAVALCANTE
INTRODUÇÃO:
A palavra aliança é muito conhecida na bíblia e aparece 299 vezes entre o velho e novo testamento. No novo testamento ela vem do grego “diatheke” que é traduzido por aliança ou por testamento. A idéia da aliança é conhecida. O velho testamento retrata a aliança que Deus fez com seu povo através da Lei e o novo testamento retrata a aliança que Deus fez com pessoas individualmente através de Jesus Cristo. Falamos que aliança simboliza acordo, tratado, contrato, união entre duas partes. O que em geral não falamos é que aliança na verdade é apenas a casca, a exterioridade, a parte de fora. Aliança é a maneira de materializarmos sentimentos, convicções, e se observarmos de um modo geral, a aliança é a maneira materializarmos a fidelidade que temos para com Deus e que ele tem para conosco.
A aliança é a casca: a fidelidade é a essência.
A aliança só existe quando há fidelidade a Deus. Por isso que não podemos resumir nossa aliança com Deus através apenas de exterioridade: discursos, serviços ou atividade. A aliança é ter uma vida santa diante de Deus.
ILUSTRAÇÃO: Quando o carro está muito sujo a gente escreve com o dedo: lave-me. Algumas pessoas espiritualmente escrevem em nossa vida: santifica-te.
Para entendermos exatamente o que significa uma aliança com Deus em sua essência, é importante verificarmos o que o velho testamento diz, pois desde aquela época Deus já manifestava a necessidade de uma aliança e tentou estabelecer uma aliança com o povo.
O PRINCÍPIO DE UMA ALIANÇA COM DEUS
(Êxodo 19:5,6,8)
“Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha; vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel. Então, o povo respondeu à uma: Tudo o que o SENHOR falou faremos. E Moisés relatou ao SENHOR as palavras do povo.”
Deus no monte Sinai estava falando ao povo um pouco antes de lhes transmitir os dez mandamentos ou decálogo. Deus vai falar algo maravilhoso sobre a aliança. Se o povo guardasse (fidelidade) a aliança seria transformado em:
A Propriedade peculiar de Deus – A palavra hebraica sugere algo muito precioso que alguém reserva para si com um carinho especial;
O Povo especial – “dentre todos os povos”;
O Reino de sacerdotes – idéia escatológica, demonstra a idéia de Deus já naquela época de que todos tivéssemos acesso direto a Deus através de Jesus Cristo;
A Nação santa – a idéia de santo no velho testamento é de algo separado do uso comum e profano. Algo exclusivo para Deus.
Deus constituiu uma aliança porque através dela queria transformar um povo. No novo testamento a idéia é a mesma. 1 Pedro 2:9 vai dizer exatamente que:
“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;”
A aliança que Deus faz é para nos transformarmos em povo de Deus, raça eleita por Deus, nação santa. Deus quer fazer uma aliança contigo para te abençoar. Ilustração: Ray Stedman pregava na Califórnia. Quando chegou ao templo havia bem na escadaria um bêbado dormindo. Ele o convidou para participar do culto mas o bêbado dizia que se sentiria mal entre pessoas tão santas e puras. Depois de muita insistência o pastor foi e naquela noite pregou sobre o pecado. Em determinado momento do sermão pediu para pessoas que no passado tivessem praticado determinados pecados levantassem a mão: adultério, roubo, mentira, bebida, etc… Depois do culto o homem foi se despedir do pastor e esse lhe perguntou: você gostou do culto? Ao que o homem respondeu: adorei, esse pessoal todo é da minha turma! Então Ray explicou: eram. Agora foram lavados pelo sangue de Jesus Cristo.
Temos algumas outras características sobre esta aliança:
A ALIANÇA SIGNIFICA QUE NÓS PODEMOS CONTAR SEMPRE COM DEUS
(DEUTERONÔMIO 4:30,31)
“Quando estiveres em angústia, e todas estas coisas te sobrevierem nos últimos dias, e te voltares para o SENHOR, teu Deus, e lhe atenderes a voz, então, o SENHOR, teu Deus, não te desamparará, porquanto é Deus misericordioso, nem te destruirá, nem se esquecerá da aliança que jurou a teus pais.”
Quando estiveres em angústia, diz Deus, e todas estas coisas te sobrevierem (referência a sofrimento e castigo de Deus): ele não se esquecerá da aliança. Só que isso implica em atender a voz de Deus e voltar para Deus. Com certeza ele será misericordioso. Ter uma aliança significa estar seguro e poder contar sempre com Deus.
Ilustração: É difícil quando somos traídos por alguém. O pastor Jim Ellif, um dos preletores do congresso da Fiel de 1999 contava que foi traído por um irmão muito querido. Foi conversar com aquele irmão ao que este respondeu: eu nunca disse que você poderia contar comigo. Contou porque quis. Bem, Deus deixa claro: vocês podem contar comigo sim. Eu sou o Deus de vocês…
A ALIANÇA IMPLICA EM RELACIONAMENTO COM O SENHOR (DEUTERONÔMIO 7:6-9)
“Porque tu és povo santo ao SENHOR, teu Deus; o SENHOR, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra. Não vos teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o SENHOR vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o SENHOR vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito. Saberás, pois, que o SENHOR, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e cumprem os seus mandamentos;”
Deus recorda verdades para conosco:
Ele nos escolheu;
Ele nos amou;
Ele cumpriu suas promessas libertando seu povo;
Ele é fiel.
CONCLUSÃO
Em todos os casos notamos algo importante: Deus faz a sua parte em sua aliança. E nós? Fomos exortados a voltarmos para Deus, escutarmos sua voz, obedecermos. O que Deus espera de nós? O que faremos em relação a sua aliança? Em Êxodo 19:8 vimos a resposta que o povo deu a Deus:
“Então, o povo respondeu à uma: Tudo o que o SENHOR falou faremos. E Moisés relatou ao SENHOR as palavras do povo.”
Que haja hoje em seu coração a vontade e decisão de obedecer a Deus e assim cumprir a sua aliança...
BISPO/JUIZ.DR.EDSON CAVALCANTE
terça-feira, 27 de março de 2012
O FOGO E O ALTAR...
A Relação entre o Fogo e o Altar
Texto: Levítico 6: 8-13
No texto em questão, entendemos que há uma relação profunda e interdependente entre o FOGO e o ALTAR. O fogo precisava estar aceso, sempre, sobre o altar, para consumir o holocausto. E o sacerdote era a pessoa responsável pela manutenção diária dessa relação, tanto na manutenção do fogo, quanto na organização do altar. Vemos aqui dois elementos interdependentes entre si, mas que dependem de um terceiro elemento para mantê-los em constante sintonia
A ordenança de Deus era para o FOGO “arder continuamente sobre o altar” do tabernáculo. Mas, por que?
Porque Deus havia iniciado (Mt 28: 19, 20);
Representava a presença eterna de Deus no sistema de sacrifícios;
Mostrava ao povo que, somente através do gracioso favor de Deus é que seus sacrifícios poderiam ser aceitos.
Como o fogo é o produto da combustão de matérias inflamáveis, ele necessita de bastante madeira e combustível para desenvolver e manter, simultaneamente, o calor e a luz. E o interessante nessa questão é que não é qualquer tipo de madeira que serve para manter o fogo aceso.
Também se faz necessário manter um estoque suficiente de madeiras para inserção no fogo, à medida que as outras vão se tornando em cinzas.
Essas madeiras precisam estar juntas para formarem as brasas necessárias que mantém o fogo “ardendo continuamente”, e num lugar determinado para isso: O Altar.
O altar era uma mesa especial de pedra, destinado à imolação de vítimas em holocausto ou a outros tipos de sacrifícios. A palavra HOLOCAUSTO, que vem do grego holókauston, significa “o sacrifício em que a vítima era queimada inteira”.
Conforme mencionado acima, o Sacerdote é a peça-chave para manter a relação entre o FOGO e o ALTAR em harmonia contínua. Mas, ele só conseguirá realizar esse feito, de acordo com a vontade de Deus, se executar diariamente as seguintes tarefas:
Levantar a cinza e colocar junto ao altar;
Acender a lenha toda manhã; e
Colocar em ordem o holocausto.
Faz-se necessário entender que “Lei do Holocausto” dada ao povo de Israel foi uma figura utilizada por Deus para demonstrar o que viria na Nova Aliança. Após o sacrifício e ressurreição de Jesus, O FOGO passou a ser representando pelo Espírito Santo, que habita dentro de nós; o ALTAR é o nosso próprio corpo, que é “templo e morada do Espírito Santo”. Nós somos os SACERDOTES, que temos a responsabilidade de apresentar Deus ao povo... E o povo a Deus, através da oração e pregação da Palavra de Deus. E o HOLOCAUSTO representa a nossa carne, que precisa ser crucificada na cruz de Cristo, durante todos os dias da nossa vida.
Com isso, entendemos que nós somos os únicos responsáveis pela manutenção da presença de Deus em nossa vida contínua e constantemente. Para isso, devemos refletir sobre as tarefas que os sacerdotes executavam diariamente sobre o altar. São elas:
1. LEVANTAR A CINZA. Essa tarefa tem o objetivo de remover os resíduos DESNECESSÁRIOS que, geralmente, ficam sobre o altar após queimada da madeira. Esses resíduos devem ser removidos definitivamente e postos ao lado do altar (LIXO).
As cinzas significam as lembranças de pecados que já foram consumidos juntos com o holocausto e a madeira. Como estes já foram consumidos, logo, as cinzas precisam ser removidas para FORA DO ALTAR.
Não devemos nos alimentar das práticas ou lembranças do passado, pois somos novas criaturas em Cristo. Tudo se fez NOVO (2 Co 5:17).
2. ACENDER A LENHA. Essa prática deveria ser feita todas as manhãs, como uma das tarefas prioritárias do sacerdote. Ele deveria ficar atento, para colocar novas lenhas sobre o altar para manter o fogo aceso.
“Acender a Lenha” significa revisar, diariamente, nossa vida de comunhão com Deus, mantendo uma devoção diária, através da meditação na Palavra de Deus e vida de oração cotidianamente.
3. COLOCAR O HOLOCAUSTO EM ORDEM. Essa prática tem um significado profundo, que é o de “negar-se a si mesmo”, pois o holocausto representa a abstração da vontade própria para satisfazer a outrem.
Essa é a tarefa que considero mais difícil porque exige que nós abramos mão da nossa própria vontade, para satisfazer a vontade de Deus. E nem todo mundo quer fazer isso na prática.
O resultado da execução diária e cuidadosa dessas tarefas é a não extinção do fogo sobre o altar, que significa dizer que a presença de Deus é uma constante em nossas vidas. Após isso, poderemos ratificar que, em nós, “o fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará”...
BISPO/JUIZ.DR.EDSON CAVALCANTE
Texto: Levítico 6: 8-13
No texto em questão, entendemos que há uma relação profunda e interdependente entre o FOGO e o ALTAR. O fogo precisava estar aceso, sempre, sobre o altar, para consumir o holocausto. E o sacerdote era a pessoa responsável pela manutenção diária dessa relação, tanto na manutenção do fogo, quanto na organização do altar. Vemos aqui dois elementos interdependentes entre si, mas que dependem de um terceiro elemento para mantê-los em constante sintonia
A ordenança de Deus era para o FOGO “arder continuamente sobre o altar” do tabernáculo. Mas, por que?
Porque Deus havia iniciado (Mt 28: 19, 20);
Representava a presença eterna de Deus no sistema de sacrifícios;
Mostrava ao povo que, somente através do gracioso favor de Deus é que seus sacrifícios poderiam ser aceitos.
Como o fogo é o produto da combustão de matérias inflamáveis, ele necessita de bastante madeira e combustível para desenvolver e manter, simultaneamente, o calor e a luz. E o interessante nessa questão é que não é qualquer tipo de madeira que serve para manter o fogo aceso.
Também se faz necessário manter um estoque suficiente de madeiras para inserção no fogo, à medida que as outras vão se tornando em cinzas.
Essas madeiras precisam estar juntas para formarem as brasas necessárias que mantém o fogo “ardendo continuamente”, e num lugar determinado para isso: O Altar.
O altar era uma mesa especial de pedra, destinado à imolação de vítimas em holocausto ou a outros tipos de sacrifícios. A palavra HOLOCAUSTO, que vem do grego holókauston, significa “o sacrifício em que a vítima era queimada inteira”.
Conforme mencionado acima, o Sacerdote é a peça-chave para manter a relação entre o FOGO e o ALTAR em harmonia contínua. Mas, ele só conseguirá realizar esse feito, de acordo com a vontade de Deus, se executar diariamente as seguintes tarefas:
Levantar a cinza e colocar junto ao altar;
Acender a lenha toda manhã; e
Colocar em ordem o holocausto.
Faz-se necessário entender que “Lei do Holocausto” dada ao povo de Israel foi uma figura utilizada por Deus para demonstrar o que viria na Nova Aliança. Após o sacrifício e ressurreição de Jesus, O FOGO passou a ser representando pelo Espírito Santo, que habita dentro de nós; o ALTAR é o nosso próprio corpo, que é “templo e morada do Espírito Santo”. Nós somos os SACERDOTES, que temos a responsabilidade de apresentar Deus ao povo... E o povo a Deus, através da oração e pregação da Palavra de Deus. E o HOLOCAUSTO representa a nossa carne, que precisa ser crucificada na cruz de Cristo, durante todos os dias da nossa vida.
Com isso, entendemos que nós somos os únicos responsáveis pela manutenção da presença de Deus em nossa vida contínua e constantemente. Para isso, devemos refletir sobre as tarefas que os sacerdotes executavam diariamente sobre o altar. São elas:
1. LEVANTAR A CINZA. Essa tarefa tem o objetivo de remover os resíduos DESNECESSÁRIOS que, geralmente, ficam sobre o altar após queimada da madeira. Esses resíduos devem ser removidos definitivamente e postos ao lado do altar (LIXO).
As cinzas significam as lembranças de pecados que já foram consumidos juntos com o holocausto e a madeira. Como estes já foram consumidos, logo, as cinzas precisam ser removidas para FORA DO ALTAR.
Não devemos nos alimentar das práticas ou lembranças do passado, pois somos novas criaturas em Cristo. Tudo se fez NOVO (2 Co 5:17).
2. ACENDER A LENHA. Essa prática deveria ser feita todas as manhãs, como uma das tarefas prioritárias do sacerdote. Ele deveria ficar atento, para colocar novas lenhas sobre o altar para manter o fogo aceso.
“Acender a Lenha” significa revisar, diariamente, nossa vida de comunhão com Deus, mantendo uma devoção diária, através da meditação na Palavra de Deus e vida de oração cotidianamente.
3. COLOCAR O HOLOCAUSTO EM ORDEM. Essa prática tem um significado profundo, que é o de “negar-se a si mesmo”, pois o holocausto representa a abstração da vontade própria para satisfazer a outrem.
Essa é a tarefa que considero mais difícil porque exige que nós abramos mão da nossa própria vontade, para satisfazer a vontade de Deus. E nem todo mundo quer fazer isso na prática.
O resultado da execução diária e cuidadosa dessas tarefas é a não extinção do fogo sobre o altar, que significa dizer que a presença de Deus é uma constante em nossas vidas. Após isso, poderemos ratificar que, em nós, “o fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará”...
BISPO/JUIZ.DR.EDSON CAVALCANTE
segunda-feira, 26 de março de 2012
DEUS É DEUS NOS MONTES E TAMBÉM NOS VALES...
“DEUS DOS MONTES, DEUS DOS VALES”
Texto ( I Rs 20: 23-28 )
Introdução
O Rei Ben-Hadade, rei da Síria, ajuntou um grande exército e formou uma coalizão com mais trinta e dois reis, com muitos cavalos e carros. Subiu contra Samaria, cercou á cidade e pelejou contra ela. Depois, disso o rei Ben-Hadade enviou mensageiros, o qual, disseram ao rei Acabe, que toda a prata, todo ouro e todas as mulheres e os melhores filhos do rei seriam dele. Acabe sem ter alternativa concordou em entregar todos os seus bens: Mulheres, Filhos, Ouro e Prata ao rei Ben-Hadade. Mas, Ben-Hadade, queria mais e enviou novamente os mensageiros e eles disseram ao rei de Samaria, que além das suas mulheres, seus filhos, seu ouro e sua prata, ele mandarei os seus servos para entrar na casa do rei, dos seus oficiais e pegarem tudo que eles quisessem e levariam consigo. O rei Acaba não aceitou, ele não concordou com esta exigência com esta imposição do rei Ben-Hadade e mandou dizer: "Rei Ben-Hadadae, eu tinha concordado em lhe entregar: {(As minhas mulheres, meus filhos, minha prata, meu ouro)}, mas diante desta nova exigência eu me recuso e não vou entregar nenhum dos meus bens" Quando os mensageiros contaram para o rei Ben-Hadade, não tiveram outra escolhe a não ser pelejar contra o rei de Samaria. O Senhor usando um profeta disse para o rei Acabe: "Viste toda esta multidão? Pois hoje, a entregarei nas tuas mãos e saberás que Eu Sou o Senhor". Travaram uma grande batalho no Monte, e o exército do rei Ben-Hadade foi derrotado. Os servos do rei Ben-Hadade disseram ao rei, que Israel só tinha ganhado a batalha, porque o Deus de Israel era apenas Deus dos MONTES, e se eles pelejassem contra Israel na planície, ou seja, no VALE, certamente Israel seria derrotado e destruído. Pelejaram contra Israel novamente só que desta vez no VALE, Deus usou um homem de Deus e falou para o rei de Israel, vou mostrar e provar para eles, que Eu Sou Deus tanto dos MONTES QUANTO DOS VALES. Travaram outra batalha e Israel venceu. porque o nosso Deus é Deus em todos os lugares, "(Não importa o lugar aonde você está se você está no monte ou no vale, o que importa é a presença de Jesus na sua vida)", pois Ele é Deus tanto dos MONTES QUANTO DOS VALES.
A TERRA DA PALESTINA É UM LUGAR DE MONTES E VALES
Do Ponto de Vista Espiritual o Que Significa Monte
- Monte simboliza: lugar de refúgio, lugar de segurança, lugar de descanso, lugar de vida triunfante, lugar de vitória, lugar de visão ilimitada, onde temos ampla visão de tudo que está ao nosso redor, quando estamos no monte, conseguimos enxergar de que lado o inimigo está se aproximando, mesmo se ele estiver bem longe, conseguimos ter um boa visão, porque estamos no alto numa posição privilegiada de grande estratégia, que nos proporciona uma vantagem sobre os nossos inimigos, pois ali podemos observar todos os passos do inimigo e nos preparar para nos defender dos seus ataques.
- Na bíblia está registrado que o Senhor é o nosso alto refúgio ( Sl. 59:9 ) "Em ti, força minha, esperarei; pois Deus é meu alto refúgio". Se você está firme com Jesus, e busca a proteção do Senhor e se refugiar no monte do Senhor, Ali você encontrará refúgio, Nele você está seguro, Nele você encontra Paz, Ele ampliará a sua visão e você enxergar muito além do seu entendimento. Davi, em vários momentos da sua vida buscou esta proteção, ele subia nas rochas, nos montes, pois, ali ele se sentia: "Seguro, protegido", ali ele encontrava segurança. ( Sl. 18:2-3 ) O Senhor é a minha rocha, a minha cidadela, o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo em que me refugio; o meu escudo, a força da minha salvação, o meu baluarte. Invoco o Senhor, digno de ser louvado, e serei salvo dos meus inimigos. Toda está proteção se você quiser você pode ter, basta você entregar toda a sua vida nas mão do Senhor e confiar Nele. Mas também, quero dizer pra você, que mesmo você procurando abrigo no Senhor, procurando se abrigar no MONTE DO SENHOR, isto não significa que você estará livre de problemas, que o inimigo não tentará te atacar, no monte você passará por problemas, enfrentará lutas, batalhas são travadas, mais lá, você terá uma grande vantagem sobre o adversário. Portanto, ele fará te tudo para te tirar do monte para tentar destruir a sua vida, pois, no monte você tem a proteção do Senhor, no monte o Senhor te guarda, no monte o Senhor te protege. O inimigo vai fazer de tudo para te levar para o vale, achando que lá será mais fácil para te destruir, mais o Senhor mostrará para o inimigo que ele também te protege no vale. (Is 43: 13) "Agindo Eu, quem impedirá?"
Do Ponto de Vista Espiritual o Que Significa Vale
Vale simboliza: lugar de sofrimento, lugar de angústia, lugar de adversidade, lugar de tribulação, lugar de dia mal, lugar de insegurança, lugar de medo, lugar de pavor, lugar onde você não tem um boa visão, a sua visão é limitada, você não consegue enxergar o tamanho da luta, você não consegue ver da onde você está sendo atacado, o que você consegue ver é apenas o que está patente ao alcance dos seus olhos. Quando uma pessoa esta no vale ela fica desanimada, frágil ela se senti pequenina diante do inimigo, impotente, e se torna uma presa fácil e a qualquer momento ela pode ser derrotada pelo adversário. É por isso, que o inimigo fará de tudo pra tirar um a pessoa da proteção dos montes, da proteção do Senhor, pois, no vale as possibilidades do inimigo vencer são grandes. No vale o inimigo nos ataca implacavelmente não dando nenhuma possibilidade da pessoa escapar. Mais é neste cenário, ardio tenebroso, neste palco de impotência de vulnerabilidade que o Senhor Jesus mostrará para você e principalmente pro seu inimigo, que Ele além de ser Deus dos montes, também Ele é Deus dos vales. No vale Deus te guardará e te dará livramento e você sairá vitorioso(as)… deste vale, porque o Senhor é contigo, Ele é o teu Deus, Ele é Deus em todos os lugares, em todos os momentos, em todas as situações, em todas circunstância de nova vida, Ele é Deus e para Ele não existe lugar, quando Ele quer, ninguém pode impedir o seu agir.
ALGUMAS CARACTERÍSTICA DOS MONTES
Monte é um lugar alto, se você pudesse subir em uma montanha bem alta, você iria observar e ter uma visão completamente diferente. Ao olhar para baixo você vai ver que tudo parece pequeno. Árvore parece capim, rio parece com poça de água, as pessoa parecem formigas. A momentos que a nossa vida está assim, deste jeito, desta forma, desta situação, você está passando por lutar, por tribulações, por dificuldades, a luta é grande, mas você enxerga tudo pequeno, isto porque, você está em lugares altos, e quando o cristão está em lugares altos, você enfrenta, suporta, você consegue ver as coisas de outra maneira, de outro ângulo, você passa pela prova e nem percebe, porque o teu Senhor te ajuda e fortalece.
CINCO VERDADE DOS LUGARES ALTOS
Primeira Verdade
O INIMIGO PODE SER GRANDE, MAIS DEUS É O MAIOR ( IRs 20:13 )
Olha o que Ele disse para o rei acabe:Viste toda esta grande multidão? Pois hoje a entregarei nas tuas mãos, e saberás que Eu Sou o Senhor. Não importa o tamanho da luta ou da prova que você está passando, não importa o tamanho do problema que você está enfrentando, pois hoje o Senhor pode te livrar, hoje o Senhor Ele que operar maravilha em sua vida. Veja o que o Senhor disse para rei Josafá: "Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão, pois a peleja não é vossa mais de Deus (IICr. 20:15b) Portanto, o Senhor te diz:"não temas".
Segunda Verdade
NÃO IMPORTA O LUGAR, SEJA NO MONTE, SEJA NO VALE, DEUS MOSTRARÁ PARA O INIMIGO QUE A FORÇA DELE NÃO É NADA DIANTE DA FORÇA DO DEUS QUE VOCÊ SER.
( IRs 20:27) Os filhos de Israel se ajuntaram e marcharam contra as tropas inimigas, os filhos de Israel acamparam-se defronte deles, como dois pequenos rebanhos de cabras; mas os sírio enchiam a terra. Deus mostrou para o exército dos sírios, que não importa a quantidade, pois eles estavam em números bem maiores, como a própria palavra de Deus diz, que eles cobriam a terra, e Israel com uma quantidade bem pequena enfrentou o seu inimigo, em um só dia o exército de Israel feriram mais de 100 mil homens do exército inimigo. Meu irmão se a batalha foi travada, se você esta no vale. é só confiar em Deus, ele não vai deixar que o inimigo venha te destruir, mais Ele derrubará por terra com todos os planos, que o inimigo colocou no seu caminho. (Ex 14:4b,13-14-15b) O Senhor falou para Moisés: Saberão os egípcios que Eu Sou o Senhor. Não temais: aquietai-vos e vede o livramento do Senhor que hoje vos fará; porque aos egípcios, que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver. O Senhor pelejará por vós, e vós vos calareis. diz aos filhos de Israel que marchem. Mais uma vez o Senhor fala pra você não temer, aquietai-vos o vosso coração, a calma a sua alma, não deixa o desespero tomar conta, você vai ver o grande livramento que o Senhor irá fazer em sua vida.
Terceira Verdade
O INIMIGO NÃO TEM MEDO DE NINGUÉM QUE ESTÁ VIVENDO EM LUGARES ALTOS
(Jz cap. 15 e 16) Sansão estava vivendo em lugares altos, não existia e nunca existiu e jamais existirá um homem que tinha a força de Sansão. Ele era o homem mais forte da terra, Sansão tinha tudo para ser o melhor juiz que Israel, no sentido de força, no tempo que Sansão foi juiz os inimigos de Israel, os filisteus, não conseguiam ganhar nenhuma batalha. Mas! o inimigo não tem pressa e também não ficou com medo e fez de tudo para tirar Sansão dos lugares alto, pois, nos lugares altos ninguém conseguia derrota-lo.
1 - ATAQUE DO INIMIGO CONTRA SANSÃO. Os inimigos não tiveram medo de Sansão, eles enfrentaram Sansão, estavam em maior número, vários filisteus se ajuntaram para destruir com Sansão, mas Sansão, pegou uma queixada de jumento e feriu mil homens das tropas dos filisteu. Os filisteus não desistiram, pensam que eles ficaram com medo, não, eles não tiveram medo de Sansão. eles continuaram, e perseveraram com os seus projetos de descobrir, qual era a força de Sansão, para poder subjuga-lo e destruir com a sua vida. Agora o inimigo muda a estratégia e usa uma mulher para tentar descobrir qual era a força de Sansão, de onde vinha tanta força, porque, se eles conseguissem descobrir a força de Sansão eles teriam grandes chances para destruí-los.
2 - ATAQUE DO INIMIGO CONTRA SANSÃO. Dalila começa a investigar, começa a sondar e ela pergunta: Sansão em que consiste a tua grande força, e como você pode ser amarrado e subjugado. Respondeu-lhe Sansão "Se alguém me amarrar com sete tiras de couro ainda úmidas, ficarei tão fraco quanto qualquer outro homem". Dalila, então amarrou Sansão com as tiras de couro. disse ele: Sansão, os filisteus o estão atacando! Mas ele arrebentou as cordas de couro e não descobriram de onde vinha a sua força. Dalila disse: "Você me fez de boba; mentiu para mim! Agora conte-me, por favor, como você pode ser amarrado".Dalila aos pouco ia conseguindo arrancar de Sansão, aos poucos ela vai conseguindo descobrir o segredo da sua força. Sansão disse: "Se me amarrarem firmemente com cordas que nunca tenham sido usadas, ficarei tão fraco quanto qualquer outro homem. Dalila o amarrou com cordas novas. e ela o chamou: "Sansão, os filisteus o estão atacando!"Mas ele arrebentou as cordas de seus braços como se fossem uma linha. Disse Dalila a Sansão: "Até agora você me fez de boba e mentiu para mim. Diga-me como pode ser amarrado".
3 - ATAQUE DO INIMIGO CONTRA SANSÃO. Dalila não desiste ela sabe que está perto de descobrir o grande segredo. Então Sansão falou: "Se você tecer num pano as sete tranças da minha cabeça e o prender com uma lançadeira, ficarei tão fraco com qualquer outro homem" Enquanto ele dormia Dalila teceu as sete tranças da sua cabeça num pano e o prendeu com a lançadeira. Novamente ela o chamou: "Sansão, os filisteus estão atacando! ele despertou do sono e arrancou a lançadeira e o tear, com os fios. Dalila agora muda a estratégia e com ousadia, com jeito e usando o seu potencial de mulher atinge o coração de Sansão. Então Dalila lhe disse: "Como você pode dizer que me ama, se não confia em mim? esta é a terceira vez que você me fez de boba e não contou o segredo da sua grande força". Se você me ama dai-me um prova do seu amor. Ela ficou importunando-o o tempo todo, ela o cansava dia após dia, ficando ele a ponto de morrer. Por isso ele contou o segredo: "Jamais se passou navalha em minha cabeça", disse ele, "pois sou nazireu, desde o ventre materno. Se fosse rapado o cabelo da minha cabeça, a minha força se afastaria de mim, e eu ficaria tão fraco quanto qualquer outro homem". Quando Dalila viu que Sansão lhe tinha contado todo o segredo, enviou esta mensagem aos líderes dos filisteus: "Subam mais esta vez, pois ele me contou todo o segredo". Agora de posse destas informações, o inimigo conseguiria destruir com a vida de Sansão. Dalila, fazendo-o dormir em seu colo, chamou um dos homens para cortar as sete traças do cabelo dele, e assim começou a subjugá-lo. E a sua força o deixou. Então ela chamou: "Sansão os filisteus estão atacando!" Ele acordou do sono e pensou: "Sairei como antes e me livrarei". Mas não sabia ele que o Senhor o tinha deixado. Os filisteus o prenderam, furaram os seus olhos e o levaram para Gaza. Prenderam-no com algemas de bronze, e o puseram a girar um moinho na prisão. Sansão estava no monte, mais começou a brincar com o inimigo, achando que nunca, o adversário poderia destruí-lo ou descobrisse o segredo da sua força. Sansão sem que ele percebesse, ele começou a revelar o caminho, abrindo as portas e as brechas do seu esconderijo. Assim existem muitos crentes, abrindo brechas em suas vidas, se tornando presas fáceis para o inimigo. Sansão brincava, dava pistas falsas, zombava do inimigo, ele estava brincando com fogo, e quem brinca com fogo uma hora pode se queimar. Sansão se achava forte e inteligente, desta mesmo forma, existem vários cristãos que se julgam: "Sábios, espertos, inteligentes, cheios de poder, cheios da unção, cheios de autoridade e com eles tudo é em nome de Jesus, achando porque são usados por Deus, que eles nunca irão pecar, que eles nunca iram fazer alguma coisa errada, e pensam que eles podem brincar com o inimigo. Ah! eu me garanto, Ah! comigo é diferente, Ah! eu sei até onde eu posso ir. hum!!! " CUIDADO" Satanás tem muito poder, ele pode nos destruir a qualquer momento, nós só conseguimos vence-lo se nos colocarmos nas mãos de Deus e guardarmos os segredos que Deus tem nos dado para lutar contra o inimigo. Satanás não desiste, ele te tentará: "Uma, duas, três, quantas vezes for necessário para destruir sua vida" Se ele não conseguir de uma maneira, ele muda a forma de agir, ele muda a estratégia, ele tem muita paciência, ele sabe esperar o momento certo, o momento exato para atingir qualquer um dos servos do Senhor Jesus, por isso, não brinca com o adversário, não vacila, saia deste estilo de vida que você está vivendo, desta situação de perigo e risco constante. Você acha que você está imune e que nunca o inimigo conseguirá te atingir, se você não vigiar, poderá ser uma presa fácil e depois sofrer as conseqüências das investiduras do inimigo, mas se você está buscando a proteção do Senhor,está revestindo a sua vida, está confiando em Deus e está desviando e se afastando do mal, com certeza, Deus vai te guardar e te proteger e te fará triunfar sobre o inimigo e a vitória e certa.
Quarta Verdade
É O SENHOR QUEM NOS COLOCA EM LUGARES ALTO, PARA MOSTRA A GRANDEZA E A GLORIA DO SEU PODER.
Existem pessoas que só faltam bater no peito e diz: "Bendito seja eu, louvado seja o meu nome, glorificado seja eu entre todos, porque eu, eu som bom mesmo. No livro de (Pv. 16:18) esta escrito: "A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda". (Jr. 9:23-24) "Assim diz o Senhor: não se glorie o sábio na sua sabedoria, glorie-se nisto: Em me conhecer e saber que eu Sou o Senhor, e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas cousas me agrado, diz o Senhor".
Quinta verdade
NÓS LUGARES ALTOS TAMBÉM SE TRAVAM GRANDES BATALHAS. (IRs. 18:19–46)
O profeta Elias, travou uma grande batalha espiritual no monte Carmelo, contra os profetas de baal. O monte Carmelo, tem aproximadamente 600 metros de altura, quem sobe neste monte da pra ver quase todo o território de Israel. Lá Elias desafiou os quatrocentos profetas de baal. saiu vitorioso, pois Deus estava com ele.
Agoro eu vou fala sobre o vale
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DOS VALES
Quando você está no vale, você vai ver que tudo parece grande de mais. No monte, árvore parece capim, no vale árvore são grande obstáculos. No monte as pessoas parecem formigas, no vale são grande e são mais fortes que nós. No monte, rio parece com poça de água, no vale rio tem correnteza e leva tudo que tem pela frente. No monte você consegue ter uma visão ilimitado, uma visão ampla e você consegue ver de onde vem o inimigo, no vale você não consegue ver de onde está sendo atacado, porque no vale você tem uma visão limitada. No monte você está seguro, no vale você está vulnerável, desprotegido e não tem segurança. No monte você vive em triunfo, no vale você está mais perto de ser derrotado.
CINCO VERDADE DOS VALES
Primeira Verdade
AS MAIORES VITÓRIAS SÃO CONQUISTADAS NO VALE ( ISm 17)
Golias, era um o grande guerreiro e temido por todos, Golias, quando ele descia no vale era para afrontar, zombar e humilhar com o exército de Israel. Ninguém podia vence-lo, de um lado um exército poderoso e do outro lado um exército acuado e com medo, um exército que deixou de acreditar que Deus peleja por seu povo, é assim, que o inimigo quer tiver: "ACUADO E COM MEDO" sem nenhum perspectiva de vence-lo. Mais ali estava um rapaz que não era guerreiro, franzino, magro sem experiência de um guerreiro, mas Davi tinha um qualidade que Golias não tinha, A PRESENÇA DE DEUS NA SUA VIDA. No vale Davi teve uma grande vitória, quando derrotou o grande e temido Golias, pois ele foi contra Golias em nome do Senhor dos exércitos. Quero te dizer que lutas viram, você passará pelo vale, angústia, sofrimento, depressão, não importa, qual seja o vale que você esta enfrentando, se o vale for: "Financeiro, saude, emocienal, conjugal, de relacionamento, sentimental, não importa Deus vai te visitar e o grande e temido Golia será destruído. Vale é lugar de sofrimento, mais é também lugar de grandes vitórias. Davi venceu o grante e timido Golias no vale. É no vale que Deus te dará a vitória.
Sengunda Verdade
NO VALE DEUS ESTÁ ACIMA DE QUALQUER PROBLEMA ( IIRs 6:8)
Quando o exército da síria cercou a casa de eliseu, Geazi, abriu a porta e se deparou com um exército grande que cercou toda casa. Então ele gritou: "Ah! meu senhor" eliseu perguntou, o que está acontecendo geazi, o senhor não está vendo meu senhor, nós estamos cercado. Eliseu então orou e diss: "Senhor abreos olhos do moço para ele ver e encher o grande exército de anjos celestiais que estão cercando todo o exército da síria. Quando o profeta Eliseu acabeou de orar, Geazi pode ver um grande exército de anjos que estavam acima do exército da síria. Isto, nos mostra que Deus está acima de qualquer problema. Veja porque: Eliseu e Geazi estavam numa posição mais abaixo, os sírios estavam acima do profeta Eliseu, só que o exército do Senhor estava mais acima, ou seja, acima do exército da síria. Não importa o tamanho do seu problema, Deus está acimo de tudo, Ele está vendo e na hora certa Ele entrará com providência na sua vida.
Terceira Verdade
NÃO IMPORTA SE VOCÊ ESTÁ NO VALE, OU NO MONTE, O QUE IMPORTA É SE APRESENÇA DE JESUS ESTÁ COM VOCÊ.
Talvez, você fica pensando, que você está sozinho, que você barco vai naufragar, que você vai ser destruido , que está luta vai acabar com a sua vida, não, não pense assim, olha o que o senhor de diz através da palavra: ( Is 41:10) "Não temas, porque eu Sou contigo; não te assombres, porque eu Sou o teu Deus, eu te fortaleço; e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça".
(Sl. 30.5) "O choro pode durar uma noite, mas á alegria virá pela manhã". (Sl 126:5-6) "Os que com lágrimas semeiam, com júbilo ceifarão. Quem sai andando e chorando enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendoos seus feixes". lê todo o Salmo 91
Quarta Verdade
NO VALE O SENHOR TEM UMA PALAVRA PRA TUA VIDA.
- Não temas, diante do inimigo, não temas, diante das a diversidade, não temas, diante das lutas, não temas, diante dos obstáculos, pois Eu Sou o teu escudo, a tua rocha e a tua fortaleza.
- Não temas, Eu Sou contigo por onde quer que andares.
- Não temas, Eu Sou o teu Deus e diante de ti Eu irei contra o inimigo.
- Não temas, ninguém poderá te resistir, por isso Eu te digo não temas.
- Não temas, pois, mil cairão do teu lado e dez mil a tua direita, mas tu não serás atingido.
- Não temas, pois, os que confiam no Senhor são como os monte de Sião que não se abalam, mas permanecem para sempre.
Quinta Verdade
NO VALE VOCÊ TEM QUE TER AUTORIDADE PARA PROFETIZAR SOBRE O PROBLEMA
(Ez. 37) O Espírito de Deus levou o profeta Ezequiel, e o colocou diante de um vale que estava cheio de ossos secos, Ezequiel, andava de um lado para o outro e ele pode observar que era enorme o número de ossos no vale, ele viu que os ossos estavam muito secos. O Senhor perguntou: "Filho do homem, estes ossos poderão reviver?" Nesta hora, o profeta Ezequiel, olhou bem para o tamanho do problema e ele viu que seria impossível, ele se sentiu pequenino diante da situação, ele viu que os osssos estavam muitos secos, como esta registrado na palavra de Deus : "Os ossos Estavam sequíssimos", Ezequiel, então se volta para o Senhor ele disse: "Tu o sabes ó soberano Senhor". Neste exato momento, o profeta Ezequiel transferi o problema para o Senhor, ele se achou pequeno diante da situação, ele percebeu que não teria um fé suficiente para ver o milagre acontecer, por isso Ezequiel falou: "Tu o sabes ó soberano Senhor",qualquer pessoa tomaria a mesma decisão que Ezequiel tomou, porque era algo impossível para o homem, mas para Deus não era, porque ele é o Deus do impossível, o Deus de milagres. Mas neste momente Deus olha para Ezeqeuiel, e Ele disse: "Profetize a estes ossos e diga-lhes: Ossos secos, ouçam a palavra do Senhor! Após, esta palavra de ordem o milagre aconteceu. Você que está pediando, clamando ao Senhor, para ele ter misericórdia de você e tirar seu filho das drogas, sua filha da prostituição, para Deus restaurar seu casamento, seu lar, sua casa, pra Deus libertar e salvar, aqueles que estão aprisionados e acorrentados pelo o inimigo, pra Deus entrar com providência naquela causa impossível, você que não aquenta mais, tanto sofrimento, o Senhor te diz: "Onde é o seu vale de ossos secos!" Deus vai te usa para você profetizar sobre este problema que você esta enfrentando, veja bem; você não vai pedir e nem tão pouco você vai clamar, mais em nome do Senhor Jesus Cristo, você vai determinar, ou seja, você vai usa a autoridade que Deus tem colocado a seu dispor, olha o que o Senhor te diz: (Lc. 10:19) - "Eu lhes dei autoridade para pisarem sobre cobras e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo; nada lhes fará dano". Deus não deu autoridade apenas para os discípulos que esta com ele naquele momento, naquela circunstância, mas para todos os discípulo e servos dele, e você é um servo do Deus altissimo, então se levante, não aceite esta situação, chegua diante desse vale e profetize:
"Assim diz o Senhor! ossos secos, ouvi a palavra do Senhor", em nome de Jesus, eu determino que toda arma forjado contra mim perecerá, toda obra de macumbaria, bruxaria, feitiçaria, magia negra, caiam por terra agora, em nome de Jesus, eu profetiza a salvação do meu filho, eu profetizo a salvaçao da minha filha, eu profetizo a salvação do meu esposo, eu profetizo a salvação da minha esposa, eu profetizo a restauração do meu lar, a restauração da minha casa, da minha vida sentimento, da minha espiritual, da minha vida financeira, da minha saúde, em nome de Jesus eu digo: " OSSOS SECOS, OU SEJA, PROBLEMAS" [EU TE REPREENDO AGORA NA AUTORIDADE DO NOME DE JESUS, CAIAM POR TERRA, EU DECLARO A VITÓRIA AGORA EM MINHA VIDA. RECEBA O SENHOR É CONTIGO].
conclusão
O Deus dos montes, também é Deus dos vales
Quando estamos no monte estamos seguros, abrigados, protegidos, sabemos que na fortaleza de Jesus o inimigo não pode nos tocar, pois o Senhor nos esconderá. No monte temos ampla visão de tudo que esta acontecendo em nosso redor e podemos ter uma visão bem ampliada e conseguimos ver de que lado o inimigo está vindo, podemos ver quantos são e qual a dimensão do problema. No vale, sofremos, passamos momento difícil, pensamos que Deus se esqueceu de nós, estamos mais vulneráveis, fracos, abatidos, desanimados e ao ponto de desistirmos, muitos se entregam e se prostram diante dos problemas, no vale o inimigo nos ataca de todos os lados, não conseguimos enxergar a dimensão do problema, mais é no vale que Deus vai mostra para o inimigo que Ele também é Deus dos vales e não apenas dos monte. É no vale, que conquistamos grandes as maiores vitórias...
BISPO/JUIZ.DR.EDSON CAVALCANTE
Texto ( I Rs 20: 23-28 )
Introdução
O Rei Ben-Hadade, rei da Síria, ajuntou um grande exército e formou uma coalizão com mais trinta e dois reis, com muitos cavalos e carros. Subiu contra Samaria, cercou á cidade e pelejou contra ela. Depois, disso o rei Ben-Hadade enviou mensageiros, o qual, disseram ao rei Acabe, que toda a prata, todo ouro e todas as mulheres e os melhores filhos do rei seriam dele. Acabe sem ter alternativa concordou em entregar todos os seus bens: Mulheres, Filhos, Ouro e Prata ao rei Ben-Hadade. Mas, Ben-Hadade, queria mais e enviou novamente os mensageiros e eles disseram ao rei de Samaria, que além das suas mulheres, seus filhos, seu ouro e sua prata, ele mandarei os seus servos para entrar na casa do rei, dos seus oficiais e pegarem tudo que eles quisessem e levariam consigo. O rei Acaba não aceitou, ele não concordou com esta exigência com esta imposição do rei Ben-Hadade e mandou dizer: "Rei Ben-Hadadae, eu tinha concordado em lhe entregar: {(As minhas mulheres, meus filhos, minha prata, meu ouro)}, mas diante desta nova exigência eu me recuso e não vou entregar nenhum dos meus bens" Quando os mensageiros contaram para o rei Ben-Hadade, não tiveram outra escolhe a não ser pelejar contra o rei de Samaria. O Senhor usando um profeta disse para o rei Acabe: "Viste toda esta multidão? Pois hoje, a entregarei nas tuas mãos e saberás que Eu Sou o Senhor". Travaram uma grande batalho no Monte, e o exército do rei Ben-Hadade foi derrotado. Os servos do rei Ben-Hadade disseram ao rei, que Israel só tinha ganhado a batalha, porque o Deus de Israel era apenas Deus dos MONTES, e se eles pelejassem contra Israel na planície, ou seja, no VALE, certamente Israel seria derrotado e destruído. Pelejaram contra Israel novamente só que desta vez no VALE, Deus usou um homem de Deus e falou para o rei de Israel, vou mostrar e provar para eles, que Eu Sou Deus tanto dos MONTES QUANTO DOS VALES. Travaram outra batalha e Israel venceu. porque o nosso Deus é Deus em todos os lugares, "(Não importa o lugar aonde você está se você está no monte ou no vale, o que importa é a presença de Jesus na sua vida)", pois Ele é Deus tanto dos MONTES QUANTO DOS VALES.
A TERRA DA PALESTINA É UM LUGAR DE MONTES E VALES
Do Ponto de Vista Espiritual o Que Significa Monte
- Monte simboliza: lugar de refúgio, lugar de segurança, lugar de descanso, lugar de vida triunfante, lugar de vitória, lugar de visão ilimitada, onde temos ampla visão de tudo que está ao nosso redor, quando estamos no monte, conseguimos enxergar de que lado o inimigo está se aproximando, mesmo se ele estiver bem longe, conseguimos ter um boa visão, porque estamos no alto numa posição privilegiada de grande estratégia, que nos proporciona uma vantagem sobre os nossos inimigos, pois ali podemos observar todos os passos do inimigo e nos preparar para nos defender dos seus ataques.
- Na bíblia está registrado que o Senhor é o nosso alto refúgio ( Sl. 59:9 ) "Em ti, força minha, esperarei; pois Deus é meu alto refúgio". Se você está firme com Jesus, e busca a proteção do Senhor e se refugiar no monte do Senhor, Ali você encontrará refúgio, Nele você está seguro, Nele você encontra Paz, Ele ampliará a sua visão e você enxergar muito além do seu entendimento. Davi, em vários momentos da sua vida buscou esta proteção, ele subia nas rochas, nos montes, pois, ali ele se sentia: "Seguro, protegido", ali ele encontrava segurança. ( Sl. 18:2-3 ) O Senhor é a minha rocha, a minha cidadela, o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo em que me refugio; o meu escudo, a força da minha salvação, o meu baluarte. Invoco o Senhor, digno de ser louvado, e serei salvo dos meus inimigos. Toda está proteção se você quiser você pode ter, basta você entregar toda a sua vida nas mão do Senhor e confiar Nele. Mas também, quero dizer pra você, que mesmo você procurando abrigo no Senhor, procurando se abrigar no MONTE DO SENHOR, isto não significa que você estará livre de problemas, que o inimigo não tentará te atacar, no monte você passará por problemas, enfrentará lutas, batalhas são travadas, mais lá, você terá uma grande vantagem sobre o adversário. Portanto, ele fará te tudo para te tirar do monte para tentar destruir a sua vida, pois, no monte você tem a proteção do Senhor, no monte o Senhor te guarda, no monte o Senhor te protege. O inimigo vai fazer de tudo para te levar para o vale, achando que lá será mais fácil para te destruir, mais o Senhor mostrará para o inimigo que ele também te protege no vale. (Is 43: 13) "Agindo Eu, quem impedirá?"
Do Ponto de Vista Espiritual o Que Significa Vale
Vale simboliza: lugar de sofrimento, lugar de angústia, lugar de adversidade, lugar de tribulação, lugar de dia mal, lugar de insegurança, lugar de medo, lugar de pavor, lugar onde você não tem um boa visão, a sua visão é limitada, você não consegue enxergar o tamanho da luta, você não consegue ver da onde você está sendo atacado, o que você consegue ver é apenas o que está patente ao alcance dos seus olhos. Quando uma pessoa esta no vale ela fica desanimada, frágil ela se senti pequenina diante do inimigo, impotente, e se torna uma presa fácil e a qualquer momento ela pode ser derrotada pelo adversário. É por isso, que o inimigo fará de tudo pra tirar um a pessoa da proteção dos montes, da proteção do Senhor, pois, no vale as possibilidades do inimigo vencer são grandes. No vale o inimigo nos ataca implacavelmente não dando nenhuma possibilidade da pessoa escapar. Mais é neste cenário, ardio tenebroso, neste palco de impotência de vulnerabilidade que o Senhor Jesus mostrará para você e principalmente pro seu inimigo, que Ele além de ser Deus dos montes, também Ele é Deus dos vales. No vale Deus te guardará e te dará livramento e você sairá vitorioso(as)… deste vale, porque o Senhor é contigo, Ele é o teu Deus, Ele é Deus em todos os lugares, em todos os momentos, em todas as situações, em todas circunstância de nova vida, Ele é Deus e para Ele não existe lugar, quando Ele quer, ninguém pode impedir o seu agir.
ALGUMAS CARACTERÍSTICA DOS MONTES
Monte é um lugar alto, se você pudesse subir em uma montanha bem alta, você iria observar e ter uma visão completamente diferente. Ao olhar para baixo você vai ver que tudo parece pequeno. Árvore parece capim, rio parece com poça de água, as pessoa parecem formigas. A momentos que a nossa vida está assim, deste jeito, desta forma, desta situação, você está passando por lutar, por tribulações, por dificuldades, a luta é grande, mas você enxerga tudo pequeno, isto porque, você está em lugares altos, e quando o cristão está em lugares altos, você enfrenta, suporta, você consegue ver as coisas de outra maneira, de outro ângulo, você passa pela prova e nem percebe, porque o teu Senhor te ajuda e fortalece.
CINCO VERDADE DOS LUGARES ALTOS
Primeira Verdade
O INIMIGO PODE SER GRANDE, MAIS DEUS É O MAIOR ( IRs 20:13 )
Olha o que Ele disse para o rei acabe:Viste toda esta grande multidão? Pois hoje a entregarei nas tuas mãos, e saberás que Eu Sou o Senhor. Não importa o tamanho da luta ou da prova que você está passando, não importa o tamanho do problema que você está enfrentando, pois hoje o Senhor pode te livrar, hoje o Senhor Ele que operar maravilha em sua vida. Veja o que o Senhor disse para rei Josafá: "Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão, pois a peleja não é vossa mais de Deus (IICr. 20:15b) Portanto, o Senhor te diz:"não temas".
Segunda Verdade
NÃO IMPORTA O LUGAR, SEJA NO MONTE, SEJA NO VALE, DEUS MOSTRARÁ PARA O INIMIGO QUE A FORÇA DELE NÃO É NADA DIANTE DA FORÇA DO DEUS QUE VOCÊ SER.
( IRs 20:27) Os filhos de Israel se ajuntaram e marcharam contra as tropas inimigas, os filhos de Israel acamparam-se defronte deles, como dois pequenos rebanhos de cabras; mas os sírio enchiam a terra. Deus mostrou para o exército dos sírios, que não importa a quantidade, pois eles estavam em números bem maiores, como a própria palavra de Deus diz, que eles cobriam a terra, e Israel com uma quantidade bem pequena enfrentou o seu inimigo, em um só dia o exército de Israel feriram mais de 100 mil homens do exército inimigo. Meu irmão se a batalha foi travada, se você esta no vale. é só confiar em Deus, ele não vai deixar que o inimigo venha te destruir, mais Ele derrubará por terra com todos os planos, que o inimigo colocou no seu caminho. (Ex 14:4b,13-14-15b) O Senhor falou para Moisés: Saberão os egípcios que Eu Sou o Senhor. Não temais: aquietai-vos e vede o livramento do Senhor que hoje vos fará; porque aos egípcios, que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver. O Senhor pelejará por vós, e vós vos calareis. diz aos filhos de Israel que marchem. Mais uma vez o Senhor fala pra você não temer, aquietai-vos o vosso coração, a calma a sua alma, não deixa o desespero tomar conta, você vai ver o grande livramento que o Senhor irá fazer em sua vida.
Terceira Verdade
O INIMIGO NÃO TEM MEDO DE NINGUÉM QUE ESTÁ VIVENDO EM LUGARES ALTOS
(Jz cap. 15 e 16) Sansão estava vivendo em lugares altos, não existia e nunca existiu e jamais existirá um homem que tinha a força de Sansão. Ele era o homem mais forte da terra, Sansão tinha tudo para ser o melhor juiz que Israel, no sentido de força, no tempo que Sansão foi juiz os inimigos de Israel, os filisteus, não conseguiam ganhar nenhuma batalha. Mas! o inimigo não tem pressa e também não ficou com medo e fez de tudo para tirar Sansão dos lugares alto, pois, nos lugares altos ninguém conseguia derrota-lo.
1 - ATAQUE DO INIMIGO CONTRA SANSÃO. Os inimigos não tiveram medo de Sansão, eles enfrentaram Sansão, estavam em maior número, vários filisteus se ajuntaram para destruir com Sansão, mas Sansão, pegou uma queixada de jumento e feriu mil homens das tropas dos filisteu. Os filisteus não desistiram, pensam que eles ficaram com medo, não, eles não tiveram medo de Sansão. eles continuaram, e perseveraram com os seus projetos de descobrir, qual era a força de Sansão, para poder subjuga-lo e destruir com a sua vida. Agora o inimigo muda a estratégia e usa uma mulher para tentar descobrir qual era a força de Sansão, de onde vinha tanta força, porque, se eles conseguissem descobrir a força de Sansão eles teriam grandes chances para destruí-los.
2 - ATAQUE DO INIMIGO CONTRA SANSÃO. Dalila começa a investigar, começa a sondar e ela pergunta: Sansão em que consiste a tua grande força, e como você pode ser amarrado e subjugado. Respondeu-lhe Sansão "Se alguém me amarrar com sete tiras de couro ainda úmidas, ficarei tão fraco quanto qualquer outro homem". Dalila, então amarrou Sansão com as tiras de couro. disse ele: Sansão, os filisteus o estão atacando! Mas ele arrebentou as cordas de couro e não descobriram de onde vinha a sua força. Dalila disse: "Você me fez de boba; mentiu para mim! Agora conte-me, por favor, como você pode ser amarrado".Dalila aos pouco ia conseguindo arrancar de Sansão, aos poucos ela vai conseguindo descobrir o segredo da sua força. Sansão disse: "Se me amarrarem firmemente com cordas que nunca tenham sido usadas, ficarei tão fraco quanto qualquer outro homem. Dalila o amarrou com cordas novas. e ela o chamou: "Sansão, os filisteus o estão atacando!"Mas ele arrebentou as cordas de seus braços como se fossem uma linha. Disse Dalila a Sansão: "Até agora você me fez de boba e mentiu para mim. Diga-me como pode ser amarrado".
3 - ATAQUE DO INIMIGO CONTRA SANSÃO. Dalila não desiste ela sabe que está perto de descobrir o grande segredo. Então Sansão falou: "Se você tecer num pano as sete tranças da minha cabeça e o prender com uma lançadeira, ficarei tão fraco com qualquer outro homem" Enquanto ele dormia Dalila teceu as sete tranças da sua cabeça num pano e o prendeu com a lançadeira. Novamente ela o chamou: "Sansão, os filisteus estão atacando! ele despertou do sono e arrancou a lançadeira e o tear, com os fios. Dalila agora muda a estratégia e com ousadia, com jeito e usando o seu potencial de mulher atinge o coração de Sansão. Então Dalila lhe disse: "Como você pode dizer que me ama, se não confia em mim? esta é a terceira vez que você me fez de boba e não contou o segredo da sua grande força". Se você me ama dai-me um prova do seu amor. Ela ficou importunando-o o tempo todo, ela o cansava dia após dia, ficando ele a ponto de morrer. Por isso ele contou o segredo: "Jamais se passou navalha em minha cabeça", disse ele, "pois sou nazireu, desde o ventre materno. Se fosse rapado o cabelo da minha cabeça, a minha força se afastaria de mim, e eu ficaria tão fraco quanto qualquer outro homem". Quando Dalila viu que Sansão lhe tinha contado todo o segredo, enviou esta mensagem aos líderes dos filisteus: "Subam mais esta vez, pois ele me contou todo o segredo". Agora de posse destas informações, o inimigo conseguiria destruir com a vida de Sansão. Dalila, fazendo-o dormir em seu colo, chamou um dos homens para cortar as sete traças do cabelo dele, e assim começou a subjugá-lo. E a sua força o deixou. Então ela chamou: "Sansão os filisteus estão atacando!" Ele acordou do sono e pensou: "Sairei como antes e me livrarei". Mas não sabia ele que o Senhor o tinha deixado. Os filisteus o prenderam, furaram os seus olhos e o levaram para Gaza. Prenderam-no com algemas de bronze, e o puseram a girar um moinho na prisão. Sansão estava no monte, mais começou a brincar com o inimigo, achando que nunca, o adversário poderia destruí-lo ou descobrisse o segredo da sua força. Sansão sem que ele percebesse, ele começou a revelar o caminho, abrindo as portas e as brechas do seu esconderijo. Assim existem muitos crentes, abrindo brechas em suas vidas, se tornando presas fáceis para o inimigo. Sansão brincava, dava pistas falsas, zombava do inimigo, ele estava brincando com fogo, e quem brinca com fogo uma hora pode se queimar. Sansão se achava forte e inteligente, desta mesmo forma, existem vários cristãos que se julgam: "Sábios, espertos, inteligentes, cheios de poder, cheios da unção, cheios de autoridade e com eles tudo é em nome de Jesus, achando porque são usados por Deus, que eles nunca irão pecar, que eles nunca iram fazer alguma coisa errada, e pensam que eles podem brincar com o inimigo. Ah! eu me garanto, Ah! comigo é diferente, Ah! eu sei até onde eu posso ir. hum!!! " CUIDADO" Satanás tem muito poder, ele pode nos destruir a qualquer momento, nós só conseguimos vence-lo se nos colocarmos nas mãos de Deus e guardarmos os segredos que Deus tem nos dado para lutar contra o inimigo. Satanás não desiste, ele te tentará: "Uma, duas, três, quantas vezes for necessário para destruir sua vida" Se ele não conseguir de uma maneira, ele muda a forma de agir, ele muda a estratégia, ele tem muita paciência, ele sabe esperar o momento certo, o momento exato para atingir qualquer um dos servos do Senhor Jesus, por isso, não brinca com o adversário, não vacila, saia deste estilo de vida que você está vivendo, desta situação de perigo e risco constante. Você acha que você está imune e que nunca o inimigo conseguirá te atingir, se você não vigiar, poderá ser uma presa fácil e depois sofrer as conseqüências das investiduras do inimigo, mas se você está buscando a proteção do Senhor,está revestindo a sua vida, está confiando em Deus e está desviando e se afastando do mal, com certeza, Deus vai te guardar e te proteger e te fará triunfar sobre o inimigo e a vitória e certa.
Quarta Verdade
É O SENHOR QUEM NOS COLOCA EM LUGARES ALTO, PARA MOSTRA A GRANDEZA E A GLORIA DO SEU PODER.
Existem pessoas que só faltam bater no peito e diz: "Bendito seja eu, louvado seja o meu nome, glorificado seja eu entre todos, porque eu, eu som bom mesmo. No livro de (Pv. 16:18) esta escrito: "A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda". (Jr. 9:23-24) "Assim diz o Senhor: não se glorie o sábio na sua sabedoria, glorie-se nisto: Em me conhecer e saber que eu Sou o Senhor, e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas cousas me agrado, diz o Senhor".
Quinta verdade
NÓS LUGARES ALTOS TAMBÉM SE TRAVAM GRANDES BATALHAS. (IRs. 18:19–46)
O profeta Elias, travou uma grande batalha espiritual no monte Carmelo, contra os profetas de baal. O monte Carmelo, tem aproximadamente 600 metros de altura, quem sobe neste monte da pra ver quase todo o território de Israel. Lá Elias desafiou os quatrocentos profetas de baal. saiu vitorioso, pois Deus estava com ele.
Agoro eu vou fala sobre o vale
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DOS VALES
Quando você está no vale, você vai ver que tudo parece grande de mais. No monte, árvore parece capim, no vale árvore são grande obstáculos. No monte as pessoas parecem formigas, no vale são grande e são mais fortes que nós. No monte, rio parece com poça de água, no vale rio tem correnteza e leva tudo que tem pela frente. No monte você consegue ter uma visão ilimitado, uma visão ampla e você consegue ver de onde vem o inimigo, no vale você não consegue ver de onde está sendo atacado, porque no vale você tem uma visão limitada. No monte você está seguro, no vale você está vulnerável, desprotegido e não tem segurança. No monte você vive em triunfo, no vale você está mais perto de ser derrotado.
CINCO VERDADE DOS VALES
Primeira Verdade
AS MAIORES VITÓRIAS SÃO CONQUISTADAS NO VALE ( ISm 17)
Golias, era um o grande guerreiro e temido por todos, Golias, quando ele descia no vale era para afrontar, zombar e humilhar com o exército de Israel. Ninguém podia vence-lo, de um lado um exército poderoso e do outro lado um exército acuado e com medo, um exército que deixou de acreditar que Deus peleja por seu povo, é assim, que o inimigo quer tiver: "ACUADO E COM MEDO" sem nenhum perspectiva de vence-lo. Mais ali estava um rapaz que não era guerreiro, franzino, magro sem experiência de um guerreiro, mas Davi tinha um qualidade que Golias não tinha, A PRESENÇA DE DEUS NA SUA VIDA. No vale Davi teve uma grande vitória, quando derrotou o grande e temido Golias, pois ele foi contra Golias em nome do Senhor dos exércitos. Quero te dizer que lutas viram, você passará pelo vale, angústia, sofrimento, depressão, não importa, qual seja o vale que você esta enfrentando, se o vale for: "Financeiro, saude, emocienal, conjugal, de relacionamento, sentimental, não importa Deus vai te visitar e o grande e temido Golia será destruído. Vale é lugar de sofrimento, mais é também lugar de grandes vitórias. Davi venceu o grante e timido Golias no vale. É no vale que Deus te dará a vitória.
Sengunda Verdade
NO VALE DEUS ESTÁ ACIMA DE QUALQUER PROBLEMA ( IIRs 6:8)
Quando o exército da síria cercou a casa de eliseu, Geazi, abriu a porta e se deparou com um exército grande que cercou toda casa. Então ele gritou: "Ah! meu senhor" eliseu perguntou, o que está acontecendo geazi, o senhor não está vendo meu senhor, nós estamos cercado. Eliseu então orou e diss: "Senhor abreos olhos do moço para ele ver e encher o grande exército de anjos celestiais que estão cercando todo o exército da síria. Quando o profeta Eliseu acabeou de orar, Geazi pode ver um grande exército de anjos que estavam acima do exército da síria. Isto, nos mostra que Deus está acima de qualquer problema. Veja porque: Eliseu e Geazi estavam numa posição mais abaixo, os sírios estavam acima do profeta Eliseu, só que o exército do Senhor estava mais acima, ou seja, acima do exército da síria. Não importa o tamanho do seu problema, Deus está acimo de tudo, Ele está vendo e na hora certa Ele entrará com providência na sua vida.
Terceira Verdade
NÃO IMPORTA SE VOCÊ ESTÁ NO VALE, OU NO MONTE, O QUE IMPORTA É SE APRESENÇA DE JESUS ESTÁ COM VOCÊ.
Talvez, você fica pensando, que você está sozinho, que você barco vai naufragar, que você vai ser destruido , que está luta vai acabar com a sua vida, não, não pense assim, olha o que o senhor de diz através da palavra: ( Is 41:10) "Não temas, porque eu Sou contigo; não te assombres, porque eu Sou o teu Deus, eu te fortaleço; e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça".
(Sl. 30.5) "O choro pode durar uma noite, mas á alegria virá pela manhã". (Sl 126:5-6) "Os que com lágrimas semeiam, com júbilo ceifarão. Quem sai andando e chorando enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendoos seus feixes". lê todo o Salmo 91
Quarta Verdade
NO VALE O SENHOR TEM UMA PALAVRA PRA TUA VIDA.
- Não temas, diante do inimigo, não temas, diante das a diversidade, não temas, diante das lutas, não temas, diante dos obstáculos, pois Eu Sou o teu escudo, a tua rocha e a tua fortaleza.
- Não temas, Eu Sou contigo por onde quer que andares.
- Não temas, Eu Sou o teu Deus e diante de ti Eu irei contra o inimigo.
- Não temas, ninguém poderá te resistir, por isso Eu te digo não temas.
- Não temas, pois, mil cairão do teu lado e dez mil a tua direita, mas tu não serás atingido.
- Não temas, pois, os que confiam no Senhor são como os monte de Sião que não se abalam, mas permanecem para sempre.
Quinta Verdade
NO VALE VOCÊ TEM QUE TER AUTORIDADE PARA PROFETIZAR SOBRE O PROBLEMA
(Ez. 37) O Espírito de Deus levou o profeta Ezequiel, e o colocou diante de um vale que estava cheio de ossos secos, Ezequiel, andava de um lado para o outro e ele pode observar que era enorme o número de ossos no vale, ele viu que os ossos estavam muito secos. O Senhor perguntou: "Filho do homem, estes ossos poderão reviver?" Nesta hora, o profeta Ezequiel, olhou bem para o tamanho do problema e ele viu que seria impossível, ele se sentiu pequenino diante da situação, ele viu que os osssos estavam muitos secos, como esta registrado na palavra de Deus : "Os ossos Estavam sequíssimos", Ezequiel, então se volta para o Senhor ele disse: "Tu o sabes ó soberano Senhor". Neste exato momento, o profeta Ezequiel transferi o problema para o Senhor, ele se achou pequeno diante da situação, ele percebeu que não teria um fé suficiente para ver o milagre acontecer, por isso Ezequiel falou: "Tu o sabes ó soberano Senhor",qualquer pessoa tomaria a mesma decisão que Ezequiel tomou, porque era algo impossível para o homem, mas para Deus não era, porque ele é o Deus do impossível, o Deus de milagres. Mas neste momente Deus olha para Ezeqeuiel, e Ele disse: "Profetize a estes ossos e diga-lhes: Ossos secos, ouçam a palavra do Senhor! Após, esta palavra de ordem o milagre aconteceu. Você que está pediando, clamando ao Senhor, para ele ter misericórdia de você e tirar seu filho das drogas, sua filha da prostituição, para Deus restaurar seu casamento, seu lar, sua casa, pra Deus libertar e salvar, aqueles que estão aprisionados e acorrentados pelo o inimigo, pra Deus entrar com providência naquela causa impossível, você que não aquenta mais, tanto sofrimento, o Senhor te diz: "Onde é o seu vale de ossos secos!" Deus vai te usa para você profetizar sobre este problema que você esta enfrentando, veja bem; você não vai pedir e nem tão pouco você vai clamar, mais em nome do Senhor Jesus Cristo, você vai determinar, ou seja, você vai usa a autoridade que Deus tem colocado a seu dispor, olha o que o Senhor te diz: (Lc. 10:19) - "Eu lhes dei autoridade para pisarem sobre cobras e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo; nada lhes fará dano". Deus não deu autoridade apenas para os discípulos que esta com ele naquele momento, naquela circunstância, mas para todos os discípulo e servos dele, e você é um servo do Deus altissimo, então se levante, não aceite esta situação, chegua diante desse vale e profetize:
"Assim diz o Senhor! ossos secos, ouvi a palavra do Senhor", em nome de Jesus, eu determino que toda arma forjado contra mim perecerá, toda obra de macumbaria, bruxaria, feitiçaria, magia negra, caiam por terra agora, em nome de Jesus, eu profetiza a salvação do meu filho, eu profetizo a salvaçao da minha filha, eu profetizo a salvação do meu esposo, eu profetizo a salvação da minha esposa, eu profetizo a restauração do meu lar, a restauração da minha casa, da minha vida sentimento, da minha espiritual, da minha vida financeira, da minha saúde, em nome de Jesus eu digo: " OSSOS SECOS, OU SEJA, PROBLEMAS" [EU TE REPREENDO AGORA NA AUTORIDADE DO NOME DE JESUS, CAIAM POR TERRA, EU DECLARO A VITÓRIA AGORA EM MINHA VIDA. RECEBA O SENHOR É CONTIGO].
conclusão
O Deus dos montes, também é Deus dos vales
Quando estamos no monte estamos seguros, abrigados, protegidos, sabemos que na fortaleza de Jesus o inimigo não pode nos tocar, pois o Senhor nos esconderá. No monte temos ampla visão de tudo que esta acontecendo em nosso redor e podemos ter uma visão bem ampliada e conseguimos ver de que lado o inimigo está vindo, podemos ver quantos são e qual a dimensão do problema. No vale, sofremos, passamos momento difícil, pensamos que Deus se esqueceu de nós, estamos mais vulneráveis, fracos, abatidos, desanimados e ao ponto de desistirmos, muitos se entregam e se prostram diante dos problemas, no vale o inimigo nos ataca de todos os lados, não conseguimos enxergar a dimensão do problema, mais é no vale que Deus vai mostra para o inimigo que Ele também é Deus dos vales e não apenas dos monte. É no vale, que conquistamos grandes as maiores vitórias...
BISPO/JUIZ.DR.EDSON CAVALCANTE
domingo, 25 de março de 2012
OBJETOS QUE TRAZEM BENÇÃO E MALDIÇÃO
OBJETOS QUE TRAZEM BENÇÃO E MALDIÇÃO, QUEBRE OS ÍDOLOS...
Um Estudo sobre o Uso de Objetos e a Fé
Um assunto que tem provocado muita polêmica em nossos dias é o ensino do moderno movimento de batalha espiritual acerca de objetos que têm o poder de abençoar e amaldiçoar aqueles que os tocam ou possuem. Nesse pequeno artigo, procuro compreender esse ensino e oferecer uma avaliação.
Objetos que Trazem Bênção
Nos cultos de muitas igrejas de libertação, objetos variados são empregados como canais de bênção. Eles são ungidos (abençoados) nos cultos com o objetivo de passarem ao fiel algum tipo de benefício. Os mais comuns são a água fluidificada (colocada sobre o rádio ou TV durante a oração do "homem de Deus"), a rosa ungida, ramos de arruda, sal grosso, óleo, água, vinho, pedrinhas trazidos da "terra santa" (Israel), fitinhas, pulseiras e lenços.
Embora os líderes dessas igrejas insistam que esses objetos abençoados funcionam apenas como apoio para a fé dos crentes, ao fim, acabam sendo usados como talismãs, fetiches e outros objetos "carregados" de poder espiritual. Os seus possuidores devem usá-los de acordo com algum tipo de ritual, após o culto. A água pode ser bebida em casa, após a oração de consagração. O "cajado de Moisés" deve ser usado para bater naquilo que o crente gostaria de ter (um carro novo, por exemplo). Lenços ungidos devem ser carregados junto ao corpo por determinado tempo, geralmente durante o tempo de uma corrente de oração.(1)
Muitas vezes objetos são "abençoados" nessas igrejas com o objetivo de espantarem e expelirem demônios. A idéia que está por detrás desse uso religioso de artigos e objetos é o de que as entidades espirituais (anjos e demônios) podem ser atingidas através dos sentidos como cheiros, cores, gosto e vozes. Nesse ponto os cristãos do primeiro século se afastaram significativamente das práticas exorcistas do Judaísmo da sua época, que foram desenvolvidos no período intertestamentário. Os métodos rabínicos de tratar com demônios incluía o uso de tochas de fogo à noite, amuletos, filactérios,(2) fórmulas mágicas, fumigações, entre outros. A idéia era que essas coisas teriam em si algum tipo de poder mágico contra os demônios.(3) No cristianismo primitivo, entretanto, a idéia de que demônios pudessem ser atingidos através de sons, cheiros ou coisas materiais e tangíveis, está ausente.
É importante dizer que não duvido da sinceridade e da boa-fé dos que empregam esses objetos. Entretanto, podemos estar sinceramente enganados no que diz respeito ao culto a Deus, como os judeus na época de Paulo (Rm 10.1-2). É minha convicção que o uso desses objetos como apoio para fé ou canal de bênçãos não faz parte do culto agradável a Deus que nos é ensinado nas Escrituras.
Entendendo o uso de objetos na Bíblia
Salta aos olhos de quem conhece as práticas religiosas populares que o uso de objetos ungidos pelas igrejas de libertação é bastante semelhante ao benzimento de objetos no baixo espiritismo, artes mágicas e no ocultismo em geral. Entretanto, essas igrejas argumentam que a prática tem base na Bíblia. Provavelmente a passagem bíblica mais citada é Atos 19.12, onde se relata o uso dos aventais e lenços de Paulo para expulsar demônios em Éfeso. É preciso salientar, entretanto, que esse acontecimento é o único do gênero que temos registrado no Novo Testamento. Fez parte dos "milagres extraordinários" que o Senhor realizou em Éfeso pelas mãos de Paulo (At 19.11).
Devemos interpretar essa passagem da mesma forma como interpretamos os relatos do Antigo Testamento sobre o cajado de Moisés (Ex 8.5,16) e o manto de Elias (2 Re 2.8,14). Esses objetos foram veículos materiais do poder miraculoso desses homens. O propósito das narrativas acerca do poder que havia neles foi mostrar o extraordinário poder de Deus nas vidas dos seus possuidores, comprovando que a sua mensagem vinha realmente da parte de Iavé. O ponto é que esse poder era tão grande que até as coisas com as quais Moisés e Elias tinham contato diário se tornavam canais através dos quais ele era transmitido.
Além dessas ocorrências no Antigo Testamento mencionadas acima, outros eventos são citados como justificativa para o uso de objetos como veículos do poder divino. Moisés fez uma serpente de bronze (Nm 21.9). Eliseu usou um prato novo com sal para miraculosamente sanar as águas de Jericó (2 Re 2.19-22), um pouco de farinha para purificar uma comida envenenada (2 Re 4.38-41), um pau para fazer flutuar um machado que caiu no rio (2 Re 6.1-7). Sob seu comando, as águas do Jordão serviram para curar a lepra de Naamã (2 Re 5.1-14). Seu bordão parece que era usado para realizar milagres (2 Re 4.29) e seus ossos ressuscitaram um morto (2 Re 13.20-21). O profeta Isaías usou uma pasta de figos para curar Ezequias (2 Re 20.7).
Alguns eventos narrados no Novo Testamento são também citados como prova. As vestes de Jesus tinham poder curador. Não somente a mulher com um fluxo de sangue foi curada ao tocá-las (Lc 8.43-46), mas muitas outras pessoas doentes (Mt 14.36; Mc 6.56; cf. Lc 6.19). Em pelo menos duas ocasiões, Jesus usou saliva para curar cegos (Mc 8.22-26; Jo 9.6-7), e em outra, para curar um mudo (Mc 7.33). Aparentemente, a sombra de Pedro, após o Pentecostes em Jerusalém, acabava por curar a quem atingisse (At 5.15).
Devemos entender, entretanto, qual o objetivo dessas narrativas. Em todas elas, o conceito é sempre o mesmo. Jesus e os apóstolos eram tão cheios do poder de Deus que as coisas com as quais tinham contato íntimo se tornavam como que em extensões deles, para curar e abençoar as pessoas. O objetivo é idêntico: enfatizar a enormidade do poder de Deus em suas vidas, e assim, atestar que a mensagem pregada por eles, bem como pelos profetas do Antigo Testamento, vinha de Deus. A prova eram os poderes miraculosos tão extraordinários que até mesmo vestes, bordões, ossos, saliva, sombra e lenços desses homens transmitiam o poder curador de Deus que neles havia. É dessa forma que devemos entender o relato de Atos 19 sobre o poder curador dos lenços e aventais de Paulo.
Evidentemente, essas passagens não servem como prova de que, hoje, as igrejas evangélicas podem abençoar objetos e usá-los para expelir demônios, proteger seus possuidores contra forças negativas e curar moléstias. Notemos as principais diferenças entre o uso destes objetos nos relatos bíblicos e o uso que é feito hoje pelas igrejas de libertação.
1. Foram usados como símbolos – Em vários casos, o papel de objetos na execução dos milagres bíblicos é melhor entendido como tendo sido simbólico. De alguma forma estavam relacionados à natureza do milagre: uma serpente de bronze para curar mordeduras de serpentes, um pedaço de pau para fazer um machado flutuar, sal e farinha para purificar águas e comida (os dois elementos eram usados nos sacrifícios), ossos para trazer vida e água do Jordão para "limpar" a lepra. Nas igrejas de libertação, muito embora se diga que os objetos funcionam simbolicamente como apoio para a fé, acabam sendo aceitos pelos fiéis menos avisados como possuindo em si mesmos alguma virtude ou poder.
2. A natureza dos milagres em que foram empregados – Os objetos fizeram parte de milagres que não vemos serem repetidos hoje. A melhor maneira de provar que o uso de objetos ungidos hoje opera a mesma liberação do poder divino como nos eventos relatados na Bíblia, seria abrir rios, ressuscitar mortos, curar leprosos, cegos e aleijados, sanear águas amargas e limpar comidas envenenadas usando objetos pessoais dos missionários e obreiros dessas igrejas. Entretanto, os "milagres" efetuados pelos objetos ungidos nas igreja de libertação nem de perto se assemelham aos prodígios extraordinários narrados nas Escrituras.
3. Seu uso limitou-se ao momento do milagre – Nenhum dos objetos empregados na Bíblia preservaram algum "poder" em si mesmos após o milagre ter ocorrido. A serpente de bronze, até onde sabemos, não foi mais usada para curar mordidas de serpentes após o incidente no deserto, muito embora os judeus supersticiosos passassem a adorá-la como a um deus. É natural supor que Eliseu, após usar o manto de Elias para abrir as águas, usou-o normalmente como peça do seu vestuário, sem que o mesmo exercesse qualquer poder mágico nas coisas em que tocava. O sal, a farinha e o pedaço de pau que ele usou para fazer milagres foram tirados da vida normal e retornaram a ela após seu uso. Não retiveram qualquer propriedade miraculosa em si mesmos. Semelhantemente, os lenços e aventais de Paulo tiveram um uso especial somente em Éfeso, e provavelmente somente durante um determinado período, ao longo dos três anos que o apóstolo passou ali. Em contraste, as igrejas da libertação ungem e abençoam objetos e atribuem a eles efeitos que permanecem muito tempo após a cerimônia. É algo bem diferente do uso ocasional feito pelos profetas e apóstolos.
4. Os objetos estavam ligados à pessoa dos homens de Deus – Alguns dos objetos usados eram coisas pessoais dos homens de Deus, como a capa de Elias, o bordão de Eliseu, as vestes de Jesus, os lenços e aventais de Paulo e, num certo sentido, a sombra de Pedro. Eles só foram empregados por isso. O alvo era mostrar o extraordinário poder de Deus sobre tais homens. Quando refletimos no fato de que somente coisas pessoais dos profetas, do Senhor Jesus e dos apóstolos foram usadas, perguntamo-nos se nossos objetos pessoais teriam o mesmo poder. A resposta humilde deve ser "não". Os profetas, o Senhor e os apóstolos foram pessoas especiais e pertenceram a uma época especial e única dentro da história da revelação. A suspeita de que nossos objetos pessoais são impotentes para realizar milagres fica ainda mais fortalecida quando não descobrimos nas Escrituras qualquer exemplo de coisas dos crentes comuns sendo usadas com esse fim.(4)
5. Nenhum dos objetos empregados foi ungido ou abençoado – Essa é uma diferença fundamental. Nas igrejas de libertação, os objetos são ungidos, abençoados, fluidificados e consagrados através da oração e da imposição de mãos dos pastores e obreiros, depois do que, passam supostamente a ter poderes especiais. No entanto, em nenhum dos casos mencionados nas Escrituras, os objetos empregados nos milagres passaram, antes, por uma cerimônia de consagração. A Bíblia desconhece totalmente a "unção" de coisas com o fim de serem empregadas em atos miraculosos, para atrair as bênção de Deus, ou ainda, para expelir demônios e doenças. É verdade que no Antigo Testamento alguns objetos, utensílios e mobília do tabernáculo, e depois, do templo, foram ungidos com sangue e óleo. Mas o propósito não era investir essas coisas de poderes especiais, e sim separá-las do seu uso comum para o uso sagrado nos rituais de sacrifício. Eliseu não ungiu nem consagrou, pela oração, o sal, a farinha e o pedaço de árvore que usou para operar milagres. Nem Isaías ungiu a pasta de figo para curar a úlcera de Ezequias. Nem mesmo a serpente de bronze passou por uma consagração, antes de ser erigida diante do povo envenenado pelas serpentes. Os lenços e aventais de Paulo não passaram pela imposição de mãos do apóstolo antes de serem levados aos doentes e endemoninhados. O que dava "poder" àqueles objetos era o fato de que pertenciam, ou foram manipulados, por pessoas sobre quem o poder de Deus repousava de forma extraordinária.
A conclusão inescapável é que não existe qualquer fundamento bíblico para que, hoje, unjamos e abençoemos objetos com o propósito de transmitir, através deles, uma medida do poder de Deus. Mais uma vez repito: creio que Deus faz milagres hoje. Creio que ele poderia usar o que quisesse para fazer isso. Entretanto, creio também que Deus nos revela em Sua Palavra os seus caminhos e seus meios de agir, para que não sejamos iludidos pelo erro religioso. E se vamos usar as Escrituras como regra da nossa prática, bem como critério para discernirmos a verdade do erro, acabaremos por rejeitar a idéia de que, pela oração e unção, determinados objetos repassam uma bênção de Deus aos seus possuidores.
Objetos que Trazem Maldição
Tratemos agora de outro ensino ainda relacionado com o uso de objetos no campo religioso. Segundo adeptos do movimento de "batalha espiritual", objetos utilizados em qualquer forma de magia, ocultismo ou religião idólatra ficam impregnados de emanações malignas, como se demônios de fato residissem nos mesmos. Para usar a linguagem de alguns do movimento, esses objetos estariam "demonizados". Esse conceito é similar ao praticado na magia. Objetos magicamente "carregados" são considerados como transmissores do poder da mágica que representam, e afetam aos que os tocam.
Portanto, caso um cristão venha a ter em sua casa, escritório ou local de trabalho, qualquer um desses objetos, estará dando ocasião para que os demônios (as verdadeiras entidades espirituais associadas com esses objetos) prejudiquem sua vida material e espiritual. A idéia é que objetos como ídolos, imagens, esculturas, quadros e fotos se tornam pontos de contato para os demônios, que sempre estão procurando materializar-se através de alguma coisa e assim atormentar os homens.(5) Admitir tais coisas dentro de casa, seria convidar os demônios a entrar e nos atormentar. Nas palavra de Jorge Linhares,
Não basta que abençoemos os nossos bens, nossos pertences. precisamos verificar se não temos permitido adentrar em nosso lar objetos que são por natureza amaldiçoados – objetos que temos de lançar fora e de preferência, queimar ou destruir.(6)
Uma outra coisa que segundo o pensamento da "batalha espiritual" permite a entrada de demônios na vida da pessoa é o ingerir comidas "trabalhadas" em centros de umbanda. Num capítulo entitulado "Como os demônios se apoderam das pessoas", do livro Orixás, Caboclos & Guias, Edir Macedo inclui comidas sacrificadas a ídolos como um desses meios. Ele conta o caso de um homem que ingeriu uma comida "trabalhada" e foi atacado por um espírito maligno que o fazia sofrer do estômago. Ele conclui dizendo, "Todas as pessoas que se alimentam dos pratos vendidos pelas famosas ‘baianas’ estão sujeitas, mais cedo ou mais tarde a sofrer do estômago."(7)
Mark Bubeck, que ficou conhecido no Brasil por seu livro O Adversário, escreveu recentemente um outro livro sobre como podemos criar nossos filhos em meio aos constantes ataques que os demônios fazem ao nosso lar. Ao fim do livro, Bubeck adicionou um apêndice, contendo questionários cujas perguntas procuram levar os leitores a descobrir as portas pelas quais têm permitido aos demônios entrarem no lar e atacar os filhos. Uma das portas é a presença em casa de objetos amaldiçoados, como amuletos, fetiches e talismãs, livros sobre ocultismo, bruxaria, astrologia, mágica, adivinhação, e utensílios ou objetos usados em templos pagãos, rituais de feitiçaria, ou ainda na prática da adivinhação, mágica ou espiritismo. A sugestão de Bubeck é que a presença dessas coisas no lar permite aos demônios que penetrem na casa e atormentem os filhos.(8)
Uso de objetos no paganismo
A lista de Bubeck é bem modesta. Os objetos considerados "amaldiçoados" por muitos cristãos são via de regra aqueles usados nas religiões afro-brasileiras, nas práticas ocultas e no catolicismo popular. Nas religiões populares que empregam artes mágicas e práticas ocultas, objetos religiosos desempenham importante papel no culto e na fé dos participantes. São usados, por exemplo, em despachos e trabalhos feitos pelos pais-de-santos da umbanda. Objetos como o sal grosso, a rosa ungida, a água fluidificada, fitas e pulseiras especiais (como a do chamado "Senhor" do Bonfim) e ramos de arruda são bastante populares. Ainda podemos incluir talismãs e amuletos do tipo "pé-de-coelho". Para não mencionar ainda os fetiches usados na magia e no candomblé, as relíquias e imagens do catolicismo popular.(9) Na feitiçaria, velas coloridas são usadas para evocar vibrações energéticas das cores e promover transformações pessoais. Amuletos são empregados na proteção contra maus espíritos. Ainda são usados óleos especiais, incensos, cremes, pó, cristais, pirâmides, pêndulos, pulseiras, brincos e pendentes, colares contendo saquinhos com fórmulas mágicas e encantamentos, e muito mais.(10) As gárgulas (imagens de animais grotescos) são freqüentemente associadas com demônios.(11) Esses objetos são ungidos, benzidos, abençoados, purificados, fluidificados com o objetivo de passar ao seu possuidor alguma espécie de poder ou proteção. Ou ainda, são usados em rituais de magia associados com encantamentos, feitiços, despachos e trabalhos espirituais em geral. Em alguns casos, esses objetos são associados com os nomes das entidades espirituais aos quais são dedicados.(12)
Maldições trazidas por objetos consagrados a demônios
Como dissemos acima, para os aderentes do movimento de batalha espiritual a ingestão, a posse e mesmo o contato com coisas que foram oferecidas e consagradas aos demônios trazem maldição aos crentes. Um caso sempre mencionado é o do missionário que, ao regressar ao seu país de origem, trouxe da tribo africana onde trabalhava um pequeno fetiche (objeto usado nos rituais religiosos) como recordação. O missionário, evidentemente, não tinha qualquer atitude religiosa para com o objeto, como os africanos; trouxe-o apenas como lembrança, um souvenir. O fetiche foi colocado na estante da sala, em sua casa. Não muito tempo depois, sua filha ficou doente. Sua situação financeira foi de mal a pior. Havia uma "opressão espiritual" no ar, dentro da casa. Nada mais dava certo. Vozes e ruídos eram por vezes ouvidos à noite. Um dia, uma profetiza de uma igreja carismática veio visitar a família. Dirigiu-se imediatamente à estante onde estava o fetiche. Sem hesitar, declarou que a casa estava amaldiçoada por causa do objeto. Era preciso quebrar a maldição. Os passos necessários seriam: confissão do pecado de trazer para casa um objeto amaldiçoado, a quebra do mesmo e a total renúncia dos laços com os espíritos malignos. Esses laços haviam sido estabelecidos, mesmo inconscientemente, no momento que o missionário trouxe o objeto para dentro de casa. Os demônios adquiriram a autoridade de invadir a casa e oprimir seus moradores.
Timothy Warner conta a história de uma estudante crente, por natureza uma pessoa bem ativa e enérgica, que começou a ficar mais e mais deprimida, tendo dificuldade em dormir e estudar, durante seus estudos de francês, em preparação para o trabalho missionário na África. Um missionário descobriu, após examinar o dormitório onde ela morava, que o ocupante anterior havia escondido no mesmo diversos objetos ocultistas. Warner então explica: "alguns dos demônios associados com os objetos haviam se apegado ao quarto e à mobília". O missionário orou determinando aos demônios que fossem embora, e a moça pode voltar a dormir normalmente.(13)
O pressuposto por detrás desse tipo de relato é que esses objetos abrem a porta para os demônios, visto que foram consagrados a eles nos rituais de magia e ocultismo, e mesmo no catolicismo. O fato de que uma pessoa é crente não evitará que seja oprimida pelos espíritos associados a objetos deste tipo.
Existem algumas dificuldades com esse conceito. No que se segue, vamos explicar algumas delas.
1) O conceito da habitação de demônios em objetos físicos. Warner conta a história de uma família de missionários nas Filipinas cujo filho era assediado por um demônio que morava numa árvore do jardim da casa onde moravam.(14) O conceito de entidades espirituais morando em árvores remonta à mitologia grega e ao paganismo em geral. As Escrituras desconhecem esse conceito e falam dos demônios como atuando especificamente em seres vivos, humanos ou animais. Entretanto, é comum lermos na literatura do movimento de "batalha espiritual" que espíritos malignos podem habitar em coisas como árvores, imagens, objetos, casas, etc.
Às vezes Apocalipse 18.2 é citado como prova de que demônios podem morar em lugares amaldiçoados:
Então, exclamou com potente voz, dizendo: Caiu! Caiu a grande Babilônia e se tornou morada de demônios, covil de toda espécie de espírito imundo e esconderijo de todo gênero de ave imunda e detestável.
Aqui temos o anúncio da queda de Babilônia feito por um anjo de Deus. Notemos, porém, o seguinte, antes de concluirmos que o texto prova que demônios moram em ruínas! (1) A passagem é evidentemente alegórica. Nos dias de João, Babilônia já não mais existia. (2) João está citando Jeremias 50.39 e Isaías 13.21. Esses dois profetas referem-se à queda e destruição da cidade de Babilônia que existiu em seus dias. A desolação que lhe haveria de sobrevir, como resultado do castigo divino, ia ser tão grande, que a grande cidade, outrora populosa e opulenta, iria se tornar em um grande montão de ruínas. Com o propósito de enfatizar a desolação, os profetas descrevem as ruínas como sendo habitadas por feras e animais do deserto: chacais, avestruzes, corujas e hienas. A Septuaginta, ao traduzir o texto hebraico de Isaías 13.21, traduziu "bodes" por "demônios".(15) O apóstolo João, ao citar essas passagens e aplicá-las figuradamente à Babilônia espiritual, o reino das trevas que será destruído por Cristo, acrescenta, além dos animais mencionados pelos profetas, os demônios e espíritos imundos, seguindo a tradução da Septuaginta (Ap 18.2). (3) Evidentemente, a passagem não está dizendo que essas entidades habitam em ruínas de cidades. Seu sentido óbvio é que Deus entrega a humanidade ímpia e endurecida que o rejeita à desolação espiritual e aos demônios. (4) Lembremos ainda que o Senhor Jesus ensinou que os espíritos imundos não encontram repouso em lugares áridos (Mt 12.43-45). A conclusão é que não existe argumentos bíblicos suficientes para provar que espíritos imundos moram e habitam em coisas como objetos, casas, árvores, etc.
2) O estabelecimento de um pacto com esses demônios pela posse de objetos a eles consagrados. Nenhum adepto do movimento de "batalha espiritual" estaria disposto a admitir que um incrédulo entra em algum tipo de pacto ou concerto com Deus simplesmente por ter uma Bíblia em casa, ou mesmo por ter participado inadvertidamente da Ceia do Senhor numa igreja evangélica. Entretanto, está pronto a afirmar que cristãos verdadeiros podem ser atacados, amaldiçoados e demonizados se tiverem em casa livros sobre ocultismo ou objetos ocultistas, para com os quais não tenha nenhuma atitude religiosa. É óbvio que a simples posse desses objetos não nos expõe a ataques satânicos da mesma forma que a posse de uma Bíblia não expõe um incrédulo às investidas do Espírito Santo, a não ser que abra suas páginas e comece a ler, com seu coração aberto e desejoso de aprender as coisas de Deus.
3) Uma outra dificuldade é o conceito de que crentes, que nem estão conscientes de que esses objetos foram usados em rituais ocultistas, possam ser oprimidos pelos demônios associados com esses objetos. Não é suficiente escutarmos os relatos e as experiências, como a do missionário acima. Como já insistimos em quase cada capítulo desse livro, por mais sérias e válidas que sejam, experiências não podem servir como autoridade final nessa questões. É preciso examinar as Escrituras, seguindo as regras simples de interpretação, que procuram deixar o texto sagrado falar livremente. E o que encontramos nelas pode ser resumido nas palavras de Balaão, falando pelo Espírito de Deus: "Pois contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel" (Nm 23.23).
Coisas amaldiçoadas na Bíblia
É preciso reconhecer que, para alguns defensores da "batalha espiritual", existe suficiente apoio na Bíblia para defender o conceito de maldição através de objetos. Examinemos os dois principais argumentos.
1) Passagens que condenam o uso de amuletos. É defendido que os pendentes de ouro que as mulheres israelitas traziam nas orelhas, ao sair do Egito, e com os quais se fez o bezerro de ouro, eram amuletos (Ex 32.2-4), bem como as arrecadas (brincos) que Jacó arrancou das orelhas da sua família, junto com os ídolos (Gn 35.1-4).(16) O uso de cordões ou cadeias com pendentes é chamado pelo profeta Oséias de "adultério entre os peitos" (Os 2.2). A atitude das Escrituras em relação a esses objetos é de condenação e rejeição. O profeta Isaías, ao condenar a vaidade do vestuário das mulheres israelitas, faz referência às luetas que elas traziam em seu pescoço (Is 3.18). Eram cordões ou cadeias de ouro com o símbolo da lua crescente, usados para proteger contra maus espíritos. Esse era um costume pagão. Eles usavam amuletos assim até mesmo no pescoço de camelos (Jz 8.21,26).
É preciso notar, entretanto, que condena-se não tanto o uso em si desses objetos, mas a atitude religiosa que os israelitas tinham para com eles. Eles o usavam conscientemente como amuletos protetores, como fetiches mágicos, como se fossem encantamentos contra maus espíritos. Foi contra essa prática de magia e ocultismo que os profetas falaram. Evidentemente, ter objetos desse tipo em casa pode não ser conveniente ao cristãos por vários motivos (veja a conclusão desse capítulo). Entretanto, se eles não têm qualquer sentido, significado ou relação religiosos, o cristão não se enquadra na condenação emitida pelos profetas.
2) Passagens que condenam imagens. Existem inúmeras passagens nas Escrituras que condenam a idolatria, isso é, o ato de prestar culto à imagens bem como às realidades espirituais que elas representam. Um fator que contribui significativamente para essa condenação é a relação entre a idolatria e os demônios. Nos tempos antigos, mágica, adivinhação, feitiçaria, bruxaria e necromancia (invocação de mortos) estavam tão intimamente ligados à idolatria, que era quase impossível separar uma coisa da outra. Moisés identifica os deuses pagãos com demônios (Dt 32.17; cf. Sl 106:36-37). O mesmo faz Paulo (1 Co 10.19-20) e o apóstolo João (Ap 9.20). Acredito que o mesmo é verdade ainda hoje. Por detrás da moderna idolatria estão os antigos demônios.
Entretanto, mais uma vez é preciso observar que as Escrituras condenam propriamente o confeccionar e possuir imagens de entidades pagãs com propósito religioso:
Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos (Ex 20.3-6).
Os puritanos entenderam esse mandamento como determinando que nos livrássemos, se possível, de todos os monumentos à idolatria, e proibindo o culto a imagens representativas de Deus ou de falsos deuses e o possuir supersticiosamente artigos ou objetos.(17) A preocupação sempre é contra a idolatria em si. O mandamento contra a idolatria não dever ser entendido como proibindo esculturas, representações, quadros e outros objetos artísticos em geral. O fato de que o culto a Deus deve ser em Espírito (Jo 4.24) não quer dizer, nem mesmo, que Deus proíba a confecção de objetos representativos de realidades espirituais. Ele próprio determinou que os israelitas fizessem imagens de ouro de querubins, que deveriam ser colocadas sobre a tampa da arca, o propiciatório (Ex 25.18-20). Noutra ocasião, mandou que Moisés fizesse uma serpente de bronze (Nm 21.8-9). Ela foi mais tarde destruída somente por que os israelitas passaram a adorá-la, provavelmente como uma relíquia provinda dos tempos de Moisés (2 Re 18.4). O motivo pelo qual o Senhor determinou que os israelitas destruíssem totalmente as imagens dos deuses cananitas, ao se apossarem da terra, foram evitar que os israelitas fossem atraídos à idolatria (Dt 7.1-5) e evitar a cobiça para com o ouro e a prata que revestiam essas imagens. Por esses motivos, não deveriam meter esses ídolos dentro de suas casas, pois eram amaldiçoados por Deus e representariam uma tentação para praticarem a idolatria (Dt 7.25-26). Mais uma vez percebemos que é o perigo da idolatria que o Senhor queria prevenir. As imagens em si mesmo nada eram.
Preciso reiterar minha convicção de que os cristãos deveriam evitar possuir qualquer objeto relacionado com a idolatria e práticas ocultas. Entretanto, acredito que isso deve ser feito pelas razões corretas e não por mera superstição e crendice.
Atos 19 e a quebra de maldições de objetos
Talvez a passagem mais citada para justificar a quebra de maldições desses objetos seja Atos 19.18-19:
Muitos dos que creram vieram confessando e denunciando publicamente as suas próprias obras. Também muitos dos que haviam praticado artes mágicas, reunindo os seus livros, os queimaram diante de todos. Calculados os seus preços, achou-se que montavam a cinqüenta mil denários.
As "artes mágicas" no mundo antigo incluíam a adivinhação, o exorcismo, o uso de fórmulas secretas, a conjuração e a invocação dos mortos, pactos com entidades espirituais, encantamentos e rituais com o objetivo de ganhar o favor dos espíritos. Essas coisas eram usadas tanto para atingir e ferir inimigos quanto para curar doentes. Elas são bastante populares ainda hoje.
Havia muitos magos e bruxos no mundo do século I, na época de Jesus e dos apóstolos. Um exemplo é Simão Mago, que iludia o povo de Samaria com artes mágicas (At 9.9). A cidade de Éfeso, por sua vez, era um conhecido centro dessas artes. Ali, no início do reinado de Nero, um homem chamado Apolônio Tianeo abriu uma escola e ensinava artes mágicas e coisas do gênero. Taciano, em sua obra Contra Graecos, menciona que a deusa Diana dos efésios era considerada como sendo praticante de magia.
Lemos em Atos 19 que os ex-adeptos da magia em Éfeso que haviam se convertido ao cristianismo pela pregação de Paulo, queimaram seus livros publicamente. Esses "livros" eram obras onde se ensinava a prática dessas artes. Continham encantamentos, símbolos secretos e mágicos, passos para a invocação de mortos e métodos para esconjurar demônios. Provavelmente continham tabelas e fórmulas essenciais para a prática da astrologia. Os "Papiros Mágicos", encontrados no Egito na década de 50 desse século, continham pedaços de pergaminhos com símbolos e fórmulas mágicas chamados "cartas de Éfeso", que eram usados como amuletos ou talismãs.(18)
É alegado por alguns da "batalha espiritual" que a queima dos livros de magia em Éfeso foi necessária pois a posse de tais livros continuaria a dar validade aos pactos feitos pelos efésios com entidades malignas e a dar autoridade a essas entidades sobre suas vidas, mesmo que eles agora se tornaram cristãos. Queimar os livros fazia parte da quebra das maldições que pesavam sobre eles por terem praticado artes mágicas antes da sua conversão. Na cerimônia da queima dos livros, eles renunciaram publicamente a todos esses compromissos e pactos que fizeram com os espíritos malignos.
Evidentemente, a queima dos livros de magia representou o rompimento oficial e público dos efésios crentes com seu passado de ocultismo. Entretanto, nada há no texto que apoie a idéia de que o evento foi uma espécie de cerimônia de quebra de maldições. A queima dos livros foi o resultado da consciência que os efésios agora tinham de que tais artes mágicas era iniquidade diante de Deus, e que os livros que ensinavam essa coisas eram perniciosos à humanidade e que, por mais caros que fossem (cerca de cinqüenta mil moedas de prata), deveriam ser destruídos para não causar mais danos a outros. O verso 19 que narra a queima dos livros deve ser entendido à luz do verso 18, onde se diz que os efésios vieram confessar seus pecados e revelar as suas obras más. A queima dos livros foi uma amostra de seu genuíno arrependimento.
Comentando nessa passagem, John Gill, um estudioso puritano, diz o seguinte:
Eles queimaram seus antigos livros de mágica para mostrar o quanto agora os detestavam. Também, para mostrar a genuinidade de seu arrependimento pelos pecados cometidos nessa área, para evitar que esses livros não se tornassem uma armadilha para eles no futuro e para que não fossem usados por outros.(19)
Os livros, portanto, não foram queimados porque possuíam qualquer poder maléfico intrínseco em si mesmos. Os motivos mencionados por Gill para a queima estão em harmonia com o ensino das Escrituras em geral, com o bom senso e com o que tem sido a prática normal da Igreja na história, além de ser a interpretação mais natural e óbvia da passagem.(20)
Existe ainda um outro motivo para a queima dos livros. Uma parte essencial da prática de artes mágicas daquela época era o exorcismo, a expulsão de espíritos malignos. Acreditava-se (como também se acredita hoje em alguns círculos protestantes) que todas as doenças – particularmente as mentais – eram causadas por espíritos maus que entravam nos homens. Grande parte do trabalho dos exorcistas era tentar curar essas doenças pela expulsão dos espíritos maus que as infligiam. Nos seus livros mágicos haviam fórmulas especiais para esconjurar esses espíritos.
Quando Paulo chegou em Éfeso, duas coisas aconteceram que vieram contribuir para a queima dos livros: (1) Ele curou as enfermidades e expulsou demônios usando apenas o nome de Jesus (At 19.11-12), em contraste com os rituais elaborados e complicados dos exorcistas da época, como se encontravam nos livros; (2) quando alguns exorcistas tentaram usar o nome de Jesus e de Paulo para expelir um demônio de um homem, fracassaram redondamente. O próprio demônio atestou a autoridade que havia no nome de Jesus (At 19.13-16).(21) É possível que alguns dos efésios que haviam se convertido ainda mantinham algum tipo de contato com artes mágicas. O episódio dos exorcistas acabou por convencê-los. Ficou evidente a todos que a mágica ensinada nos livros não passava de fórmulas vazias e inúteis. Como escreve Marshall,
A demonstração da futilidade das tentativas pagãs de dominarem os espíritos maus levou muitos dos convertidos efésios de Paulo a reconhecerem que a magia pagã, com a qual ainda tinham contatos, era tão inútil quanto pecaminosa. Como conseqüência, trouxeram os vários manuais de magia e as compilações de invocações e fórmulas que ainda tinham, e fizeram com eles um rompimento final.(22)
O verdadeiro poder contra Satanás estava apenas no nome de Jesus. A queima dos livros, portanto, foi um testemunho do poder inigualável de Jesus Cristo sobre as obras das trevas. Somente ele era o Senhor. Quanto a isso, os efésios cristãos não tinham mais qualquer dúvida.
O ensino de Paulo sobre coisas sacrificadas a demônios
Examinemos, agora, 1 Coríntios 8-10, a passagem da Bíblia que aborda de forma mais direta e clara a questão que estamos discutindo. Nesses capítulos, o apóstolo Paulo trata da atitude dos cristãos para com a carne de animais sacrificados como oferendas aos deuses pagãos. A questão que Paulo tratou nessa passagem era bem complexa. Os cristãos em Corinto (bem como nas demais cidades do mundo greco-romano) sempre corriam o risco de comer esse tipo de carne. O sacrifício de animais e o consumo da sua carne fazia parte do ritual religioso nos templos pagãos da época. Corinto não era exceção.
Modernamente, podemos nos referir ao caso das comidas "trabalhadas" nos terreiros de umbanda. De acordo com as crenças do candomblé, umbanda e quimbanda, os orixás exigem comidas variadas, que devem ser preparadas de acordo com rituais apropriados. Por exemplo, Exú gosta de cebola e mel entregues no mato com velas acesas e aguardente. Ogum gosta de feijoada, xinxim, acarajé e milho branco. Oxóssi, de peixe de escamas, arroz, feijão e dendê.(23) Essas comidas são feitas de acordo com as indicações dos demônios e a eles oferecidas. Para muitos cristãos, é uma questão aguda se algum mal vai lhes ocorrer se acabarem por ingerir uma comida que foi "trabalhada". Os coríntios estavam perturbados por um problema similar. Eles escreveram uma carta a Paulo com várias perguntas, entre elas, se era lícito comer carne de animais que haviam sido consagrados aos deuses pagãos.(24) Os coríntios tinham em mente três situações:
1. Era lícito participar de um festival religioso num templo pagão e comer a carne dos animais sacrificados aos deuses? Na antigüidade, o sacrifício de animais aos deuses fazia parte da vida pessoal, familiar e social. O sacrifício ocorria nos templos e a carne do animal sacrificado era dividida em três partes. Uma parte, geralmente simbólica (podendo ser até uma mecha dos pelos!), era queimada no altar em homenagem aos deuses. A segunda parte, incluindo costelas e músculos, ia para o sacerdote. A terceira parte ficava com o ofertante, e com ela, oferecia um banquete, geralmente em casamentos. Muitas vezes, essas festas ocorriam no templo, no qual o sacrifício fora feito.(25) Os crentes de Corinto certamente mantinham relacionamentos com amigos não-crentes, e sempre havia a possibilidade de serem convidados a participar de uma destas festas no templo, onde havia muita carne e bebida. Alguns daqueles cristãos não tinham quaisquer escrúpulos de consciência em participar e comer carne dos ídolos no templo dos ídolos, uma atitude que estava provocando os de consciência mais fraca.
2. Era lícito comer carne comprada no mercado público? A carne ali comprada poderia ser de animais sacrificados aos deuses, cujo excedente dos altares havia sido repassado pelos sacerdotes aos açougueiros da cidade. Devido à enorme quantidade de animais sacrificados, uma parte deles acabava no mercado público, onde eram vendidos como carne boa e barata.
3. Era lícito comer carne na casa de um amigo idólatra? Como na situação anterior, um crente poderia ser convidado por um amigo pagão para comer um churrasco em sua casa. A carne provavelmente seria de um animal que o amigo havia primeiro consagrado ao seu deus, lá no templo. Um papiro grego muito antigo contém um convite para uma dessas festas, nos seguintes termos: "Antônio, filho de Ptolomeu, convida-o para cear com ele à mesa de nosso senhor Serápis."(26) Quem quer que tenha sido o convidado, ele sabia que ao sentar-se à mesa de Antônio, estaria comendo carne de um animal que havia sido sacrificado ao deus Serápis.
A questão aguda era se um crente poderia comer carne em Corinto, correndo assim o risco de contaminar-se. William Barclay, um autor bastante conhecido e citado, sugere que o problema era a crença, muito difundida na antigüidade, de que os demônios estavam sempre procurando uma brecha para entrar nos homens, para destruir seus corpos e mentes. Uma das maneiras pela qual faziam isso era através da comida. Tais espíritos se alojavam na comida e quando a pessoa a engolia, os demônios entravam nela. Por esse motivo, diz Barclay, as pessoas consagravam os alimentos – especialmente a carne – a algum deus bom. Acreditava-se que a presença de um deus bom na carne formava uma barreira contra os maus espíritos.(27)
O assunto dos sacrifícios de animais aos deuses é bem complexo, e não poucos estudiosos discordariam de Barclay. Essa não parece ser a razão primordial pela qual os pagãos consagravam comida aos seus deuses. Sacrifícios eram praticados nas religiões de quase todas culturas antigas, e no geral, visavam honrar uma divindade, apaziguá-la ou santificar a oferta. Em algumas destas culturas, os sacrifícios estavam relacionados com o culto aos ancestrais, alimentar os deuses e mesmo "comer os deuses".(28) Paulo, ao discutir o assunto, em momento algum sugere que haveria o risco de demônios penetrarem mesmo naqueles que comessem a carne consagrada aos demônios nos próprios templos dos deuses pagãos. A questão que incomodava os coríntios não era se estariam comendo demônios, mas se não estariam participando direta ou indiretamente do culto ao ídolo. Note ainda que quem introduz o conceito de que os demônios estão por detrás da idolatria é Paulo. Provavelmente os coríntios nem estavam pensando nesses termos. A explicação de Barclay, portanto, é menos do que convincente.(29)
Os crentes de Corinto estavam divididos quanto ao assunto. Um grupo deles estava passando por grande aflição. Eram ex-freqüentadores dos templos, recém convertidos ao Evangelho. Por vezes, acabavam caindo no velho costume de comer carne, encorajados pelo exemplo dos que achavam que não havia nada de errado com isso. Como resultado, suas consciências os acusavam: eles haviam acabado de consumir carne espiritualmente contaminada, consagrada aos demônios em um templo pagão. Paulo, no tratamento que faz do assunto, considera-os como "fracos", pois suas consciências eram "fracas" (1 Co 8.7,9-12). O grupo contrário, a quem Paulo chama de "dotados de saber" (1 Co 8.10), tinha já plena consciência de que os ídolos dos templos pagãos nada eram nesse mundo, e que os animais a eles ofertados, na verdade, continuavam a ser de Deus, o criador e Senhor de todas as coisas. Assim, sentiam-se livres para comer carne, até mesmo nos festivais pagãos nos templos. Os "fracos", estimulados por esse exemplo, tentavam usar da mesma liberdade, mas com resultados desastrosos – suas consciências não eram fortes o suficiente para permitir que comessem carne livremente.
O problema parece que girava em torno de duas questões. Primeira, a relação entre os animais e os deuses, diante de cujas imagens os animais eram consagrados, oferecidos e sacrificados. A carne desses animais continuava a "pertencer" aos deuses após o ritual no templo, quando estava pendurada no açougue público para ser vendida? Quem comesse dessa carne estaria, mesmo de forma inconsciente, fazendo um pacto com os deuses? Segunda, comer essa carne não implicaria numa espécie de participação à distância dos crentes na adoração pagã e no culto aos deuses? Não deveríamos evitar a todo custo aquilo que tem relação com os cultos idólatras?
As respostas de Paulo são surpreendentes. O apóstolo concorda com os "fortes" quanto ao conhecimento de que Deus é o Senhor de tudo e que não há outros deuses ou senhores (1 Co 8.4-6). Mas condena a falta de amor dos "fortes" para com os "fracos" (1 Co 8.9-13). Deveriam limitar sua liberdade pela consideração à consciência dos outros. Após dar o exemplo de como abriu mão dos seus direitos como apóstolo de receber sustento por amor do Evangelho (1 Coríntios 9), e após alertar os "fortes" contra a arrogância, usando o exemplo de Israel no deserto (1 Co 10.1-15), Paulo responde às três principais indagações dos Coríntios já mencionadas acima.
O fato de que Paulo não invoca aqui a decisão do concílio de Jerusalém (Atos 15) para resolver o assunto de vez tem intrigado os estudiosos. Conforme lemos no livro de Atos, o concílio havia se reunido para tratar das condições sob as quais os não-judeus poderiam ser salvos e recebidos na Igreja. A polêmica havia sido causada por alguns judeus cristãos da Judéia que foram até as igrejas gentílicas forçar os gentios a se circuncidarem, e a guardar as leis de Moisés (naquela época, as mais importantes eram as leis dietárias e o calendário religioso). Paulo e Barnabé resistiram e houve uma grande discussão. O assunto foi levado aos apóstolos e presbíteros em Jerusalém. Alguns fariseus que haviam crido em Cristo insistiam na circuncisão e nas leis de Moisés para os gentios, mas Paulo, Pedro e Tiago, através de seus testemunhos e do apelo às Escrituras, convenceram o concílio de que os gentios eram salvos pela fé sem as obras da lei (como também os judeus o eram), e que não precisavam se tornar judeus para poder pertencer à Igreja de Cristo. O concílio, entretanto, em sua decisão, resolveu incluir algumas condições éticas, entre elas, a de os gentios se absterem das coisas sacrificadas aos ídolos (At 15.29).
O concílio havia acontecido uns poucos antes de Paulo escrever 1 Coríntios. O apóstolo estava perfeitamente consciente do conteúdo da sua decisão. A pergunta é, por que não invocou aquela decisão para acabar de vez com o problema em Corinto? Algumas respostas tem sido dadas. Peter Wagner, por exemplo, sugere que Paulo não havia ficado satisfeito com essa decisão, considerando-a inadequada e superficial. Para Wagner, a decisão do concílio havia sido equivocada por tratar o comer carne sacrificada aos ídolos como algo imoral, quando na verdade era algo neutro.(30) Entretanto, a melhor solução tem sido observar que as condições éticas requeridas pelo concílio eram para ser observadas num ambiente onde houvesse judeus e gentios. Eram regras a ser seguidas pelos gentios cristãos numa igreja onde houvesse judeus cristãos. Elas não eram uma lei moral geral e válida em todas as circunstâncias, mas uma orientação para quando a abstinência se fizesse necessária para preservar a unidade, conforme sugere Calvino em seu comentário em Atos 15.
A situação de Corinto era diferente. O problema lá não era o mesmo tratado no concílio de Jerusalém. O problema não era os escrúpulos de judeus cristãos ofendidos pela atitude liberal de crentes gentios quanto à comida oferecida aos ídolos. Portanto, a solução de Jerusalém não servia para Corinto. É provavelmente por esse motivo que o apóstolo não invoca o decreto de Jerusalém.(31) Antes, procura responder às questões que preocupavam os coríntios de acordo com o princípio fundamental de que só há um Deus vivo e verdadeiro, o qual fez todas as coisas; que o ídolo nada é nesse mundo; e que fora do ambiente do culto pagão, somos livres para comer até mesmo coisas que ali foram sacrificadas.
1. A primeira pergunta dos coríntios havia sido: era lícito participar de um festival religioso num templo pagão e ali comer a carne dos animais sacrificados aos deuses? Não, responde Paulo. Isso significaria participar diretamente no culto aos demônios onde o animal foi sacrificado (1 Co 10.16-24). Paulo havia dito que os deuses dos pagãos eram imaginários (1 Co 10.19). Por outro lado, ele afirma que aquilo que é sacrificado nos altares pagãos é oferecido, na verdade, aos demônios e não a Deus (10.20). Paulo não está dizendo que os gentios conscientemente ofereciam seus sacrifícios aos demônios. Obviamente, eles pensavam que estavam servindo aos deuses, e nunca a espíritos malignos e impuros. Entretanto, ao fim das contas, seu culto era culto aos demônios. (32) Paulo está aqui refletindo o ensino bíblico do Antigo Testamento quanto ao culto dos gentios:
Sacrifícios ofereceram aos demônios, não a Deus... (Dt 32.17).
...pois imolaram seus filhos e suas filhas aos demônios (Sl 106.37).
O princípio fundamental é que o homem não regenerado, ao quebrar as leis de Deus, mesmo não tendo a intenção de servir a Satanás, acaba obedecendo ao adversário de Deus e fazendo sua vontade. Satanás é o príncipe desse mundo. Portanto, cada pecado é um tributo em sua honra. Ao recusar-se a adorar ao único Deus verdadeiro (cf. Rm 1.18-25), o homem acaba por curvar-se diante de Satanás e de seus anjos.(33) Para Paulo, participar nos festivais pagãos acabava por ser um culto aos demônios. Por esse motivo, responde que um cristão não deveria comer carne no templo do ídolo. Isso eqüivaleria a participar da mesa dos demônios, o que provocaria ciúmes e zelo da parte de Deus (1 Co 10.21-22). Paulo deseja deixar claro para os coríntios "fortes", que não tinham qualquer intenção de manter comunhão com os demônios, que era a atitude deles em participar nos festivais do templo que contava ao final. Era a força do ato em si que acabaria por estabelecer comunhão com os demônios.(34)
2. Era lícito comer carne comprada no mercado público? Sim, responde Paulo. Compre e coma, sem nada perguntar (1 Co 10.25). A carne já não está no ambiente de culto pagão. Não mantém nenhuma relação especial com os demônios, depois que saiu de lá. Está "limpa" e pode ser consumida.
3. Era lícito comer carne na casa de um amigo idólatra? Sim e não, responde Paulo. Sim, caso não haja, entre os convidados, algum crente "fraco" que alerte sobre a procedência da carne (1 Co 10.27). Não, quando isso ocorrer (1 Co 10.28-30).
O ponto que desejo destacar é que para o apóstolo Paulo a carne que havia sido sacrificada aos demônios no templo pagão perdia a "contaminação espiritual" depois que saia do ambiente de culto. Era carne, como qualquer outra. É verdade que ele condenou a atitude dos "fortes" que estavam comendo, no próprio templo, a carne sacrificada aos demônios. Mas isso foi porque comer a carne ali era parte do culto prestado aos demônios, assim como comer o pão e beber o vinho na Ceia é parte de nosso culto a Deus. Uma vez encerrado o culto, o pão é pão e o vinho é vinho. Aliás, continuaram a ser pão e vinho, antes, durante e depois. A mesma coisa ocorre com as carnes de animais oferecidas aos ídolos. E o que é verdade acerca da carne, é também verdade acerca de fetiches, roupas, amuletos, estátuas e objetos consagrados aos deuses pagãos. Como disse Calvino,
Alguma dúvida pode surgir se as criaturas de Deus se tornam impuras ao serem usadas pelos incrédulos em sacrifícios. Paulo nega tal conceito, porque o senhorio e possessão de toda terra permanecem nas mãos de Deus. Mas, pelo seu poder, o Senhor sustenta as coisas que tem em suas mãos, e, por causa disto, ele as santifica. Por isso, tudo que os filhos de Deus usam é limpo, visto que o tomam das mãos de Deus, e de nenhuma outra fonte.(35)
CONCLUSÃO
Ao fim desse capítulo, espero ter dado evidências claras de que não há como justificar hoje a prática no culto cristão de ungir e abençoar objetos, quaisquer que forem os propósitos. Também, que não há como provar biblicamente que objetos usados e consagrados aos demônios nos cultos idólatras e ocultistas têm algum poder especial de "amaldiçoar" os crentes verdadeiros que os tocam, ingerem, usam ou acabam por possui-los fora do contexto de adoração e devoção a essas entidades.
Devemos sempre nos lembrar da diferença fundamental entre o conceito pagão e o conceito cristão quanto ao emprego de "coisas" com sentido religioso. As religiões empregam objetos e utensílios em seus cultos ou práticas como símbolos de realidades espirituais ou portadores de poderes mágicos. O culto cristão, em contraste, é bem mais simples. Ele emprega apenas dois símbolos materiais, a água do batismo e os elementos da Ceia (pão e vinho). A atitude do paganismo para com esses objetos é também diferente da atitude dos evangélicos para com seus símbolos (batismo e Ceia). Enquanto que para os evangélicos a água, o pão e o vinho são símbolos que têm seu valor e sua função apenas no momento da ministração dos sacramentos, na prática da magia, no ocultismo, nas religiões afro-brasileiras e no catolicismo popular, os objetos cúlticos continuam a manter uma relação vital para com as entidades e realidades espirituais aos quais estão associados, mesmo após a sua consagração durante os rituais. Por exemplo, uma rosa que foi ungida continua a emanar forças positivas mesmo após o ritual de consagração. Um amuleto que foi "carregado" de fluidos positivos continuará a emaná-los ad infinitum. Uma comida que foi "trabalhada" por uma mãe de santo num terreiro de umbanda vai afetar quem a comer, fora do terreiro. Para os evangélicos, em contraste, uma vez encerrada a Ceia, o pão é pão comum e o vinho, vinho comum. Na verdade, eles permaneceram sendo vinho e pão comuns durante a celebração da Ceia. Aquele uso especial para o qual foram separados, cessa após a celebração. Nenhum pastor pode, fora do momento da celebração (suponhamos, durante o jantar em casa de amigos), tomar pão e declarar: "Disse Jesus, isso é o meu corpo, comei deles todos". Água, pão e vinho perdem sua simbologia fora do culto. Para o paganismo, entretanto, a profunda relação entre objetos cúlticos e as realidades e entidades espirituais associadas a eles é permanente.
Portanto, os evangélicos que conhecem a sua Bíblia não são superticiosos quanto a objetos oriundos de outras religiões. Entretanto, acredito que devemos ter bastante cautela quanto a objetos assim. Eu mesmo não guardo em casa ou no ambiente de trabalho nenhuma dessas coisas. Não que tenha receio que elas poderão dar aos demônios, a quem foram oferecidas, algum tipo de poder sobre mim e minha família. Estou seguro e protegido no poder do meu Salvador Jesus Cristo. Mas, pelas seguintes razões, que ofereço como orientação geral quanto ao uso desses objetos:
1) Devemos evitar ter e exibir esses objetos quando os mesmos forem uma tentação real para a idolatria ou ocultismo. Novos convertidos egressos da idolatria e cultos afro-brasileiros poderão ser tentados a retornar às práticas antigas, estimulados pelos símbolos do seu passado religioso. Devemos evitar toda e qualquer possibilidade de sermos tentados nessa área, bem, como evitar sermos causa de tropeço para outros. Foi isso que o apóstolo Paulo recomendou aos "fortes" de Corinto (1 Co 10.31-33).
2) Devemos evitar esses objetos se os mesmos evocam lembranças do nosso passado. Muitos de nós gostariam de esquecer períodos e eventos acontecidos nos tempos de ignorância. Deus nos deu a bênção do esquecimento. Livremo-nos, pois, de tudo que mantém vivas lembranças assim.
3) Devemos evitar esses objetos se os mesmos servirem de estímulo a outros a que façam o mesmo, sem que estejam firmes em suas consciências de que tais objetos, em si, nenhum mal trazem...
BISPO/JUIZ.DR.EDSON CAVALCANTE
Um Estudo sobre o Uso de Objetos e a Fé
Um assunto que tem provocado muita polêmica em nossos dias é o ensino do moderno movimento de batalha espiritual acerca de objetos que têm o poder de abençoar e amaldiçoar aqueles que os tocam ou possuem. Nesse pequeno artigo, procuro compreender esse ensino e oferecer uma avaliação.
Objetos que Trazem Bênção
Nos cultos de muitas igrejas de libertação, objetos variados são empregados como canais de bênção. Eles são ungidos (abençoados) nos cultos com o objetivo de passarem ao fiel algum tipo de benefício. Os mais comuns são a água fluidificada (colocada sobre o rádio ou TV durante a oração do "homem de Deus"), a rosa ungida, ramos de arruda, sal grosso, óleo, água, vinho, pedrinhas trazidos da "terra santa" (Israel), fitinhas, pulseiras e lenços.
Embora os líderes dessas igrejas insistam que esses objetos abençoados funcionam apenas como apoio para a fé dos crentes, ao fim, acabam sendo usados como talismãs, fetiches e outros objetos "carregados" de poder espiritual. Os seus possuidores devem usá-los de acordo com algum tipo de ritual, após o culto. A água pode ser bebida em casa, após a oração de consagração. O "cajado de Moisés" deve ser usado para bater naquilo que o crente gostaria de ter (um carro novo, por exemplo). Lenços ungidos devem ser carregados junto ao corpo por determinado tempo, geralmente durante o tempo de uma corrente de oração.(1)
Muitas vezes objetos são "abençoados" nessas igrejas com o objetivo de espantarem e expelirem demônios. A idéia que está por detrás desse uso religioso de artigos e objetos é o de que as entidades espirituais (anjos e demônios) podem ser atingidas através dos sentidos como cheiros, cores, gosto e vozes. Nesse ponto os cristãos do primeiro século se afastaram significativamente das práticas exorcistas do Judaísmo da sua época, que foram desenvolvidos no período intertestamentário. Os métodos rabínicos de tratar com demônios incluía o uso de tochas de fogo à noite, amuletos, filactérios,(2) fórmulas mágicas, fumigações, entre outros. A idéia era que essas coisas teriam em si algum tipo de poder mágico contra os demônios.(3) No cristianismo primitivo, entretanto, a idéia de que demônios pudessem ser atingidos através de sons, cheiros ou coisas materiais e tangíveis, está ausente.
É importante dizer que não duvido da sinceridade e da boa-fé dos que empregam esses objetos. Entretanto, podemos estar sinceramente enganados no que diz respeito ao culto a Deus, como os judeus na época de Paulo (Rm 10.1-2). É minha convicção que o uso desses objetos como apoio para fé ou canal de bênçãos não faz parte do culto agradável a Deus que nos é ensinado nas Escrituras.
Entendendo o uso de objetos na Bíblia
Salta aos olhos de quem conhece as práticas religiosas populares que o uso de objetos ungidos pelas igrejas de libertação é bastante semelhante ao benzimento de objetos no baixo espiritismo, artes mágicas e no ocultismo em geral. Entretanto, essas igrejas argumentam que a prática tem base na Bíblia. Provavelmente a passagem bíblica mais citada é Atos 19.12, onde se relata o uso dos aventais e lenços de Paulo para expulsar demônios em Éfeso. É preciso salientar, entretanto, que esse acontecimento é o único do gênero que temos registrado no Novo Testamento. Fez parte dos "milagres extraordinários" que o Senhor realizou em Éfeso pelas mãos de Paulo (At 19.11).
Devemos interpretar essa passagem da mesma forma como interpretamos os relatos do Antigo Testamento sobre o cajado de Moisés (Ex 8.5,16) e o manto de Elias (2 Re 2.8,14). Esses objetos foram veículos materiais do poder miraculoso desses homens. O propósito das narrativas acerca do poder que havia neles foi mostrar o extraordinário poder de Deus nas vidas dos seus possuidores, comprovando que a sua mensagem vinha realmente da parte de Iavé. O ponto é que esse poder era tão grande que até as coisas com as quais Moisés e Elias tinham contato diário se tornavam canais através dos quais ele era transmitido.
Além dessas ocorrências no Antigo Testamento mencionadas acima, outros eventos são citados como justificativa para o uso de objetos como veículos do poder divino. Moisés fez uma serpente de bronze (Nm 21.9). Eliseu usou um prato novo com sal para miraculosamente sanar as águas de Jericó (2 Re 2.19-22), um pouco de farinha para purificar uma comida envenenada (2 Re 4.38-41), um pau para fazer flutuar um machado que caiu no rio (2 Re 6.1-7). Sob seu comando, as águas do Jordão serviram para curar a lepra de Naamã (2 Re 5.1-14). Seu bordão parece que era usado para realizar milagres (2 Re 4.29) e seus ossos ressuscitaram um morto (2 Re 13.20-21). O profeta Isaías usou uma pasta de figos para curar Ezequias (2 Re 20.7).
Alguns eventos narrados no Novo Testamento são também citados como prova. As vestes de Jesus tinham poder curador. Não somente a mulher com um fluxo de sangue foi curada ao tocá-las (Lc 8.43-46), mas muitas outras pessoas doentes (Mt 14.36; Mc 6.56; cf. Lc 6.19). Em pelo menos duas ocasiões, Jesus usou saliva para curar cegos (Mc 8.22-26; Jo 9.6-7), e em outra, para curar um mudo (Mc 7.33). Aparentemente, a sombra de Pedro, após o Pentecostes em Jerusalém, acabava por curar a quem atingisse (At 5.15).
Devemos entender, entretanto, qual o objetivo dessas narrativas. Em todas elas, o conceito é sempre o mesmo. Jesus e os apóstolos eram tão cheios do poder de Deus que as coisas com as quais tinham contato íntimo se tornavam como que em extensões deles, para curar e abençoar as pessoas. O objetivo é idêntico: enfatizar a enormidade do poder de Deus em suas vidas, e assim, atestar que a mensagem pregada por eles, bem como pelos profetas do Antigo Testamento, vinha de Deus. A prova eram os poderes miraculosos tão extraordinários que até mesmo vestes, bordões, ossos, saliva, sombra e lenços desses homens transmitiam o poder curador de Deus que neles havia. É dessa forma que devemos entender o relato de Atos 19 sobre o poder curador dos lenços e aventais de Paulo.
Evidentemente, essas passagens não servem como prova de que, hoje, as igrejas evangélicas podem abençoar objetos e usá-los para expelir demônios, proteger seus possuidores contra forças negativas e curar moléstias. Notemos as principais diferenças entre o uso destes objetos nos relatos bíblicos e o uso que é feito hoje pelas igrejas de libertação.
1. Foram usados como símbolos – Em vários casos, o papel de objetos na execução dos milagres bíblicos é melhor entendido como tendo sido simbólico. De alguma forma estavam relacionados à natureza do milagre: uma serpente de bronze para curar mordeduras de serpentes, um pedaço de pau para fazer um machado flutuar, sal e farinha para purificar águas e comida (os dois elementos eram usados nos sacrifícios), ossos para trazer vida e água do Jordão para "limpar" a lepra. Nas igrejas de libertação, muito embora se diga que os objetos funcionam simbolicamente como apoio para a fé, acabam sendo aceitos pelos fiéis menos avisados como possuindo em si mesmos alguma virtude ou poder.
2. A natureza dos milagres em que foram empregados – Os objetos fizeram parte de milagres que não vemos serem repetidos hoje. A melhor maneira de provar que o uso de objetos ungidos hoje opera a mesma liberação do poder divino como nos eventos relatados na Bíblia, seria abrir rios, ressuscitar mortos, curar leprosos, cegos e aleijados, sanear águas amargas e limpar comidas envenenadas usando objetos pessoais dos missionários e obreiros dessas igrejas. Entretanto, os "milagres" efetuados pelos objetos ungidos nas igreja de libertação nem de perto se assemelham aos prodígios extraordinários narrados nas Escrituras.
3. Seu uso limitou-se ao momento do milagre – Nenhum dos objetos empregados na Bíblia preservaram algum "poder" em si mesmos após o milagre ter ocorrido. A serpente de bronze, até onde sabemos, não foi mais usada para curar mordidas de serpentes após o incidente no deserto, muito embora os judeus supersticiosos passassem a adorá-la como a um deus. É natural supor que Eliseu, após usar o manto de Elias para abrir as águas, usou-o normalmente como peça do seu vestuário, sem que o mesmo exercesse qualquer poder mágico nas coisas em que tocava. O sal, a farinha e o pedaço de pau que ele usou para fazer milagres foram tirados da vida normal e retornaram a ela após seu uso. Não retiveram qualquer propriedade miraculosa em si mesmos. Semelhantemente, os lenços e aventais de Paulo tiveram um uso especial somente em Éfeso, e provavelmente somente durante um determinado período, ao longo dos três anos que o apóstolo passou ali. Em contraste, as igrejas da libertação ungem e abençoam objetos e atribuem a eles efeitos que permanecem muito tempo após a cerimônia. É algo bem diferente do uso ocasional feito pelos profetas e apóstolos.
4. Os objetos estavam ligados à pessoa dos homens de Deus – Alguns dos objetos usados eram coisas pessoais dos homens de Deus, como a capa de Elias, o bordão de Eliseu, as vestes de Jesus, os lenços e aventais de Paulo e, num certo sentido, a sombra de Pedro. Eles só foram empregados por isso. O alvo era mostrar o extraordinário poder de Deus sobre tais homens. Quando refletimos no fato de que somente coisas pessoais dos profetas, do Senhor Jesus e dos apóstolos foram usadas, perguntamo-nos se nossos objetos pessoais teriam o mesmo poder. A resposta humilde deve ser "não". Os profetas, o Senhor e os apóstolos foram pessoas especiais e pertenceram a uma época especial e única dentro da história da revelação. A suspeita de que nossos objetos pessoais são impotentes para realizar milagres fica ainda mais fortalecida quando não descobrimos nas Escrituras qualquer exemplo de coisas dos crentes comuns sendo usadas com esse fim.(4)
5. Nenhum dos objetos empregados foi ungido ou abençoado – Essa é uma diferença fundamental. Nas igrejas de libertação, os objetos são ungidos, abençoados, fluidificados e consagrados através da oração e da imposição de mãos dos pastores e obreiros, depois do que, passam supostamente a ter poderes especiais. No entanto, em nenhum dos casos mencionados nas Escrituras, os objetos empregados nos milagres passaram, antes, por uma cerimônia de consagração. A Bíblia desconhece totalmente a "unção" de coisas com o fim de serem empregadas em atos miraculosos, para atrair as bênção de Deus, ou ainda, para expelir demônios e doenças. É verdade que no Antigo Testamento alguns objetos, utensílios e mobília do tabernáculo, e depois, do templo, foram ungidos com sangue e óleo. Mas o propósito não era investir essas coisas de poderes especiais, e sim separá-las do seu uso comum para o uso sagrado nos rituais de sacrifício. Eliseu não ungiu nem consagrou, pela oração, o sal, a farinha e o pedaço de árvore que usou para operar milagres. Nem Isaías ungiu a pasta de figo para curar a úlcera de Ezequias. Nem mesmo a serpente de bronze passou por uma consagração, antes de ser erigida diante do povo envenenado pelas serpentes. Os lenços e aventais de Paulo não passaram pela imposição de mãos do apóstolo antes de serem levados aos doentes e endemoninhados. O que dava "poder" àqueles objetos era o fato de que pertenciam, ou foram manipulados, por pessoas sobre quem o poder de Deus repousava de forma extraordinária.
A conclusão inescapável é que não existe qualquer fundamento bíblico para que, hoje, unjamos e abençoemos objetos com o propósito de transmitir, através deles, uma medida do poder de Deus. Mais uma vez repito: creio que Deus faz milagres hoje. Creio que ele poderia usar o que quisesse para fazer isso. Entretanto, creio também que Deus nos revela em Sua Palavra os seus caminhos e seus meios de agir, para que não sejamos iludidos pelo erro religioso. E se vamos usar as Escrituras como regra da nossa prática, bem como critério para discernirmos a verdade do erro, acabaremos por rejeitar a idéia de que, pela oração e unção, determinados objetos repassam uma bênção de Deus aos seus possuidores.
Objetos que Trazem Maldição
Tratemos agora de outro ensino ainda relacionado com o uso de objetos no campo religioso. Segundo adeptos do movimento de "batalha espiritual", objetos utilizados em qualquer forma de magia, ocultismo ou religião idólatra ficam impregnados de emanações malignas, como se demônios de fato residissem nos mesmos. Para usar a linguagem de alguns do movimento, esses objetos estariam "demonizados". Esse conceito é similar ao praticado na magia. Objetos magicamente "carregados" são considerados como transmissores do poder da mágica que representam, e afetam aos que os tocam.
Portanto, caso um cristão venha a ter em sua casa, escritório ou local de trabalho, qualquer um desses objetos, estará dando ocasião para que os demônios (as verdadeiras entidades espirituais associadas com esses objetos) prejudiquem sua vida material e espiritual. A idéia é que objetos como ídolos, imagens, esculturas, quadros e fotos se tornam pontos de contato para os demônios, que sempre estão procurando materializar-se através de alguma coisa e assim atormentar os homens.(5) Admitir tais coisas dentro de casa, seria convidar os demônios a entrar e nos atormentar. Nas palavra de Jorge Linhares,
Não basta que abençoemos os nossos bens, nossos pertences. precisamos verificar se não temos permitido adentrar em nosso lar objetos que são por natureza amaldiçoados – objetos que temos de lançar fora e de preferência, queimar ou destruir.(6)
Uma outra coisa que segundo o pensamento da "batalha espiritual" permite a entrada de demônios na vida da pessoa é o ingerir comidas "trabalhadas" em centros de umbanda. Num capítulo entitulado "Como os demônios se apoderam das pessoas", do livro Orixás, Caboclos & Guias, Edir Macedo inclui comidas sacrificadas a ídolos como um desses meios. Ele conta o caso de um homem que ingeriu uma comida "trabalhada" e foi atacado por um espírito maligno que o fazia sofrer do estômago. Ele conclui dizendo, "Todas as pessoas que se alimentam dos pratos vendidos pelas famosas ‘baianas’ estão sujeitas, mais cedo ou mais tarde a sofrer do estômago."(7)
Mark Bubeck, que ficou conhecido no Brasil por seu livro O Adversário, escreveu recentemente um outro livro sobre como podemos criar nossos filhos em meio aos constantes ataques que os demônios fazem ao nosso lar. Ao fim do livro, Bubeck adicionou um apêndice, contendo questionários cujas perguntas procuram levar os leitores a descobrir as portas pelas quais têm permitido aos demônios entrarem no lar e atacar os filhos. Uma das portas é a presença em casa de objetos amaldiçoados, como amuletos, fetiches e talismãs, livros sobre ocultismo, bruxaria, astrologia, mágica, adivinhação, e utensílios ou objetos usados em templos pagãos, rituais de feitiçaria, ou ainda na prática da adivinhação, mágica ou espiritismo. A sugestão de Bubeck é que a presença dessas coisas no lar permite aos demônios que penetrem na casa e atormentem os filhos.(8)
Uso de objetos no paganismo
A lista de Bubeck é bem modesta. Os objetos considerados "amaldiçoados" por muitos cristãos são via de regra aqueles usados nas religiões afro-brasileiras, nas práticas ocultas e no catolicismo popular. Nas religiões populares que empregam artes mágicas e práticas ocultas, objetos religiosos desempenham importante papel no culto e na fé dos participantes. São usados, por exemplo, em despachos e trabalhos feitos pelos pais-de-santos da umbanda. Objetos como o sal grosso, a rosa ungida, a água fluidificada, fitas e pulseiras especiais (como a do chamado "Senhor" do Bonfim) e ramos de arruda são bastante populares. Ainda podemos incluir talismãs e amuletos do tipo "pé-de-coelho". Para não mencionar ainda os fetiches usados na magia e no candomblé, as relíquias e imagens do catolicismo popular.(9) Na feitiçaria, velas coloridas são usadas para evocar vibrações energéticas das cores e promover transformações pessoais. Amuletos são empregados na proteção contra maus espíritos. Ainda são usados óleos especiais, incensos, cremes, pó, cristais, pirâmides, pêndulos, pulseiras, brincos e pendentes, colares contendo saquinhos com fórmulas mágicas e encantamentos, e muito mais.(10) As gárgulas (imagens de animais grotescos) são freqüentemente associadas com demônios.(11) Esses objetos são ungidos, benzidos, abençoados, purificados, fluidificados com o objetivo de passar ao seu possuidor alguma espécie de poder ou proteção. Ou ainda, são usados em rituais de magia associados com encantamentos, feitiços, despachos e trabalhos espirituais em geral. Em alguns casos, esses objetos são associados com os nomes das entidades espirituais aos quais são dedicados.(12)
Maldições trazidas por objetos consagrados a demônios
Como dissemos acima, para os aderentes do movimento de batalha espiritual a ingestão, a posse e mesmo o contato com coisas que foram oferecidas e consagradas aos demônios trazem maldição aos crentes. Um caso sempre mencionado é o do missionário que, ao regressar ao seu país de origem, trouxe da tribo africana onde trabalhava um pequeno fetiche (objeto usado nos rituais religiosos) como recordação. O missionário, evidentemente, não tinha qualquer atitude religiosa para com o objeto, como os africanos; trouxe-o apenas como lembrança, um souvenir. O fetiche foi colocado na estante da sala, em sua casa. Não muito tempo depois, sua filha ficou doente. Sua situação financeira foi de mal a pior. Havia uma "opressão espiritual" no ar, dentro da casa. Nada mais dava certo. Vozes e ruídos eram por vezes ouvidos à noite. Um dia, uma profetiza de uma igreja carismática veio visitar a família. Dirigiu-se imediatamente à estante onde estava o fetiche. Sem hesitar, declarou que a casa estava amaldiçoada por causa do objeto. Era preciso quebrar a maldição. Os passos necessários seriam: confissão do pecado de trazer para casa um objeto amaldiçoado, a quebra do mesmo e a total renúncia dos laços com os espíritos malignos. Esses laços haviam sido estabelecidos, mesmo inconscientemente, no momento que o missionário trouxe o objeto para dentro de casa. Os demônios adquiriram a autoridade de invadir a casa e oprimir seus moradores.
Timothy Warner conta a história de uma estudante crente, por natureza uma pessoa bem ativa e enérgica, que começou a ficar mais e mais deprimida, tendo dificuldade em dormir e estudar, durante seus estudos de francês, em preparação para o trabalho missionário na África. Um missionário descobriu, após examinar o dormitório onde ela morava, que o ocupante anterior havia escondido no mesmo diversos objetos ocultistas. Warner então explica: "alguns dos demônios associados com os objetos haviam se apegado ao quarto e à mobília". O missionário orou determinando aos demônios que fossem embora, e a moça pode voltar a dormir normalmente.(13)
O pressuposto por detrás desse tipo de relato é que esses objetos abrem a porta para os demônios, visto que foram consagrados a eles nos rituais de magia e ocultismo, e mesmo no catolicismo. O fato de que uma pessoa é crente não evitará que seja oprimida pelos espíritos associados a objetos deste tipo.
Existem algumas dificuldades com esse conceito. No que se segue, vamos explicar algumas delas.
1) O conceito da habitação de demônios em objetos físicos. Warner conta a história de uma família de missionários nas Filipinas cujo filho era assediado por um demônio que morava numa árvore do jardim da casa onde moravam.(14) O conceito de entidades espirituais morando em árvores remonta à mitologia grega e ao paganismo em geral. As Escrituras desconhecem esse conceito e falam dos demônios como atuando especificamente em seres vivos, humanos ou animais. Entretanto, é comum lermos na literatura do movimento de "batalha espiritual" que espíritos malignos podem habitar em coisas como árvores, imagens, objetos, casas, etc.
Às vezes Apocalipse 18.2 é citado como prova de que demônios podem morar em lugares amaldiçoados:
Então, exclamou com potente voz, dizendo: Caiu! Caiu a grande Babilônia e se tornou morada de demônios, covil de toda espécie de espírito imundo e esconderijo de todo gênero de ave imunda e detestável.
Aqui temos o anúncio da queda de Babilônia feito por um anjo de Deus. Notemos, porém, o seguinte, antes de concluirmos que o texto prova que demônios moram em ruínas! (1) A passagem é evidentemente alegórica. Nos dias de João, Babilônia já não mais existia. (2) João está citando Jeremias 50.39 e Isaías 13.21. Esses dois profetas referem-se à queda e destruição da cidade de Babilônia que existiu em seus dias. A desolação que lhe haveria de sobrevir, como resultado do castigo divino, ia ser tão grande, que a grande cidade, outrora populosa e opulenta, iria se tornar em um grande montão de ruínas. Com o propósito de enfatizar a desolação, os profetas descrevem as ruínas como sendo habitadas por feras e animais do deserto: chacais, avestruzes, corujas e hienas. A Septuaginta, ao traduzir o texto hebraico de Isaías 13.21, traduziu "bodes" por "demônios".(15) O apóstolo João, ao citar essas passagens e aplicá-las figuradamente à Babilônia espiritual, o reino das trevas que será destruído por Cristo, acrescenta, além dos animais mencionados pelos profetas, os demônios e espíritos imundos, seguindo a tradução da Septuaginta (Ap 18.2). (3) Evidentemente, a passagem não está dizendo que essas entidades habitam em ruínas de cidades. Seu sentido óbvio é que Deus entrega a humanidade ímpia e endurecida que o rejeita à desolação espiritual e aos demônios. (4) Lembremos ainda que o Senhor Jesus ensinou que os espíritos imundos não encontram repouso em lugares áridos (Mt 12.43-45). A conclusão é que não existe argumentos bíblicos suficientes para provar que espíritos imundos moram e habitam em coisas como objetos, casas, árvores, etc.
2) O estabelecimento de um pacto com esses demônios pela posse de objetos a eles consagrados. Nenhum adepto do movimento de "batalha espiritual" estaria disposto a admitir que um incrédulo entra em algum tipo de pacto ou concerto com Deus simplesmente por ter uma Bíblia em casa, ou mesmo por ter participado inadvertidamente da Ceia do Senhor numa igreja evangélica. Entretanto, está pronto a afirmar que cristãos verdadeiros podem ser atacados, amaldiçoados e demonizados se tiverem em casa livros sobre ocultismo ou objetos ocultistas, para com os quais não tenha nenhuma atitude religiosa. É óbvio que a simples posse desses objetos não nos expõe a ataques satânicos da mesma forma que a posse de uma Bíblia não expõe um incrédulo às investidas do Espírito Santo, a não ser que abra suas páginas e comece a ler, com seu coração aberto e desejoso de aprender as coisas de Deus.
3) Uma outra dificuldade é o conceito de que crentes, que nem estão conscientes de que esses objetos foram usados em rituais ocultistas, possam ser oprimidos pelos demônios associados com esses objetos. Não é suficiente escutarmos os relatos e as experiências, como a do missionário acima. Como já insistimos em quase cada capítulo desse livro, por mais sérias e válidas que sejam, experiências não podem servir como autoridade final nessa questões. É preciso examinar as Escrituras, seguindo as regras simples de interpretação, que procuram deixar o texto sagrado falar livremente. E o que encontramos nelas pode ser resumido nas palavras de Balaão, falando pelo Espírito de Deus: "Pois contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel" (Nm 23.23).
Coisas amaldiçoadas na Bíblia
É preciso reconhecer que, para alguns defensores da "batalha espiritual", existe suficiente apoio na Bíblia para defender o conceito de maldição através de objetos. Examinemos os dois principais argumentos.
1) Passagens que condenam o uso de amuletos. É defendido que os pendentes de ouro que as mulheres israelitas traziam nas orelhas, ao sair do Egito, e com os quais se fez o bezerro de ouro, eram amuletos (Ex 32.2-4), bem como as arrecadas (brincos) que Jacó arrancou das orelhas da sua família, junto com os ídolos (Gn 35.1-4).(16) O uso de cordões ou cadeias com pendentes é chamado pelo profeta Oséias de "adultério entre os peitos" (Os 2.2). A atitude das Escrituras em relação a esses objetos é de condenação e rejeição. O profeta Isaías, ao condenar a vaidade do vestuário das mulheres israelitas, faz referência às luetas que elas traziam em seu pescoço (Is 3.18). Eram cordões ou cadeias de ouro com o símbolo da lua crescente, usados para proteger contra maus espíritos. Esse era um costume pagão. Eles usavam amuletos assim até mesmo no pescoço de camelos (Jz 8.21,26).
É preciso notar, entretanto, que condena-se não tanto o uso em si desses objetos, mas a atitude religiosa que os israelitas tinham para com eles. Eles o usavam conscientemente como amuletos protetores, como fetiches mágicos, como se fossem encantamentos contra maus espíritos. Foi contra essa prática de magia e ocultismo que os profetas falaram. Evidentemente, ter objetos desse tipo em casa pode não ser conveniente ao cristãos por vários motivos (veja a conclusão desse capítulo). Entretanto, se eles não têm qualquer sentido, significado ou relação religiosos, o cristão não se enquadra na condenação emitida pelos profetas.
2) Passagens que condenam imagens. Existem inúmeras passagens nas Escrituras que condenam a idolatria, isso é, o ato de prestar culto à imagens bem como às realidades espirituais que elas representam. Um fator que contribui significativamente para essa condenação é a relação entre a idolatria e os demônios. Nos tempos antigos, mágica, adivinhação, feitiçaria, bruxaria e necromancia (invocação de mortos) estavam tão intimamente ligados à idolatria, que era quase impossível separar uma coisa da outra. Moisés identifica os deuses pagãos com demônios (Dt 32.17; cf. Sl 106:36-37). O mesmo faz Paulo (1 Co 10.19-20) e o apóstolo João (Ap 9.20). Acredito que o mesmo é verdade ainda hoje. Por detrás da moderna idolatria estão os antigos demônios.
Entretanto, mais uma vez é preciso observar que as Escrituras condenam propriamente o confeccionar e possuir imagens de entidades pagãs com propósito religioso:
Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos (Ex 20.3-6).
Os puritanos entenderam esse mandamento como determinando que nos livrássemos, se possível, de todos os monumentos à idolatria, e proibindo o culto a imagens representativas de Deus ou de falsos deuses e o possuir supersticiosamente artigos ou objetos.(17) A preocupação sempre é contra a idolatria em si. O mandamento contra a idolatria não dever ser entendido como proibindo esculturas, representações, quadros e outros objetos artísticos em geral. O fato de que o culto a Deus deve ser em Espírito (Jo 4.24) não quer dizer, nem mesmo, que Deus proíba a confecção de objetos representativos de realidades espirituais. Ele próprio determinou que os israelitas fizessem imagens de ouro de querubins, que deveriam ser colocadas sobre a tampa da arca, o propiciatório (Ex 25.18-20). Noutra ocasião, mandou que Moisés fizesse uma serpente de bronze (Nm 21.8-9). Ela foi mais tarde destruída somente por que os israelitas passaram a adorá-la, provavelmente como uma relíquia provinda dos tempos de Moisés (2 Re 18.4). O motivo pelo qual o Senhor determinou que os israelitas destruíssem totalmente as imagens dos deuses cananitas, ao se apossarem da terra, foram evitar que os israelitas fossem atraídos à idolatria (Dt 7.1-5) e evitar a cobiça para com o ouro e a prata que revestiam essas imagens. Por esses motivos, não deveriam meter esses ídolos dentro de suas casas, pois eram amaldiçoados por Deus e representariam uma tentação para praticarem a idolatria (Dt 7.25-26). Mais uma vez percebemos que é o perigo da idolatria que o Senhor queria prevenir. As imagens em si mesmo nada eram.
Preciso reiterar minha convicção de que os cristãos deveriam evitar possuir qualquer objeto relacionado com a idolatria e práticas ocultas. Entretanto, acredito que isso deve ser feito pelas razões corretas e não por mera superstição e crendice.
Atos 19 e a quebra de maldições de objetos
Talvez a passagem mais citada para justificar a quebra de maldições desses objetos seja Atos 19.18-19:
Muitos dos que creram vieram confessando e denunciando publicamente as suas próprias obras. Também muitos dos que haviam praticado artes mágicas, reunindo os seus livros, os queimaram diante de todos. Calculados os seus preços, achou-se que montavam a cinqüenta mil denários.
As "artes mágicas" no mundo antigo incluíam a adivinhação, o exorcismo, o uso de fórmulas secretas, a conjuração e a invocação dos mortos, pactos com entidades espirituais, encantamentos e rituais com o objetivo de ganhar o favor dos espíritos. Essas coisas eram usadas tanto para atingir e ferir inimigos quanto para curar doentes. Elas são bastante populares ainda hoje.
Havia muitos magos e bruxos no mundo do século I, na época de Jesus e dos apóstolos. Um exemplo é Simão Mago, que iludia o povo de Samaria com artes mágicas (At 9.9). A cidade de Éfeso, por sua vez, era um conhecido centro dessas artes. Ali, no início do reinado de Nero, um homem chamado Apolônio Tianeo abriu uma escola e ensinava artes mágicas e coisas do gênero. Taciano, em sua obra Contra Graecos, menciona que a deusa Diana dos efésios era considerada como sendo praticante de magia.
Lemos em Atos 19 que os ex-adeptos da magia em Éfeso que haviam se convertido ao cristianismo pela pregação de Paulo, queimaram seus livros publicamente. Esses "livros" eram obras onde se ensinava a prática dessas artes. Continham encantamentos, símbolos secretos e mágicos, passos para a invocação de mortos e métodos para esconjurar demônios. Provavelmente continham tabelas e fórmulas essenciais para a prática da astrologia. Os "Papiros Mágicos", encontrados no Egito na década de 50 desse século, continham pedaços de pergaminhos com símbolos e fórmulas mágicas chamados "cartas de Éfeso", que eram usados como amuletos ou talismãs.(18)
É alegado por alguns da "batalha espiritual" que a queima dos livros de magia em Éfeso foi necessária pois a posse de tais livros continuaria a dar validade aos pactos feitos pelos efésios com entidades malignas e a dar autoridade a essas entidades sobre suas vidas, mesmo que eles agora se tornaram cristãos. Queimar os livros fazia parte da quebra das maldições que pesavam sobre eles por terem praticado artes mágicas antes da sua conversão. Na cerimônia da queima dos livros, eles renunciaram publicamente a todos esses compromissos e pactos que fizeram com os espíritos malignos.
Evidentemente, a queima dos livros de magia representou o rompimento oficial e público dos efésios crentes com seu passado de ocultismo. Entretanto, nada há no texto que apoie a idéia de que o evento foi uma espécie de cerimônia de quebra de maldições. A queima dos livros foi o resultado da consciência que os efésios agora tinham de que tais artes mágicas era iniquidade diante de Deus, e que os livros que ensinavam essa coisas eram perniciosos à humanidade e que, por mais caros que fossem (cerca de cinqüenta mil moedas de prata), deveriam ser destruídos para não causar mais danos a outros. O verso 19 que narra a queima dos livros deve ser entendido à luz do verso 18, onde se diz que os efésios vieram confessar seus pecados e revelar as suas obras más. A queima dos livros foi uma amostra de seu genuíno arrependimento.
Comentando nessa passagem, John Gill, um estudioso puritano, diz o seguinte:
Eles queimaram seus antigos livros de mágica para mostrar o quanto agora os detestavam. Também, para mostrar a genuinidade de seu arrependimento pelos pecados cometidos nessa área, para evitar que esses livros não se tornassem uma armadilha para eles no futuro e para que não fossem usados por outros.(19)
Os livros, portanto, não foram queimados porque possuíam qualquer poder maléfico intrínseco em si mesmos. Os motivos mencionados por Gill para a queima estão em harmonia com o ensino das Escrituras em geral, com o bom senso e com o que tem sido a prática normal da Igreja na história, além de ser a interpretação mais natural e óbvia da passagem.(20)
Existe ainda um outro motivo para a queima dos livros. Uma parte essencial da prática de artes mágicas daquela época era o exorcismo, a expulsão de espíritos malignos. Acreditava-se (como também se acredita hoje em alguns círculos protestantes) que todas as doenças – particularmente as mentais – eram causadas por espíritos maus que entravam nos homens. Grande parte do trabalho dos exorcistas era tentar curar essas doenças pela expulsão dos espíritos maus que as infligiam. Nos seus livros mágicos haviam fórmulas especiais para esconjurar esses espíritos.
Quando Paulo chegou em Éfeso, duas coisas aconteceram que vieram contribuir para a queima dos livros: (1) Ele curou as enfermidades e expulsou demônios usando apenas o nome de Jesus (At 19.11-12), em contraste com os rituais elaborados e complicados dos exorcistas da época, como se encontravam nos livros; (2) quando alguns exorcistas tentaram usar o nome de Jesus e de Paulo para expelir um demônio de um homem, fracassaram redondamente. O próprio demônio atestou a autoridade que havia no nome de Jesus (At 19.13-16).(21) É possível que alguns dos efésios que haviam se convertido ainda mantinham algum tipo de contato com artes mágicas. O episódio dos exorcistas acabou por convencê-los. Ficou evidente a todos que a mágica ensinada nos livros não passava de fórmulas vazias e inúteis. Como escreve Marshall,
A demonstração da futilidade das tentativas pagãs de dominarem os espíritos maus levou muitos dos convertidos efésios de Paulo a reconhecerem que a magia pagã, com a qual ainda tinham contatos, era tão inútil quanto pecaminosa. Como conseqüência, trouxeram os vários manuais de magia e as compilações de invocações e fórmulas que ainda tinham, e fizeram com eles um rompimento final.(22)
O verdadeiro poder contra Satanás estava apenas no nome de Jesus. A queima dos livros, portanto, foi um testemunho do poder inigualável de Jesus Cristo sobre as obras das trevas. Somente ele era o Senhor. Quanto a isso, os efésios cristãos não tinham mais qualquer dúvida.
O ensino de Paulo sobre coisas sacrificadas a demônios
Examinemos, agora, 1 Coríntios 8-10, a passagem da Bíblia que aborda de forma mais direta e clara a questão que estamos discutindo. Nesses capítulos, o apóstolo Paulo trata da atitude dos cristãos para com a carne de animais sacrificados como oferendas aos deuses pagãos. A questão que Paulo tratou nessa passagem era bem complexa. Os cristãos em Corinto (bem como nas demais cidades do mundo greco-romano) sempre corriam o risco de comer esse tipo de carne. O sacrifício de animais e o consumo da sua carne fazia parte do ritual religioso nos templos pagãos da época. Corinto não era exceção.
Modernamente, podemos nos referir ao caso das comidas "trabalhadas" nos terreiros de umbanda. De acordo com as crenças do candomblé, umbanda e quimbanda, os orixás exigem comidas variadas, que devem ser preparadas de acordo com rituais apropriados. Por exemplo, Exú gosta de cebola e mel entregues no mato com velas acesas e aguardente. Ogum gosta de feijoada, xinxim, acarajé e milho branco. Oxóssi, de peixe de escamas, arroz, feijão e dendê.(23) Essas comidas são feitas de acordo com as indicações dos demônios e a eles oferecidas. Para muitos cristãos, é uma questão aguda se algum mal vai lhes ocorrer se acabarem por ingerir uma comida que foi "trabalhada". Os coríntios estavam perturbados por um problema similar. Eles escreveram uma carta a Paulo com várias perguntas, entre elas, se era lícito comer carne de animais que haviam sido consagrados aos deuses pagãos.(24) Os coríntios tinham em mente três situações:
1. Era lícito participar de um festival religioso num templo pagão e comer a carne dos animais sacrificados aos deuses? Na antigüidade, o sacrifício de animais aos deuses fazia parte da vida pessoal, familiar e social. O sacrifício ocorria nos templos e a carne do animal sacrificado era dividida em três partes. Uma parte, geralmente simbólica (podendo ser até uma mecha dos pelos!), era queimada no altar em homenagem aos deuses. A segunda parte, incluindo costelas e músculos, ia para o sacerdote. A terceira parte ficava com o ofertante, e com ela, oferecia um banquete, geralmente em casamentos. Muitas vezes, essas festas ocorriam no templo, no qual o sacrifício fora feito.(25) Os crentes de Corinto certamente mantinham relacionamentos com amigos não-crentes, e sempre havia a possibilidade de serem convidados a participar de uma destas festas no templo, onde havia muita carne e bebida. Alguns daqueles cristãos não tinham quaisquer escrúpulos de consciência em participar e comer carne dos ídolos no templo dos ídolos, uma atitude que estava provocando os de consciência mais fraca.
2. Era lícito comer carne comprada no mercado público? A carne ali comprada poderia ser de animais sacrificados aos deuses, cujo excedente dos altares havia sido repassado pelos sacerdotes aos açougueiros da cidade. Devido à enorme quantidade de animais sacrificados, uma parte deles acabava no mercado público, onde eram vendidos como carne boa e barata.
3. Era lícito comer carne na casa de um amigo idólatra? Como na situação anterior, um crente poderia ser convidado por um amigo pagão para comer um churrasco em sua casa. A carne provavelmente seria de um animal que o amigo havia primeiro consagrado ao seu deus, lá no templo. Um papiro grego muito antigo contém um convite para uma dessas festas, nos seguintes termos: "Antônio, filho de Ptolomeu, convida-o para cear com ele à mesa de nosso senhor Serápis."(26) Quem quer que tenha sido o convidado, ele sabia que ao sentar-se à mesa de Antônio, estaria comendo carne de um animal que havia sido sacrificado ao deus Serápis.
A questão aguda era se um crente poderia comer carne em Corinto, correndo assim o risco de contaminar-se. William Barclay, um autor bastante conhecido e citado, sugere que o problema era a crença, muito difundida na antigüidade, de que os demônios estavam sempre procurando uma brecha para entrar nos homens, para destruir seus corpos e mentes. Uma das maneiras pela qual faziam isso era através da comida. Tais espíritos se alojavam na comida e quando a pessoa a engolia, os demônios entravam nela. Por esse motivo, diz Barclay, as pessoas consagravam os alimentos – especialmente a carne – a algum deus bom. Acreditava-se que a presença de um deus bom na carne formava uma barreira contra os maus espíritos.(27)
O assunto dos sacrifícios de animais aos deuses é bem complexo, e não poucos estudiosos discordariam de Barclay. Essa não parece ser a razão primordial pela qual os pagãos consagravam comida aos seus deuses. Sacrifícios eram praticados nas religiões de quase todas culturas antigas, e no geral, visavam honrar uma divindade, apaziguá-la ou santificar a oferta. Em algumas destas culturas, os sacrifícios estavam relacionados com o culto aos ancestrais, alimentar os deuses e mesmo "comer os deuses".(28) Paulo, ao discutir o assunto, em momento algum sugere que haveria o risco de demônios penetrarem mesmo naqueles que comessem a carne consagrada aos demônios nos próprios templos dos deuses pagãos. A questão que incomodava os coríntios não era se estariam comendo demônios, mas se não estariam participando direta ou indiretamente do culto ao ídolo. Note ainda que quem introduz o conceito de que os demônios estão por detrás da idolatria é Paulo. Provavelmente os coríntios nem estavam pensando nesses termos. A explicação de Barclay, portanto, é menos do que convincente.(29)
Os crentes de Corinto estavam divididos quanto ao assunto. Um grupo deles estava passando por grande aflição. Eram ex-freqüentadores dos templos, recém convertidos ao Evangelho. Por vezes, acabavam caindo no velho costume de comer carne, encorajados pelo exemplo dos que achavam que não havia nada de errado com isso. Como resultado, suas consciências os acusavam: eles haviam acabado de consumir carne espiritualmente contaminada, consagrada aos demônios em um templo pagão. Paulo, no tratamento que faz do assunto, considera-os como "fracos", pois suas consciências eram "fracas" (1 Co 8.7,9-12). O grupo contrário, a quem Paulo chama de "dotados de saber" (1 Co 8.10), tinha já plena consciência de que os ídolos dos templos pagãos nada eram nesse mundo, e que os animais a eles ofertados, na verdade, continuavam a ser de Deus, o criador e Senhor de todas as coisas. Assim, sentiam-se livres para comer carne, até mesmo nos festivais pagãos nos templos. Os "fracos", estimulados por esse exemplo, tentavam usar da mesma liberdade, mas com resultados desastrosos – suas consciências não eram fortes o suficiente para permitir que comessem carne livremente.
O problema parece que girava em torno de duas questões. Primeira, a relação entre os animais e os deuses, diante de cujas imagens os animais eram consagrados, oferecidos e sacrificados. A carne desses animais continuava a "pertencer" aos deuses após o ritual no templo, quando estava pendurada no açougue público para ser vendida? Quem comesse dessa carne estaria, mesmo de forma inconsciente, fazendo um pacto com os deuses? Segunda, comer essa carne não implicaria numa espécie de participação à distância dos crentes na adoração pagã e no culto aos deuses? Não deveríamos evitar a todo custo aquilo que tem relação com os cultos idólatras?
As respostas de Paulo são surpreendentes. O apóstolo concorda com os "fortes" quanto ao conhecimento de que Deus é o Senhor de tudo e que não há outros deuses ou senhores (1 Co 8.4-6). Mas condena a falta de amor dos "fortes" para com os "fracos" (1 Co 8.9-13). Deveriam limitar sua liberdade pela consideração à consciência dos outros. Após dar o exemplo de como abriu mão dos seus direitos como apóstolo de receber sustento por amor do Evangelho (1 Coríntios 9), e após alertar os "fortes" contra a arrogância, usando o exemplo de Israel no deserto (1 Co 10.1-15), Paulo responde às três principais indagações dos Coríntios já mencionadas acima.
O fato de que Paulo não invoca aqui a decisão do concílio de Jerusalém (Atos 15) para resolver o assunto de vez tem intrigado os estudiosos. Conforme lemos no livro de Atos, o concílio havia se reunido para tratar das condições sob as quais os não-judeus poderiam ser salvos e recebidos na Igreja. A polêmica havia sido causada por alguns judeus cristãos da Judéia que foram até as igrejas gentílicas forçar os gentios a se circuncidarem, e a guardar as leis de Moisés (naquela época, as mais importantes eram as leis dietárias e o calendário religioso). Paulo e Barnabé resistiram e houve uma grande discussão. O assunto foi levado aos apóstolos e presbíteros em Jerusalém. Alguns fariseus que haviam crido em Cristo insistiam na circuncisão e nas leis de Moisés para os gentios, mas Paulo, Pedro e Tiago, através de seus testemunhos e do apelo às Escrituras, convenceram o concílio de que os gentios eram salvos pela fé sem as obras da lei (como também os judeus o eram), e que não precisavam se tornar judeus para poder pertencer à Igreja de Cristo. O concílio, entretanto, em sua decisão, resolveu incluir algumas condições éticas, entre elas, a de os gentios se absterem das coisas sacrificadas aos ídolos (At 15.29).
O concílio havia acontecido uns poucos antes de Paulo escrever 1 Coríntios. O apóstolo estava perfeitamente consciente do conteúdo da sua decisão. A pergunta é, por que não invocou aquela decisão para acabar de vez com o problema em Corinto? Algumas respostas tem sido dadas. Peter Wagner, por exemplo, sugere que Paulo não havia ficado satisfeito com essa decisão, considerando-a inadequada e superficial. Para Wagner, a decisão do concílio havia sido equivocada por tratar o comer carne sacrificada aos ídolos como algo imoral, quando na verdade era algo neutro.(30) Entretanto, a melhor solução tem sido observar que as condições éticas requeridas pelo concílio eram para ser observadas num ambiente onde houvesse judeus e gentios. Eram regras a ser seguidas pelos gentios cristãos numa igreja onde houvesse judeus cristãos. Elas não eram uma lei moral geral e válida em todas as circunstâncias, mas uma orientação para quando a abstinência se fizesse necessária para preservar a unidade, conforme sugere Calvino em seu comentário em Atos 15.
A situação de Corinto era diferente. O problema lá não era o mesmo tratado no concílio de Jerusalém. O problema não era os escrúpulos de judeus cristãos ofendidos pela atitude liberal de crentes gentios quanto à comida oferecida aos ídolos. Portanto, a solução de Jerusalém não servia para Corinto. É provavelmente por esse motivo que o apóstolo não invoca o decreto de Jerusalém.(31) Antes, procura responder às questões que preocupavam os coríntios de acordo com o princípio fundamental de que só há um Deus vivo e verdadeiro, o qual fez todas as coisas; que o ídolo nada é nesse mundo; e que fora do ambiente do culto pagão, somos livres para comer até mesmo coisas que ali foram sacrificadas.
1. A primeira pergunta dos coríntios havia sido: era lícito participar de um festival religioso num templo pagão e ali comer a carne dos animais sacrificados aos deuses? Não, responde Paulo. Isso significaria participar diretamente no culto aos demônios onde o animal foi sacrificado (1 Co 10.16-24). Paulo havia dito que os deuses dos pagãos eram imaginários (1 Co 10.19). Por outro lado, ele afirma que aquilo que é sacrificado nos altares pagãos é oferecido, na verdade, aos demônios e não a Deus (10.20). Paulo não está dizendo que os gentios conscientemente ofereciam seus sacrifícios aos demônios. Obviamente, eles pensavam que estavam servindo aos deuses, e nunca a espíritos malignos e impuros. Entretanto, ao fim das contas, seu culto era culto aos demônios. (32) Paulo está aqui refletindo o ensino bíblico do Antigo Testamento quanto ao culto dos gentios:
Sacrifícios ofereceram aos demônios, não a Deus... (Dt 32.17).
...pois imolaram seus filhos e suas filhas aos demônios (Sl 106.37).
O princípio fundamental é que o homem não regenerado, ao quebrar as leis de Deus, mesmo não tendo a intenção de servir a Satanás, acaba obedecendo ao adversário de Deus e fazendo sua vontade. Satanás é o príncipe desse mundo. Portanto, cada pecado é um tributo em sua honra. Ao recusar-se a adorar ao único Deus verdadeiro (cf. Rm 1.18-25), o homem acaba por curvar-se diante de Satanás e de seus anjos.(33) Para Paulo, participar nos festivais pagãos acabava por ser um culto aos demônios. Por esse motivo, responde que um cristão não deveria comer carne no templo do ídolo. Isso eqüivaleria a participar da mesa dos demônios, o que provocaria ciúmes e zelo da parte de Deus (1 Co 10.21-22). Paulo deseja deixar claro para os coríntios "fortes", que não tinham qualquer intenção de manter comunhão com os demônios, que era a atitude deles em participar nos festivais do templo que contava ao final. Era a força do ato em si que acabaria por estabelecer comunhão com os demônios.(34)
2. Era lícito comer carne comprada no mercado público? Sim, responde Paulo. Compre e coma, sem nada perguntar (1 Co 10.25). A carne já não está no ambiente de culto pagão. Não mantém nenhuma relação especial com os demônios, depois que saiu de lá. Está "limpa" e pode ser consumida.
3. Era lícito comer carne na casa de um amigo idólatra? Sim e não, responde Paulo. Sim, caso não haja, entre os convidados, algum crente "fraco" que alerte sobre a procedência da carne (1 Co 10.27). Não, quando isso ocorrer (1 Co 10.28-30).
O ponto que desejo destacar é que para o apóstolo Paulo a carne que havia sido sacrificada aos demônios no templo pagão perdia a "contaminação espiritual" depois que saia do ambiente de culto. Era carne, como qualquer outra. É verdade que ele condenou a atitude dos "fortes" que estavam comendo, no próprio templo, a carne sacrificada aos demônios. Mas isso foi porque comer a carne ali era parte do culto prestado aos demônios, assim como comer o pão e beber o vinho na Ceia é parte de nosso culto a Deus. Uma vez encerrado o culto, o pão é pão e o vinho é vinho. Aliás, continuaram a ser pão e vinho, antes, durante e depois. A mesma coisa ocorre com as carnes de animais oferecidas aos ídolos. E o que é verdade acerca da carne, é também verdade acerca de fetiches, roupas, amuletos, estátuas e objetos consagrados aos deuses pagãos. Como disse Calvino,
Alguma dúvida pode surgir se as criaturas de Deus se tornam impuras ao serem usadas pelos incrédulos em sacrifícios. Paulo nega tal conceito, porque o senhorio e possessão de toda terra permanecem nas mãos de Deus. Mas, pelo seu poder, o Senhor sustenta as coisas que tem em suas mãos, e, por causa disto, ele as santifica. Por isso, tudo que os filhos de Deus usam é limpo, visto que o tomam das mãos de Deus, e de nenhuma outra fonte.(35)
CONCLUSÃO
Ao fim desse capítulo, espero ter dado evidências claras de que não há como justificar hoje a prática no culto cristão de ungir e abençoar objetos, quaisquer que forem os propósitos. Também, que não há como provar biblicamente que objetos usados e consagrados aos demônios nos cultos idólatras e ocultistas têm algum poder especial de "amaldiçoar" os crentes verdadeiros que os tocam, ingerem, usam ou acabam por possui-los fora do contexto de adoração e devoção a essas entidades.
Devemos sempre nos lembrar da diferença fundamental entre o conceito pagão e o conceito cristão quanto ao emprego de "coisas" com sentido religioso. As religiões empregam objetos e utensílios em seus cultos ou práticas como símbolos de realidades espirituais ou portadores de poderes mágicos. O culto cristão, em contraste, é bem mais simples. Ele emprega apenas dois símbolos materiais, a água do batismo e os elementos da Ceia (pão e vinho). A atitude do paganismo para com esses objetos é também diferente da atitude dos evangélicos para com seus símbolos (batismo e Ceia). Enquanto que para os evangélicos a água, o pão e o vinho são símbolos que têm seu valor e sua função apenas no momento da ministração dos sacramentos, na prática da magia, no ocultismo, nas religiões afro-brasileiras e no catolicismo popular, os objetos cúlticos continuam a manter uma relação vital para com as entidades e realidades espirituais aos quais estão associados, mesmo após a sua consagração durante os rituais. Por exemplo, uma rosa que foi ungida continua a emanar forças positivas mesmo após o ritual de consagração. Um amuleto que foi "carregado" de fluidos positivos continuará a emaná-los ad infinitum. Uma comida que foi "trabalhada" por uma mãe de santo num terreiro de umbanda vai afetar quem a comer, fora do terreiro. Para os evangélicos, em contraste, uma vez encerrada a Ceia, o pão é pão comum e o vinho, vinho comum. Na verdade, eles permaneceram sendo vinho e pão comuns durante a celebração da Ceia. Aquele uso especial para o qual foram separados, cessa após a celebração. Nenhum pastor pode, fora do momento da celebração (suponhamos, durante o jantar em casa de amigos), tomar pão e declarar: "Disse Jesus, isso é o meu corpo, comei deles todos". Água, pão e vinho perdem sua simbologia fora do culto. Para o paganismo, entretanto, a profunda relação entre objetos cúlticos e as realidades e entidades espirituais associadas a eles é permanente.
Portanto, os evangélicos que conhecem a sua Bíblia não são superticiosos quanto a objetos oriundos de outras religiões. Entretanto, acredito que devemos ter bastante cautela quanto a objetos assim. Eu mesmo não guardo em casa ou no ambiente de trabalho nenhuma dessas coisas. Não que tenha receio que elas poderão dar aos demônios, a quem foram oferecidas, algum tipo de poder sobre mim e minha família. Estou seguro e protegido no poder do meu Salvador Jesus Cristo. Mas, pelas seguintes razões, que ofereço como orientação geral quanto ao uso desses objetos:
1) Devemos evitar ter e exibir esses objetos quando os mesmos forem uma tentação real para a idolatria ou ocultismo. Novos convertidos egressos da idolatria e cultos afro-brasileiros poderão ser tentados a retornar às práticas antigas, estimulados pelos símbolos do seu passado religioso. Devemos evitar toda e qualquer possibilidade de sermos tentados nessa área, bem, como evitar sermos causa de tropeço para outros. Foi isso que o apóstolo Paulo recomendou aos "fortes" de Corinto (1 Co 10.31-33).
2) Devemos evitar esses objetos se os mesmos evocam lembranças do nosso passado. Muitos de nós gostariam de esquecer períodos e eventos acontecidos nos tempos de ignorância. Deus nos deu a bênção do esquecimento. Livremo-nos, pois, de tudo que mantém vivas lembranças assim.
3) Devemos evitar esses objetos se os mesmos servirem de estímulo a outros a que façam o mesmo, sem que estejam firmes em suas consciências de que tais objetos, em si, nenhum mal trazem...
BISPO/JUIZ.DR.EDSON CAVALCANTE