Quem São os Filhos de Abraão?
Os muçulmanos, com aproximadamente 1,3 bilhões de  adeptos, são encontrados em centenas de grupos étnicos diferentes ao  redor do mundo e, possivelmente, três quarto das pessoas do mundo  muçulmano não possuem antecedentes árabes. Contudo, o estilo de vida e  cultura árabe de Maomé influenciou profundamente o islamismo.
A herança bíblica árabe é geralmente esquecida ou  desconhecida por muitos. Talvez saibamos que Ismael se tornou um  príncipe árabe e o fundador de muitas tribos árabes, porém, nosso  conhecimento sobre a herança bíblica árabe é superficial.
Abraão é o pai de todos os que crêem. De acordo com  as promessas de Deus, cada um é bendito ou maldito, dependendo da sua  relação com o pai da fé. Ao longo da história, cristãos, judeus e  muçulmanos buscam ostentar seu vínculo com o pai da fé.
A Bíblia é uma grande fonte de informações a  respeito das genealogias árabes. E os árabes são um povo semita  (descendentes de Sem), tanto quanto os judeus (Gn 10.21-32).
Segundo algumas fontes de pesquisa, existem, no  mínimo, três tipos de árabes no Oriente Médio: os jotanianos (da  linhagem de Jotão, filho de Gideão), os ismaelitas (da união de Abraão  com Hagar) e os queturaítas (da união de Abraão com Quetura).
Todos querem pertencer à família de Abraão. Mas  todos os árabes são descendentes de Ismael? Quem são os verdadeiros  filhos de Abraão? Os árabes que afirmam ser descendentes de Abraão por  meio de Ismael também estão incluídos nas promessas de bênçãos? 
Vejamos o que a Bíblia diz.
A família de Abraão
Não podemos subestimar a importância de Abraão para  as três grandes religiões monoteístas do mundo. Jesus era chamado  “filho de Davi, filho de Abraão” (Mt 1.1). O Alcorão menciona Maomé como  alguém achegado a Abraão (Surata 3.68). 
Deus chamou Abraão para sair de sua terra, dos seus  parentes e dos seus pais, para uma terra que ele não tinha idéia de  onde seria. E o prêmio da obediência, as bênçãos, seria endereçado a ele  e a todas as nações da terra (Gn 12.1-3). A bênção ou a maldição dos  povos dependia da posição que Abraão tomasse. A porta da restauração da  humanidade perdida foi aberta com o “sim” dado pelo profeta a Deus.
Foi difícil para Abraão meditar sobre a bênção aos  seus descendentes, visto que ele e sua esposa estavam idosos e, aos do  patriarca, a possibilidade de ter um filho tinha se esgotado. Deus disse  que seu filho seria o herdeiro, porém, a paciência de Sara se esgotou  primeiro e, “tentando ajudar a Deus”, pediu a Abraão para tomar a serva  egípcia Hagar para que a descendência de Abraão fosse iniciada (Gn  16.2). Abraão, que tinha 86 anos de idade, teve um momento de fraqueza,  chegando a ponto de concordar que realmente deveria “fazer alguma coisa”  para que a promessa de Deus se cumprisse.
Obviamente, esse “não” era o caminho que Deus  planejara para dar uma descendência numerosa a Abraão. Imediatamente,  começaram os problemas. Sara, a legítima esposa, passou a ser desprezada  aos olhos de sua serva Hagar quando esta constatou a gravidez. Sara,  então, culpa Abraão, que se isenta da responsabilidade deixando a  escrava nas mãos de sua esposa que, por sua vez, maltrata tanto a  escrava que Hagar decide fugir para o deserto com o filho.
Com a fuga da escrava, parecia que a história tinha  se encerrado, mas Deus não abandonaria Hagar. Ele a amava e também a  seu filho. O amor de Deus socorre Hagar no deserto. Um anjo é enviado  para ajudá-la e convencê-la a voltar para as tendas de Abraão. Deus dá  um nome para o filho da escrava: Ismael, que significa “Deus ouve”.  Realmente, Deus ouviu o choro de Hagar!
A escrava obedeceu a Deus e voltou para sua  senhora, permitindo que Abraão vivesse ao lado de Ismael. Enquanto o  menino crescia, Abraão se alegrava, crendo que a promessa de Deus se  cumpriria por intermédio daquele menino, porém, a surpresa bateu à porta  daquela família. O filho da promessa ainda estava por vir e não seria  filho de uma escrava, mas da própria Sara, ainda que, fisiologicamente,  fosse algo impossível. Deus não tinha se esquecido da promessa. Nasceu  Isaque e, agora, Ismael tinha um rival. Apesar de Isaque ser o filho  prometido, isso não diminuía a tremenda bênção sobre Ismael. Ismael  deveria ser abençoado, ser frutífero, multiplicar-se, não apenas de  maneira normal, mas “extraordinariamente”. Ele seria pai de doze  príncipes e não se tornaria apenas uma nação, mas “uma grande nação”.
A descendência de Ismael
Assim como houve doze patriarcas em Israel e doze  filhos de Naor (Gn 22.20), assim também Ismael, considerado por muitos o  patriarca dos árabes, gerou doze príncipes árabes.
Uma característica marcante na vida de Ismael era  que ele seria como um “homem bravo” (ACF), “jumento selvagem” (NVI) (Gn  16.12). Ismael haveria de ser forte, selvagem e livre, e de trato  difícil, desprezando a vida na cidade e amando sua liberdade a ponto de  não ser capaz de viver com ninguém, nem com seus próprios parentes.
Ismael não desapareceu das páginas da história  sagrada e muito menos ficou sem bênção, meramente por não pertencer à  linhagem de Israel. Deus tinha um lugar e um destino reservados para  ele. O Messias, da linhagem de Isaque, também seria o Salvador dos  demais descendentes de Abraão e de todas as famílias da terra.  Entretanto, os descendentes de Ismael se tornaram inimigos ferrenhos de  Israel, descendentes de Isaque (Sl 83.1-18). E permanecem assim até os  dias de hoje.
A Bíblia cita os doze filhos de Ismael e afirma que  seus descendentes se estabeleceram na região que vai de Hávila a Sur  (região Leste do Egito e região Norte do deserto de Sinai), na direção  de quem vai para Assur (Assíria, região Norte do Iraque). Abraão habitou  por um tempo nessa região. Foi também a habitação dos amalequitas e de  outras tribos nômades (Gn 25.18; 1Sm 15.7; 27.8). Além da Bíblia, os  assentamentos, como, por exemplo, os de Quedar, Tema, Dumá e Nebaiote  também são conhecidos, há mais de dois milênios.
Nebaiote, o filho mais velho de Ismael, que, em  hebraico, significa “frutificação”, era chefe tribal árabe (1Cr 1.29).  Sua descendência continuou a ser conhecida por esse nome (Gn 17.20;  25.16). Uma curiosidade histórica é o fato de que a terra de Esaú ou  Edom finalmente caiu sob o controle da posteridade de Nebaiote. Esse clã  árabe era vizinho do povo de Quedar. Ambos os nomes aparecem nos  registros de Assurbanipal, rei da Assíria (669-626 a.C.). Embora alguns  estudiosos rejeitem a idéia, possivelmente eles foram os antepassados  dos nabateus.
Os nabateus eram um povo árabe cujo reino se  expandiu, no passado, até Damasco, capital da Síria, um país árabe.  Perto do século 4o a.C., eles estavam firmemente estabelecidos em Petra,  que atualmente é um sítio arqueológico, com ruínas e construções  magníficas, localizado na Jordânia, que também é um país árabe.
Quedar, o segundo filho de Ismael, em hebraico  significa “poderoso”. Alguns estudiosos dizem que essa palavra significa  “negro” ou “moreno”, uma referência aos efeitos da radiação solar na  pele das pessoas que habitam os desertos quentes do Sul da Arábia, onde  vivem os beduínos. O interessante é que, no livro de Cantares de Salomão  (1.5), a esposa diz que “é morena como as tendas de Quedar”. No Antigo  Testamento, o termo Quedar é usado genericamente para indicar as tribos  árabes — beduínos (Ct 1.5; Is 21.16,17; 42.11; 60.7; Jr 2.10; Ez 27.21).  No Salmo 120.5, Quedar e Meseque se referem, metaforicamente, a certas  tribos bárbaras. Eram negociantes, numerosos em rebanhos e camelos.  Alguns deles eram ferozes e temidos guerreiros. Jeremias predisse o  julgamento de Quedar, dando a entender que seria destruído por  Nabucodonosor (Jr 49.28,29). Após serem destruídos parcialmente por  Nabucodonosor e Assurbanipal, eles diminuíram em números e em riquezas e  se dissolveram em outras tribos árabes. Os estudiosos muçulmanos, ao  reconstruírem a genealogia de Maomé, fazem-no descendente de Abraão, de  Ismael, por meio de Quedar. Sam Shamoun, apologista cristão, nega que  Maomé seja descendente direto de Ismael, baseado em pesquisas  geográficas e étnicas.
Em face de tudo isso, parece claro que a  descendência de Ismael apresentou traços culturais, raciais e  lingüísticos com algumas linhagens árabes existentes nos dias de hoje.  Além disso, as próprias evidências históricas fortalecem a idéia de que  os árabes são descendentes de Ismael, mas isso não significa afirmar que  a totalidade dos árabes é descendente de Ismael.
Outras descendências
Descendentes de Jotão
Alguns árabes se referem a si mesmos como  descendentes de Jotão (os árabes lhe chamam de Kahtan) e uma das tribos  mais famosas que descendiam dele era Sabá, da qual os descendentes  fundaram o reino de Sabá, no Iêmen, incluindo a renomada rainha de Sabá  (chamada pelos árabes de Bilquis). A visita dessa rainha a Jerusalém,  durante reinado de Salomão, é um exemplo de como o povo de Deus teve  influência das “arábias”, mesmo nos tempos do Antigo Testamento. Salomão  escreveu um dos salmos messiânicos (Sl 72), parcialmente, tendo Sabá em  mente (veja os versículos 10 e 15). Jesus falou positivamente sobre a  rainha de Sabá (Mt 12.42).
Aparentemente, pelo menos algumas das tribos semíticas adoravam o Deus de Sem, mesmo sem conhecê-lo inteiramente.
Descendentes de Ló
No final do capítulo 19 de Gênesis, observamos o aparecimento de duas linhas genealógicas, os moabitas e os amonitas.
Os moabitas foram descendentes de Ló e sua filha  mais velha (Gn 19.30-37). Eles eram arrogantes e inimigos de Israel, mas  Deus estava, mais uma vez, usando os babilônios como medida  disciplinadora. Isaías (Capítulos15 e 16) e Jeremias (Capítulo 28)  predisseram a queda de Moabe e a redução de um povo arrogante a um povo  débil. Os moabitas viveram em sítios vizinhos aos seus irmãos amonitas.
Os amonitas eram descendentes de Amon, filho mais  novo de Ló (Gn 19.38) e da sua filha mais jovem. Em Juízes 3.13, lemos  que esse povo se mostrou hostil para com Israel. Uniu-se em ataque  combinado a Israel com outros adversários do povo de Deus. A capital  deles era Rabá. Posteriormente, essa cidade tomou o nome de Filadélfia,  em honra a Ptolomeu Filadelfo. Atualmente, chama-se Aman, capital da  Jordânia. A língua deles era semítica. Hoje, todas aquelas regiões são  árabes.4 A raça amonita desapareceu misturada com outras raças semitas.
Embora não seja possível afirmar com precisão,  podemos supor, juntamente com muitos estudiosos em genealogias, que há  uma grande possibilidade de alguns árabes de hoje serem descendentes não  somente de Ismael, mas também de Ló.
Descendentes de Esaú
Esaú, da linhagem de Isaque, teve como uma de suas  esposas Maalate ou Basemate, irmã de Nebaiote, da linhagem de Ismael (Gn  28.9; 36.3). As “crianças de Isaque” estavam se misturando com as  “crianças de Ismael”, nascendo assim outra linhagem genealógica. Com  isso, nasce Reuel, que gerou Naate, Zerá, Samá e Mizá (Gn 36.13).  Certamente, muitos árabes hoje apresentam suas genealogias oriundas  dessa estranha, mas verdadeira fusão.
Outra descendência de Abraão
Depois que Isaque se casou com Rebeca, Gênesis 25  diz que Abraão desposou outra mulher, Quetura, e com ela teve outros  filhos. Abraão, já em idade avançada, criou outra família! Todos os  filhos de Quetura, eventualmente, tornaram-se chefes das tribos árabes.  Uma dessas tribos era Midiã; os midianitas se opuseram ao Israel do  profeta Balaão, porém, nem todos os midianitas eram contra os hebreus.  Moisés se casou com Zípora, a filha de Jetro (Êx 2.16-22), que também  era chamado de sacerdote de Mídia. Jetro reconhecia o Deus verdadeiro e  até mesmo deu bons conselhos a Moisés que agradaram a Deus (Êx 18). Os  midianistas, certamente, tiveram alguma revelação de Deus por intermédio  de seu pai, Abraão.
Portanto, vemos claramente que os árabes em geral,  que reivindicam ter Abraão como pai, certamente pertencem à mesma  família e estão ligados a Israel.
A revista Veja apresentou uma reportagem em que as  várias populações judaicas não apenas são parentes próximas umas das  outras, mas também de palestinos, libaneses e sírios. A descoberta  significa que todos são originários de uma mesma comunidade ancestral,  que viveu no Oriente Médio há quatro mil anos. Em termos genéticos,  significa parentesco bem próximo, maior que o existente entre os judeus e  a maioria das outras populações. Quatro milênios representam apenas  duzentas gerações, tempo muito curto para mudanças genéticas  significativas. O resultado da pesquisa é coerente com a versão bíblica  de que os árabes e os judeus descendem de um ancestral comum, o  patriarca Abraão.
Os árabes de hoje e as bênçãos dadas à descendência de Abraão
Por conveniência, definimos os árabes como o povo  que fala o árabe, como língua mãe, e que vive na península arábica e  regiões circunvizinhas. Hoje, existem diferentes tipos de etnias dentro  da região árabe. Algumas nações se tornaram árabes, pois foram  arabizadas, como o Sudão e a Somália. Outras realmente descendem das  linhagens dos antepassados. Mas, afinal, os ismaelitas (filhos de  Ismael) são os árabes de hoje?
Flávio Josefo, historiador judeu, declara que  Ismael é pai da nação árabe, conforme crêem os árabes. Segundo Josefo,  não podemos descartar a profecia de Isaías, que diz que os ismaelitas  adorarão o Messias.
Raphael Patai, um judeu, declara em seu livro,  Semente de Abraão, que o termo “árabe” está contido nas mesmas  inscrições com o termo “Quedar”, filho de Ismael, no século 9 a.C., nas  epígrafes assírias. Patai também encontrou provas que mostram que os  árabes foram sinônimos dos “nabateus”, descendentes de Nebaiote. 
Em verdade, o mundo árabe hoje é oriundo de um  mosaico de etnias, haja vista as diferentes genealogias formadas no  decorrer da história. Talvez, Mahmud, Hassan ou quaisquer outros árabes,  sejam descendentes de Ismael, por intermédio da descendência de  Nebaiote ou Quedar, ou até mesmo por Ló, ou pela nova família de Abraão  com Quetura. Não podemos também descartar a possibilidade de os árabes  serem descendentes da fusão entre as crianças de Isaque com as de Ismael  ou até mesmo por intermédio de Jotão. Em todas essas possibilidades,  encontramos a genética do pai Abraão.
A promessa de Deus a Abraão foi clara e específica:  “O seu próprio filho será o seu herdeiro” (Gn 15.4). Mas a grande  questão é a seguinte: esta promessa de descendência deve ser entendida  em termos raciais ou espirituais?
O apóstolo Paulo esclarece a questão em sua carta  aos gálatas: “Ora, as promessas foram feitas a Abraão e a seu  descendente. A Escritura não diz: E a seus descendentes, como falando de  muitos, mas como de um só: E a teu descendente, que é Cristo” (Gl  3.16).
Todas as promessas feitas a Abraão são cumpridas em  Jesus. É por meio do maior Filho de Abraão, Jesus, que a bênção falada  em Gênesis alcançará os povos do mundo. A linhagem racial se torna  minúscula quando sabemos que podemos ser herdeiros de Abraão, ainda que  não sejamos árabes ou judeus.
Jesus nasceu no tempo determinado por Deus (Gl  4.4), como o “descendente” de Abraão. A relação que temos com Jesus se  torna fator determinante se pertencemos realmente a Deus ou não.
Paulo resume isso definitivamente ao declarar: “Se  vocês são de Cristo, são descendentes de Abraão e herdeiros segundo a  promessa” (Gl 3.26,27, 29).
Louvamos a Deus, pois milhares de árabes  encontraram Jesus nestes últimos tempos. E na Bíblia, além dos  versículos já mencionados, existem muitos outros que nos dão a esperança  de que os árabes, eventualmente, serão salvos. Isaías 60.6,7 relata  sobre um tempo em que a glória do Senhor será manifestada: “A multidão  de camelos te cobrirá, os dromedários de Midiã e Efá [os descendentes de  Abraão por intermédio de Quetura]; todos virão de Sabá [descendentes de  Jotão]; trarão ouro e incenso e publicarão os louvores do SENHOR. Todas  as ovelhas de Quedar [descendentes de Ismael] se reunirão junto de ti;  servir-te-ão os carneiros de Nebaiote; para o meu agrado subirão ao meu  altar, e eu tornarei mais gloriosa a casa da minha glória”.
Finalmente, quando olhamos para o Novo Testamento,  lá estavam os árabes no dia de Pentecoste (At 2.11). Deus, realmente,  quer que sua mensagem alcance os árabes, porque Allahu Mahabba — “Deus é  amor”.
Temos de acreditar que Deus salvará os árabes, seja  qual for a sua descendência. Que os milhões de árabes possam ser  realmente inseridos na descendência espiritual de Abraão, por intermédio  de Jesus, e que a igreja evangélica seja capaz de reconhecer e  compreender as promessas dirigidas a esse povo. 
O nascimento de Ismael
“Ora Sarai, mulher de Abrão, não lhe dava filhos, e ele tinha uma serva egípcia, cujo nome era Agar. 
“E disse Sarai a Abrão: Eis que o SENHOR me tem  impedido de dar à luz; toma, pois, a minha serva; porventura terei  filhos dela. E ouviu Abrão a voz de Sarai.
“Assim tomou Sarai, mulher de Abrão, a Agar  egípcia, sua serva, e deu-a por mulher a Abrão seu marido, ao fim de dez  anos que Abrão habitara na terra de Canaã.
“E ele possuiu a Agar, e ela concebeu; e vendo ela que concebera, foi sua senhora desprezada aos seus olhos. 
“Então disse Sarai a Abrão: Meu agravo seja sobre  ti; minha serva pus eu em teu regaço; vendo ela agora que concebeu, sou  menosprezada aos seus olhos; o SENHOR julgue entre mim e ti.
“E disse Abrão a Sarai: Eis que tua serva está na  tua mão; faze-lhe o que bom é aos teus olhos. E afligiu-a Sarai, e ela  fugiu de sua face. E o anjo do SENHOR a achou junto a uma fonte de água  no deserto, junto à fonte no caminho de Sur.
“E disse: Agar, serva de Sarai, donde vens, e para  onde vais? E ela disse: Venho fugida da face de Sarai, minha senhora.  Então lhe disse o anjo do SENHOR: Torna-te para tua senhora, e  humilha-te debaixo de suas mãos.
“Disse-lhe mais o anjo do SENHOR: Multiplicarei sobremaneira a tua descendência, que não será contada, por numerosa que será.
“Disse-lhe também o anjo do SENHOR: Eis que  concebeste, e darás à luz um filho, e chamarás o seu nome Ismael;  porquanto o SENHOR ouviu a tua aflição.
“E ele será homem feroz, e a sua mão será contra  todos, e a mão de todos contra ele; e habitará diante da face de todos  os seus irmãos.
“E ela chamou o nome do SENHOR, que com ela falava:  Tu és Deus que me vê; porque disse: Não olhei eu também para aquele que  me vê? 
“Por isso se chama aquele poço de Beer-Laai-Rói; eis que está entre Cades e Berede.
“E Agar deu à luz um filho a Abrão; e Abrão chamou o nome do seu filho que Agar tivera, Ismael.
“E era Abrão da idade de oitenta e seis anos, quando Agar deu à luz Ismael” (Gn 16.1-16)...
 BISPO/JUIZ.DR.EDSON CAVALCANTE 
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